- Home
- O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões
- Capítulo 872 - Capítulo 872: Capítulo 872 Como Eles a Compartilham
Capítulo 872: Capítulo 872 Como Eles a Compartilham
“Que surpresa ver você aqui, Hera…” Alexandre disse, fingindo surpresa enquanto olhava ao redor do restaurante antes de fixar o olhar nela. Ele se levantou e casualmente foi até a mesa da Hera para cumprimentá-los. A expressão anteriormente lânguida do Xavier mudou instantaneamente—sua postura inteira tornando-se afiada e alerta, como um gato eriçando-se à vista de um rival.
Alexandre, no entanto, não deu atenção a ele, mantendo o foco fixo na Hera.
Ao redor da mesa, Atena, Liz, Minerva e Antoine podiam praticamente sentir o cheiro da tensão no ar. Silenciosamente, todos tentaram diminuir sua presença, como se esperassem tornar-se espectadores invisíveis do drama que se formava. Atena pegou seu suco de laranja recém-espremido, os lábios envolvendo o canudo enquanto bebia silenciosamente, seu olhar alternando entre Xavier e Alexandre, depois para Hera, que parecia estar sentada em uma cama de espinhos.
Ela podia ver claramente as veias no pescoço do Xavier começando a saltar, um sinal perigoso de que ele estava a momentos de explodir.
“Olá, Senhor Stalker. Está se divertindo, nos seguindo até aqui?” Xavier falou arrastado, descansando o cotovelo na mesa e apoiando a bochecha na palma da mão. Ele tentou parecer casual, mas as veias salientes em sua testa e pescoço traíam sua crescente irritação.
Hera, ao ver esse lado desconhecido de Xavier, mordeu o lábio para sufocar uma risada. Não era o momento certo—principalmente com faíscas praticamente voando pela mesa—mas era difícil não achar sua ciumenta contenção mal disfarçada engraçada.
Alexandre, no entanto, ignorou completamente a provocação sarcástica de Xavier.
Xavier, intrigado pela falta de reação, franziu a testa interiormente. Esse tipo de fala geralmente funcionava para Dave—as pessoas não aguentavam quando ele fazia aquele ato presunçoso. Mas aqui, não surtiu efeito. Ele queria irritar Alexandre e fazê-lo parecer ridículo na frente da Hera, para expor ele por ser um idiota pretensioso. Mas de alguma forma, não estava funcionando.
“Posso me juntar à mesa de vocês?” Alexandre perguntou, a voz suave e polida.
“Não, você não pode,” Xavier disparou instantaneamente, apertando o braço ao redor da cintura da Hera e puxando-a para mais perto. Só mais um pouco, ela teria caído em seu colo. Ele não se importava se aquilo parecia possessivo—ele queria que Alexandre visse claramente: Hera estava comprometida, e não havia lugar à mesa para convidados indesejados.
Mas Alexandre continuou a ignorar totalmente Xavier, o que, ironicamente, só irritou Xavier ainda mais. Ser ignorado doía mais do que um insulto direto, e agora ele se sentia como o desprezado.
Fazendo beicinho levemente, ele mordeu o lábio e olhou para Hera com olhos de cachorro abandonado, procurando parecer um cachorrinho abandonado na chuva. Ele estava claramente atuando, mas era um performer tão bom que ainda tocava o coração.
Hera, apesar de saber bem que ele estava fingindo, não conseguiu deixar de ser tocada. Xavier parecia muito lamentável para ser ignorado. Ela suspirou e gentilmente segurou o rosto dele nas mãos, a voz suavizando enquanto cedia.
“Tudo bem, tudo bem… pare de me olhar assim,” ela disse com um sorriso impotente.
Xavier inclinou-se ao toque de Hera, esfregando a bochecha contra a palma da mão dela como um gato mimado buscando afeição. “Então… você pode me beijar?” murmurou, seus olhos vermelho-rubi abaixando-se numa expressão de cachorro ferido. “Eu me sinto tão mal…”
Era claro que ele estava encenando—para deixar Alexandre com ciúmes, para afirmar sua posição—mas isso não o tornava menos eficaz. Hera sabia que essa era a estratégia de Xavier e, talvez fosse um pouco cruel, mas ainda assim seu coração amoleceu. Afinal, Xavier raramente agia assim. Ele não era do tipo que pedia afeição; geralmente demonstrava amor através de ações, não palavras. Então, quando ele se permitia ser vulnerável, tocava na alma dela.
Cedendo, Hera o beijou na bochecha.
Mas Xavier ainda parecia miserável.
Então ela o beijou novamente—na testa, depois na ponta do nariz. Ainda insatisfeito, ele manteve aquela expressão de partir o coração até que, finalmente, Hera deu uma risadinha suave e lhe deu um beijo rápido nos lábios.
Só então Xavier sorriu, radiante e presunçoso, como uma estrela que acabou de conquistar o céu noturno.
E funcionou. A expressão de Alexandre endureceu, seu coração levando um golpe visível. Até Antoine se encolheu—ele já tinha nutrido sentimentos por Hera também, e ver ela demonstrar afeto abertamente a Xavier doeu mais do que ele esperava.
Ele pensou que Alexandre, orgulhoso herdeiro da poderosa família Arnault, nunca toleraria tal humilhação. Certamente, ele sairia em indignação. Mas não—Antoine percebeu, para seu choque, que Alexandre não estava desistindo.
Ele tinha caído muito fundo, e não havia como voltar atrás.
Mesmo após o desafio descarado de Xavier, tentando forçá-lo a recuar com seu orgulho ferido, Alexandre não se moveu. Ele ficou ali, assistindo Hera beijar Xavier gentilmente, acalmando-o com um afeto suave. Isso torceu algo profundo em seu peito.
‘É assim que eles fazem?’ ele se perguntou amargamente. ‘Revezam-se? Observam a mulher que amam ser carinhosa com outro?’
A dor em seu coração confirmou—sim, isso machuca. Dói ver a mulher que ele se importa mostrar tal amor por outro homem. A possessividade que surgia dentro dele era aguda, quase enlouquecedora. Como os outros aguentavam? Como eles se controlavam?
Mas então ele percebeu—eles não controlavam sua possessividade. Eles a abraçavam. Eles a canalizavam. E todos estavam profundamente, irrevogavelmente apaixonados por ela.
Porque se eles fossem lutar por ela, realmente lutar, apenas um poderia vencer—e o resto ficaria arrasado. E assim, eles escolheram compartilhá-la… não porque queriam, mas porque perdê-la totalmente seria muito pior.
Felizmente, Leo era o mais magnânimo entre eles. Ele nunca tentou afastar os outros ou reivindicar Hera completamente para si. Ele entendia que, embora fosse forte, se os outros jamais decidissem se unir contra ele antes de lutar entre si, isso se transformaria em uma situação de perde-perde. No final, quem mais sofreria seria Hera.
Não foi fácil no início, mas Leo e o resto eventualmente escolheram a convivência em vez do caos, por causa dela. Com o tempo, eles até estabeleceram uma espécie de hierarquia, com Leo naturalmente se tornando o chefe silencioso. Os outros, embora relutantes em admitir no começo, gradualmente aceitaram suas posições.
Mas agora, com alguém novo como Alexandre entrando na cena, aquele equilíbrio frágil estava sob ameaça. Sua presença poderia desequilibrar as escalas e destruir a paz instável que eles trabalharam tanto para manter. É por isso que eles estavam tão firmemente contra ele—porque seu envolvimento não era mais apenas uma questão de amor ou rivalidade. Era sobre preservar a harmonia que eles construíram por causa da Hera.
Isso era algo que Alexandre ainda não entendia completamente. Ele só podia observar e tentar montar o quebra-cabeça. Mesmo assim, ele permaneceu teimoso, seu olhar intenso fixado em Hera. Hera, sentindo o peso do olhar dele, sentiu suas bochechas corarem. Afinal, ela acabara de beijar Xavier—e seria uma mentira dizer que não entendia os sentimentos de Alexandre. Ele fora vocal sobre eles desde o começo.
“Hum… você pode se sentar,” Hera disse por fim.
O brilhante sorriso de Xavier se transformou em uma carranca, enquanto a expressão de Alexandre iluminou-se com surpresa e satisfação. Ele não perdeu um segundo arrastando uma cadeira e se plantando bem ao lado de Hera.