O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1398
Capítulo 1398: Nenhum Lugar Seguro
Moze e Piba haviam entrado no banheiro, esperando nada mais do que uma pausa rotineira.
No final do dia, mesmo como magos, eles ainda eram humanos. E humanos têm necessidades básicas.
Piba foi em direção à fileira de mictórios, enquanto Moze se arrastava atrás dele, olhos já atentos por espaço.
“Qual é a sua, cara?” Moze resmungou de repente, percebendo onde Piba havia parado. “Há cinco mictórios. Cinco. E você decidiu usar o bem ao meu lado?”
Piba deu de ombros com um sorriso largo. “Foi apenas o mais próximo.”
“Eu pareço me importar com eficiência?” Moze retrucou. “Eu não consigo urinar com você tão perto.”
Mas já era tarde demais. O fluxo de Piba estava liberado, completamente despreocupado. Moze suspirou e se afastou balançando a cabeça. Enquanto ajustava e fechava o zíper, algo estranho o fez parar.
Ele sentiu antes de ver, uma mudança desconfortável na atmosfera.
“Oh? O que há de errado?” Piba provocou sem virar a cabeça. “Decidiu se juntar a mim lado a lado afinal?”
Não houve resposta.
O silêncio era agudo, até mesmo assustador. Piba terminou e se virou, seu sorriso desaparecendo no momento em que viu o que havia deixado Moze sem palavras.
De pé, ao longo do piso azulejado, estavam quatro figuras, e nenhuma delas estava sorrindo.
Kayzel. Rupert. Ponzo. Bones.
Todos da Academia Central. Todos entre os estudantes mais fortes de todo o torneio.
E nenhum deles estava perto dos mictórios. Eles haviam entrado no banheiro por um motivo, e não era para se aliviar.
Moze instintivamente se posicionou ao lado de Piba, de repente se sentindo muito, muito pequeno.
As pessoas frequentemente subestimavam Moze. Ele podia ser barulhento, imprudente, até mesmo tolo às vezes. Mas ele não era estúpido. Ele sabia ler uma situação, e esta gritava perigo. Quatro magos de elite não te encurralam em um banheiro só para conversar.
“Estou supondo que sua pequena academia estava se sentindo bastante orgulhosa de si mesma,” Kayzel disse friamente, dando um passo à frente. “Conseguir uma vitória assim? Impressionante afinidade com a lua. De verdade.”
Seu tom era casual, mas suas palavras estavam carregadas de veneno.
“É uma verdadeira pena. Se ao menos você não tivesse mostrado sua magia… então eu não teria que fazer isso.”
Sem aviso, Kayzel avançou e atacou.
Seu movimento de perna foi tão rápido que quase tornou-se invisível, como se tivesse sido disparado por um feitiço. Houve um estalo alto quando seu pé encontrou o joelho de Piba.
A articulação cedeu para dentro com um estalo nauseante.
Piba teria caído se Moze não o tivesse segurado.
“Você pode gritar o quanto quiser,” Rupert disse calmamente. “Colocamos um feitiço de silêncio sobre todo este espaço. Ninguém lá fora ouvirá você. E garantimos que ninguém mais possa entrar.”
A mente de Moze estava girando. O ataque não parecia mágico, mas a força por trás daquele chute… não era normal. Nem um pouco.
“O que vocês estão fazendo?!” Moze gritou, relâmpagos crepitando ao redor de suas pontas dos dedos.
Mas a faísca nunca deixou sua mão.
Bones ergueu sua própria mão e lançou um feitiço, raios gêmeos que atingiram ambos os braços de Moze.
A dor foi imediata.
A explosão atravessou-o, arqueando dos ombros até os pulsos. Ao mesmo tempo, as mãos de Piba foram pegas na retaliação, tornando ambos incapazes de lançar. Seus membros se contorceram incontrolavelmente, sobrecarregados pelo feitiço.
E isso foi só o começo.
Kayzel, movendo-se com timing perfeito, conjurou duas bolas de fogo. Elas giravam em suas palmas, condensadas e ardendo em branco-ardente, o tipo de feitiço que poderia derreter aço se focado por tempo suficiente.
Ele os empurrou para frente, batendo diretamente nos estômagos dos estudantes de Wilton.
A chama se intensificou.
Seus uniformes, encantados para suportar danos básicos, fizeram o melhor, mas o calor queimou, charringue tecido e pele.
Antes que seus corpos pudessem bater nas paredes de azulejos, Rupert lançou outro feitiço, erguendo uma parede de terra sólida atrás deles.
BAM!
Eles se chocaram com força.
A dor irradiou pelas suas espinhas, e a força tirou o fôlego de seus pulmões.
E ainda… ninguém veio.
A batalha mal tinha começado, mas Moze e Piba já sabiam a verdade, esta não era uma luta que eles poderiam vencer. Não em um duelo justo. Não com essas chances.
Esses não eram apenas colegas estudantes.
Eram predadores.
E esta emboscada… foi intencional. Uma mensagem.
“Nós ambos sabemos,” Piba tossiu, “que lutar fora dos eventos é contra as regras. Vocês vão ter sérios problemas por isso. Por quê? Por que ir tão longe?”
Kayzel caminhou até eles, seus passos ecoando nos azulejos frios. Ele se ajoelhou ao lado deles, eletricidade dançando entre seus dedos, formando um arco cruel de raio.
“Regras?” Kayzel sorriu. “Essas não se aplicam a nós. Nós somos os anfitriões deste evento. Essas regras estavam lá apenas para impedir vocês de resmungarem quando perdessem.”
Os estudantes da Academia Central… era isso que eles realmente eram?
Moze e Piba cresceram ouvindo histórias sobre o quão prestigiada era a Central. De quão poderosos e nobres seus estudantes eram, líderes em formação.
Mas agora?
Olhando para cima do chão do banheiro, machucados e queimados, tudo o que viam eram tiranos em uniformes.
Por alguma razão, os dois meninos se lembraram de algo que Raze havia dito uma vez.
As pessoas devem ser julgadas por suas ações.
E agora, a Academia Central estava mostrando sua verdadeira face.
“Você sabe o que acontece,” Kayzel sussurrou, “se eu inserir minha magia diretamente em seus núcleos?”
Sua voz era baixa, quase gentil.
“Destrói-os. Permanentemente. Vocês nunca lançarão magia novamente. Serão insignificantes. Vão ser zombados em sua academia. Esquecidos.”
Ele se levantou novamente, imponente sobre eles.
“Íamos vencer nossa revanche de qualquer jeito. Mas agora? Agora vamos garantir que seu pequeno momento de vitória termine em tragédia. Vocês serão o fundo do poço, ultrapassados por todos. Um lembrete do que acontece quando nos envergonham.”
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