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Capítulo 805: Ouça Ele (Cap.807)

Neveah acordou dolorida em lugares que não sabia que tinha. Na noite anterior, ela havia perdido a conta de quantas voltas tinham sido dadas sobre ela, junto com a noção do tempo, sua voz e seus sentidos também.

E o que ficou em seu rastro foi uma garganta dolorida, membros cansados e uma amarga percepção de que ela havia despertado o lado mais sombrio de dois dragões insaciáveis, e nem mesmo sua resistência de lobo poderia salvá-la.

‘Você ainda consegue me suportar?’

Pensando bem, ela não conseguia imaginar o que a havia levado a dizer essas palavras.

Ela não tinha certeza de quando havia adormecido. Ou melhor, quando eles finalmente a deixaram dormir. Antes disso, ela tinha sido acordada mais de algumas vezes quando seu corpo reagia impotentemente ao toque deles.

Era difícil decidir quem estava realmente condenado.

Seus olhos abriram lentamente. Xenon estava deitado ao lado dela, apoiado em um cotovelo, um sorriso preguiçoso nos lábios. Os traços fracos da luz do dia que passavam pela copa das árvores o envolviam, e seu cabelo úmido reluzia, assim como seus olhos.

Ele estava vestido agora. Felizmente.

“Você parece exausta, meu amor…” Ele murmurou, seu tom arrogante. Ele acariciou sua bochecha com o dorso da mão, parando justo na curva de seus lábios.

Neveah o observou em silêncio por um momento, seu olhar só foi interrompido quando ele se inclinou, beijando-a levemente nos lábios.

“Eu amo você, e sinto muito.” Ele disse, embora não parecesse arrependido nem um pouco.

Ela desviou seu olhar para as partes mais profundas da piscina justamente quando Jian surgiu à superfície.

“Nós também estamos.” Ele acrescentou.

“Eu não estou.” Jian interferiu, ganhando um olhar de repreensão de Xenon.

Neveah revirou os olhos, olhando para a copa das árvores.

“Sinto como se tivesse sido pisoteada por um kobold.”

Xenon deu uma risada. “Para ser justo, dragões pesam três vezes mais.”

Ela suspirou suavemente, sentando-se na cama de vinhas. Seu cabelo caiu sobre os ombros e ela percebeu o olhar de Xenon acompanhando até seus seios.

“Deixe-me tirar a dor…” Ele ofereceu, tom rouco.

“Nem pense nisso.” Ela alertou.

Ele sorriu. “Vou deixar você… por enquanto.”

Havia uma promessa implícita nessa afirmação e Neveah entrou na piscina antes que ele pudesse mudar de ideia.

Jian ofereceu uma mão e ela aceitou. Deixando que ele a puxasse para um beijo. Então ele a girou suavemente e devagar começou a lavá-la.

“Não se preocupe. Eu não vou longe demais…” Ele assegurou, seus lábios roçando seu pescoço.

Ele não foi. Em vez disso, foi gentil e atencioso, aplicando leve pressão para aliviar suas dores até que ela estivesse completamente lavada.

Quando ele finalmente se afastou, Neveah virou-se para encará-lo.

“Na noite passada… quando você disse se os deuses fossem te levar…” Ela parou, incerta de por que aquelas palavras ainda pesavam tanto em seu coração.

Ela sabia que ele não havia querido dizer daquela forma. Mesmo assim… a mera ideia, era assustadora demais para se compreender.

O olhar de Jian revelou sua compreensão. “Eu… vivemos vidas longas. Mas não somos indestrutíveis. O que aconteceu com Orin pôs as coisas em perspectiva… me lembrou que o que a natureza nos presenteou foi a possibilidade de eternidade. Não uma garantia.”

Seu tom era baixo e triste. Era visivelmente difícil para ele, compartilhar seus problemas.

“Estou magoado, Veah. E me detesto por deixar que seu sacrifício acontecesse… e por ousar sentir alívio de que não foi você a receber as notícias que Isalder teve que receber.” Ele resolveu, inclinando a cabeça ligeiramente para trás.

Neveah se inclinou contra ele, não havia palavras certas para dizer.

“Mas não vou a lugar nenhum, amada. Não agora… nem nunca.” Ele murmurou, seus braços envoltos ao redor dela.

“E vou me redimir por este desejo egoísta de viver só para você… por toda a eternidade, se necessário.”

Neveah exalou lentamente. “Você não fez nada para se redimir.”

Ela não tinha certeza do que mais dizer para tranquilizá-lo, mas ela não teve a chance de falar.

“Alguém está lá fora.” Ela murmurou, afastando-se ligeiramente. Seu nariz se contraiu, inquietação fervilhando dentro dela.

“É… Lodenworth.”

“Você vai vê-lo?” Xenon perguntou, ele já havia se movido de sua posição. Agora ele estava encostado a uma árvore na barreira, um olhar fixo nela.

A silhueta de um homem era visível através da barreira. Da outra parte, Lodenworth não podia vê-los. Mas ele claramente sabia que eles estavam lá.

A silhueta estava do outro lado. Ele não dizia nada e não se movia. Ele sabia também que eles estavam cientes de sua presença.

“Não.” A resposta de Jian foi simples e direta.

“Jian…” Neveah começou. “Ele veio sozinho…”

Ele franziu a testa. Olhos buscando os de Neveah. “Você deseja que eu o ouça?”

Ela suspirou. “Quero que você tenha a clareza que sei que precisa, Meu Senhor.”

“Lodenworth tem servido você por… séculos. Eu sei que você quer respostas, posso ver nos seus olhos.”

“Já sei o suficiente.” Ele murmurou. “Não será a primeira vez…” Seu tom era gélido.

Neveah estremeceu. Ela tinha certeza que Xenon também. Não foi intencional por parte de Jian, mas ele acabou de insinuar um passado que deixou cicatrizes em ambos os homens.

Porque então, assim como agora… ele foi traído por alguém em quem confiava. Por uma mulher.

“Acho que o trouxe até aqui.” Neveah confessou em voz baixa.

“Na noite passada… de alguma forma, acho que… eu entrei nos sonhos dele.”

As sobrancelhas de Jian franziram. Ele estava visivelmente descontente.

“Não, não… não da forma que você pensa.” Ela explicou rapidamente. “Posso ter projetado a memória da morte de Adrienne, para os sonhos dele.”

“Simplesmente aconteceu e não consegui parar. Mas acho… que você deveria ouvi-lo.”

Ele ficou em silêncio por um breve momento e então assentiu uma vez. “Não me importo com sua verdade e isso não mudará o que aconteceu. Ou as consequências de suas ações.”

“Mas se você quiser que eu escute… que seja.”

Juntos eles deixaram a piscina e se vestiram. O cenário no bosque mudou novamente, a piscina recuando.

A cama de vinhas desapareceu e tudo o que restou foi o trono de pedra branca. Frio, imóvel… muito parecido com aquele que se sentava nele.

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