O Retorno do Mago Negro - Capítulo 1362
Capítulo 1362: Poder Total
Nenhum dos alunos conseguiu entender como Raze se movia tão rapidamente. Um momento ele estava na frente deles, e num piscar de olhos, estava em outro lugar completamente diferente. Para a maioria, parecia teletransporte. Mas alguns alunos que tinham seus sentidos aguçados perceberam algo estranho, uma rajada de vento seguida por uma pegada profunda esmagada no chão onde Raze esteve.
O que os deixou ainda mais perplexos foi como Raze havia parado o ataque antes, com a mão nua. Não parecia que ele tinha usado nenhuma magia. Não houve encantamento, nenhum brilho, apenas poder bruto. Talvez o uniforme dele estivesse de alguma forma aprimorado? Eles só podiam supor. Mas a parte mais confusa, a coisa que fez todos murmurarem e trocarem olhares, foram as palavras que Raze disse no final.
E apenas alguns tinham realmente visto o que Raze havia feito pouco antes.
“Ele parou aquele ataque… duas vezes agora,” Panla disse, sua voz baixa mas firme. “Não… isso não pode ser. Você está dizendo que essas pessoas… são da Guilda Underfang?”
Ela não gritou, mas a maneira como falou fez com que os magos próximos congelassem. Mesmo com suas expressões escondidas atrás das máscaras, Panla podia sentir a mudança no mana, a tensão, o medo. A interrupção no fluxo confirmou isso. O que Raze disse não era apenas um blefe.
“Você parou meu ataque insignificante, e agora acha que é alguém importante?” o mago chefe latiu. “Posso dizer só pela maneira como você está aí, acha que está acima de nós. Só porque mostrou um pouco de habilidade, não comece a agir como um deus.”
Ele apontou para Raze acusadoramente, sua voz subindo em fúria.
“Nenhum de vocês nem mesmo tinha habilidade suficiente para entrar na Academia Central. Vocês estão todos abaixo de mim, e muito abaixo da Guilda das Trevas!”
Suas reclamações beiravam a loucura. Claramente, Raze bloquear o ataque tinha tocado um nervo. Mas apesar de sua raiva, os alunos ainda estavam nervosos. Dezenas de magos inimigos os cercavam, esperando a ordem para atacar. E Raze, ele era apenas uma pessoa.
O que um homem poderia fazer? Enfrentá-los só pioraria as coisas?
Raze levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos do mago chefe.
“Vocês não são a Guilda das Trevas,” Raze disse calmamente. “Eles nunca agiriam assim.”
Ele estendeu uma mão, e uma espada se materializou do ar, longa, esguia, e brilhando com um leve brilho azul. Pequenas faíscas de relâmpago dançavam ao longo da lâmina. Parecia ao mesmo tempo elegante e mortal.
Chiba e Yolden se entreolharam em admiração. Suas mentes voltaram à conversa que tiveram com Raze antes, aquela sobre a diferença entre a Guilda das Trevas e o Grande Mago.
“Raze é um espadachim mágico? Desde quando ele carrega uma espada?” um deles sussurrou.
Mas a espada não era a única coisa chamando atenção. Enquanto todos tinham os olhos fixos nela, não perceberam os raios se retorcendo em torno da outra mão de Raze, estalando e serpenteando entre seus dedos como uma tempestade prestes a explodir.
Então Raze desviou o olhar. No momento em que quebrou o contato visual, o mago chefe atacou, estendendo sua mão e disparando outro relâmpago.
Sem nem olhar, Raze brandiu sua espada. A lâmina cortou limpa através do relâmpago, dividindo a energia em dois.
“Todos!” Raze gritou. “Protejam os alunos. Suas vidas são o que mais importa agora. Haverá outras maneiras de chegarmos à Academia Central!”
Suas palavras não foram destinadas ao inimigo, eram para seus aliados.
E enquanto os magos ao redor ainda estavam congelados, atordoados com a facilidade com que Raze bloqueou outro golpe poderoso, ele levantou a mão. Um pilar de relâmpago subiu para o céu e então caiu sobre vários magos inimigos, atordoando seus corpos e travando seus membros no lugar.
Esse foi o sinal.
Beatrix saltou de pé. Com um movimento gracioso, ela convocou seu bastão e o bateu no chão. Uma plataforma brilhante surgiu sob os estudantes que estavam sentados em um círculo, elevando-os fora de alcance, longe do caos que estava prestes a se desenrolar.
Os quatro professores que haviam sido posicionados em outros lugares ainda estavam no chão, observando em total descrença. A cena se desenrolando na frente deles estava além de qualquer coisa que esperavam.
Eles já tinham visto esses estudantes lutarem antes, claro. Mas o que tinham visto durante os ataques das bestas… aquilo tinha sido apenas um vislumbre.
Fagulhas explodiram dos pés de Raze, e seu corpo desapareceu, reaparecendo atrás de um atacante. Em um único e fluido movimento, ele passou sua lâmina por eles. O mago caiu instantaneamente, sem vida.
Os outros responderam lançando suas próprias magias, mas não conseguiam rastreá-lo. Raze se movia rápido demais, saltando de ponto a ponto. E quando as magias acertavam perto dele, ele simplesmente as cortava, deixando trilhas de relâmpagos em seu rastro.
E ele não era o único agindo.
De seu anel, Safa convocou a Lança de Lux. Conforme a magia de fogo se aproximava dela, ela girou a lança com uma graça treinada, dispersando as chamas a cada rotação. Ela avançou e cravou a lança no estômago de um mago.
“Aqueles ataques mais cedo… eles realmente machucaram,” Safa murmurou entre dentes cerrados.
Ela puxou a lança, virou-se rapidamente e lançou uma explosão de magia de Luz direto no peito de outro mago atrás dela. O golpe foi certeiro, prendendo-o no chão.
Todos os três agora tinham se juntado à luta, Beatrix, Liam e Dame. Eles saltaram da plataforma flutuante que Beatrix havia criado. Beatrix convocou sua espada; Liam convocou a dele; e Dame apertou seus punhos encantados com força.
Eles pousaram juntos com uma força retumbante, e então se dispersaram.
Cada um deles avançou na briga, mirando em cada mago que podiam ver. Os inimigos estavam tão sobrecarregados por apenas cinco indivíduos que não tinham tempo para se concentrar nos estudantes ou mesmo reagir aos professores.
E os professores, de olhos arregalados, estavam apenas agora percebendo que o que haviam visto antes… era apenas a superfície. Esse era o verdadeiro poder deles.
De volta ao campo de batalha, Raze enfrentou o mago chefe mais uma vez.
“Agora que os outros estão fazendo a limpeza, só sobrou você,” ele disse.
Sua expressão não mudou. Estava calma. Fria. Focada.
“Não se preocupe. Não vou te matar. Preciso de você vivo.”
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