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Capítulo 881: Capítulo 881 A Falta de Vergonha É Contagiosa

Xavier deu a ela um olhar silencioso, ainda tenso, mas ela sabia que ele estava apenas sendo cauteloso porque se importava. Como um ator mundialmente famoso, Xavier tinha milhões de fãs ao redor do mundo. Se alguém o reconhecesse enquanto ele estava fora com Hera, um enxame de pedidos de fotos e autógrafos seria inevitável, e isso poderia muito bem atrapalhar a agenda de Hera.

Logo após, um som suave mas distinto ecoou pela suíte: a campainha longa da porta.

Xavier foi atender enquanto Hera conferia novamente as coisas que planejava levar consigo. Um momento depois, quando entrou na sala de estar, ela congelou ao ver a cena à sua frente.

Xavier estava perto da porta, com uma carranca, expressando claro desagrado no rosto.

E no sofá…

Alexandre e Antoine.

Mas foi Alexandre quem fez Hera engasgar. Ele parecia um completo desastre, abatido, com olheiras, ligeiramente desgrenhado e com uma expressão atônita e assombrada. Ele levantou os olhos e avistou Hera, oferecendo um sorriso fraco e irônico, um que parecia estar à beira das lágrimas. Ele parecia totalmente derrotado, como um homem que foi emocionalmente esmagado a noite toda.

Como se alguém o tivesse completamente intimidado.

Hera quase entrou em pânico ao vê-lo, mas Xavier apenas bufou e lançou um comentário seco e sarcástico. “Bem feito para você…” ele murmurou, claramente divertido.

Hera não entendia o que estava acontecendo, mas era óbvio que Xavier e Alexandre estavam se comunicando sem dizer muito. Alexandre afundou-se em sua cadeira em silêncio, parecendo completamente esgotado. Antoine, por sua vez, olhou entre Hera e Xavier, visivelmente atordoado.

Naquele momento, apenas os quatro estavam no sofá. Os outros estavam ou ainda dormindo ou ocupados se arrumando em seus quartos. O silêncio pairou por alguns segundos até que Antoine o quebrou com um sorriso. “Ele está assim porque passou a noite toda sendo atormentado, ouvindo vocês dois agindo como animais. Eu juro, até suspeito que Xavier quebrou a maldita cama—”

Antes que ele pudesse terminar, Alexandre o cutucou com força nas costelas. Antoine se dobrou, tossindo e arquejando enquanto segurava o lado, se contorcendo como um verme ferido.

O rosto de Hera ficou vermelho como um tomate com as palavras de Antoine, queimando de constrangimento. Enquanto isso, Xavier mantinha um sorriso presunçoso, impenitente, lançando um olhar para Alexandre que dizia: ‘Sim, eu fiz de propósito.’ E Hera sabia, ele certamente fez.

O que Hera não sabia era que seu quarto principal estava diretamente acima do quarto de Alexandre e, por causa disso, ele podia ouvir tudo, desde o leve ranger da cama até seus gemidos na noite passada. Os sons despertaram algo nele, fazendo com que o calor percorresse seu corpo e enchesse sua mente de pensamentos dos quais ele não se orgulhava. Por um momento, ele até considerou se tocar apenas ouvindo, mas a culpa o invadiu. Ele sabia que era errado invadir, mesmo que de forma não intencional, um momento privado de alguém.

No entanto, o que mais o perturbava era sua reação.

Em vez de sentir ciúmes, raiva ou mágoa ao ouvir Hera e Xavier juntos, não apenas na noite passada, mas mesmo naquela manhã antes de eles subirem, ele sentiu algo diferente: excitação. E isso o assustava. Seria essa uma de suas taras ocultas? Ele havia aceitado subconscientemente seu lugar, aceitado a ideia de compartilhar uma mulher com outro homem tão facilmente?

Ele não sabia mais o que pensar.

Muito depois de Hera e Xavier terem adormecido, Alexandre permaneceu acordado, atormentado por suas pensamentos. Ele questionou seus sentimentos, sua identidade e seus desejos, mas nenhuma resposta veio. Apenas confusão. Apenas tormento. E uma sensação dolorida de que algo dentro dele havia mudado de uma forma que ele não conseguia explicar.

Mas como Alexandre ouviu tudo tão claramente, especialmente quando eles estavam hospedados em um hotel de alto padrão destinado a atender os ricos e elites?

A resposta, infelizmente para ele, estava na herança do edifício. Ao contrário das construções modernas no país de origem de Hera, que ostentavam paredes grossas e excelente isolamento acústico, o Hotel Imperial em Paris era um marco histórico, um dos mais antigos da cidade. Sua arquitetura foi preservada como parte de seu charme, e o isolamento acústico foi sacrificado em favor da autenticidade. Isso significava paredes mais finas, pisos que rangiam e muito som viajando.

Para piorar a situação, Xavier, seja por acidente ou de propósito, deixou as portas da varanda bem abertas na suíte de Hera. O hotel não tinha ar-condicionado, então fazia sentido. Mas o que piorava a situação era o alinhamento infeliz: o quarto de Alexandre estava diretamente abaixo do de Hera, e ele também deixava suas janelas abertas para o ar noturno. Xavier provavelmente sabia disso.

Assim, com a tempestade perfeita de janelas abertas, paredes finas e zero privacidade, Alexandre ouviu tudo. Os gritos de Hera, seus gemidos, o jeito rouco e baixo que Xavier tentava (e falhava) para abafar sua voz. Os sons ficaram marcados nos ouvidos de Alexandre, despertando um calor e uma inquietação que ele tentava desesperadamente suprimir. Ele travou suas próprias batalhas naquela noite, lutando contra o impulso de se tocar, lembrando-se dos limites, da decência. Em vez disso, ele tomou um banho frio, tentando afastar a tensão.

Mas a paz não durou muito.

Justo quando as coisas tinham se acalmado, Xavier acordou e começou de novo, sem vergonha, sem restrições. Pela manhã, Alexandre não tinha pregado o olho. Ele se arrastou para fora da cama, com olheiras, e foi até a suíte presidencial da Hera, na esperança de acompanhá-la até o local da sua corrida.

Ele não disse nada. Não estava buscando piedade. Ele estava apenas… cansado. Exausto. E silenciosamente derrotado por uma noite que ele gostaria de esquecer, mas sabia que nunca esqueceria.

Mas talvez… ele realmente não quisesse esquecer aquela noite.

Os gemidos sensuais e ofegantes da Hera estavam gravados em sua memória, repetindo uma e outra vez, como uma música que ele não conseguia parar de cantarolar. Deus, ele queria estar lá, com ela, mesmo que significasse ser parte de um ménage à trois.

Alexandre nunca se considerou alguém que se renderia facilmente à tentação ou, pior, dividiria a mulher que amava. No passado, ele poderia se imaginar que até mesmo um caso despertaria ciúmes nele, ou talvez por orgulho como homem, se a imaginasse na cama de outro. Pelo que ele entendia de si mesmo, ele era possessivo. Domineering, até. Mas de alguma forma, Hera era uma exceção.

Ou talvez, fosse porque ela tinha sido honesta desde o começo, não apenas com ele, mas com todos. Ela não fingia. Ela lhes disse que tinha seis namorados, disse isso sem vergonha, e tratava cada um deles com sinceridade. Ela não o iludiu nem escondeu a verdade. Ela disse a ele, claramente, e o fez entender que, se ele escolhesse persegui-la, estaria entrando em um arranjo compartilhado.

Não havia mentiras. Nem traição. Apenas clareza. E ele fez sua escolha.

Então talvez fosse por isso que a ideia de compartilhá-la, de estar com ela, mesmo que outra pessoa estivesse lá também, não o deixava com raiva. Talvez fosse por isso que sua mente vagava para a ideia de um ménage à trois… ou mais. Talvez fosse estranho. Talvez devesse tê-lo perturbado.

Mas lá no fundo, sob a confusão e o calor, ele sentiu algo inesperado: curiosidade.

E excitação.

“Eu… eu… nós…” gaguejou Hera, tirando Alexandre de seus pensamentos.

Mas ela não conseguiu continuar. As palavras ficaram presas em sua garganta, suas bochechas corando intensamente. Ela estava muito mortificada para formar uma frase completa.

Nos olhos dela, Alexandre ainda era um estranho relativo, alguém que tinha acabado de começar a mostrar interesse por ela. Não alguém que ela jamais gostaria que ouvisse os momentos mais íntimos e vulneráveis entre ela e Xavier. A mera ideia disso fazia seu estômago se contorcer de horror.

Pior ainda, as coisas que Xavier sussurrou em seu ouvido na noite passada e novamente naquela manhã ecoavam em sua mente agora, soando tão descaradas em retrospectiva. O fato de que outra pessoa poderia ter ouvido qualquer uma delas fazia com que ela quisesse se esconder sob uma pedra e nunca mais sair.

Então Xavier, como um vencedor saboreando sua conquista, sorriu e colocou um beijo no topo da cabeça de Hera.

“Não precisa explicar,” ele disse calorosamente. “Somos amantes. E se alguém entende de intimidade, são os Parisienses. Tenho certeza de que viram e ouviram coisas bem piores na vida deles. Então, não fique envergonhada.”

Ele se inclinou mais perto, sua respiração tocando o ouvido dela, seu tom mergulhando em algo muito mais perverso.

“Você foi tão incrivelmente perfeita ontem à noite, que eu queria fazer de novo imediatamente. Então, por favor… não me olhe desse jeito, ou eu posso perder o controle de novo, assim como esta manhã.”

O rosto da Hera ficou ainda mais vermelho. Ela não fazia ideia de qual “olhar” Xavier estava se referindo, mas seja lá o que fosse, claramente estava tendo um efeito devastador sobre ele.

“Argh! Eu nunca soube que Xavier poderia ser tão descarado,” pensou Hera, enterrando o rosto nas mãos. Por outro lado, com o tempo que ele vinha passando com Dave ultimamente… talvez a falta de vergonha fosse mesmo contagiosa.

Felizmente, a salvadora da Hera chegou bem a tempo; sua melhor amiga, Atena, entrou enquanto ainda prendia o cabelo em um coque frouxo. Mas no momento em que entrou na sala, ela congelou.

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