O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1389
Capítulo 1389: Rivais Eletrizantes
Muitos olhares estavam sobre Moze enquanto ele subia para o desafio. Afinal, ele era um dos melhores alunos da Academia Wilton, recentemente convidado para a prestigiada Academia Central. Ainda assim, a atenção que ele recebeu foi notavelmente menor do que quando Lee havia subido ao palco mais cedo.
A razão era simples, a Academia Wilton não tinha nomes de destaque. Ao contrário das grandes academias, seus alunos não tinham reputações que se estendiam além de suas próprias paredes. Sem rumores, sem feitos registrados, sem lendas em formação.
Como resultado, o interesse da plateia era, na melhor das hipóteses, moderado. Conversas continuavam ao fundo, olhares vagavam por outros lugares, e a excitação claramente diminuíra.
Mas Moze não se importava.
Ele aguardava no palco com um sorriso confiante, completamente imperturbável pela falta de atenção. O anel de magia ao redor do pequeno objeto na plataforma levantou-se do chão, e logo, correntes de energia começaram a girar ao seu redor como uma dança protetora.
Sem hesitação, Moze se moveu.
Posicionando-se na mesma postura de antes, ele convocou sua magia de relâmpago. Um amplo fluxo de energia crepitante disparou para o lado, pintando o ar com faixas de violeta e azul.
Era um feitiço de amplo alcance, não poderoso o suficiente para derrubar o alvo diretamente. Outros haviam tentado estratégias semelhantes. Simplesmente acertar o pequeno orbe flutuante não era suficiente para derrubá-lo. Requeria uma onda concentrada de poder mágico, muito mais do que um ataque padrão poderia fornecer.
Mas Moze não estava contando com um único golpe.
Com uma mão ainda guiando o fluxo amplo, ele moveu seu outro braço, cortando-o horizontalmente. Um raio de relâmpago concentrado se formou e foi lançado diretamente à frente, afiado e preciso, como uma flecha de pura energia.
Ele atingiu diretamente o centro do orbe.
Um estalo agudo ecoou pelo ar enquanto o orbe caía do céu, batendo no chão.
Por um momento, houve silêncio.
Estudantes que nem estavam prestando atenção olharam para a arena, surpresos. Eles tiveram que olhar duas vezes. Ninguém, nem uma única pessoa, havia eliminado o objeto tão rápido.
“Haha! Eu sabia!” Moze comemorou, sorrindo de orelha a orelha. “Aquela coisa se movia rápido, mas eu percebi que tinha um padrão ao reagir à magia.”
O que havia parecido como um comentário casual de um dos estudantes de Wilton agora fazia perfeito sentido. Não foi apenas sorte.
Ao contrário da maioria dos estudantes, o grupo de Wilton havia experimentado perigo real durante uma expedição de portal. Eles foram levados ao limite, e isso mudou a forma como eles pensavam.
Em situações de vida ou morte, seu cérebro buscava soluções. Você não podia se dar ao luxo de entrar em pânico; tinha que se adaptar. Tinha que resolver problemas por instinto, ou estaria morto.
E além disso, eles ouviram Raze.
Incontáveis horas de lições teóricas ecoaram em suas cabeças, seus ensinamentos, suas análises, sua insistência implacável em expandir seu modo de pensar.
“Seja mais aberto como mago,” ele disse. “Use seus fundamentos, entenda suas ferramentas e aplique-as de forma criativa.”
Isso foi exatamente o que Moze fez.
“Quem é esse? Alguém o conhece?” um estudante perguntou das arquibancadas.
“Não faço ideia,” outro respondeu. “Mas ele acabou de conseguir o tempo mais rápido. Ele deve ser o melhor aluno da Academia Wilton, certo?”
“É, sem dúvida. Aquela magia de relâmpago foi insana. A forma como ele lançou aquele feitiço, foi como se ele soubesse que iria acertar.”
“Acho que subestimamos a Academia Wilton, né?” alguém murmurou.
“Acho que teremos que ficar de olho neles afinal,” Lee Roy disse, observando com uma expressão pensativa. Ele não estava decepcionado. Na verdade, ele estava impressionado. Ele podia ver que a magia que Moze usou não era tão poderosa quanto a sua, mas era afiada, controlada e bem temporizada. Isso contava muito.
Enquanto Moze descia os degraus para se juntar ao seu grupo, sua expressão estava convencida. Seu sorriso não poderia estar mais largo, mesmo se ele tentasse.
“Eu disse que iria conseguir! Hahaha!” Moze se dobrou para trás de tanto rir. “Todos vocês poderiam ter seu momento, mas olhem para mim agora, estou no centro das atenções!”
“Certo, certo,” Chiba assentiu, indulgente. “Mas talvez isso seja uma bênção disfarçada. Quanto mais atenção você recebe, mais provável é que eles te ataquem nos eventos em grupo. Isso nos dará chance de fazer todo o trabalho enquanto você desvia dos feitiços.”
“Espera, agora eles vão me atacar?” Moze piscou.
“Claro,” Piba disse, sorrindo de lado. “Você não está ouvindo o que todos estão dizendo? ‘Melhor aluno da Academia Wilton’ e coisas assim. Mal sabem eles que você foi facilmente derrotado por alguém que nem está aqui.”
Isso arrancou uma risada nervosa dos outros. O clima continuava leve, a vitória enchendo-os de confiança. Ninguém mais parecia ansioso para tentar quebrar o recorde de Moze. Se algo, isso beneficiava as outras academias deixar como estava.
Mas assim que o grupo se preparava para sair do palco, uma onda de suspiros tomou a multidão próxima.
A razão logo ficou clara.
“Espera… são Bones e Nannan?” alguém perguntou, com os olhos arregalados.
“Sim, são eles! Eles são da Academia Central. De primeira linha, ambos! Achei que estavam treinando ou se preparando para o evento principal.”
“Eles estão aqui agora. Ouvi dizer que tinham uma reunião ou algo assim. Mas parece que estão livres para curtir o resto da exibição como o resto de nós.”
Bones e Nannan.
Dois dos alunos mais reconhecíveis da Academia Central.
Bones, um estudante masculino com uma pele tão pálida que quase parecia marfim polido. Seu corpo era fino, sua estrutura frágeis, mas ninguém era tolo o suficiente para subestimá-lo. Apesar das aparências, ele era um dos magos mais poderosos da Academia Central.
E então havia Nannan.
Ela usava uma máscara branca elegante que cobria a metade inferior de seu rosto. Seu cabelo era cortado com franja reta, escondendo a maior parte de sua testa. Apenas seus olhos eram visíveis, azul-vivos e afiados, brilhando como punhais gelados. Sua presença era quieta, mas intensa.
Eles não eram os melhores alunos da Academia Central, essa honra pertencia a alguns poucos outros, mas ambos eram extremamente talentosos. Reconhecidos. Respeitados. Temidos.
“12 segundos, hein?” Bones disse, olhando para a tela. “Eu vi que foi magia de relâmpago. Impressionante.”
Ele estalou os dedos.
“Bem, acho que devo tentar eu mesmo.”
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