O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1516
Capítulo 1516: Mostrando a Todos
No meio da confusão, vários dos diretores que tinham corrido para ajudar Ibarin começaram a se mexer.
Seus corpos estavam doloridos, a magia drenada por se empurrarem além de seus limites, mas seus olhos começaram a piscar, um por um. Alguns estavam em condição nenhuma de se levantar, muito menos de voltar à batalha, enquanto outros, apesar das feridas que riscaram suas vestes e do sangue escorrendo de seus rostos, ainda seguravam seus cajados, desesperados para canalizar qualquer resquício de mana que tivessem.
O instinto de ajudar seu Grande Mago era forte.
Mas quando tentaram se levantar, quando tentaram seguir adiante para a arena destruída, foram seus próprios alunos que os impediram.
Mãos firmemente pressionadas contra seus ombros. Vozes sussurrando súplicas urgentes.
“Por favor, não faça isso.”
“Fique abaixado. Acabou.”
“Não se envolva…”
Quer fosse por medo, respeito pelo resultado do duelo, ou simplesmente exaustão, os estudantes seguraram seus professores. E talvez, no fundo, todos sabiam a verdade: a luta já estava decidida.
O Mago Negro havia vencido.
Confusão ondulou através do público enquanto a voz de Raze ecoava pelo campo de batalha silencioso. Ele não estava se vangloriando. Ele não estava exigindo rendição. Em vez disso, ele fez uma pergunta, uma pergunta que atingiu algo que muitos tinham silenciosamente se perguntado.
Onde estava o diretor de Wilton?
A multidão olhou ao redor, inquieta. A ausência de repente se destacou como uma peça faltante de um quebra-cabeça.
Durante o caos, quando o Grande Mago desencadeou sua fúria, outros diretores vieram para intervir. Mas o chefe da Academia Wilton não.
Alguns murmuraram teorias para seus vizinhos.
“Talvez ele estivesse trabalhando com o Mago Negro…?”
“Mas sua academia inteira nas mãos de Raze? Isso é absurdo demais.”
“Então, onde ele está? Por que ele não viria ajudar?”
Mesmo enquanto a especulação crescia, a voz tensa de Ibarin cortou através do ruído.
“O que aconteceu com ele?!” ele gritou, o sangue manchando seus lábios. “Por que você não me contou, Raze? Ele não apareceu há dias! Talvez você tenha sido o responsável por se livrar dele!”
Raze balançou a cabeça lentamente, sua expressão ilegível.
“Essa mentira,” ele disse friamente, “será sua primeira ruína.”
A forma como Raze tinha lutado até este momento, a forma como ele usou o campo de batalha, virou as armas de Ibarin contra ele, e testou cuidadosamente os limites do avanço, nada disso tinha sido aleatório. Cada movimento tinha sido calculado, parte de um plano que levava a este exato momento.
Desde o início, ele poderia ter avançado, tentado derrubar Ibarin com força bruta. Mas esse não era seu objetivo.
Com uma mão levantada, ele pressionou a palma contra o ar. Magia das Trevas se espalhou de dentro dele, queimando o solo destruído.
Linhas se gravavam em fogo e sombra, rastejando para fora como veias vivas. A superfície queimou e chiou, depois esfriou, até que um vasto padrão se espalhou pelo piso da arena.
Quando os últimos vestígios de magia desapareceram, aqueles que assistiam de cima ofegaram.
“Um… um círculo mágico?”
“O que ele está tentando fazer com o Grande Mago?!”
O círculo brilhou suavemente, pulsando como um coração.
De dentro de seu manto, Raze retirou um cristal, segurando-o delicadamente entre dois dedos. Com um giro de sua vontade, magia do vento levantou-o de sua mão e o levou, colocando-o cuidadosamente em um dos pontos do círculo.
Os olhos de Ibarin se arregalaram. Reconhecimento piscou instantaneamente.
Aquele cristal. Ele sabia o que era.
“Magia é fascinante, não é?” Raze disse, sua voz ecoando sobre a multidão silenciosa. “Especialmente formações. Círculos são mais do que armadilhas simples ou amplificadores, eles são memória, estrutura e verdade unidos.
“Desde que voltei, vi o quanto a magia avançou. E por causa disso… hoje, todos vocês testemunharão algo por si mesmos. Vocês verão, através dos olhos dele, a verdade do que ele fez.”
Preso pelo peso esmagador do feitiço gravitacional de Raze, Ibarin não pôde levantar a cabeça o suficiente para ver a formação completa. Ele só pôde sentir a pressão dela vibrando sob ele.
“Você usou esta formação uma vez antes,” Raze continuou, “sem nunca entender sua profundidade verdadeira. Mas eu estudei. Melhorei-a. Alterei-a para meu propósito.”
Seus olhos escureceram.
“Tudo o que eu perguntar, você responderá, e o mundo inteiro verá através dos seus olhos.”
Mana das Trevas fluía de sua mão, alimentando o círculo. O cristal pulsou, linhas se acenderam, e uma marca ardente se gravou na testa de Ibarin.
O Grande Mago gritou.
Então, uma projeção explodiu no ar acima deles, imagens se formando como um rolo de filme, cenas piscando e desaparecendo, tudo a partir de uma visão em primeira pessoa.
A multidão engasgou.
Eles viram Ibarin arrastando o diretor de Wilton para uma sala, o questionando, pressionando cada vez mais. Eles ouviram as palavras trocadas, as negações, a fúria. E então eles viram, o flash de poder, o fim esmagador, o diretor colapsando sem vida no chão.
A arena explodiu em gritos de choque.
Os diretores que um dia apoiaram Ibarin apertaram suas roupas, olhos cheios de dor. Eles suspeitavam, mas ver com seus próprios olhos os deixou abalados até o âmago.
Alguns ainda tentavam negar.
“Isso tem que ser um truque!” um gritou rouco. “O Mago Negro está manipulando as imagens!”
Mas poucas vozes se ergueram em dúvida desta vez.
Porque eles se lembravam. Eles se lembravam de como Ibarin havia liberado seu poder sem hesitação, quase os matando junto com seus inimigos. Eles se lembravam do medo, do desprezo impiedoso.
E acima de tudo, eles se lembravam: o diretor de Wilton nunca apareceu.
As peças não se encaixavam mais na história de Ibarin.
“Mostre a eles,” Raze comandou, “o que você deu aos estudantes antes do evento começar.”
As imagens se moveram.
Agora, eles viam Ibarin distribuindo pequenas pílulas, sua voz ecoando no ar: “Tomem isso. Vocês devem vencer a todo custo.”
“Você sabia o que essas pílulas faziam?” Raze perguntou.
Outra imagem apareceu. Uma figura de manto se erguendo sobre a mesa de Ibarin, deslizando as mesmas pílulas pela superfície. Sua voz sussurrou em explicação: “Eles não poderão mais usar magia uma vez que as tomarem.”
Os estudantes da Academia Central ficaram tensos. A verdade os atingiu como um martelo. As pílulas não eram para o benefício deles, eles haviam sido usados como peões, seus futuros sacrificados por sua ambição.
Sussurros se espalharam, horrorizados e amargos.
Mas Raze não parou por aí.
Ele pressionou novamente, forçando mais mana no círculo. Cada pergunta descascava outra camada dos pecados de Ibarin.
Cenas piscavam, ele abusando de seu título para esmagar academias menores que ousavam se levantar contra ele.
Ele silenciando vozes de dissidência com execuções frias.
Ele de pé sobre corpos, sangue pingando de sua mão, enquanto derrubava aqueles que desafiaram sua corrupção.
Quanto mais continuava, mais silenciosa a arena ficava. Ninguém podia mais negar.
O Grande Mago não era seu salvador. Ele era seu tirano.
O feitiço estava drenando Raze, corroendo suas reservas de mana. Sua respiração estava mais pesada, seu controle sobre o fluxo do círculo tremendo. Ele já havia mostrado o suficiente, o suficiente para condenar Ibarin para sempre.
Mas ainda havia uma última verdade que precisava ser revelada.
Ele cerrou o maxilar, forçando mais poder no cristal.
“Mostre-me,” ele exigiu, voz afiada, “o que você fez a Raze Cromwell. E o que fez para tomar a posição de diretor da Academia Central.”
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