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- O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões
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Capítulo 859: Capítulo 859 Quem Disse Que Apenas Mulheres Podem Usar Uma Tiaras?
“Mas enquanto eu o via lutar por sua vida,” Hera continuou, sua voz calma mas cheia de uma força silenciosa, “de repente encontrei uma inspiração. Como muitos de vocês sabem, a fênix é um pássaro mitológico que se queima em seu próprio fogo—mas não termina ali. Ela renasce de suas cinzas, transformada em algo mais forte e ainda mais belo, capaz de incendiar o mundo com suas chamas.”
Ela olhou para o design na tela.
“Enquanto projetava a Fênix, eu ficava olhando para meu namorado, rezando para que ele se levantasse de sua própria batalha de vida ou morte. Que ele voltasse mais forte… e um dia enfrentasse aqueles que o machucaram, com uma força forjada através da dor e da sobrevivência, para que ele pudesse obter sua própria vingança.”
Ela fez uma breve pausa antes de continuar, “A linha Dragão, por outro lado, era algo que eu projetei para mim mesma. Existe um ditado que diz que dragões não nascem—they’re made. Um dragão não é uma criatura de conforto; é uma criatura de desafios. Uma pequena cobra em um lago pode sonhar com grandeza, mas a menos que se atreva a deixar a segurança daquele lago e enfrentar o vasto e imprevisível oceano, nunca crescerá em algo maior.”
Seus olhos varreram a sala, seu tom firme e pessoal.
“Eu me via como aquela cobra. Pequena. Cheia de medo. Mas determinada a crescer. E para fazer isso, eu tive que enfrentar meus medos, superar minha dor, e percorrer caminhos que eu nunca imaginei. Só assim espero ser mais forte—forte o suficiente para me tornar a força de alguém. Alguém digno de proteger as pessoas que eu amo.”
A sala ficou em silêncio.
Anda boquiabertos.
Comovidos.
Mesmo aqueles que antes estavam com expressão de desdém agora a olhavam com outros olhos—não apenas como uma competidora, mas como alguém que derramou sua alma em sua arte.
O que Alice disse sobre sua inspiração foi de fato comovente e bem articulado, mas comparado à emoção crua de Hera—enraizada em lutas reais, dor e amor—parecia superficial. A diferença era gritante. As palavras de Hera ressoaram profundamente, despertando algo em todos que ouviram.
Antes que alguém pudesse levantar mais perguntas ou dúvidas, Hera se voltou para a tela e trouxe ambos os seus designs lado a lado.
“Como vocês podem ver na linha Dragão,” ela disse, seu tom calmo e confiante, “há um chifre na peça de cabeça. À primeira vista, parece que foi projetado apenas para homens—mas na verdade é uma tiara. Ela contém um mecanismo oculto que permite transformá-la em um ornamento de cabeça. E enquanto a linha Fênix tem uma tiara óbvia, quem disse que apenas mulheres podem usar uma?”
Seus lábios se curvaram em um pequeno, orgulhoso sorriso.
“Meu namorado é tão bonito que, se usasse essa tiara, ficaria absolutamente deslumbrante. Eu a projetei para suavizar sua aura fria e distante e realçar uma espécie de quieta realeza. Algo elegante, belo, e digno dele.”
Então, ela pressionou algumas teclas no teclado. A tela animou seu design, revelando a transformação da tiara em forma de chifre. Lentamente, e com precisão, ela se transformou—desdobrando-se e baixando em uma ferronnière de obsidiana, repousando sobre a testa como uma joia delicada e antiga.
Ninguém teria conhecido essa função apenas olhando para ela.
Afinal, o design ainda não havia sido trazido à vida. Os mecanismos ocultos estavam incorporados no código de seu modelo 3D, programados e calculados pela própria Hera. Somente ela conhecia os gatilhos escondidos e, com aquela pequena demonstração, provou mais do que sua autoria—mostrou engenhosidade e visão.
“Nem todas as tiaras precisam apontar para o céu,” acrescentou suavemente. “Às vezes, elas se inclinam graciosamente… como uma promessa pressionada à testa.”
Muitas pessoas começaram a falar animadamente sobre a engenhosidade do design da Hera. Afinal, a Competição de Expressões IGI foi construída para celebrar a originalidade e a inovação—e Hera entregou ambas, e mais um pouco. Com sua demonstração do mecanismo oculto, ficou claro que o design ia muito além da beleza superficial. Sua compreensão dos aspectos técnicos e da programação deixou pouca margem para dúvidas—quase ninguém mais questionava a autoria da peça. Em vez disso, começaram a perceber que algo muito mais profundo estava acontecendo.
Vários repórteres voltaram sua atenção para os organizadores e a equipe do evento, alguns dos quais começaram a se mexer nervosamente à margem. A tensão crescia a cada segundo. Membros mais ousados da imprensa avançaram, ávidos por empurrar ainda mais o momento—esperando por uma explosão midiática que pudessem aproveitar para manchetes e tráfego.
Um repórter levantou a mão e chamou, alto o suficiente para que toda a sala ouvisse:
“Senhorita Andarta Aria, este mecanismo oculto é incrivelmente sofisticado. Você parece muito familiarizada com seu funcionamento. Posso perguntar—você o desenhou sozinha? Ou contratou um programador profissional ou matemático para auxiliá-la?”
Foi uma pergunta incisiva, deliberadamente elaborada para agitar o ânimo.
Afinal, Alice havia declarado anteriormente que teve que contratar tanto um programador quanto um matemático para ajudar com seu modelo 3D—especificamente para calcular a refração da luz e as transições de movimento suaves. O tom do repórter sugeria que ele queria destacar o contraste—e talvez, preparar o cenário para que algo muito maior se desenrolasse.
Hera sorriu graciosamente, sem demonstrar impaciência apesar da tentativa do repórter de encurralá-la ou provocar controvérsia. Em vez de se sentir provocada, seu sorriso apenas se ampliou de forma generosa enquanto ela respondia com calma confiança.
“Não, eu não contratei ninguém. Tenho um entendimento básico de programação e fiz a codificação e os cálculos por conta própria. Programadores, como muitos sabem, tendem a ser meticulosos com números e detalhes—então foi mais fácil para mim esconder um pequeno truque como este dentro do código. Um acesso escondido como esse só seria conhecido pelo criador original do modelo 3D.”
Ela fez uma pausa, deixando suas palavras serem absorvidas antes de continuar com um tom firme.
“E se alguém quiser sugerir que talvez eu tenha conspirado com o programador e o matemático contratados pelo designer anterior, então, por favor—à vontade—peçam a ela que nomeie essas pessoas. Podemos começar uma investigação imediatamente. Além disso, minha evidência não se baseia apenas em truques inteligentes como este.”
A clara e preventiva resposta de Hera pegou o repórter de surpresa. Ele estava se preparando para levantar justamente essa suspeita—esperando atiçar as chamas e aumentar a audiência. Mas Hera já havia antecipado o movimento e o desmantelou com elegância e precisão.
Esta demonstração também revelou que, apesar da modesta afirmação de Hera de ter apenas um entendimento básico de programação, a complexidade e execução perfeita dos mecanismos ocultos em seu design contavam uma história diferente. Nem todo programador conseguiria atingir tal funcionalidade suave em tão curto período—isso exigia um nível de expertise muito além do básico. Claramente, Hera possuía um certo grau de domínio.
Claro, fazia sentido. Comparada a Sasha—a hacker mais bem classificada do mundo—Hera poderia parecer uma novata, mas ter alguém desse calibre dentro de seu círculo lhe dava uma vantagem inestimável. Por que não aprenderia algumas técnicas e obteria insights de um recurso tão valioso? Teria sido um desperdício não fazer isso.
Ainda assim, Hera sabia bem que não deveria exibir tais conexões perante a mídia ou os jurados. Em vez disso, sabiamente optou por minimizar suas habilidades e direcionar a conversa de volta para o que mais importava—seu design. Afinal, esta competição não era sobre programação; tratava-se de criatividade, autenticidade e inovação no design de joias.