O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões - Capítulo 891
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Capítulo 891: Chapter 891: Viva ou Morta?
Preocupado que Leo pudesse estar paralisado, Zhane começou uma verificação de resposta física. “Preparem-se para uma avaliação neurológica completa!” ele latiu, a voz tensa e quebradiça, traindo o pânico que arranhava sua garganta.
Seu corpo tremia. Ele não conseguia esquecer a explosão, não conseguia parar de imaginar Hera envolta naquele fogo. Ele desesperadamente queria correr para o lado dela, saber que ela estava viva, mas um medo sombrio se retorcia dentro dele, sussurrando: ‘E se ela se foi?’
Ele estava afundando em medo e desespero, e ele não estava sozinho.
De volta a Paris, Xavier lutava para se libertar das pessoas que o seguravam. Ele gritava e se debatia, tentando chegar ao destroço em chamas, mas as chamas eram fortes demais e a fumaça muito espessa. Cada segundo parecia uma eternidade, cada respiração entrelaçada com o medo de que ele pudesse tê-la perdido para sempre.
“Me soltem! HERA!” Xavier rugiu, a voz quebrando com desespero. Ao lado dele, Alexandre se debatia loucamente, igualmente frenético. Ambos os homens estavam cegos de pânico, tentando avançar direto para as chamas rugindo sem um segundo pensamento sobre sua própria segurança.
Foram necessários quatro homens para contê-los, oito no total, apenas para impedir que Xavier e Alexandre se soltassem. Sua força era incomparável, alimentada por medo e emoção bruta.
Felizmente, como este era um evento de alto perfil, policiais, paramédicos e bombeiros já estavam posicionados nas proximidades. A chamada de emergência de Danny mal havia passado quando a explosão abalou a pista.
Mas os respondentes não hesitaram. Os bombeiros avançaram para combater as chamas, policiais trabalharam rapidamente para proteger a multidão, e pessoal médico já estava esperando à margem.
Até mesmo os pilotos que tinham acabado de cruzar a linha de chegada mal pararam seus veículos a tempo, abalados pela explosão. Todo o circuito de corrida foi abalado, e ninguém conseguia desviar o olhar.
Levou quase dez minutos para que as chamas fossem completamente extintas. Assim que o fogo foi apagado, um dos bombeiros correu para os destroços para verificar se havia sobreviventes. Momentos depois, sua voz soou, trêmula mas alta: “N-Nenhum corpo dentro!”
No início, ninguém o ouviu; ele estava longe demais da multidão, suas palavras abafadas pelo caos e tensão. Então ele correu de volta, seu rosto não mais sombrio, mas iluminado com descrença e esperança. “O motorista não estava dentro!” ele repetiu, mais claramente desta vez.
Xavier, que ainda lutava para se libertar, congelou no meio do passo. Alexandre também parou em suas trilhas logo fora da garagem. Ambos os homens ficaram sem fôlego, atordoados. As palavras eram claras, cada uma, mas juntas, eles não ousaram acreditar no que significavam. Estariam ouvindo errado? Poderia ser verdade?
O bombeiro finalmente os alcançou, ofegante, olhos arregalados. “Eu não encontrei nenhum corpo dentro,” ele disse novamente, excitação em sua voz.
Mas então ele parou, a realização se assentando como um peso. Se não havia corpo dentro…
“Então — onde ela está?” ele sussurrou, a pergunta pairando pesada no ar.
“Encontrem ela!” Xavier vociferou, sua voz afiada com urgência, mas agora tingida com um lampejo de esperança. No momento em que as palavras do bombeiro foram registradas, os quatro homens que o seguravam instintivamente afrouxaram seu aperto, e Xavier se soltou.
Ele correu em direção aos destroços carbonizados, seus olhos varrendo cada polegada enegrecida. Não havia restos. Nenhum sinal de alguém preso ou queimado dentro. Alexandre estava logo atrás dele, alcançando rapidamente. Seus olhos se encontraram por um breve segundo; nenhuma palavra era necessária. Eles entenderam.
Precisavam encontrá-la.
Sem hesitação, eles se espalharam em direções diferentes, cada um vasculhando a área com foco intenso. Ao redor deles, a multidão permaneceu em um torpor, aturdida pela súbita mudança de desespero para uma esperança incerta. Levou um momento até que os outros saíssem desse estado.
Vendo a determinação nos movimentos de Xavier e Alexandre, a polícia e os bombeiros rapidamente se juntaram à busca, espalhando-se pela área, chamando o nome da Hera, examinando todos os possíveis esconderijos.
Então, o colchão de proteção se moveu, e Xavier congelou. Ele ouviu um gemido fraco. “Ugh…”
Ele disparou como um raio, movendo-se tão rápido que foi como se ele quase mergulhasse de cabeça no colchão. Com mãos trêmulas, ele começou a puxá-lo para fora, e lá estava ela. Hera, presa entre as camadas pesadas do colchão de proteção, estava enterrada, mas viva.
Felizmente, a almofada não era feita de material duro; era espessa e pesada, mas projetada para absorver impactos. Ainda assim, ficar presa embaixo dela sem ar poderia ter sufocado ela. Xavier cavou freneticamente, sua voz rouca enquanto chamava seu nome. Alexandre, vendo o que estava acontecendo, correu até lá e se juntou. Um momento depois, policiais e bombeiros correram para ajudar a levantar as camadas dela.
Lá estava ela, enterrada por baixo, viva, mas imóvel. Os membros da Hera estavam torcidos de forma estranha, seu corpo machucado e ferido, mas seu capacete permaneceu intacto. Ela não sofreu nenhum trauma craniano. Apenas ossos quebrados, um ombro deslocado, um braço e uma perna fraturados, mas ela estava respirando. Viva.
Julgando pela posição dela, ela deve ter saltado do carro a tempo, mirando diretamente para a almofada de impacto. E perceberam que a almofada de impacto não havia sido colocada para o veículo, mas para ela. Uma fuga desesperada, perfeitamente cronometrada. Sem isso, ela teria morrido no impacto se tivesse pulado ou queimado viva na explosão.
O que ela realizou foi nada menos do que um milagre.
O paramédico rapidamente agachou ao lado da Hera enquanto os outros continuavam retirando as almofadas de impacto restantes. Com mãos experientes, o paramédico retirou delicadamente o capacete dela e começou a verificar seu estado. Ela estremeceu de dor, mas permaneceu consciente, um sinal promissor.
Após uma avaliação rápida, o paramédico confirmou que ela tinha uma costela fraturada do lado esquerdo, mas felizmente, não havia perfurado nenhum órgão. Seus braços e pernas também estavam fraturados, mas não gravemente o suficiente para necessitar de cirurgia. Uma recuperação completa era possível com os devidos cuidados, alguns gessos e alguns meses de descanso e monitoramento no hospital.
A equipe de paramédicos suspirou coletivamente de alívio. Apesar de quão grave o acidente parecia, ela sobreviveu. Foi um milagre de tempo, instinto e pura força de vontade. E enquanto olhavam para a garota machucada, mas incrivelmente bela deitada ali, ainda viva contra todas as probabilidades, alguns não puderam evitar pensar em quão trágico teria sido perder alguém como ela.
Quando a multidão ouviu que a Hera estava viva, uma onda de aplausos irrompeu por todo o circuito. Um alívio tomou conta de todos como uma maré, e a alegria iluminou os rostos de corredores, espectadores e funcionários. A atmosfera antes tensa tornou-se elétrica com celebração, e todos comemoraram a sobrevivência milagrosa da Hera.
Todos… exceto um.
O mentor por trás da tentativa de assassinato estava observando das sombras, seus planos se desfazendo diante dos seus olhos enquanto o alvo sobrevivia.
Enquanto isso, Hera foi cuidadosamente colocada em uma maca, pronta para ser transportada para o hospital. Apenas uma pessoa foi autorizada a acompanhá-la na ambulância, e sem hesitação, Xavier entrou. Alexandre, Atena, Liz, Antoine e Minerva seguiram de perto em seu próprio carro, incapazes de ficar longe dela por muito tempo.
De volta ao circuito, Danny Coleman permaneceu para cooperar com a investigação policial. Ele respondeu perguntas enquanto supervisionava a garagem e garantia que ninguém saísse sem autorização. Todos os envolvidos, membros da equipe, mecânicos e testemunhas, foram temporariamente detidos para interrogatório.
Devido ao caos anterior, a cerimônia de premiação foi adiada até que a investigação policial fosse concluída.
Assim que a Hera chegou ao hospital, ela foi levada rapidamente por uma série de testes, raios-X, ressonâncias magnéticas e exames de corpo inteiro para verificar qualquer lesão interna que os paramédicos no local pudessem ter perdido. Não era apenas protocolo; era também para dar paz de espírito ao Xavier. Ele precisava saber, absolutamente, que ela não sofreria danos ou complicações duradouras.
Somente após confirmar que não havia lesões internas, nenhum dano em sua cabeça ou coluna vertebral, e que sua condição era estável, os médicos procederam para realinhar seus ossos fraturados e aplicar os gessos.
Quando tudo foi terminado, várias horas haviam se passado.
Do lado de fora da sala de tratamento, Xavier estava sentado com olhos vermelhos e cansados, a preocupação estampada em seu rosto. Alexandre, Antoine, Liz, Atena e Minerva estavam com ele, todos tensos e em silêncio, a ansiedade pairando densa no ar do corredor enquanto aguardavam notícias.
Então o telefone da Minerva tocou.
Ela olhou para a tela, e sua garganta apertou. “Alô?” ela atendeu, sua voz engasgando enquanto falava. “Irmão…”
A voz do Rafael veio, gentil e preocupada. “Eu vi online… é verdade? A Hera está viva?”
“Sim… Sim, a Irmã Hera está viva,” Minerva conseguiu dizer, acenando com a cabeça mesmo sabendo que ele não podia ver. “Ela está na sala com os médicos agora. Ela acabou de terminar uma rodada completa de exames para verificar sua condição, e eles estão colocando o gesso em sua perna e braço fraturados. Além de uma costela quebrada do lado esquerdo e alguns hematomas… ela está bem.”
Sua voz falhou, e de repente a represa rompeu. Minerva desabou em soluços, como se todo o medo e tensão que ela vinha segurando desde o acidente finalmente transbordassem. A imagem do carro explodindo congelou seu coração de terror. Naquele momento, ela percebeu o quanto a Hera significava para ela, o quanto ela já pensava nela como família. A ideia de perdê-la a abalou profundamente.