O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1363

Capítulo 1363: Tirando a Máscara

A batalha continuava feroz, e enquanto os outros estavam ocupados lidando com os magos dispersos, Raze permanecia quieto, observando.

A Magia era imprevisível, repleta de complexidade e variedade, e Raze acreditava que essa era a oportunidade perfeita para o grupo ganhar experiência real de combate. Era melhor que aprendessem a lidar com magos agora, em vez de em um momento que realmente importasse.

Assim como os guerreiros Pagna, que muitas vezes dependem de formações e técnicas sincronizadas em combate em grupo, os magos não eram diferentes. Na verdade, eles eram ainda mais inclinados a lutar como unidades coordenadas… a menos que fossem exceções, indivíduos incrivelmente poderosos, como o próprio Grande Mago.

A diversidade de habilidades mágicas tornava esses magos oponentes escorregadios. Eram especialistas em evasão e em manter distância, usando sua magia para atrasar, distrair e retardar. Mas o que os tornava perigosos agora não eram apenas seus feitiços, era o desespero.

O grupo tinha que ir com tudo para garantir a segurança dos estudantes. Se os magos começassem a perder a confiança em seu poder, recorreriam a táticas mais imprudentes e desesperadas, incluindo tomar reféns. Esse era o cenário de pesadelo que Raze queria evitar a todo custo.

Assim, enquanto seus aliados lutavam para manter o controle do campo de batalha, Raze voltou toda sua atenção para aquele que liderava este assalto mágico.

O mago principal.

Claramente aquele que estava coordenando os ataques, sua aura era mais forte que as demais, e sua postura exalava autoridade. Ele sorriu enquanto dava um passo à frente.

“Para um estudante, você certamente sabe falar grande,” cuspiu o mago principal.

Então, sem aviso, ele bateu ambas as mãos no chão. Uma onda de energia elétrica explodiu do ponto de contato, correndo em direção a Raze como uma enchente repentina.

Era um feitiço de paralisia, uma preparação para algo mais mortal que seguiria.

Mas Raze não vacilou. Ele calmamente levantou o pé e bateu no chão. Uma onda de Qi irradiou a partir de seu calcanhar, um dos Passos Descendentes.

A onda de Qi atravessou a eletricidade que vinha, dissipando completamente em partículas de mana inofensivas antes que pudesse alcançá-lo.

Qi contra mana, duas energias distintas. E embora a mana pudesse mudar sua forma e se adaptar a afinidades elementares, quando o poder bruto e o controle entravam em jogo, a força mais forte sempre devorava a mais fraca.

O Qi de Raze era avassalador.

O mago ficou olhando, de olhos arregalados.

“Que… tipo de magia pode cancelar um feitiço como esse?” ele perguntou.

“Você é um Mago Seis Estrelas,” Raze respondeu friamente. “Mas você não é nada como os outros que enfrentei. Você achou que sua magia sozinha seria suficiente para me vencer… então deixe-me mostrar algo a você.”

Raze se abaixou ligeiramente, então imitou o movimento anterior do mago, pressionando a palma da mão contra o chão.

De sua mão, uma onda de relâmpagos surgiu, replicando exatamente o mesmo feitiço de paralisia que o mago principal havia lançado momentos antes, só que mais forte. Muito mais forte.

O corpo do mago convulsionou enquanto a corrente o envolvia. Seus olhos se arregalaram em descrença.

‘Que poder é esse…? Estou imaginando coisas, ou a magia desse estudante é ainda mais poderosa que a minha? Não. Isso é impossível. Não há como… alguém como ele deveria existir.’

Usando a força que lhe restava, o mago principal conseguiu forçar mana através de seu corpo, eletrificando seus membros e forçando o feitiço paralisante a se romper, raios saindo de dentro dele como uma tempestade humana.

Mas quando a fumaça se dissipou, Raze havia desaparecido.

“Para baixo,” uma voz sussurrou.

Antes que o mago pudesse reagir, uma mão agarrou seu ombro e o empurrou com força para o chão. O impacto foi brutal, ambos os joelhos dobrados em direções não naturais com um som de estalo nauseante. Ele gritou quando seu corpo foi forçado ao chão, incapaz de reagir.

Era como ser esmagado por um titã.

Raze estava sobre ele, seus olhos calmos e mortais.

“Oh,” ele disse casualmente, olhando para o osso saliente que se projetava da perna do mago, “parece que parte do osso quebrou para fora. Não queremos que isso se torne um problema, queremos?”

Ele estendeu a mão, fogo acendendo em sua palma. Sem hesitação, ele a pressionou contra a ferida.

O fogo chiou enquanto queimava a carne, cauterizando a ferida instantaneamente. O mago soltou um grito agudo antes de desabar para trás, meio consciente de tanta dor.

“Espero que você não seja tolo o suficiente para usar seu Rompimento,” disse Raze, com a voz baixa. “Porque esta luta… acabou há muito tempo.”

Ao redor deles, o campo de batalha havia silenciado. A luta havia terminado.

O resto dos magos havia sido tratado, ou mortos ou incapacitados, muito feridos para continuar. Beatrix havia abaixado a plataforma usando seus poderes, trazendo os estudantes de volta ao solo em segurança.

O pior havia passado. Por enquanto.

Mas uma tensão ainda pairava no ar, um silêncio perigoso entre Raze e o mago chefe ferido.

“O que você fez?!” o mago de repente rugiu. “Você tem alguma ideia do que acabou de fazer?! Não sabe quem somos?! Não tem medo do que a Guilda Negra fará quando descobrir?!”

Sua voz ecoou pelo campo de batalha destruído.

“Eles não vão se importar que você faça parte da Academia,” ele continuou. “Eles vão destruir você, todos vocês!”

“Com medo da Guilda Negra?” Raze respondeu com um sorriso zombeteiro. “Por que eu temeria a Guilda Negra depois do que aconteceu aqui? Se alguém deveria estar retaliando… não seria a Guilda Cerberus? Ou talvez o próprio Grande Mago?”

“Eu não sei do que você está falando,” o mago rosnou. “Mas se você tocar em mim novamente, o Mago Negro virá atrás de você. Você sabe o quão aterrorizante esse homem é.”

Raze soltou uma risada curta, tranquila, mas inquietante.

“Você está certo,” ele disse, lentamente se aproximando. “Eu sei o quão aterrorizante esse homem pode ser.”

Então, sem aviso, Raze colocou a mão no rosto do mago.

O mago congelou.

O que ele estava fazendo? Estava prestes a matá-lo? Não, ele já havia dito que o manteria vivo. Então que tipo de magia era essa?

Os momentos passaram. O brilho ao redor da mão de Raze desapareceu.

Ele retirou a palma.

“Safa!” Raze chamou. “Cure as pernas dele. Como eu disse antes, ele vem conosco. Ele é nossa prova de quem realmente está por trás de tudo isso.”

Safa chegou rapidamente, sua Lança Lux brilhando ao seu lado. Ela não hesitou, sua magia de cura fluindo sem esforço enquanto cuidava das pernas quebradas do homem. Ela foi precisa, curando apenas o necessário. Seus outros ferimentos permaneceram.

Então Dame entrou em cena, levantando cuidadosamente o mago e jogando-o sobre seus ombros.

“Esse… esse é o Bronto,” Luka sussurrou por trás, atordoado.

Vários dos outros reconheceram o nome.

E ainda assim, nenhum deles parecia surpreso.

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