O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1555
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Capítulo 1555: Rompendo o Cerco (Parte 1)
Uma enxurrada de pensamentos dilacerou as mentes de Beatrix e Alen enquanto eles permaneciam congelados na câmara mal iluminada. O próprio ar parecia pesado, carregado com a presença do perigo. Lentamente, cuidadosamente, eles se afastaram da janela de sentido único, cada passo medido.
Talvez, apenas talvez, os membros da guilda assumissem que os funcionários haviam saído para uma pausa. Talvez os comunicadores tivessem falhado. Se eles pudessem ganhar até mesmo alguns segundos de confusão, isso poderia ser suficiente para desaparecer.
Mas e se a Guilda Cérbero decidisse agir primeiro? E se eles não esperassem?
Dentro da câmara, os cinco membros da guilda permaneciam perfeitamente compostos, trocando olhares calmos e conhecedores.
“Bem, isso é uma novidade, não acha?” disse Tonto, o mais jovem entre eles. Seu couro cabeludo estava completamente raspado, exceto por três mechas irregulares de cabelo que se erguiam como chifres.
“Exatamente,” Yellum respondeu, seu tom frio, mas afiado. “Em todo o tempo que estivemos designados para esta instalação, os funcionários nunca falharam em nos alertar. Nem uma vez.”
Seu cabelo curto e preto, em ângulo, roçava ligeiramente contra suas orelhas enquanto ela inclinava a cabeça. Ela emanava uma autoridade silenciosa, um comando que não precisava de gritos.
Essa era a elite da Guilda Cérbero, magos treinados para lidar com as operações mais perigosas em Alterian. Seus nomes eram sussurrados em relatórios militares e briefings políticos igualmente. Cada um deles havia ganhado notoriedade por sobreviver a missões que deveriam ter sido impossíveis.
De onde estavam, Alen os reconheceu instantaneamente. Yellum e Tonto eram infames até mesmo entre suas próprias fileiras, magos responsáveis por reprimir rebeliões e caçar conjuradores desonestos que se voltaram contra o Grande Mago.
Se esses cinco estavam aqui, isso não era apenas outro experimento. Era algo muito maior.
Havia rumores, é claro, de outra unidade, a esquadra mascarada, aqueles que usavam máscaras brancas puras que cobriam todo o rosto. Eles apareciam apenas ao lado do próprio Gizin, silenciosos e intocáveis.
Mas esses cinco já eram assustadores o suficiente.
Gizin, aos olhos do público, era um respeitado Grande Mago, a face da maior empresa farmacêutica de Alterian. As pessoas o viam como um gênio, um salvador dos doentes, um homem que havia elevado a medicina através da magia. Poucos questionavam o que acontecia em seus laboratórios ou para quem sua guilda realmente servia.
A realidade era muito mais sombria.
Yellum levantou a mão e mirou a janela de sentido único.
“Ei, o que você está fazendo?” Tonto perguntou, alarmado.
“Sempre podemos pagar por uma nova janela,” Yellum disse friamente. Sua mana surgiu, branca e violenta. “Não se preocupe com isso.”
Uma explosão retumbante de energia explodiu de sua palma, mana pura condensada em um único pulso destrutivo. Ele estraçalhou a parede de vidro com um estrondo ensurdecedor, fragmentando-a em mil cacos brilhantes que se espalharam pelas lajotas.
Os outros recuaram surpresos. Para eles, parecia excessivo. Certamente, alguém da sala de controle apareceria a qualquer momento. Mas quando a poeira assentou e a fumaça clareou, a verdade encarou-os de frente.
Três corpos.
Os pesquisadores estavam espalhados pelo chão, sangue embebido em seus jalecos.
“Eles estão mortos,” Tonto murmurou.
Ele saltou habilmente sobre a estrutura quebrada e pousou na área de controle, verificando os corpos. Após um momento, sua voz ecoou, aguda e certa.
“Eles se foram! Quem quer que tenha feito isso, não há rastro deles.”
Os olhos de Yellum se estreitaram. “Então, eles não podem ter ido longe.” Seu tom escureceu. “Alguém viu tudo o que aconteceu nesta sala. Toda esta operação foi alvo desde o início.”
Mana pulsava ao seu redor como ondas de calor. “Queime este lugar até o chão se precisar. Encontre-os!”
O comando foi imediato.
Sem hesitação, os cinco magos de elite se separaram, suas auras mágicas brilhando enquanto começavam sua busca. O próprio ar tremia com a energia que liberavam, fechando corredores e ecoando pelos corredores como uma tempestade crescente.
Eles começaram pelo nível mais baixo, certos de que os intrusos não poderiam ter escapado para cima. Ninguém poderia se mover através de paredes sólidas, pensaram, ninguém além de Beatrix.
No segundo andar, Beatrix e Alen emergiram silenciosamente debaixo do chão. Eles escolheram um local aleatório longe do laboratório, empurrando para cima através da fundação com o poder infundido pelo Qi de seu bastão. Quando a pedra cedeu, eles se encontraram dentro de outra cela de contenção, escura, estreita e revestida com aço reforçado.
“Devemos nos esconder aqui?” Beatrix sussurrou, sua respiração superficial. “Ou eles nos encontrarão de qualquer forma?”
“Eles nos encontrarão,” Alen disse sombriamente. “E quando o fizerem, nos perseguirão até que um de nós esteja morto.”
Ele já estava tecendo um pequeno feitiço, seus dedos tremeluzindo com luz azul. “Eu contatei os outros. Meu time deve estar a caminho. Os que estão lá fora entrarão no momento em que sentirem a luta. Até lá, tudo o que podemos fazer é resistir.”
Beatrix assentiu. Ela já tinha aceitado isso, estavam além do ponto de fuga. “Então lutamos.”
Alen hesitou por meio segundo e depois deu um aceno firme. “Lutamos.”
Ele não queria. Não contra esse tipo de inimigo. Mas envolver seus aliados nisso era inevitável agora.
Ele levantou a mão mais alto. “Desobstrua o teto. Eu vou sinalizá-los.”
Beatrix girou seu bastão e bateu sua base no chão. O solo gemeu enquanto se movia, seu Qi dobrando pedra e aço como argila. Um eixo vertical abriu-se acima deles, estendendo-se pelos andares como um túnel de ar.
“Agora!” Alen gritou.
Mana explodiu de seu braço em uma torrente de chamas. Uma imensa explosão de fogo ascendeu, cortando o teto e cada nível acima. Ela irrompeu no céu noturno como um farol, brilhante, violento, inconfundível.
A explosão enviou uma onda de choque por toda a instalação. Poeira caiu. O chão vibrava sob seus pés.
Todo mago no prédio teria sentido.
Lá fora, a chama carmesim pintava as nuvens, espalhando brasas pelo céu escuro.
O sinal foi enviado.
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