O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1569
- Home
- O Retorno do Mago Negro
- Capítulo 1569 - Capítulo 1569: Eles Se Encontram Novamente (Parte 2)
Capítulo 1569: Eles Se Encontram Novamente (Parte 2)
“Bem, acho que estamos todos aqui para atualizar uns aos outros sobre nossas situações,” Harvey disse, sua voz firme mas baixa. “Então, vou começar.”
Ele se inclinou para frente, apoiando os dois braços na mesa redonda. A tensão na sala aumentou instantaneamente.
“Encontramos quinze membros da Guilda Cérbero,” ele continuou. “A emboscada correu de acordo com o plano, pelo menos no início. Mas a força deles… era muito maior do que antecipamos.”
Seguiu-se um silêncio pesado.
“Houve perdas,” Harvey disse finalmente. “Do lado da Guilda Negra e entre nossos aliados. Infelizmente, o Mago de Guerra, assim como o resto de seus homens,” Ele olhou para Alen e Varkos. “, eles não sobreviveram.”
O ar saiu da sala. Ninguém falou por vários segundos longos. A notícia era esperada, todos sabiam que esta missão vinha com risco, mas ouvi-la dita em voz alta ainda acertou como uma lâmina.
Alen abaixou a cabeça, os olhos fixos na mesa. Ele tinha sido o que convenceu aqueles soldados a se juntarem a eles, a acreditarem na causa. Agora, eles se foram. A culpa apertava seu peito como um peso que ele não conseguia tirar.
Varkos cerrou os punhos. “Mordain era um Mago de Guerra,” ele disse. “Mesmo se o inimigo fosse mais forte do que o esperado, com ele lá, e com toda sua força presente, você está dizendo que ele ainda foi morto?”
Os olhos de Harvey piscaram para ele, mas não vacilaram.
“Não,” Alen interveio antes que Harvey pudesse responder. “Se os membros da Guilda Cérbero fossem algo como os que enfrentamos… então isso não é tão inacreditável.”
Ele e Beatrix então se revezaram contando sua experiência, de tudo desde a infiltração na instalação até os horrores que haviam descoberto dentro. Eles descreveram os experimentos, o poder que seus inimigos empunhavam, e como toda a operação quase havia sido perdida, até Beatrix intervir.
“Se ela não tivesse estado lá,” Alen disse solenemente, “nenhum de nós teria sobrevivido. Os números não teriam importado. Os membros da Guilda Cérbero são mais fortes do que imaginávamos.”
O que Alen não percebeu, entretanto, foi que o grupo que ele enfrentou era diferente. Os inimigos que Harvey e a Guilda Negra haviam enfrentado não estavam no mesmo nível que os que quase extinguiram a unidade de Alen. Sua energia mágica, suas habilidades, até mesmo sua resiliência, estavam longe de serem iguais.
Mas ninguém mais na mesa sabia disso.
Pelos detalhes apenas, Harvey entendeu. Os que Alen enfrentou eram a elite, e isso lhe dava uma pequena, silenciosa escapatória do escrutínio que certamente seguiria.
“Você fez algo?” Varkos perguntou repentinamente. Sua tonalidade afiou, frustração borbulhando na superfície. “Como é que você está vivo e cada um dos nossos homens está morto? Nenhum sobrevivente? Se toda a Guilda Negra tivesse sido exterminada também, eu poderia entender, mas isso?”
O ar crepitava de tensão. A aliança já era frágil antes desta reunião; agora ameaçava se romper completamente.
Varkos não estava errado. O desequilíbrio não fazia sentido.
Harvey respirou, então disse uniformemente, “Se você quer minha resposta honesta, não, eu não arrisquei minha vida por eles. Eu me concentrei em proteger meu povo. É por isso que os membros da Guilda Negra sobreviveram.”
Ele se endireitou, sua expressão ilegível. “Esta é uma aliança, sim, mas eu sempre colocarei a Guilda Negra em primeiro lugar. Eu não vou pedir desculpas por isso.”
As palavras pairavam pesadamente no ar.
O maxilar de Varkos se apertou. Alen parecia pronto para argumentar, mas no fundo, ambos sabiam que Harvey não estava totalmente errado. Na posição dele, eles poderiam ter feito o mesmo. O silêncio se estendeu até Raze finalmente falar.
“Chega,” ele disse, sua voz calma cortando através da tensão. “Não adianta nos voltarmos uns contra os outros. O que está feito está feito.”
Ele olhou em volta da sala. “Todos nós sofremos perdas. Mas no geral, os resultados estão a nosso favor. A Guilda Cérbero sofreu danos. Reunimos informações que podem mudar a percepção pública, e o Submundo já começou a mudar.”
A atenção de todos se voltou para ele enquanto continuava.
“Por causa dos sacrifícios que fizemos, podemos seguir em frente.”
Seu tom suavizou ligeiramente. “Não podemos deixar que essas mortes sejam em vão.”
Raze inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos na mesa. “Varkos, quero que você prepare o cronograma para o próximo passo. Vamos liberar tudo o que descobrimos, todas as informações, todas as evidências, de uma vez. Envie para todos os meios de comunicação que pudermos alcançar. E também quero uma transmissão direta para o público.”
“Você quer mostrar tudo a eles?” Varkos perguntou.
“Exatamente. Toda atrocidade que o Grande Mago tentou enterrar.” Os olhos de Raze brilhavam com determinação. “Uma vez que isso aconteça, a Guilda Cérbero será forçada a recuar. Eles não poderão agir livremente, e o mundo começará a questionar tudo. Isso nos dará tempo, tempo que podemos usar para atacar novamente.”
Ele se virou para Alen. “Isso também os impedirá de perseguir você. Quando a verdade vier à tona, até mesmo eles hesitarão. Suas mãos estarão atadas.”
Alen assentiu lentamente.
“Acertem a logística com suas equipes,” Raze disse, levantando-se de seu assento. “Quando tudo estiver pronto, nos reuniremos aqui novamente esta noite para finalizar o plano.”
Todos concordaram.
A reunião terminou.
E embora os resultados tenham sido mistos, sucesso envolto em tragédia, cada um deles entendeu que esse era o custo da rebelião.
Eles precisavam de tempo separados para respirar, para processar, para se preparar para o que estava por vir.
Quando saíram da igreja, o ar do lado de fora estava denso com o cheiro de fumaça e pedra molhada. As ruínas da cidade do Submundo se estendiam ao redor deles, agora sendo lentamente reconstruídas sob a orientação da Guilda Negra.
Raze caminhava à frente, descendo o caminho desgastado que levava ao setor inferior. Ele planejava voltar à enfermaria para verificar os pacientes resgatados que Beatrix e Alen tinham trazido de volta. Talvez ele pudesse aprender mais com eles, nomes, detalhes, fragmentos do que eles tinham suportado dentro da instalação do Cérbero.
Ele se movia silenciosamente pela rua estreita, o som de suas botas ecoando nas paredes das casas próximas.
As pessoas aqui ainda o observavam como um símbolo, metade esperança, metade medo.
Ele não se importava.
“Raze!”
Uma voz chamou à sua direita.
Ele se virou para ver Londo, um dos membros mais experientes da Guilda Negra, saindo das sombras.
“Preciso falar com você,” Londo disse, seu tom sério. “Mas não aqui.”
Ele olhou em volta da rua, certificando-se de que ninguém estava perto o suficiente para ouvir.
“Vamos para um lugar mais privado.”
****
Para atualizações sobre MWS e trabalhos futuros, por favor siga-me nas redes sociais abaixo.
Instagram: Jksmanga
Patreon*: jksmanga