O Príncipe Amaldiçoado - Capítulo 166

166: Vinho Iluminado (1) 166: Vinho Iluminado (1) Marte concordou com um sorriso. “Isso é bom. Por favor, pense a respeito. Se você quiser convidá-la para cá, não precisa pedir a minha permissão. Apenas me avise para que eu esteja ciente de tudo o que estiver acontecendo aqui.”

“Obrigada,” Emmelyn estava radiante de felicidade. Ela agora sentia que o relacionamento deles tinha se tornado mais real a cada dia.

O príncipe havia pedido para ela se casar com ele ontem. Mais cedo hoje, ele também lhe deu acesso ao dinheiro dele. E agora ele chamava este castelo de ‘nosso’ castelo?

Lentamente, ela estava se inserindo na vida dele de maneira tão natural. Isso a fazia se sentir tão feliz.

“Eu te amo,” ela sussurrou com um grande sorriso no rosto. Se estivessem na câmara, ela teria pulado em cima dele e o beijado. No entanto, ela teve que se conter e dar-lhe prestígio.

Para ela, era indiferente se as pessoas pensassem que ela não tinha maneiras, mas agora que havia aceitado se casar com ele, ela não queria que as pessoas falassem e dissessem que o príncipe herdeiro não conseguia controlar sua esposa coquete.

“Hmm… Eu também te amo,” Marte não pôde deixar de sorrir quando ouviu Emmelyn dizer a palavra de amor tão facilmente agora. Ele se lembrou o quão difícil foi para ela até mesmo admitir que ela gostava dele no passado.

Emmelyn sempre fingia que odiava tudo nele. Agora, ela conseguia dizer facilmente, “Eu te amo.” para ele. Isso era um ótimo progresso!

As coisas pareciam estar indo bem entre eles. Marte estava apenas preocupado que ele não conseguisse chegar até a bruxa rápido o suficiente.

“Então.. o que você descobriu hoje?” Emmelyn perguntou. “Você quer falar sobre isso enquanto bebemos vinho?”

Marte concordou. “Sim, quero. Onde você quer fazer isso?”

“Vamos beber na nossa câmara,” Emmelyn sugeriu. “Estou um pouco cansada depois da viagem. Quero aconchegar-me a você perto do fogo.”

“Ah, eu gostaria disso,” Marte disse. “Você gostaria de um pouco de vinho cintilante?”

“Vinho cintilante? O que é isso?” Emmelyn riu. Achou engraçado. “Ele brilha ou algo assim?”

“Não… hahaha, ele não brilha, mas é quente e doce. Perfeito para o inverno. É a especialidade de Draec,” Marte explicou. “Eu estive querendo que você o experimentasse.”

“Ah… nós temos esse chá de gengibre que bebemos no inverno. Sempre me lembra de casa, e eu pensei em preparar um pouco para você amanhã,” Emmelyn respondeu.

Ela estava feliz em saber que ambos tinham a mesma intenção de apresentar as especialidades de seus países um ao outro.

Verdadeiramente, grandes mentes pensam igual!

“Bem.. podemos tomar chá de gengibre amanhã. Deixe que os cozinheiros aprendam a prepará-lo primeiro. Hoje, podemos aproveitar o vinho cintilante. O que você acha?” Marte pediu a opinião dela. “Vinho cintilante é basicamente vinho tinto cozido com ervas. É doce e tem um cheiro muito agradável. Acho que você vai gostar!”

“Parece incrível!” Emmelyn lambeu os lábios. “Nunca tentei isso, mas você faz parecer tão delicioso, agora estou salivando.”

O príncipe riu quando viu que ela estava animada. Ele sabia que ela gostava muito de vinho.

Ele rapidamente chamou Roshan e explicou o que queria, e então levou Emmelyn para a câmara deles.

A lareira já estava acesa quando entraram na câmara. Fornecia calor suficiente para que tirassem os casacos e os pendurassem na parede. A pele de animal espalhada no chão parecia tão macia e aquecida quando se sentaram e se aninharam.

Como o vinho cintilante precisava de algum tempo para ser preparado, Marte e Emmelyn esperaram pacientemente enquanto compartilhavam como tinha sido o dia deles. Vendo como o relacionamento deles havia melhorado tanto, Emmelyn agora estava em conflito sobre a Sra. Adler.

Ela ainda não tinha contado a Marte sobre a velha bruxa e sua profecia. Neste momento, ela só queria fingir que nunca ouviu a profecia e seguir em frente com sua vida.

No entanto, ela percebeu que seria injusto se ela escondesse algo enquanto Marte sempre foi aberto com ela. Ela gostava quando ele era aberto e honesto com ela. Não gostaria ele do mesmo?

“Então, como foi o reencontro?” Emmelyn decidiu perguntar sobre Marte e seus amigos primeiro. Ela estava curiosa para saber como Ellena conseguiu convencer a bruxa a remover sua maldição.

Essa deve ser a pergunta do ano.  Primeiro de tudo, como Ellena conseguiu encontrar a bruxa quando os homens do rei falharam por décadas? E claro, a segunda coisa era… qual foi o preço que ela pagou para remover a maldição?

E, por fim… o que ela esperava da família real para compensá-la pelo esforço? Ela deve querer algo, certo?

Ela queria o príncipe?

Subconscientemente, Emmelyn franziu os lábios.

Ela não deixaria aquela cadela tirar o homem dela. Esse príncipe safado era dela e somente dela.

Marte notou sua expressão descontente e ficou se perguntando se tinha feito algo errado. Ela sabia que ele ia encontrar os amigos hoje, certo? Então, por que ela parecia infeliz?

Ela estava com ciúmes?

“O reencontro foi bom. Nos encontramos como de costume. Quando éramos mais jovens, costumávamos nos encontrar naquela taberna na cidade. Então, todos decidimos nos encontrar lá e colocar o papo em dia,” Marte explicou. “Claro que todos perguntamos a Ellena para onde ela foi e como ela conseguiu encontrar a bruxa e tudo o que queríamos saber.”

Ele contou a ela o que Ellena lhe disse, nada adicionado, e nada omitido. Ele queria que Emmelyn ouvisse a história completa e lhe dissesse o que ela pensava sobre isso.

“Você acredita nela?” Emmelyn disse após Marte terminar de contar tudo.

“Você quer dizer, acredito nela quando ela disse que a bruxa a fez matar alguém como requisito para remover a maldição?” Marte perguntou de volta. Emmelyn assentiu.

“Sim. Ela parece alguém capaz de assassinato?” Emmelyn perguntou novamente.

A mente de Marte voltou para a taberna mais cedo hoje, quando ele viu lágrimas escorrendo abundantemente pelas bochechas de Ellena.

Ela realmente matou alguém? Ele acreditava que sim. Seu choro parecia tão desesperado. Ele a conhecia há quinze anos. As lágrimas dela eram reais.

Ela ainda poderia estar assombrada por pesadelos do ocorrido.

Finalmente, o príncipe assentiu. “Eu acho que Ellena é capaz de fazer qualquer coisa se ela se determinar a isso.”

“Droga!” Emmelyn praguejou. Ela havia imaginado que Ellena era uma mentirosa.

“Por que você praguejou?” Marte perguntou. “Não ensine nosso filho a xingar.”

“Ah.. desculpa,” Emmelyn tossiu. Ela tocou a barriga como se pedisse desculpas ao filho por ser uma mãe ruim que praguejava. “Desculpa, filho… Eu não vou praguejar de novo. Por favor, esqueça o que eu disse agora mesmo…”

Então ela olhou para Marte e compartilhou sua opinião. “Achei bastante suspeito que Ellena ainda não quisesse te contar tudo. Ela manteve a localização dos Bellevars para si, e depois ela também não quis te contar exatamente como e por que a bruxa finalmente concordou em te libertar de sua maldição.”

Marte concordou com Emmelyn. Ele estava prestes a dizer algo quando de repente a porta foi batida.

“Deve ser o nosso vinho cintilante,” Marte disse. Ele se levantou e abriu a porta. O príncipe ficou feliz quando acertou. Roshan e um servo vieram trazer-lhes o vinho cintilante. “Obrigado, Roshan.”

“À sua disposição. Vossa alteza.”

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