O Príncipe Amaldiçoado - Capítulo 96

96: Quem é Maxim? 96: Quem é Maxim? “Como é o continente Atlântico?” perguntou Marte com interesse. Ele realmente queria um dia embarcar em uma aventura como Emmelyn para outros continentes, mas, infelizmente, sua liberdade era muito limitada.

Já que não tinha irmãos, todos os fardos de ser o sucessor do rei caíam sobre seus ombros.

Seu pai certamente não poderia permitir que ele saísse por conta própria para um lugar distante e provavelmente ficasse sem dar notícias por muito tempo.

Se algo lhe acontecesse pelo caminho, haveria tumulto político e uma luta pelo poder na capital. Mesmo que ele estivesse bem de fato, poderia haver pessoas com intenções maliciosas espalhando notícias ruins sobre Marte e provocando distúrbios.

Emmelyn franziu a testa, tentando se lembrar. “Hmm … o continente de Atlântea, segundo o livro que li, escrito por Marco, O Aventureiro, é maior do que Terra. Há um vasto deserto no meio daquele continente, e algumas áreas são bem ásperas. Tipo… eram verdadeiros ermos com tantos animais selvagens e dragões. Eu só explorei alguns reinos, então o resto, li no livro dele.”

“Você já esteve na Suméria?” perguntou Marte. “Ouvi dizer que é o maior reino naquele continente.”

Emmelyn balançou a cabeça. “Nunca estive lá. Suméria fica um pouco no meio do continente. Eu não viajei tanto para o interior,” disse Emmelyn. “Mas Maxim é de Suméria e ele disse que o país é terrível e super chato. É por isso que ele saiu.”

Marte franziu a testa quando Emmelyn mencionou o nome de Maxim novamente. Especialmente considerando que Emmelyn havia dito que o homem era mais bonito que Gewen.

“Você ainda não explicou quem é Maxim …” disse Marte novamente.

“O que há para explicar? Maxim é apenas meu companheiro de viagem. Nós dois fomos pegos roubando vinho de um comerciante malvado e depois tivemos que fugir juntos. Ele era um cara muito divertido, e nos demos muito bem. Acabamos viajando juntos quando meu professor teve alguns problemas em sua terra natal e voltou para sua cidade natal em Sorbee.”

“Quanto tempo vocês viajaram juntos?” perguntou Marte. Seu tom era inquisitivo.

“Uhmm … não sei … talvez quatro meses,” disse Emmelyn. “Eu deixei Antlantea quando ouvi a notícia sobre Wintermere sendo atacada e decidi voltar para casa …”

Emmelyn então ficou em silêncio. Ela não gostava de falar sobre os eventos quando Draec invadiu seu país. Isso só iria acender o ressentimento e o ódio em seu coração.

Marte também percebeu a mesma coisa. Ele tossiu um pouco e tentou distrair Emmelyn do assunto de agora há pouco. O homem esticou o corpo e deu uma respirada funda.

“Estou tão cansado depois de cavalgar um dia e uma noite. Quero descansar um pouco. Você quer vir?” ele perguntou, levantando-se da cadeira.

Ele achou melhor encerrar a conversa aqui e deixar a conversa sobre Suméria e Maxim para outra hora.

Afinal… por que ele sentiria ciúmes de alguém que estava tão longe, do outro lado do oceano?

Maxim era de Atlântea, muito longe daqui, ainda mais distante do que Wintermere. 
Parecia que Emmelyn também não sabia notícias dele depois que se separaram quando Emmelyn retornou ao continente Terra para buscar sua vingança.

Emmelyn apertou os lábios e balançou a cabeça. Ela ainda estava chateada porque se lembrava de que Marte e seu exército atacaram seu país no ano passado.

“Não. Você pode descansar sozinho,” disse a garota secamente.

Marte respirou fundo.

Essa era a Emmelyn a que ele estava acostumado. Esta Emmelyn sempre falava de maneira cortante com ele, e ela agia como se não se importasse com ele.

Marte de fato se arrependeu do fato de que a conversa anterior trouxe à tona feridas antigas. Se pudesse voltar no tempo, ele não teria feito Emmelyn falar sobre sua vida antes de vir para Draec, para evitar jogar sal em feridas antigas.

Ele esperava que, com o tempo, Emmelyn se acostumasse a viver aqui com ele, aceitando-o e a sua família, e esquecendo as mágoas entre eles.

Ele prometeu compensar tudo o que Emmelyn perdeu… muitas vezes mais.

No entanto, ele sabia que a jornada deles seria longa e nada fácil.

“Certo …” o homem bagunçou o cabelo de Emmelyn e saiu da sala de jantar. “Até mais.”

Emmelyn não olhou para Marte enquanto o homem se afastava e então desaparecia por trás da porta.

Depois que Marte saiu da sala de jantar, Emmelyn respirou fundo e lançou o olhar pela janela. Ela então saiu e se aproximou do pequeno lago ao lado da sala de jantar, cheio de peixes de várias cores.

Decidiu então sentar-se na porta e contemplar os peixes nadando no lago. Por alguma razão, vê-los nadar tranquilamente lhe dava uma sensação de paz.

Emmelyn não subiu para a câmara deles até duas horas depois, e isso fez com que Marte começasse a se sentir inquieto.

Seu corpo repousava inquieto na cama. Ele não podia deixar de se virar e pensar em como Emmelyn estava depois da conversa deles.

Finalmente, duas horas depois, ele decidiu descer e procurar a garota. Marte a encontrou jantando na sala de jantar. O rosto da garota parecia normal. Nem triste nem chateada.

Ahh … aparentemente, sua preocupação era infundada. Emmelyn parecia bem. Ela desfrutava de sua refeição com prazer, como de costume.

Marte se aproximou da garota e sentou-se ao lado dela. Por algum motivo, parecia haver um anticlímax em seu anseio por Emmelyn.

Anteriormente, enquanto ainda estava na estrada, ele havia imaginado que a abraçaria e beijaria e despejaria sua saudade nela, fazendo amor a noite toda.

Mas as coisas não aconteceram como ele pensou. Eles entraram em uma conversa, o que tornou a atmosfera um pouco constrangedora porque Emmelyn foi lembrada de sua vingança. Eles nem mesmo jantaram juntos.

Anteriormente, Marte estava comendo sozinho, e Emmelyn apenas sentou-se para acompanhá-lo. Agora, Emmelyn também comia sua refeição sem ele.

“Como foi seu descanso?” perguntou Emmelyn sem virar a cabeça. Ela estava ocupada concentrando-se em comer sua comida.

“Não foi ruim. Repousei por duas horas. Sua cama é muito macia. Senti falta dela enquanto estava em Southberry,” confessou Marte.

Na verdade, não era apenas a cama que ele sentia falta, mas a figura suave e de pele lisa que sempre dormia ao lado dele na mesma cama. Mas Marte não disse isso.