O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1575
Capítulo 1575: O Ataque (Parte 1)
Tendo coletado informações dos militares, assim como por meio das conexões dentro da Guilda Negra, todos agora sabiam os locais que precisavam ser alvos. Cada um desses lugares foi cuidadosamente identificado como um reduto ou santuário da Guilda Cérbero, e a hora de atacar havia chegado.
Mais uma vez, a grande aliança foi dividida em quatro grupos de ataque. Varkos, o Mago de Guerra, liderava seu próprio time composto por forças militares leais e alguns dos novos recrutas que haviam se voluntariado para juntar-se à causa. Alen comandava outro grupo, levando seus aliados mais confiáveis e soldados adicionais que sobreviveram aos conflitos anteriores. Raze, acompanhado dos guerreiros de Pagna e Kelly, formou o terceiro grupo. Por fim, Harvey e os membros da Guilda Negra lidariam com a quarta frente.
O plano foi elaborado para evitar que eles se dispersassem demais. A Guilda Cérbero era conhecida por seu amplo alcance, espalhada por várias áreas-chave e instalações escondidas. Eles não podiam se dar ao luxo de dividir suas forças descuidadamente; cada ataque tinha que ser rápido e decisivo. Uma vez que um alvo fosse eliminado, o time que terminasse primeiro se moveria para auxiliar os outros. Quando todos os locais fossem liberados, eles se reuniriam na base da Guilda Negra para discutir o próximo ataque.
A estratégia era simples: enfraquecer a influência da Guilda Cérbero desmontando suas fundações, até que finalmente todas as forças convergissem em Gizin, o coração da corrupção. Após destruir a Guilda peça por peça, eles reuniriam seu poder e o derrubariam de uma vez por todas.
O plano estava claro. E com isso, eles se moveram.
Quando Raze e seu grupo partiram, cada um usava suas máscaras especiais, ocultando suas identidades de testemunhas potenciais. Eles viajaram em silêncio pelas ruas nebulosas da cidade até alcançarem um arranha-céu de vidro imponente, um dos poucos prédios ainda brilhando em meio ao caos que consumia Alterian.
— É aqui o lugar certo? — perguntou Liam, seus olhos se estreitando enquanto ele examinava a entrada frontal.
— Sim — respondeu Kelly, seu tom confiante, mas tenso. — É um escritório de advocacia que a Guilda usa para cobertura legal e benefícios financeiros. Nós confirmamos que um grupo de seus membros está escondido lá dentro.
Diferentemente de outras localizações conhecidas da Guilda Cérbero que atraíram multidões de manifestantes ou ataques de guildas rivais, essa estava quieta. Ninguém de fora suspeitava do que estava escondido lá dentro. Isso fez dele a armadilha perfeita, ou a oportunidade perfeita.
O grupo entrou no prédio rapidamente, movendo-se como um só. Lá dentro, algumas recepcionistas e guardas reagiram imediatamente, surpresos com os intrusos mascarados.
— Ei! Vocês têm um compromisso? — gritou um dos guardas, já canalizando magia de luz em suas palmas.
Antes que ele pudesse terminar seu feitiço, Liam já estava em movimento. Sua mão disparou, agarrando o pulso do guarda e torcendo-o abruptamente. A energia liberada da própria palma do homem lançou-se em direção ao seu parceiro, golpeando-o para trás com uma explosão de fogo.
Ao mesmo tempo, Raze saltou sobre o balcão da recepção, seu pé descendo com precisão. O impacto quebrou completamente o balcão de mármore, destruindo o cristal do alarme de emergência escondido por baixo.
Ele não hesitou. Erguendo as mãos, liberou uma explosão de magia do vento que se espalhou como uma tempestade. Dois guardas a mais, que estavam preparando feitiços próprios, foram levantados do chão e arremessados através das paredes de vidro, caindo sobre o pavimento abaixo.
— Vamos — ordenou Raze, seu tom calmo e afiado. — Precisamos nos mover. Quanto mais tempo ficarmos aqui, pior ficará. Vamos para o andar certo.
O grupo entrou em uma plataforma circular brilhante, um elevador mágico alimentado por uma runa de transporte. Assim que o círculo se ativou, a luz os envolveu, e num instante, seu ambiente mudou.
Quando a luz se dissipou, eles estavam em um escritório amplo, repleto de estantes com bordas douradas e mesas polidas. O cheiro de papel velho e tinta de mana pairava no ar. Mas eles não estavam sozinhos.
Ao redor deles, estavam vários membros da Guilda Cérbero, seus olhos duros e calculistas. Cada um ostentava as asas douradas características da magia de luz, dobradas atrás de suas costas, suas mãos já erguidas.
Uma rajada de energia radiante formou-se na ponta de seus dedos e, antes que alguém pudesse reagir, foi disparada.
Raze foi o primeiro a se mover. Seu pé bateu no chão, invocando o Primeiro dos Passos Descendentes. Magia das Trevas se fundiu instantaneamente com seu Qi, espalhando-se pelo chão como fumaça ondulante. Uma onda de energia densa explodiu para cima, envolvendo o grupo em uma barreira invisível.
Os feitiços de luz atingiram a onda negra e explodiram em fragmentos cintilantes, incapazes de romper. O chão tremeu sob o choque das magias.
A voz de Raze era calma, mas carregada de poder. — Eles são fortes, não se contenham.
Quando a luz se dissipou, ele disparou para a frente, ambas as palmas brilhando em negro. Ele liberou dois Pulsos de Trevas, cada um direcionado a um alvo separado. Os raios perfuraram os braços dos membros da Guilda, rasgando a carne antes de começarem a regenerar rapidamente, energia dourada trançando suas feridas de volta.
— Eles são iguais aos que Alen e eu lutamos antes — advertiu Beatrix, colocando-se ao lado dele. — Todos, fiquem atentos.
Raze assentiu. — Então faremos o mesmo e terminaremos mais rápido.
Ao redor deles, a batalha explodiu por completo. Os guerreiros de Pagna fluíram em suas posturas com facilidade praticada, misturando técnicas de Qi e armas de Alterian sem esforço. Liam abaixou-se, suas garras chocando-se contra uma lâmina dourada enquanto faíscas de energia se espalhavam. A lança de Safa se acendeu com luz divina enquanto ela atingia um feitiço de barreira, sua força rompendo-o como vidro.
Kelly, sempre precisa, conjurou uma linha de lâminas de vento que cortaram a sala, forçando vários oponentes ao chão.
Raze avançou através do caos, sua capa chicoteando no contra-golpe da magia. Cada movimento era deliberado, eficiente. Um movimento de seu pulso enviou sombras que chicoteavam para frente como serpentes. Outro passo, e o chão se rachou sob seus pés enquanto uma onda de choque arremessava mais dois inimigos pela sala.
Em minutos, o escritório estava um caos. Estantes despedaçadas, paredes de mármore marcadas com listras negras de energia. Um a um, os magos de asas douradas caíram.
Safa limpou um fio de sangue da bochecha, sua respiração regular. — Isso é estranho — disse lentamente, observando o escritório destruído. — Sou só eu… ou parece que eles estavam nos esperando?
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