O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1499
Capítulo 1499: No Limite da Criatividade
Quando Ibarin falou, sua voz ecoou perfeitamente pela arena. Ele estava fazendo a mesma coisa que Raze havia feito antes, ampliando suas palavras com magia do vento para que cada sílaba ecoasse através do ar. Sua voz envolveu o estádio, penetrando em cada ouvido, garantindo que ninguém perdesse uma palavra.
A multidão reagiu instantaneamente. O Grande Mago não estava apenas lutando; ele estava se dirigindo a eles diretamente, transformando o duelo em um espetáculo. Para eles, era emocionante, e suas palavras adicionavam ainda mais peso ao que estavam testemunhando. Ele estava realmente mostrando seu nível, o quanto estava acima, não apenas sobre este aluno de Wilton, mas sobre quase todos presentes. O público podia sentir isso em seus ossos.
No entanto, ao mesmo tempo, a presença de Raze não podia ser negada. O garoto era apenas um estudante, pelo menos no papel, mas agora todos entendiam por que ele havia sido escolhido para representar Wilton. Um mago de sete estrelas ocupando o lugar de professores. Não era arrogância. Não era loucura. Era habilidade.
A luta continuava feroz. Raze aumentou o ritmo de seus ataques, sobrepondo seus feitiços e empurrando sua criatividade ao limite. Do chão abaixo, enormes lajes de terra semelhantes a lápides erguiam-se, disparando em direção a Ibarin como catapultas de pedra.
Ibarin mal mudou sua posição. Ele formou várias orbes compactas de terra, condensadas ao tamanho de punhos. Então, usando magia do vento, ele as lançou à frente como balas. Os projéteis menores encontraram as grandes lajes no meio do ar. No entanto, Raze já havia antecipado tal movimento. Antes mesmo das lajes saírem do chão, ele as cobriu com magia de gelo, reforçando sua densidade até que ficassem mais duras que aço.
Os primeiros impactos foram trovejantes. As orbes de terra de Ibarin racharam contra a pedra endurecida pelo gelo, estilhaçando mas não os quebrando. Murmúrios de surpresa se espalharam pela multidão.
“Ele previu o contragolpe!”
“Ele fortaleceu as lajes antes mesmo de serem lançadas!”
Não era suficiente, porém. A expressão de Ibarin não vacilou. Sem hesitação, ele convocou lajes enormes por conta própria, impulsionando-as à frente com mana esmagadora. A colisão destruiu as criações de Raze, fragmentos espalhando-se como vidro pelo ar.
De novo e de novo, a troca se repetiu. Um incansável vai-e-vem, feitiço colidindo com feitiço. De fogo a água, gelo a relâmpago, Raze usou todas as afinidades que dominara. Suas mãos se moviam rapidamente enquanto ele tecia ataque após ataque, feitiços encadeados de maneira perfeita um após o outro.
O público não podia acreditar no que estava vendo.
“Aquele garoto… ele é incrível.”
“Sete estrelas, sim, mas combinar tantas afinidades assim, está além de qualquer coisa que já vi em alguém da sua idade.”
“Tanta criatividade. Tanta adaptabilidade. Não é à toa que ele ousou ficar aqui.”
Mas a admiração não apagava a verdade óbvia. Ibarin não estava perdendo terreno. Nem uma vez. Para cada truque, cada feitiço sobreposto, ele tinha um contragolpe. Ele não correspondia criatividade com criatividade, ele a enfrentava com pura força, mana esmagadora, e domínio que deixava nenhum espaço para fraqueza.
“Essa é a diferença,” murmurou um mago nas arquibancadas. “Raze é brilhante, mas a genialidade não pode fechar a lacuna entre sete estrelas e nove. O Grande Mago não é apenas mais forte, ele é mais experiente. Ele já viu todos os truques antes.”
Era a dura realidade ensinada em todas as academias. Nos níveis de estrela inferiores, técnica, criatividade e astúcia podiam fechar a lacuna. Um mago de três estrelas com controle perfeito e habilidade refinada poderia superar um mago de quatro estrelas que dependia apenas de mana bruta. Mas nos níveis superiores, essas regras se dobravam e quebravam.
Um mago de nove estrelas não era apenas um reservatório de poder. Eles tinham controle perfeito, vasto conhecimento e feitiços além da imaginação. Entre sete, oito e nove estrelas, as diferenças se tornavam paredes. Paredes que poucos podiam escalar.
A menos que… alguém possuísse uma afinidade tão especializada, tão rara, que pudesse inclinar a balança.
Raze entendeu essa verdade. Foi por isso que ele explorou todas as afinidades que possuía, atacando de maneiras diferentes, sobrepondo seus golpes, recusando-se a ser previsível. Ainda assim, Ibarin bloqueou todos eles.
Finalmente, o Grande Mago falou novamente. “Parece que você comanda cada afinidade. Assim como eu.” Seu tom era casual, mas afiado, ecoando pelo estádio. “Muitos estão elogiando sua criatividade. Sua astúcia. Mas a criatividade tem limites. Truques se esgotam. E nenhum dos seus feitiços me tocou. Isso não é prova suficiente da diferença entre nós?”
Ele levantou a mão, mana se reunindo em sua palma. A multidão se inclinou para a frente, a respiração presa enquanto sentia a pressão mudar.
Uma grande esfera de magia do vento condensada começou a se formar. Iniciou-se ampla, do tamanho de um homem, girando violentamente, uma tempestade comprimida em uma bola. Então, com precisão cirúrgica, Ibarin a condensou ainda mais, comprimindo a tempestade em uma esfera não maior do que seu punho, mas irradiando pressão suficiente para fazer o ar tremer.
E com a outra mão, ele girou um vórtice de vento, alinhando as correntes. Seu núcleo sempre foi o vento, este era seu elemento, sua arma natural.
“Acho que é hora de mostrar a você,” Ibarin declarou, “por que eu sou o Grande Mago!”
Com um impulso agudo, ele lançou a esfera. Ela rasgou o ar, mais rápido do que a maioria poderia seguir, uma tempestade comprimida projetada para aniquilar tudo em seu caminho.
Mas Raze não recuou.
Seus dedos tocaram o anel em sua mão. Em um instante, uma espada materializou-se, brilhando sob a luz da arena. Com um movimento fluido, ele balançou.
A lâmina encontrou a esfera. Um único flash, e o feitiço foi cortado em dois, dividido como se fosse papel. As metades passaram ruidosamente por ele, batendo nas paredes da arena. A barreira protetora brilhou, e vários magos próximos lançaram instantaneamente feitiços de reforço para conter o impacto. Mesmo assim, o chão tremeu, rachaduras se espalhando pela pedra.
A multidão engasgou. Raze havia cortado o feitiço do Grande Mago.
“Oh… Eu nem sabia que você tinha dado a ele sua espada,” Dame murmurou, surpresa.
“É,” Liam admitiu, esfregando a nuca. “Raze disse que queria pegá-la emprestada.”
A realização se espalhou. Raze tinha acabado de fazer o impossível, dividindo o feitiço do Grande Mago com aço e força de vontade.
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