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- O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões
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Capítulo 814: Capítulo 813 O Passado de Zen
Talvez Hera acreditasse que estava mantendo tudo sob controle — que não estava deixando nada escapar, e que estava tratando todos os seus amantes de forma igual. Mas na verdade, era claro para qualquer um que prestasse atenção que ela tinha um favorito.
Ainda assim, nenhum deles mencionava. Quando concordaram em compartilhá-la, sabiam que não seria fácil para Hera manter um equilíbrio perfeito, e eles aceitaram isso.
Desde que ela não os rejeitasse abertamente, e enquanto ela se esforçasse para mostrar-lhes carinho, nenhum deles — Luke, Zhane, Xavier, Rafael, ou mesmo Dave — dificultaria as coisas para ela. Em vez disso, eles simplesmente encontrariam maneiras de conquistar mais da atenção dela, de seduzir seu afeto, sabendo que ela estava fazendo o seu melhor.
E quanto a Leo? Ele sabia que era o principal marido — e tinha toda a intenção de manter essa posição enquanto vivesse. Os outros já aceitaram isso. Afinal, Leo era muito composto, muito calculista, e apenas charmoso o suficiente para superá-los todos.
Mesmo com os cinco juntos, eles não conseguiam igualar suas sutis manipulações e sua habilidade de ficar dois passos à frente. No final, eles simplesmente se resignavam ao destino.
“Bem, o que posso dizer? Mas honestamente, Hera — se você precisar de qualquer coisa, não hesite em pedir minha ajuda. Posso parecer uma celebridade de pouco renome, mas venho de uma família militar…” Zen se inclinou, abaixando a voz como se estivesse compartilhando uma missão ultrassecreta, sua expressão de repente séria e secreta.
Hera ergueu uma sobrancelha, desconfiada, enquanto o olhava de cima a baixo lentamente. De cabeça a pés, nada em Zen gritava “fundo militar”. Sua postura relaxada, a maneira preguiçosa como mordiscava seu croissant de chocolate, e o jeito casual como espalhava seus membros, tudo colidia com a imagem que ela tinha em mente — uma pessoa criada com disciplina militar deveria exalar ordem, estrutura e contenção.
Em vez disso, Zen parecia que estava a uma mordida de desabar sobre a mesa para tirar uma soneca.
Cadê a disciplina? A resiliência? A presença de comando? Claro, ele tinha uma boa estrutura física, mas além disso? Seu cabelo tingido, sorriso bobo e comportamento completamente despreocupado não gritavam exatamente “forças especiais”.
“O quê?! Por que você está me olhando assim — como a rainha crítica que você é?!” Zen quase pulou de sua cadeira quando percebeu o olhar avaliativo de Hera. Ela nem se deu ao trabalho de responder — apenas sacudiu a cabeça com um suspiro, como se estivesse totalmente farta dele.
Zen sentiu como se seu orgulho tivesse sido pisoteado. Ali estava ele, tentando agir como seu irmão mais velho confiável, e ainda assim ela o olhava como se ele fosse um caso perdido.
Doía — como um tapa no ego. Ele queria argumentar, defender-se… mas quanto mais pensava, mais percebia que não tinha um único argumento para se apoiar.
“Eu realmente sou de uma família militar, sabia,” Zen disse com um suspiro. “Mas eu não suportava o ambiente rígido, estoico e insípido. Então eu fugi de casa e comecei minha própria carreira na indústria do entretenimento.”
Ele riu, coçando a nuca. “Meu avô quase me desapropriou quando eu tingi meu cabelo. Ele realmente tentou me raspar a cabeça. Eu estava tão apavorado que me mudei para os dormitórios e não fui para casa por meses.”
Zen parou por um momento antes de continuar, “Felizmente, tenho um irmão mais velho que assumiu e seguiu a tradição da família — ele é o filho de ouro que carregou o manto do meu pai e do meu avô.”
Ele deu um pequeno arrepio, como se lembrasse de algo realmente traumático. “Só de pensar no Vovô me dá arrepios. O homem parece um tigre — sempre olhando como se o mundo lhe devesse dinheiro. Ele quase nunca sorri, e quando está bravo, xinga como um marinheiro. Nos chama de ‘larvas’, ‘muito femininos’, ou diz que não temos coluna vertebral. Bem charmoso, certo?”
Mesmo que Zen não desmaiasse de exaustão durante o brutal treinamento de seu avô, ele poderia ter desabado de pura frustração por estar constantemente insultado e humilhado.
Quem em sã consciência gostaria de ficar nesse tipo de ambiente? Só de falar sobre isso agora, ele olhou para Hera com uma expressão ofendida, como se tivesse sido profundamente injustiçado.
Ainda assim, Zen teve que admitir — aqueles anos de treinamento não foram completamente desperdiçados. Graças aos exercícios implacáveis de seu avô desde a infância até ele fugir, ele agora podia realizar todas as suas próprias cenas de ação em filmes sem dublê.
Cada cena de luta que ele fazia na tela era real, coreografada e executada por ele mesmo. Se ele não fosse tão relaxado e preguiçoso, ele já poderia ter se tornado uma estrela em ascensão na indústria.
Esse background também foi o motivo pelo qual ele foi escolhido para estrelar ao lado de Hera e Xavier em seu próximo filme — ambos com fundamentos em artes marciais. O diretor exigia realismo, insistindo que os atores realizassem suas próprias cenas de luta para tomadas dinâmicas de close-up, visando trazer autenticidade e intensidade para a tela.
Ele tinha grandes esperanças para o filme e não estava poupando esforços — literal ou figurativamente — porque estava almejando um prêmio.
“Hm, já que você mencionou… Você disse que é neto do Vovô Victor Ainsley, certo?” Hera perguntou, coçando o queixo pensativamente enquanto olhava para Zen.
Zen assentiu. “Sim, por que?”
“Estou apenas curiosa,” ela disse casualmente. “Seu avô não é um general militar aposentado? Ele ainda tem contato ativo com os militares? E seu pai? E seu irmão ocupa um posto alto?”
A súbita sequência de perguntas fez Zen piscar, confuso. Ele não conseguia entender o que ela queria, então inclinou a cabeça e perguntou, “Por que você quer saber?”
“Bem, acontece que sou bastante próxima do Ministro Jovem Dave, certo?” Hera disse com um sorriso sutil. “E também acontece que ele tem feito uma repressão pesada nos cartéis de drogas ultimamente. Dizem que ele está se preparando para avançar para os sindicatos da máfia também. Eles têm ficado mais ousados — lavagem de dinheiro, tráfico humano, comércio de órgãos — você nomeia.
Ela se recostou ligeiramente, sua voz calma mas com um toque de intenção. “A questão é que, enquanto ele precisa de toda a ajuda que puder obter, implantar todo o exército causaria pânico público e alertaria a máfia. Se eles se sentirem encurralados, podem começar a tomar reféns ou retaliar abertamente sem se importar com vidas civis.”
Seus olhos brilharam enquanto ela acrescentava, “Então, talvez… só talvez, seu avô, seu pai e seu irmão — que por acaso têm influência nos militares — possam querer oferecer algum apoio silencioso e secreto.”
Zen ergueu uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios ao perceber, seu olhar afiado com diversão e curiosidade. Hera não pestanejou sob seu olhar. Em vez disso, ela levantou calmamente seu copo, tomou um gole de seu suco e sorriu de volta como se não tivesse dito nada de incomum.
Os dois compartilharam um breve sorriso cúmplice antes de Zen falar. “Você já conheceu meu avô, certo? Ele é realmente bastante fã de você — especialmente de sua coragem. Então, se você pedir ajuda, ele pode simplesmente vir correndo sem nem ser solicitado. Quanto à sua posição militar, garantir apoio secreto não seria um grande problema. Na verdade, só serviria para beneficiar o país.”
Ele fez uma pausa, um sorriso travesso se espalhando por seu rosto. “Tenho certeza de que ele ficaria mais do que feliz em oferecer seu apoio. Ele talvez até te elogiasse aos céus.”