O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões - Capítulo 852
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Capítulo 852: Capítulo 852 Quem Está Observando?
“Não se preocupe. Eu vou cuidar disso. Você pode ficar tranquila,” Alexandre disse com uma confiança silenciosa.
Ele sabia melhor do que confundir o acordo de Hera com uma promessa de afeto. Ela não o havia aceitado como amante—apenas escolheu não afastá-lo, para não criar mais problemas para si mesma em uma terra onde inimigos observavam cada movimento seu. Alexandre entendia claramente sua posição.
Agora, Mindy e seu círculo sem dúvida retaliariam, procurando qualquer desculpa para revidar. Se Hera tivesse rejeitado Alexandre abertamente, isso não teria parado Mindy—poderia até piorar as coisas. E se ela tivesse ofendido Alexandre além disso, ela ficaria presa no fogo cruzado de ambos os lados.
A decisão de Hera não era por romance—era estratégia. E Alexandre, apesar das emoções que fervilhavam dentro dele, respeitava-a por isso.
“Obrigada, Senhor Arnault,” Hera disse com um sorriso educado antes de se virar para ir embora.
Alexandre ficou parado, observando sua figura se afastando como um cachorrinho solitário. Parte dele queria correr atrás dela, egoistamente puxá-la para seus braços e nunca mais soltá-la—mas ele sabia que era melhor não fazer isso. Ele podia sentir a linha que ela havia traçado, as fronteiras que ela não deixaria ninguém cruzar tão facilmente. Se ele pressionasse demais, ela só se afastaria ainda mais, e ele não estava disposto a perder nem a menor conexão que tinha com ela.
Não, ele teria que ir devagar. Gentilmente. Ele precisaria entrar lentamente em seu coração—talvez até no coração do seu harém—e conquistar a aceitação deles antes de esperar pela dela. Afinal, se uma mulher mantinha sua guarda apesar de sentir a faísca, às vezes a melhor maneira de entrar era através daqueles mais próximos a ela. Conquistar as pessoas de quem ela gostava, construir confiança e esperar pelo momento certo.
Um novo plano silenciosamente tomou forma na mente de Alexandre enquanto ele olhava pensativamente para suas costas, um pequeno sorriso se formando no canto de seus lábios.
O que ele não percebeu, no entanto, foi que três pares de olhos ainda estavam observando ele—dois com clara diversão, enquanto o terceiro pertencia a Minerva, que permanecia um pouco atordoada. Tantas emoções haviam passado pela cena que ela não conseguiu acompanhar. Ela apenas piscou fora de seu transe uma vez que a silhueta de Hera havia desaparecido completamente.
Então Alexandre se virou, não retornando ao salão de eventos, mas indo direto para casa—ele precisava falar com seu pai.
“Bem, aquilo foi um show intenso,” Atena comentou, quebrando o silêncio.
“Sim… Eu não pensei que terminaríamos com lugares na primeira fila para um drama romântico ao vivo,” Liz disse com um sorriso provocante. “Você acha que ainda é o clássico ‘CEO corre atrás da esposa até o crematório’ em busca de redenção? Ou evoluiu para ‘CEO perseguindo o verdadeiro amor’ agora?”
Só então a cabeça de Minerva se virou para elas em alarme, seus olhos arregalados. “Esperem—vocês estão me dizendo que aquele cara estava de olho na Hera?!”
Sua voz era quase um grito, atraindo alguns olhares curiosos em sua direção. Até aquele momento, ela não havia entendido completamente do que Atena e Liz estavam falando com toda aquela conversa de drama de CEO. Mas depois de testemunhar a troca entre Alexandre e Hera, a realização a atingiu como um caminhão.
Ela começou a entrar em pânico.
Seu irmão—intimidador, dominador, cabeça quente, mas irremediavelmente apaixonado—já estava profundamente envolvido com Hera. E ele já tinha que lidar com cinco outros rivais. Se outro pretendente como Alexandre entrasse na mistura, será que seu irmão estilo máfia teria alguma chance?
Minerva gostava de Hera. Muito. Ela estava começando a imaginá-la como a cunhada perfeita. O que significava uma coisa: ela não podia deixar mais ninguém roubar Hera—não agora, nem nunca.
“Bem, você está lenta para perceber,” Atena disse com um sorriso travesso, observando a expressão apavorada de Minerva com clara diversão.
Era quase engraçado—Minerva parecia genuinamente angustiada, como se a ideia de Hera ser roubada de seu irmão fosse uma emergência pessoal. Esta reação era tão diferente da Minerva que Atena conhecia—uma garota que costumava ser maliciosamente hostil com Hera, tratando-a como uma piada e até fazendo-a agir como empregada de Alexi enquanto ela e Alexi se divertiam.
Atena não podia deixar de se perguntar como havia ocorrido uma mudança tão drástica. Por um momento, ela apenas observou Minerva em silêncio. E pela primeira vez, ela realmente acreditou no que Hera havia dito antes—que talvez, só talvez, Minerva estivesse realmente sendo controlada pelo enredo o tempo todo. Forçada a desempenhar o papel da segunda protagonista feminina maliciosa, representando um roteiro que não era inteiramente dela.
Justamente quando estavam absortas na conversa, uma sombra de repente pairou sobre elas, e Atena instantaneamente engoliu suas palavras.
“Hehehe… querida, você voltou?” Atena disse com uma risada nervosa, olhando para Hera com um sorriso culpado.
Hera, que supostamente havia se afastado após deixar Alexandre, havia retornado inesperadamente. Mas é claro que ela voltou—quando saiu do hotel e olhou para trás, percebeu que ninguém estava seguindo-a. Preocupada, ela saiu procurando seus amigos, na esperança de que eles não tivessem se metido em problemas.
Ela não havia notado que eles haviam ficado para trás antes porque sua mente estava muito ocupada pensando no que fazer em seguida. Mas quando voltou e os viu reunidos fofocando como se estivessem dissecando um drama de romance em horário nobre, ela sentiu uma onda de exasperação.
Lá estavam eles—seguros, despreocupados e totalmente entretidos—discutindo sua situação como se fosse um episódio suculento de TV. E Hera não precisava adivinhar quem era a líder desse pequeno clube de comentários. Ela deu a Atena um olhar longo e conhecedor.
Claro. Tinha que ser Atena—a romântica incorrigível, a mente certificada do amor.
“Vamos voltar para o hotel,” Hera disse, beliscando levemente as bochechas de Atena antes de se virar e dar um passo à frente. Ela parou e olhou por cima do ombro para verificar se os outros estavam seguindo. Quando os viu atrás dela, continuou andando em direção à saída.
Lá fora, seus guarda-costas já estavam esperando. Um elegante Rolls-Royce Cullinan estendido estava estacionado à beira da estrada, seu motor zunindo suavemente.
“Jovem Senhorita, por favor,” um dos guarda-costas disse respeitosamente enquanto abria a porta do carro para Hera, colocando uma mão sobre o topo da porta para proteger sua cabeça de bater na moldura ao entrar.
Os outros a seguiram para dentro do veículo, e assim que todos estavam sentados, o guarda-costas fechou a porta gentilmente antes de correr para o carro atrás do veículo líder. A frota saiu em uma coordenação suave e ensaiada.
Das sombras próximas, alguém emergiu silenciosamente—era ninguém menos que Alice.
Ela estava à espreita, procurando sujeira para usar contra Hera. Foi ela quem secretamente tirou a foto de Hera e Alexandre mais cedo, na esperança de causar problemas. Mas agora, vendo Hera partir de maneira tão impecável e digna enquanto ela mesma se escondia como um rato de esgoto, Alice estava fuming.
Doía ainda mais saber que ela não tinha dinheiro sobrando, e o hotel em que estavam hospedados ficava do outro lado da ponte—a uma boa distância. Pior ainda, Hera nem se importou de procurá-la, não ofereceu uma carona, não se preocupou se ela ficou para trás.
‘Que vadia egoísta,’ Alice pensou amargamente, com os punhos cerrados. Ela olhou ao redor em busca de ajuda, mas a área estava quase deserta, com apenas transeuntes ocasionais. Resignada e fervendo, ela não teve escolha a não ser começar a longa caminhada de volta—cambaleando em seus saltos, cada passo aumentando sua fúria.