O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1644
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Capítulo 1644: Dupla de Luz e Trevas (Parte 1)
Raze estava preso em um ciclo de ataque, retirada e improvisação forçada, sua mente trabalhando em cada possibilidade enquanto buscava até mesmo a menor vantagem. A presença avassaladora de Gizin deixou-lhe com a sensação afundada de que cada opção que considerava era ou muito fraca ou muito lenta. Ele havia lutado sua cota de batalhas impossíveis, mas esta parecia especialmente sufocante, como tentar encontrar ar enquanto se afogava sob o peso do poder divino.
Então, sem aviso, uma forma irrompeu no espaço entre ele e os clones avançando, rápida, decisiva e irradiando uma luz tão intensa que Raze por um instante pensou que a própria luta tivesse se aberto. Longos cabelos familiares varreram atrás dela, e os olhos de Raze se arregalaram em reconhecimento instantâneo.
“Safa!” A voz de Raze ecoou através do caos. Ele não esperava que alguém intervisse, certamente não ela, não aqui, não contra esse tipo de inimigo.
O instinto o compelida a gritar para que ela retrocedesse. Memórias surgiram sem serem convidadas: a luta desesperada com o Clã Beemote, o momento em que pensou que ela pudesse morrer, o medo impotente que sombreava cada decisão calculada. Ele não queria ver isso novamente. Não dela. Não agora.
Mas Safa cortou esses pensamentos antes que ele pudesse expressá-los.
“Eu sei o que você está pensando, Raze!” ela chamou de volta, seu tom firme, sem carregar a incerteza que ele sentia. “Mas estou aqui para ajudar!”
Com um pivô que demonstrou muito mais controle do que ela já teve, Safa girou sua lança sobre a cabeça. Luz reuniu-se instantaneamente ao longo de seu comprimento, condensando-se até que o ar ao redor vibrasse. Seus passos eram precisos, alicerçados na confiança de alguém que finalmente entendia sua própria força. Ela empurrou a lança para frente, liberando um feixe extremamente fino de energia comprimida.
Ele perfurou um dos corpos de Gizin.
Todos os clones reagiram ao mesmo tempo, recuando em uníssono como se foram atingidos pelo mesmo ferimento. Eles não cambalearam muito, mas foi o suficiente para tirar tanto Raze quanto Gizin de seu ritmo.
“O que, ?” Raze piscou, sua postura se ajustando enquanto processava o que acabara de testemunhar.
Ele não era o único abalado. A expressão de Gizin torceu-se de confusão, sua compostura divina se rompendo pela primeira vez. Ele se virou abruptamente em direção a Safa, estudando-a com uma careta que beirava a descrença.
“Todos podem parecer exatamente iguais,” Safa explicou, seus olhos brilhando com o brilho familiar e penetrante dos Olhos de Deus, “mas há apenas um corpo verdadeiro. O lugar onde toda a magia se origina. Se eu o atingir, o resto reage. Eu posso ver o que você não consegue.”
Raze absorveu rapidamente suas palavras. Os Olhos de Deus sempre permitiram que ela percebesse coisas que outros nunca registrariam, mesmo após anos de estudo, ele sabia que nunca conseguiria igualar essa clareza. Ela não estava apenas adivinhando; estava identificando a fonte da magia de Gizin em tempo real.
Mas tinha que haver mais. Seus ataques não estavam apenas localizando-o, o feixe realmente havia ferido Gizin. Isso por si só não fazia sentido. Os golpes mais fortes de Raze mal irritaram o Grande Mago, ainda assim o golpe preciso de Safa causou uma verdadeira interrupção.
Ele não tinha muito tempo para pensar nisso. Mais clones avançaram em direção a ela, formando um círculo apertado de perigo.
Raze interveio imediatamente. Relâmpagos se espalharam ao seu redor enquanto ele cortava o espaço com seu Golpe Eclipse, Trevas e magia Qi rasgando o campo. Vários clones se dissolveram sob a força do golpe, embora mais se formassem rapidamente.
Atrás dele, Safa cravou sua lança no chão, lançando uma barreira em forma de cúpula de luz que absorvia os golpes que chegavam. Os ataques dos clones se chocavam contra ela como ondas contra a pedra, ondulando para fora em padrões distorcidos. Safa colocou a outra mão à frente, guiando fios de luz como um maestro moldando o fluxo de som.
“Eu sei que você está confuso,” ela disse, com a voz firme mesmo enquanto a barreira vibrava ao redor deles, “mas por causa desses olhos, posso guiar minha magia exatamente onde quero. Luz interage consigo mesma de forma diferente de outras formas de energia. Quando dois feitiços de luz colidem, há um momento, um pequeno, em que eles se conectam, quase como se se prendessem um ao outro.”
Seu controle estava extremamente focado. Raze podia ver agora: ela não estava apenas desviando a magia de Gizin; ela estava redirecionando.
“Com aquele momento de conexão, posso puxar a magia de volta para mim ou desviá-la,” continuou Safa. “E se eu atingir a fonte, mesmo que um pouco, posso desfazer a luz que ele está usando. Pouco a pouco.”
Ela respirou levemente, mas sua postura permaneceu firme.
“Eu lutei com um daqueles membros do Cérbero antes disso, alguém cujo corpo era igual ao dele. Foi assim que aprendi. Este Grande Mago é muito mais forte, mas eu posso machucá-lo. Posso tirar sua magia de luz.”
O peito de Raze se apertou, não de medo desta vez, mas de algo mais quieto, mais estável. Ela não era mais a mesma garota que uma vez se colocou atrás dele, lutando para encontrar seu lugar. Ele podia ver isso claramente agora.
“Raze…” disse Safa suavemente, mesmo enquanto o campo de batalha rugia ao redor deles, “Eu sei que você se preocupa. Mas estou mais forte agora. Posso te ajudar. Então confie em mim. E se você estiver realmente preocupado… então me proteja, enquanto o derrubamos, juntos.”
Gizin tinha escutado. Sua mandíbula se contraiu. Ele tinha desprezado os esforços de Raze durante a maior parte desta luta, mas a presença de Safa era diferente. No momento em que seu ataque atingiu, ele sentiu uma lasca de sua magia se esvair, uma sensação desconhecida para alguém que se considerava intocável.
“Alguém com Olhos de Deus… e forte o suficiente para usá-los corretamente?” murmurou Gizin. “Além de Idore, pensei que ele fosse o único. Como o Mago Negro encontrou alguém como você?”
Pela primeira vez desde que a batalha começou, o medo genuíno invadiu sua voz.
Todos os seus clones remanescentes recuaram, se aglomerando ao redor dele como uma formação defensiva, um muro de corpos destinado a mantê-la afastada. Gizin não esperava mudar de tática, mas Safa tinha forçado a sua mão.
Raze olhou para ela novamente. No brilho tênue de sua lança, ele não viu a sombra de Sabrina, embora essa memória ainda ressoasse nele, mas Safa como ela era agora: determinada, capaz, avançando com seu próprio poder.
Um calor sutil se estabeleceu em sua expressão.
“Certo,” disse Raze calmamente, com um raro sorriso se formando. “Vamos derrubá-lo.”
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