O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões - Capítulo 977
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Capítulo 977: Chapter 977: O Que Está Incomodando Leo
“Hmm, está bem. Não se preocupe, meu consorte, eu não vou esquecer de recompensá-lo com barras de ouro também…” Hera provocou Rafael, seus lábios se curvando em um sorriso brincalhão.
Zhane e Rafael não puderam deixar de rir, não porque se importassem com sua promessa de barras de ouro, mas porque ver Hera tão relaxada tirou um peso de seus corações. A verdade é que eles ficaram profundamente abalados por seu acidente.
Eles ainda se lembravam da impotência de assistir tudo se desenrolar ao vivo na tela de TV, sem poder alcançá-la, protegê-la ou mesmo apoiar seu corpo quebrado. Então agora, cada pequeno sorriso, cada indício de sua tranquilidade, era um consolo que eles apreciavam.
Eles se sentiam ainda mais impotentes do que Xavier se sentira naquela época. Pelo menos ele estava na cena, mas eles estavam longe, forçados a assistir em uma tela enquanto a vida de sua amada estava na balança.
A distância os fazia se sentir inúteis; seus corações apertavam tanto que era difícil respirar. Enquanto isso, Xavier quase desmaiou pelo puro peso da dor, preocupação e desespero ao ver o carro dela explodir.
Por uma fração de segundo, o mundo ao seu redor ficou embaçado, e ele quase desmaiou. O único pensamento em sua mente era se lançar nos destroços em chamas, desesperado para encontrar Hera.
E talvez todos eles teriam sentido e agido da mesma forma se estivessem no lugar de Xavier naquela época. Por isso, não importava o quão ocupados estivessem agora, sempre se certificavam de que pelo menos um deles estivesse ao lado da Hera, para protegê-la se algo acontecesse.
Afinal, mesmo depois de sobreviver ao acidente de carro, ela quase foi assassinada, deixando nenhum deles capaz de descansar em paz.
A família de Alexandre já havia colocado o culpado atrás das grades e até retaliado contra a família da garota como punição, mas quem poderia garantir que ninguém mais tentaria atingir Hera da mesma maneira?
Ninguém podia.
Por causa disso, eles não apenas intensificaram sua vigilância, mas também aumentaram seu esquema de segurança. Hera entendia isso também, então ela nunca se movia sozinha e sempre mantinha seus guardas por perto, especialmente agora, quando seu braço e perna quebrados a tornavam ainda mais vulnerável.
Mas mais do que isso, agora que ela carregava o halo da protagonista feminina, isso significava que o perigo nunca pararia de vir. Na verdade, havia uma chance ainda maior de que as ameaças se intensificassem e surgissem com mais frequência do que antes.
Quando ela era apenas personagem descartável, seu destino era claro e singular: morrer pelas mãos de certas pessoas. Naquela época, pelo menos ela sabia de quem se precaver e quem evitar.
Mas agora que ela assumiu o halo da protagonista feminina de Alice, ela foi forçada a passar por um teste de fogo, a suportar dificuldades e crescer mais forte. A promessa no final era tentadora: um final feliz repleto de paz e sucesso, exatamente como o romance original prometia.
No entanto, essa mudança era também sua maldição. O caminho da história já havia começado a se desviar do livro que ela conhecia. Novos inimigos podiam aparecer de qualquer lugar, e ela já não podia prever quem eles poderiam ser.
Alexandre, por exemplo, nem mesmo era um personagem no romance, e ainda assim ele se tornara um de seus pretendentes. Sua ex-noiva até tentou matá-la, um subplot que nunca existiu na história original.
E com Leo, que antes era o maior vilão, não sendo mais o vilão, mas parte de seu harém, isso significava que um novo vilão poderia surgir para tomar seu lugar. Hera não teve escolha a não ser permanecer vigilante, pois o perigo agora espreitava em toda parte.
Sem perceber, Hera, Zhane e Rafael estavam todos absortos nos mesmos pensamentos. Na superfície, a cena parecia serena, Zhane gentilmente massageando seu couro cabeludo enquanto ele lavava seu cabelo com shampoo, Rafael cuidadosamente lavando seu corpo, e Hera fechando os olhos como se apenas saboreasse o tratamento.
Para um observador externo, eles aparentavam estar perfeitamente em paz. No entanto, sob aquela calma, as mentes de cada um estavam correndo a mil por hora.
Logo depois, assim que Zhane e Rafael terminaram de dar banho em Hera, tomando cuidado para não molhar seu gesso, eles drenaram a banheira. Rafael se levantou para buscar uma toalha enquanto Zhane enxaguava os últimos vestígios de sabão.
Quando terminou, Zhane ergueu Hera em seus braços, e Rafael rapidamente a envolveu na toalha antes de sair apressadamente para preparar o secador e seu pijama. Quando Zhane a carregou para fora do banheiro, tudo já estava preparado, tornando a transição sem esforço.
Enquanto Rafael secava o cabelo da Hera, Zhane a vestia delicadamente com o pijama. Hera mal precisou mover um dedo; os dois gerenciavam tudo para ela com quieta eficiência.
Uma vez terminado, eles a colocaram na cama, cuidadosamente apoiando seu braço e perna feridos com travesseiros. Então, ambos os homens foram se preparar para a noite, cada um indo para seu próprio banho.
Logo depois, Zhane, que havia tomado banho no banheiro da Hera, surgiu em seu pijama, com o cabelo ainda úmido, uma toalha pendurada sobre os ombros. Dois botões estavam desfeitos, dando um vislumbre de seu peito firme e abdômen superior tonificado.
Hera, que estava absorta em seu roteiro de drama, lentamente levantou o olhar, saboreando a visão com um sorriso de orelha a orelha. Ela o admirava avidamente, embora soubesse que só podia olhar, não tocar, pois, se ousasse provocá-los mais, talvez não conseguisse lidar com as consequências.
Vendo o sorriso dela assim, Zhane só pôde dar uma risadinha ao se aproximar do lado dela. Ele colocou a toalha na poltrona ao passar antes de se acomodar cuidadosamente debaixo do cobertor ao lado dela, cuidadoso para não encostar no gesso dela.
“A pele debaixo do seu gesso está coçando?” ele perguntou suavemente. Ele sabia que era comum as pessoas com gesso sentirem esse desconforto, e se Hera estivesse lutando com isso, ela poderia não descansar bem. Se ela admitisse, ele estava mais do que pronto para ajudá-la a encontrar alívio.
Hera balançou a cabeça. “Na verdade, não. Talvez porque meu gesso não ficou molhado e eu não tenho suado muito. Meu braço e perna não coçam por dentro do gesso…” ela explicou simplesmente.
“Possível.” Zhane assentiu, se aproximando até que a cabeça da Hera repousasse suavemente contra seu ombro. Hera lentamente fechou seu roteiro quando notou Rafael entrando pela porta, com o cabelo já seco.
Zhane pegou cuidadosamente o roteiro das mãos dela e o colocou na mesinha de cabeceira, enquanto Rafael apagava as luzes. Uma vez deitados na cama, Zhane pegou o controle remoto e fechou as cortinas. Antes que muito tempo passasse, os três caíram no sono, aconchegados juntos, embora ainda estivessem cuidadosos para não pressionar o gesso da Hera.
Na manhã seguinte, assim que o sol apontou, Zhane e Rafael se moveram para ajudar Hera a se refrescar. Rafael preparou a escova de dentes dela, apertando a pasta de dente antes de lhe entregar, enquanto Zhane estava atrás dela, penteando seu cabelo longo e ondulado com uma suavidade deliberada, tomando cuidado para não puxar muito seus nós.
Depois que Rafael colocou pasta de dente na escova de Hera, ele pegou sua própria escova, que havia deixado no banheiro dela, e começou a escovar os dentes ao lado dela. Enquanto isso, Zhane terminou de pentear o cabelo da Hera, e quando percebeu que ela também havia terminado de escovar, entregou a ela o copo de água para que pudesse enxaguar.
Hera inclinou-se para a frente para cuspir na pia, facilitada por Rafael que a havia sentado confortavelmente na bancada.
Quando terminou, Rafael havia acabado de encerrar sua própria escovação e gentilmente passou a lavar o rosto da Hera, enquanto Zhane começava a escovar os dentes. A cena era tão suave, tão harmoniosa, que mesmo no estado grogue dela, Hera não encontrou falhas no modo como eles se moviam ao redor um do outro.
O trabalho em equipe deles parecia natural, como se essa rotina fosse deles para sempre.
Ao terminar, eles empurraram a cadeira de rodas de Hera para dentro de seu amplo closet, abarrotado de luxo. Não importava quantas vezes Rafael, Zhane e os outros tivessem visto antes, a pura opulência ainda os impressionava; afinal, apenas um de seus relógios valia mais do que um hipercarro.
Hera apontou para a roupa que queria, e eles a pegaram com cuidado, vestindo-a com paciente atenção. Em momentos como este, Hera realmente se sentia como uma rainha, paparicada e cuidada a cada passo.
Depois de terminarem sua rotina matinal, eles se prepararam para ir ao hospital, tanto para visitar Leo quanto para Zhane dar instruções antes de se juntar a Hera no concerto de estreia do Logan na noite seguinte.
Ele queria garantir que, mesmo em sua ausência, o hospital continuaria funcionando sem problemas e que as toupeiras escondidas não teriam liberdade para se mover sem controle em seu território. Rafael, por outro lado, planejava ficar ao lado de Hera de maneira mais despreocupada.
Mas antes de discutirem negócios, todos se sentaram para tomar café da manhã com Leo. Foi quando Hera notou algo incomum.
Leo parecia ainda mais incomum do que antes, as sobrancelhas fortemente franzidas, a expressão nublada de pensamentos. O ar ao redor dele parecia mais pesado, como se ele estivesse profundamente preocupado com algo que ainda não conseguia expressar em palavras.