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O Renascimento da Ômega - Capítulo 756

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  3. Capítulo 756 - 756 Amor ou Obstáculo (Cap.757) 756 Amor ou Obstáculo
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756: Amor ou Obstáculo (Cap.757) 756: Amor ou Obstáculo (Cap.757) Raena sorriu suavemente, seus olhos se aqueceram enquanto ela voltava sua atenção para o riacho, olhando para dentro dele. Ela observava os peixes coloridos se movimentarem para cá e para lá, eles espiavam curiosos para ela e logo depois se apressavam em ir embora.

O som da brisa da noite mexendo as altas gramas do campo, isso a fazia lembrar da gargalhada estrondosa de Agardan. Rara como era, ecoava pelo campo de batalha, desafiando a escuridão que enfrentavam com uma alegria que ele não permitia ser roubada dele.

Havia se tornado ainda mais frequente com o nascimento de seus filhos. O sorriso de Raena se iluminou com a memória dele segurando os filhos, um em cada braço. Crescidos como estavam ficando, Agardan tinha a tendência de carregá-los como seus pertences mais valiosos. Sua voz era suave enquanto ele sussurrava seus sonhos para eles… sonhos de um mundo onde pudessem crescer sem medo.

Um farfalhar nas gramas tirou Raena de seu devaneio. Ela se virou, esperando ver os guardas Fae que a tinham escoltado até a borda da floresta, mas a figura que emergiu não era um guarda.

“Sua Graça.” Raena cumprimentou, inclinando a cabeça em uma reverência respeitosa. Suficiente para mostrar consideração, mas não muito baixa. Nos ombros dela estava a honra de Agardan, ela aprendeu a nunca baixar sua cabeça em subserviência diante de qualquer monarca… Agardan não era subordinado de ninguém, e ela também não era.

A presença da Alta Rainha era tão regalista quanto sempre. Seu vestido prateado fluente brilhava como raios de luz da lua. Seu cabelo castanho exuberante caía pelas costas, coroado pelos delicados galhos de um salgueiro encantado. E seus olhos eram afiados e penetrantes, eles tinham uma intensidade que gelava o ambiente.

“Seu convite foi bem recebido. Agardan envia seus cumprimentos, ele ficará satisfeito em saber que você tomou uma decisão.” Raena continuou calorosamente.

“Você não contou a ele sobre o meu convite.” O sorriso compreensivo da Alta Rainha era suave, mas frio, seu olhar se movia sobre Raena com uma análise perturbadora.

“Agardan foi chamado para um assunto urgente antes de seu convite chegar. Cuidarei disso em seu lugar e transmitirei suas palavras a ele quando ele retornar.” Raena respondeu.

“Como você é leal, Raena.” A Alta Rainha elogiou. Seu tom era meloso, mas distante. “Ao lado dele em cada batalha, cada julgamento… alguém poderia esquecer que você já foi a menestrel favorita do Senhor das Trevas.”

O cenho de Raena se franziu em uma carranca ao lembrar de seu passado. Uma menestrel para o Senhor das Trevas não era grande honra. Muitos poderiam pensar que sentar no conselho do lorde das trevas, envolvida nas mais finas vestes e tocando a harpa até seus dedos sangrarem e suas mãos se rasgarem, perseguida pelo povo das sombras a cada passo, era uma vida invejável… mas não Raena, não quando os horrores que ela testemunhou naquela torre a assombravam em cada momento desperto até ela ter conhecido Agardan.

E mesmo agora, havia vezes que ainda não conseguia se livrar disso… as sombras…

“Minha lealdade é ao meu Senhor Dragão e à causa que lutamos. Pelo mundo que sonhamos… nada menos, nada mais.” Raena respondeu diretamente. “Se Sua Graça não tem nada de significativo a discutir, vou livrá-la da minha presença imediatamente.”

Os olhos da Alta Rainha se estreitaram com desprazer e seu sorriso vacilou. “O mundo pelo qual você sonha…” Ela ecoou. “Um mundo onde você está ao lado dele. Onde o coração dele bate apenas por você.”

O cenho de Raena se franziu em confusão e uma medida de suspeita. “Sua Graça?”

Os olhos da Alta Rainha escureceram, seu tom era baixo, impregnado de amargura. “Muito antes do mundo chamá-lo de herói… muito antes de ele ser o vencedor, muito antes de você estar ao lado dele. Eu… amava-o. E ele deveria ser meu.”

Nesse momento, o ar se tornou pesado e as cores vibrantes da floresta se esmaeceram. Raena deu um passo para trás, um frio calafrio descendo pela sua espinha enquanto essa medida de suspeita crescia em uma enxurrada dela. “Eu…”

“É você quem o roubou de mim.” A voz da Alta Rainha tremeu de fúria. “Você se tornou a luz nos olhos dele, a risada em seus lábios. Mesmo agora, em seu sonho de um mundo melhor, tudo o que ele vê… é você. Você, que não pode dar a ele nada!” Sua intenção de matar era potente na malícia de seu tom.

A realização amanheceu em Raena. “Sua Graça, Agardan não é…”

“Não é meu?” A Alta Rainha ousou, seu corpo tremendo de fúria. “Ele poderia ter sido… ele teria sido, se não fosse por você.” Seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas.

“Eu dei a ele tudo! Minha lealdade, meu poder… você achou que era só porque ele salvou minha vida uma vez?”

“Eu lhe prometi minha coroa! Meu trono! Meu próprio coração! Mas você! Você apareceu…!” Ela sibilou.

O coração de Raena doía. Ela não estava certa de como receber ou reagir a isso, mas não podia deixar de sentir simpatia. “Sua Graça, o coração de Agardan é dele próprio. Ninguém pode mudar onde ele repousa.”

Os olhos da Alta Rainha se estreitaram em desprezo. “Você está enganada.” Sua voz ficou completamente fria. “Ele vai lamentar por você… ele vai odiar o império que o levou e, finalmente, vai se voltar para mim.”

Raena não teve tempo de reagir, já que as videiras ao seu redor ganharam vida, se enroscando em seus tornozelos, prendendo-a no lugar. A brisa suave da noite rapidamente se tornou um vento furioso e até o pôr do sol foi drenado do céu, deixando-o opaco e cinza.

Arcano… a magia mais poderosa da Terra.

“Sua Graça!” Raena gritou, lutando contra as videiras que subiam por seu corpo, seus espinhos perfurando sua pele, tirando sangue. “O que você está fazendo…”

“O que eu deveria ter feito há uma década,” a Alta Rainha sussurrou, seus olhos desprovidos de piedade. “Você só vai impedi-lo de alcançar seu pleno potencial. Seu amor por você o faz ver bondade no Império das Trevas… que algo nele pode ser salvo… perdoado.”

“Mas quando você se for… ele verá a verdade. Ele só pode vencer, ao se desfazer dessas fraquezas.” Seu tom era solene. As videiras se contraíram, enrolando-se no peito de Raena, espremendo o ar de seus pulmões. A dor atravessou seu corpo, aguda e implacável, enquanto os espinhos se enterravam mais profundamente.

Raena ofegou, lágrimas brotando em seus olhos enquanto a floresta parecia se fechar, as gramas antes belas agora torcidas com malícia. “Por favor… ele precisa de mim… nossos filhos…” Sua voz quebrou, sua visão embaçando conforme a dor se tornava insuportável.

Os olhos da Alta Rainha amoleciam, um lampejo de culpa cruzando suas feições, mas desapareceu tão rapidamente quanto apareceu, substituído por uma determinação fria. “Ele não precisa de ninguém além de mim. E seus filhos… serão criados como heróis. Eles carregarão seu legado… e eu serei a que o confortará em seu luto.”

O coração de Raena se estilhaçou, um grito rasgou sua garganta enquanto as videiras se apertavam, esmagando suas costelas, a dor ecoando através de sua alma.

Enquanto a escuridão se fechava, Neveah sentiu as últimas emoções de Raena. A dor, o luto e uma tristeza avassaladora. E com isso veio uma pressão crescente no coração de Neveah.

A cena explodiu em um estouro de luz dourada, a vibrante floresta desaparecendo no escuro, os ecos do último suspiro de Raena perdurando na mente de Neveah.

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