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- O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões
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Capítulo 875: Capítulo 875 Ciumento 2
Hera engoliu o nó na garganta enquanto olhava para Xavier. Ela podia ver o ciúme em seus olhos, a faísca silenciosa de possessividade emergindo. Isso a fez lembrar de como os protagonistas masculinos foram originalmente escritos em ‘A Linha Tênue Entre o Amor e a Luxúria.’ Claro, eles haviam concordado em compartilhar a protagonista feminina, mas isso não significava que a rivalidade tivesse realmente desaparecido. Cada um deles ainda via os outros como concorrentes, constantemente tramando por mais tempo com ela. Às vezes, eles até a compartilhavam simultaneamente, apenas para manter o equilíbrio da trama.
Mas Hera quase havia esquecido disso.
Desde que aceitou todos eles, as coisas estavam inesperadamente harmoniosas. Eles agiam mais como uma grande família não convencional do que rivais. Embora ainda pregassem pequenas peças uns nos outros, essas tramas eram mais brincalhonas do que maliciosas—irritantes às vezes, mas nunca sérias o suficiente para causar tensão real.
O que mais a surpreendia era como eles estavam dispostos a ceder e dar tempo uns aos outros com ela. Talvez fosse por praticidade—afinal, todos tinham agendas cheias—ou talvez eles simplesmente houvessem amadurecido além de seus designs originais.
Mas agora, com Leo fora, algo havia mudado. O equilíbrio cuidadoso que eles mantinham parecia ter inclinado. Sem Leo, que frequentemente servia como o mediador não oficial ou talvez o líder do grupo, era como se a programação original dos protagonistas masculinos estivesse se reafirmando. E Xavier, antes calmo e provocador, agora mostrava sinais do caráter possessivo para o qual foi escrito.
Enquanto Hera estava momentaneamente distraída, Xavier estreitou os olhos, seus pensamentos sombrios—ele presumiu que ela estava pensando em Alexandre.
“Morango, você parece distraída… Fui gentil demais com você?” ele murmurou, sua voz carregada de um tom provocante.
Seu olhar varreu a sala e pousou na gravata que ele havia usado na noite anterior, agora pendurada nas costas de uma cadeira. Sem perder o ritmo, ele a pegou e gentilmente a enrolou em torno dos olhos de Hera, vendando-a.
A escuridão repentina a fez ofegar suavemente, e por um momento, sua mente piscou para uma memória dela com Luke e Rafael em seu escritório, naquela noite em que tudo se confundiu em calor e desejo. Seu coração deu um solavanco nervoso. A antecipação floresceu em seu peito, misturando-se com tensão e excitação.
Com sua visão retirada, seus outros sentidos se aguçaram. Cada mudança no ar, cada passo que Xavier dava, era ampliado. Embora ele estivesse apenas dois passos de distância, sua presença parecia um puxão gravitacional contra sua pele.
Então, as pontas dos dedos dele roçaram levemente, dolorosamente devagar, do seu braço superior até a palma da sua mão. Um gemido escapou de seus lábios, involuntário. A sensação formigante seguia após o toque dele, como faíscas através de seus nervos, acendendo um tremor profundo em seu estômago. Seu núcleo se apertou em resposta, sua respiração prendeu enquanto seu corpo reagia até ao toque mais suave da pele dele.
“Diga-me, Morango,” sussurrou Xavier, sua voz baixa e sombria. “Você gosta que seja gentil… brincalhão… ou quer que seja duro?”
Ele se inclinou até que a ponta do nariz dele roçasse contra a concha do ouvido dela, enviando um delicioso arrepio descendo pela espinha de Hera.
A pergunta era ambígua, mas dada a situação atual deles—ela vendada, a proximidade deles, o ar carregado—era óbvio o que ele queria dizer. Sua respiração engatou, e seus lábios se abriram ligeiramente, mas nenhuma palavra saiu. Ela não sabia como responder. Ou talvez… não quisesse responder.
Em vez disso, uma antecipação ardente floresceu em seu peito, aquecendo-a de dentro para fora. Era como se a venda tivesse desnudado suas defesas, aguçando não apenas seus sentidos, mas seus desejos. Seu corpo reagia à proximidade, à voz dele, ao calor dele—e talvez, só talvez, ela estivesse finalmente começando a aceitar que estava tudo bem desejar ser desejada, desejar esse tipo de proximidade.
Ou talvez… essa fosse a verdadeira emoção que vinha com ser a protagonista feminina. Agora que Hera conscientemente tomou o halo da protagonista feminina de Alice, não era apenas seu papel que havia mudado. Ela era a protagonista feminina agora. E junto com isso veio a programação original—anseios, desejos, desejos sexuais e uma atração quase magnética em direção aos protagonistas masculinos.
Ela estava mais sensual. Mais consciente. Mais facilmente levada pela intoxicação do toque deles.
Hera soltou um suspiro trêmulo enquanto Xavier lentamente se afastava. Mesmo vendada, ela podia praticamente sentir o sorriso travesso curvando os lábios dele. O suave farfalhar do tecido encheu a noite silenciosa, e de repente, Hera estava hiperconsciente de tudo—cada som, cada respiração, cada batida de seu coração acelerado.
Então veio o som de uma fivela de cinto se desfazendo, agudo e metálico na quietude… antes que parasse.
“Você faria as honras, minha dama?” Xavier murmurou provocativamente, guiando sua mão em direção à cintura dele.
As pontas dos dedos dela tocaram o metal frio da fivela, e ela se encolheu ligeiramente, seus lábios se abrindo enquanto sua respiração prendia na garganta. Seu coração batia furiosamente, sua pele ruborizada, e embora já soubesse o que estava prestes a acontecer, a antecipação se enrolava fundo em seu estômago.
Mas não era nervosismo—era expectativa.
E então aconteceu. Um lampejo em sua mente, como estática na tela de uma TV—um zumbido de ruído branco nos cantos de sua consciência. Seus pensamentos se borraram por um momento, e assim… todas as suas perguntas foram respondidas.
Ao cortar o caminho de Alice e transformá-la em uma pária, Hera não apenas tomou o centro das atenções — ela assumiu o papel por completo. O halo que antes pertencia a Alice agora era dela. A admiração de todos, a proteção que o protagonista masculino oferece à protagonista feminina, o apelo romântico… assim como o desejo que a protagonista feminina tinha.
Isso não era mais apenas sobre amor — era sobre necessidade. Ânsia. Magnetismo.
Ela havia se tornado a verdadeira protagonista feminina. E com isso veio tudo o que o papel implicava — incluindo a fome que agora ameaçava consumi-la.
Hera agora entendia — verdadeiramente entendia — que ela prezava os protagonistas masculinos. Ela não os via mais como inimigos ou ameaças como uma vez havia feito. Sempre houve uma atração magnética entre eles, mas agora, essa atração havia se aprofundado — se tornado mais pesada, mais avassaladora.
Não era apenas emocional. Era físico. Primordial.
Seu corpo estava esquentando rapidamente, sua respiração falhava, seu coração disparava, e no canto de sua mente, aquela estática branca familiar piscava novamente — sussurrando, instigando-a a se soltar, a abrir-se completamente para eles, a se entregar e ser arruinada pelo amor deles.
Mas então, em vez de desabotoar o cinto do Xavier como ele havia insinuado, Hera lentamente levantou a mão e deixou seus dedos deslizarem pelos músculos abdominais firmes dele.
Xavier se sobressaltou. Seus músculos abdominais contraíram-se sob o toque dela, e um grunhido abafado escapou de seus lábios. “Ugh… Hera,” ele suspirou, seu nome carregado de desejo.
Se ele podia provocar, então ela também podia.
A mão de Hera deslizou para cima, explorando as linhas duras dos seus abdominais, depois o seu peito — seu toque suave mas intencional. E a cada centímetro que ela traçava, ela podia sentir a tensão em Xavier se enrolar ainda mais.
O corpo dele se tornava mais quente sob as pontas dos seus dedos, sua respiração mais pesada, e seus olhos escuros, já tempestuosos de luxúria, tornavam-se ainda mais intensos — perigosamente perto de soltar o último fio de autocontrole.
Então Xavier pegou delicadamente mas firmemente o pulso de Hera, guiando-a e girando-a até que ela ficasse de frente para o sofá. Com a mão sobre a base de suas costas, ele a incentivou a ajoelhar-se, seu peito pressionado contra o encosto, suas costas arqueando naturalmente.
Ele ficou atrás dela, absorvendo a visão com uma respiração trêmula que virou um rosnado baixo e faminto quando pressionou o pênis rijo contra a curva da sua nádega.
“Você realmente gosta de brincar com fogo, hein, Morango?” ele murmurou, sua voz áspera e escura de desejo.
Inclinando-se para frente, ele enterrou o rosto na curva do pescoço dela, inalando profundamente como se apenas o aroma dela pudesse intoxicar ele. Então, lentamente, ele pressionou beijos ao longo da sua pele — quentes, deliberados, arrastando-se sobre ela como lava derretida.
Cada lugar que os lábios dele tocavam parecia faiscar e queimar, deixando para trás um calor formigante que fazia Hera tremer incontrolavelmente. Sua respiração falhou, seu corpo ansiando, cada nervo aceso com antecipação — e ainda assim, ela ansiava por mais.
Rasgou.
Hera engasgou, sua boca se abrindo em choque enquanto o som agudo cortava o ar — Xavier havia rasgado suas roupas. Seu coração vacilou de incredulidade. ‘Sério?’ Aquelas eram peças de marca! Mesmo que ela tivesse se acostumado ao seu novo estilo de vida e riqueza, seus hábitos frugais, aprimorados ao longo de anos de vida modesta, ainda a acompanhavam.
Instintivamente, ela tentou olhar para trás, embora a venda a mantivesse no escuro. “Xavier—” ela começou, mas antes que pudesse falar mais, ele a prendeu gentilmente mas firmemente, uma mão segurando-a no lugar enquanto a outra continuava descascando suas roupas como se fossem papel de embrulho.
‘Não podemos tirar as roupas como pessoas normais?’ ela lamentou interiormente, momentaneamente arrependida de ter atiçado o fogo nele. Ela não tinha percebido o quão indomável Xavier poderia ser quando levado além do seu limite.
Então, ela sentiu os lábios dele pressionarem a pele nua das suas costas, quentes e demorados. Ele pressionou o pênis rijo contra ela, fazendo sua respiração falhar.
“Morango,” ele sussurrou contra sua pele, sua voz rouca, “seja uma boa menina… Não me tente mais, ou eu posso realmente perder o controle.”
A ameaça baixa em seu tom enviou um arrepio espiralando por sua coluna. Hera inclinou a cabeça para o lado, seus lábios se abrindo em um gemido suave, seu corpo já se rendendo à tensão densa entre eles.