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O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1380

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Capítulo 1380: Sombras nos Corredores

Assim como na última vez em que conversaram, Raze e Londo se encontraram caminhando pelos corredores da academia mais uma vez.

Estava tarde.

A luz da lua mal entrava pelas janelas, projetando longas sombras pelos corredores de pedra. Os estudantes estavam há muito tempo em seus dormitórios, dormindo profundamente ou fingindo estar. A academia estava silenciosa… na maior parte.

Havia, no entanto, uma diferença crucial naquela noite.

Enquanto os dois passeavam pelos corredores sombrios, passaram por vários membros do pessoal em patrulha silenciosa. Cada vez, o pessoal oferecia um aceno educado enquanto passavam, mas nunca faziam perguntas. Não estavam preocupados com o motivo de os dois estarem fora tão tarde. Sua presença era simplesmente um cheque, uma precaução.

Ficava claro que essa segurança extra era resultado dos eventos recentes. Raze supôs que a decisão havia vindo de Luka, Panla ou talvez Redrick.

E sinceramente, ele não achava que era uma má ideia.

Se a Guilda Underfang estava trabalhando com a Guilda Negra, e se a Guilda Negra realmente era tão perigosa quanto sua reputação sugeria, então o risco não havia acabado. Nem de perto. Eles não iam querer testemunhas deixadas para trás. Se houvesse algo, eles seriam o tipo de voltar e corrigir seus erros.

E no caso de Raze, isso fazia dele um alvo claro.

Enquanto continuavam a caminhar, Raze percebeu outra coisa. O comportamento inteiro de Londo havia mudado.

Da primeira vez em que caminharam por esses corredores, Londo praticamente exalava arrogância. Supostamente eram da mesma facção, no entanto, Londo falava como um superior. Suas palavras estavam carregadas de advertências, como se Raze fosse alguma variável imprevisível que ele precisava manter sob controle.

Mas agora?

Agora, Londo caminhava em silêncio.

Nem uma única palavra arrogante. Nem mesmo um olhar para se afirmar. E, embora tivesse sido ele quem bateu na porta de Raze naquela noite, ele permaneceu completamente quieto desde que começaram a caminhar.

Ainda assim, Raze não o pressionou. Não queria apressar o que quer que fosse isso. E sinceramente, encontrou um estranho conforto no silêncio enquanto vagavam pelos corredores silenciosos da academia. Isso lhe dava tempo para pensar.

Ele precisava disso.

O Intercâmbio Mágico estava se aproximando, um evento de vários dias que reunia não apenas uma, mas várias academias. Um palco ideal para fazer um movimento. Haveria momentos, chances, ele apenas precisava encontrar a certa.

Uma oportunidade perfeita para derrubar Ibarin.

Mas as coisas haviam mudado. Seu objetivo havia mudado. Agora, não se tratava apenas de vingança, mas de verdade. Sobre provas. Sobre expor Ibarin pelas coisas que ele fez atrás das cortinas. Se pudesse encontrar aquele item misterioso de memória na Academia Central, poderia mudar tudo.

As drogas pelas quais fui incriminado… isso pode ser o fio que preciso, pensou Raze. Se ainda estão circulando, posso usar isso. Amarrar a Gizin, depois a Ibarin. Tudo poderia se desenrolar a partir daí.

O silêncio entre eles persistiu, até que, finalmente, Londo o quebrou.

“Quero dizer algo,” ele disse calmamente.

Eles já haviam completado três voltas nos corredores internos da academia até então.

Raze virou ligeiramente a cabeça, mas não interrompeu.

“Primeiro… quero me desculpar por como agi quando nos conhecemos,” continuou Londo. “Eu lidei com membros da Guilda Negra antes. E às vezes, a única maneira de ganhar o respeito deles é agir como se você já estivesse acima deles. Posturar-se.”

“Achei que você fosse igual.”

Ele fez uma pausa, então inclinou a cabeça, profundamente. Uma vez. Duas. Então, uma terceira vez.

“Desculpe.”

Raze não disse uma palavra, deixando o pedido de desculpas pairar no ar.

Londo ergueu a cabeça novamente, e sua voz tremia levemente, o suficiente para trair algo real por trás dela.

“Também me desculpo porque… achei que éramos iguais. Que estávamos no mesmo nível.”

Ele se virou para Raze, travando os olhos com ele.

“Mas eu estava errado, não estava? Você é o Mago Negro… não é?”

“O mesmo que apareceu na transmissão.”

Sua voz não era acusatória. Não era temerosa. Estava repleta de admiração.

Pela primeira vez, o olhar opaco, quase sem vida, que nublava os olhos de Londo começou a se dissipar.

Eles brilharam.

Reluziram.

Raze podia sentir a intensidade crescendo ao seu lado, o sutil puxão de admiração, de crença. De reconhecimento.

Acho que era inevitável que isso acontecesse mais cedo ou mais tarde, pensou Raze. Mais cedo ou mais tarde, todos na Guilda Negra vão descobrir quem eu sou. Talvez seja melhor ter pelo menos um seguidor, alguém que eu possa controlar se necessário. Alguém que conhece magia… e o mundo… melhor do que a maioria.

“Você está certo,” Raze finalmente respondeu, voltando seu olhar para Londo. “Eu sou o Mago Negro. Não te contei antes porque… é melhor que ninguém, nem mesmo aqueles dentro da Guilda Negra, saiba que estou aqui.”

“Estou fazendo algo importante,” ele acrescentou. “E não quero a Guilda Negra envolvida.”

Londo imediatamente balançou a cabeça, firme e rápido.

“Você é o Mago Negro,” ele disse. “Você pode fazer o que quiser. Não precisa dar explicações. Eu sei que você tem um objetivo, algo maior do que qualquer um de nós entende. E agora que eu confirmei isso por mim mesmo… há algo que eu sempre quis dizer a você.”

Eles pararam de caminhar.

Por um momento, o corredor estava silencioso, apenas o distante zumbido das lanternas infundidas com magia iluminando os corredores.

Eles se viraram um para o outro, os olhos se fixando.

Por fora, quase parecia algo saído de um romance. Duas figuras sob o brilho da academia, paradas a um sopro de distância, palavras pesadas no ar.

“Quero agradecer,” Londo disse, sua voz firme. “Eu mencionei da última vez, o motivo pelo qual me juntei à Guilda Negra. Então eu tenho certeza que você já sabe por que isso é importante.”

“Nunca imaginei que iria te encontrar. E se eu encontrasse… achei que seria apenas à distância, talvez te observando das sombras. Mas agora, te tendo bem ao meu lado, caminhando por estes corredores com você, eu tinha que aproveitar a chance de dizer isso.”

Raze olhou para ele, e naquele momento, percebeu o quão jovem Londo realmente era.

Diferente de Raze, que apenas fingia ser um estudante, Londo realmente era um.

Ele ainda era apenas um garoto.

Depois de tudo que Londo passou, não era de se admirar que ele acabasse se juntando a um grupo como a Guilda Negra, uma organização formada por pessoas que foram machucadas, injustiçadas ou repudiadas pelo mundo.

E agora, olhando para trás, Raze podia ver mais claramente. Todas as coisas que Londo disse quando se encontraram pela primeira vez, a arrogância, a superioridade, não vinham de ego. Era defesa. Um modo de se proteger. Um modo de se sentir no controle em um mundo que nunca o deixava ser.

Talvez qualquer membro de alta patente na Guilda, com o nível de habilidade de Londo, teria agido da mesma maneira.

“Você não precisa me contar seus planos,” Londo disse após um momento, quebrando o silêncio. “Ou por que você está indo para a Academia Central.”

Ele hesitou, então perguntou cuidadosamente, “Mas… como você é assim? Em um corpo tão jovem?”

“Você disse que é o Mago Negro. Você é um novo? Ou… você é o mesmo Mago Negro do passado?”

Raze coçou a parte de trás de sua cabeça. Ele havia contado essa história para muito poucos, apenas aqueles mais próximos a ele. Ninguém em Alterian sabia toda a verdade.

Até agora.

“A situação é… complicada,” Raze respondeu.

Mas nesse momento, ele se sentiu à vontade.

Se a verdade sobre Londo fosse descoberta, ele seria caçado em toda Alterian. Raze entendia esse medo, e ele sabia que Londo não compartilharia o que estava prestes a ouvir.

Então, ele contou a ele.

Ele explicou como descobriu um artefato antigo, um que lhe deu uma segunda chance na vida. Como ele acordou em um corpo diferente, em um mundo diferente, e como esse mundo não dependia de magia. Em vez disso, dependia de força, ferramentas, e força de vontade.

Ele contou como, através de inúmeras batalhas e desafios, trabalhou para recuperar a força que uma vez teve. Como ele cresceu, talvez não no mesmo nível de magia de antes, mas de outras formas. Ele aprendeu a manejar uma espada, a confiar em habilidade e instinto em vez de força mágica bruta.

E essa jornada o transformou.

Londo ouviu atentamente, olhos arregalados de admiração, absorvendo cada palavra.

Ele estava cativado. A lenda do Mago Negro já era algo que as pessoas sussurravam com reverência, mas ouvir a verdadeira história? Descobrir sobre suas provações e transformação?

Isso só fez a admiração de Londo ficar mais forte.

As pessoas não tinham ideia do que o Mago Negro havia passado. Se tivessem, se ouvissem da sua própria boca, haveria muito mais simpatizantes por todo Alterian. Se acreditassem ou não era outra questão, mas a própria história… era poderosa.

“Espere,” Londo disse de repente, “Aquele outro mundo, onde lutavam com os punhos e armas… isso significa que os outros alunos transferidos com você, eles também são de lá?”

Raze assentiu.

“Alguns deles, sim. As coisas podem parecer um pouco diferentes porque encontramos vários artefatos e ferramentas para nos ajudar a emular magia da melhor forma possível. E então, bem… há pessoas como Safa.”

Ele deu uma pequena risada.

“Ela é naturalmente talentosa.”

A mente de Londo estava girando com perguntas. Como a Guilda Negra começou? Qual era a verdadeira razão por trás de seu ódio pelo Grande Mago? De que tipo de mundo Raze realmente veio?

Mas ele se conteve.

Se Raze ainda fosse apenas outro estudante para ele, ele nunca teria ousado perguntar tanto. Mas mesmo agora, sabendo quem ele realmente era, Londo não queria ultrapassar os limites.

“Eu não vou ocupar mais do seu tempo,” Londo disse, inclinando-se mais uma vez. “Mas eu direi isso, e eu quero dizer, eu farei o meu melhor para te ajudar no Intercâmbio Cultural. Não importa o que você pedir de mim.”

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