O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões - Capítulo 1006
- Home
- O Retorno da Herdeira Tostão de Trilhões
- Capítulo 1006 - Capítulo 1006: Chapter 1006: Voltando aos Trilhos?
Capítulo 1006: Chapter 1006: Voltando aos Trilhos?
Isso significava apenas que os homens da Hera já tinham pensado vários passos à frente; eles sabiam exatamente como controlar sua força e calcular cada golpe com precisão.
Dessa forma, os guarda-costas da Hera não dariam aos inimigos nenhuma chance de explorar a situação ou usar seus ferimentos para causar problemas para Hera, como denunciá-la e ao seu pessoal à polícia na tentativa de colocá-los na prisão.
Silvia poderia ter usado isso como uma forma de se vingar de Hera e recuperar algum orgulho após ser humilhada, mas infelizmente para ela, esse plano estava fadado ao fracasso desde o início.
Certamente, após fumegar durante toda a viagem de elevador, Silvia pensou em denunciar Hera e seus homens por agressão. No entanto, quando descobriu que, enquanto seus guarda-costas estavam com dor, nenhum deles tinha hematomas visíveis ou marcas de agressão, percebeu que não poderia usar esse argumento.
Então, em vez disso, ela considerou usar as filmagens de vigilância do hospital para acusar Hera de iniciar uma briga nas instalações do hospital e adicionar mais acusações em cima disso.
Mas, novamente, a sorte não estava ao seu lado. A altercação aconteceu no andar VIP, e as filmagens de vigilância lá eram altamente confidenciais, acessíveis apenas aos diretores e à alta administração do hospital.
Para piorar as coisas, o hospital era propriedade da família de Zhane, o que significava que Silvia não tinha absolutamente nenhum poder para obter essas filmagens. Zhane poderia facilmente se recusar a dar-lhe qualquer acesso ou até mesmo ter a vigilância permanentemente deletada se quisesse.
“Ugh!” Silvia gemeu de frustração. Ela estava à beira de gritar, mas se forçou a se controlar, principalmente porque as pessoas que ela trouxe para gravar a confrontação ainda estavam assistindo.
Ela não queria que eles vissem o quanto estava humilhada naquele momento. Ela já havia perdido bastante a compostura; a última coisa que precisava era fazer um espetáculo ainda maior de si mesma.
Assim, Silvia se virou e saiu, deixando seus guarda-costas feridos arrastarem seus corpos doloridos para fora do hospital enquanto se apoiavam uns nos outros para suporte. Para aqueles que não sabiam o que havia acontecido, a cena parecia quase cômica, como um esquadrão voltando de uma batalha perdida.
Curiosos tiraram fotos e vídeos, postando-os online em minutos, e logo a humilhação de Silvia começou a se espalhar ainda mais nas mídias sociais.
Enquanto isso, Hera voltou para o quarto de Leo com um sorriso vitorioso e contente. Ela tinha acabado de mandar o cuco embora com um resultado satisfatório, deixando Silvia sem palavras na frente de todos.
Mesmo que Silvia tentasse agitar as coisas mais tarde online e denegrir sua imagem, poucos acreditariam nela agora. Hera já havia saído por cima em sua primeira confrontação pública, testemunhada por inúmeros internautas que viram Silvia hesitar e falhar em dar uma resposta clara sobre o suposto noivado Avery–Hendrix.
Essa hesitação por si só era quase uma admissão de que tal arranjo não existia, e Hera sabia que Silvia nunca ousaria pressionar a família Avery a fazer esse anúncio, não quando o Velho Mestre Avery poderia descobrir que ela esteve cobiçando Leo o tempo todo.
Silvia definitivamente não queria que o Velho Mestre Avery descobrisse sobre nada disso. Contudo, ao mesmo tempo, ela provavelmente estava furiosa e inquieta, tentando descobrir como consertar a bagunça que havia feito.
Sua tentativa de humilhar Hera havia se voltado totalmente contra ela, e a ideia disso devia estar levando-a à loucura, fazendo seu estômago torcer de ansiedade e raiva.
Afinal, se o Velho Mestre Avery soubesse o que ela havia feito e decidisse expulsá-la antes que ela conseguisse garantir Leo ou o título de Senhora Hendrix, ela perderia tudo. Esse medo por si só poderia facilmente levá-la ao desespero.
Mas isso não era mais problema da Hera. Afinal, ela não foi quem começou o problema; ela apenas virou o próprio ataque de Silvia contra ela. Portanto, ela não sentia nenhum indício de culpa ou remorso pela forma como as coisas terminaram.
“Terminou?” Leo perguntou no momento em que Rafael empurrou a cadeira de rodas de Hera para dentro do quarto, notando o sorriso vitorioso em seu rosto.
“Uh-huh,” Hera respondeu com um tom brincalhão na voz, seu sorriso radiante dizendo mais do que palavras jamais poderiam.
“Bom.” O tom de voz de Leo carregava um equilíbrio de calor e indiferença, mas quando Hera olhou para cima, ela percebeu o leve curvar de seus lábios, um sutil sorriso que lhe dizia que ele aprovava suas ações.
O fato de que ele não estava agindo como um tsundere desta vez foi uma surpresa agradável, e isso fez seu coração palpitar. Parecia que ela estava lentamente derretendo o gelo ao redor do coração dele, e esse pensamento a fez sorrir ainda mais, seus olhos se enchendo de alegria.
“Vamos,” Leo disse suavemente. “Vamos esquecer pessoas sem importância e dormir um pouco…” Ele parou na metade da frase, seu olhar desviando para ela enquanto seus lábios se comprimiam, como se estivesse debatendo algo em sua mente. Então, em um murmúrio baixo, quase um sussurro, ele acrescentou, “Quer dormir ao meu lado?”
Ao ouvir isso, Rafael levantou uma sobrancelha e não conseguiu deixar de sorrir para Leo, diversão dançando em seus olhos.
“Nada feito. Você ainda é um paciente, precisa de descanso adequado,” Rafael disse firmemente enquanto empurrava Hera mais perto da cama deles. Então, com prática, ele se inclinou e cuidadosamente a levantou da cadeira de rodas, carregando-a até a cama king-size ao lado da de Leo.
Leo, vendo isso, mordeu o lábio e agarrou seu cobertor com força. “Mas a Hera também é uma paciente. Por que você pode dormir ao lado dela, e eu não? Eu sou o parceiro legítimo dela, seu noivo, e você é apenas…” Ele se calou, o resto da frase ecoando apenas em sua mente, ‘uma raposa macho’.
Seu maxilar se apertou enquanto a frustração borbulhava sob a superfície.
Ele nem sequer entendia por que estava tão afetado. Talvez fosse seu subconsciente lembrando fragmentos de Hera, ou talvez o conhecimento de que ela era sua noiva despertasse algo mais profundo, algo primal nele.
Um instinto possessivo, uma atração territorial.
Seja o que for, isso o deixava inquieto. Toda vez que a via com outro homem, uma dor desconhecida retorcia em seu peito, e aquela sensação estranha e inquietante em seu estômago só crescia mais forte.
Ele tinha certeza de que não era apenas ciúme o consumindo quando a via com eles; era a sensação angustiante de estar sendo deixado para trás. Essa percepção só aprofundava sua frustração.
Então, em vez de manter sua fachada fria e distante, ele decidiu que preferia enfrentar essas emoções de frente e conhecer melhor Hera, nem que fosse apenas para entender o que realmente estava sentindo.
Afinal, Leo desprezava o desconhecido, e o que odiava ainda mais era perder o controle, especialmente sobre suas emoções. No entanto, quando se tratava de Hera, controle era exatamente o que escapava de seus dedos.
Ele poderia ser bom em mascarar seus pensamentos e se esconder por trás de sua compostura, mas lá no fundo, ele estava completamente inquieto.
“Oh? Agora você se lembra das coisas?” Rafael provocou enquanto carregava Hera em direção à cama king-size.
“Ainda não,” Leo respondeu friamente, seu olhar afiado o suficiente para cortar. Ele sabia que Rafael estava deliberadamente o provocando, mas se recusou a morder a isca. Em vez disso, ele assistia e esperava. Se Rafael não colocasse Hera ao seu lado em breve, Leo estava completamente preparado para arrastar seu corpo castigado até aquela cama ele mesmo, com dor ou sem dor.
E quando ele fizesse isso, tinha certeza de que Hera reagiria. Se ela realmente gostasse dele do jeito que ele suspeitava, ficaria preocupada, quem sabe até com o coração partido, ao vê-lo lutando. Então, ela começaria a se sentir insatisfeita com Rafael.
Mesmo sem suas memórias, o instinto de Leo para tramar não havia diminuído. Ele já estava preparando o cenário, manobrando discretamente Rafael para um canto sem que o homem sequer percebesse.
Essa era a diferença entre a imperatriz e as concubinas do harém. Leo jogava o jogo a longo prazo, enquanto Rafael e os outros apenas brincavam na superfície. Mesmo com sua suposta amnésia, Leo não havia mudado nem um pouco.
Agora que ele havia decidido entender Hera e se aproximar dela, seus instintos naturais de tramar estavam ativados, quer percebesse ou não. Para garantir sua posição neste “harém” moderno, ele primeiro precisava estabelecer seu domínio e influência.
Isso significava saber como gerenciar os outros homens, sutilmente colocando-os em seus lugares sem que eles percebessem que estavam sendo manipulados.
Dessa forma, a paz seria mantida, e sua pequena rivalidade pela atenção de Hera permaneceria tolerável, apenas uma competição inofensiva dentro dos limites. Afinal, um pouco de briga brincalhona entre concubinas era perfeitamente aceitável… desde que ninguém ultrapassasse o limite.
Com certeza, Rafael colocou delicadamente Hera na cama king-size, garantindo deliberadamente que Leo não teria a chance de dormir ao lado dela.
Afinal, com Leo ainda sofrendo de amnésia, todos viam isso como a oportunidade perfeita para cultivar sua própria conexão com Hera, para finalmente fechar a lacuna que sempre existiu entre ela e eles quando Leo era o favorito no topo.
Agora que o destino havia nivelado o campo de jogo, Rafael e os outros pretendiam tirar total proveito disso. Eles planejavam lentamente ganhar o favor de Hera enquanto Leo ainda estava ocupado agindo frio e tsundere, na esperança de que sua atitude distante a irritasse o suficiente para que ele perdesse seu lugar de destaque em seu coração.