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O Renascimento da Ômega - Capítulo 848

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Capítulo 848: Chapter 849: A Mulher Que Eu Sou

Um corredor deserto, portas feitas de madeira polida e uma sensação familiar de sufocação os acolheram no Palácio Eclipse.

Neveah não sabia o que era lar, ou como ele se sentia, mas não era isso. Se lar se sentisse assim, por que alguém construiria sua vida em torno disso? Por que alguém desejaria retornar a ele?

O olhar nos olhos de Alessio era ilegível enquanto ele a deitava na cama em seu quarto… no quarto deles, o quarto que ele afirmava que eles tinham compartilhado uma vez, mas que tinha deixado para dar a ela a privacidade que precisava nesse tempo incerto.

Era para ser um espaço em que ela já tivesse vivido e amado por anos. Um espaço onde ela tinha se entregado a este homem repetidas vezes, ansiando por ele, o segurando quando o sol era tímido demais para enfeitar os céus com sua luz.

Seu coração deveria ter lembrado seu amor. Seu corpo deveria ter lembrado seu toque… Este maldito quarto deveria ter sido um lugar de conforto,

No entanto, no momento em que cruzaram o limiar, aquela sensação de sufocação retornou em dobro.

Se esse desespero era tudo que suas memórias escondiam, por que ela sentia que tinha perdido algo… precioso demais para palavras? Tão querido que mal podia respirar? Por que seu coração doía tão terrivelmente, que ela precisava evitar arrancá-lo de seu próprio peito apenas para encontrar algum alívio?

Se este belo espaço era realmente dela, por que ela só conseguia realmente respirar do outro lado daquelas portas? Se esse homem pertencia a ela, por que parecia qualquer coisa menos isso?

“Você está machucada?” A voz de Alessio alimentava o nó de desagrado no fundo de seu estômago.

Ele acariciou suavemente seu cabelo, inclinando-se, e ela se encolheu por instinto.

Ele cheirava a morte… morte, sangue e uma série de outras coisas desagradáveis. E por associação, ela também.

O fedor dele perdurava em sua pele, em cada ponto que ele tocou, em cada fio de cabelo que ele acariciou.

“Veah…” Ele exalou pesadamente, “Quanto tempo devo esperar?”

Seus olhos procuravam os dela como sempre faziam, verde floresta que brilhava com emoções que ela foi levada a acreditar que era responsável,

Mas ela não se sentia tão responsável. Ela não queria ser. Ela não queria ser a mulher que ele olhava com tanto amor terno, a mulher que ele tocava com tanto cuidado afetuoso, a mulher cujas palavras ele se agarrava firmemente, cujo sorriso iluminava seus olhos.

Ela não queria ser a mulher dele, ela percebeu. A mera ideia disso a horrorizava profundamente.

Mas se ela não era a mulher de Alessio, de quem ela era? E o que ela faria com a criança que carregava? Uma evidência inegável de que ela de fato… esteve com este homem?

Nada fazia sentido. Não fazia antes e ainda não fazia agora.

Neveah se afastou dele, seu olhar fixo nas paredes. Até mesmo as cores pastéis ao seu redor pareciam erradas… estranhas. Como um presente maravilhosamente embrulhado endereçado ao nome errado.

Como se ela vivesse um crime pelo qual estava certa de ser condenada. Um pecado que nunca poderia redimir. Mas ela já estava… condenada.

Nada poderia ser pior do que essa dor vazia. Nem a morte. Nem a condenação.

“Veah…” Ele tentou, “Olhe para mim.”

Ela não olhou. Ela já sabia o que veria. Uma mentira.

A realidade que ela estava aterrorizada de confrontar. Que tudo que ela tinha era ele, e se ele fosse uma mentira, então ela não tinha… nada.

Sem identidade. Nada a que se agarrar ou retornar.

“Sinto muito, querida.” O tom de Alessio era pesado, “Achei que você estava desaparecida e eu… perdi o controle.”

“Eu não queria machucá-los… Eu só…” Ele interrompeu, exalando tremulamente.

Neveah encontrou seu olhar, seus olhos procuraram os dele… buscando, esperando. Por algo para se agarrar, qualquer coisa que justificasse o mês passado,

Qualquer coisa que tornasse sua realidade sólida o suficiente para que pudesse se comprometer a protegê-la, mesmo que significasse abandonar as perguntas sem resposta.

Mas ela sabia disso à primeira vista. “Você fez.”

Alessio estremeceu visivelmente. Como se suas palavras o ferissem fisicamente.

“Você realmente quis machucá-los. Você realmente quis matá-los. E gostou de cada segundo sangrento disso…” Ela interrompeu, sorrindo ligeiramente. “Tanto que não se deu o trabalho de limpar, antes de me tocar com essas mãos manchadas de sangue…”

Ela inclinou a cabeça ligeiramente. “Mas ao que parece, sou uma mulher não abalada por sangue, ou morte…” Ela zombou,

“Uma mulher que acha o fedor deles familiar… não é curioso?”

“Veah, eu te amo.” Ele disse após um breve momento de silêncio. Seus olhos brilharam com sinceridade e ela não precisou olhar muito longe para encontrar isso dessa vez.

“Eu sei.” Ela sussurrou,

Ela sabia disso. Era talvez a única verdade de que estava certa.

“Não consigo respirar… não consigo viver sem você.” Ele confessou, seu tom mal era audível. “Darei qualquer coisa, tudo… minha vida, meu trono, o que você me pedir, desde que eu tenha você.”

“Eu sei.” Sua voz falhou.

“Então por que você não confia em mim?” Ele perguntou em desespero.

Ela hesitou por um momento. “Porque você não.”

Ela olhou para cima, para ele. “Porque você não confia no meu amor por você, Alessio. Porque você está ansioso e incerto a cada momento. Porque você continua tentando provar um ponto.”

“Porque você pôs sua vida e seu palácio em espera para vigiar sobre mim. Porque a cada momento em que estou fora do seu campo de visão, a primeira coisa que você pensa é em eu te deixar… como se você já soubesse, mesmo quando eu não decidi ainda, que é isso que desejo de verdade.” Ela fez uma pausa, respirando fundo.

“Isso me mostra, que você sabe melhor do que eu… se realmente ou não, eu te amei,”

“Talvez eu não saiba quem eu era… mas sei quem sou. E meu amor, não poderia ser algo tão volúvel…” Ela balançou a cabeça ligeiramente,

“E se estou errada sobre essa única coisa, então temo ter perdido não apenas meu passado naquela tempestade, mas meu futuro também.”

Alessio franziu ligeiramente a testa, “O que você gostaria que eu fizesse? Para provar-me a você?”

Os olhos de Neveah se moveram para a janela parcialmente aberta, um sentimento nostálgico agitando dentro dela.

“Espere… até que eu tenha decidido te amar…”

“Ou te matar.” Ela se virou para encontrar o olhar dele, seus olhos sem emoção.

“Esta é a mulher que sou, Alessio.”

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