O Príncipe Amaldiçoado - Capítulo 137

137: A Rainha Amorosa 137: A Rainha Amorosa “Oh, Emmelyn, você ainda não conheceu meus amigos,” Marte de repente percebeu que Emmelyn estava tão quieta ao longo da reunião.

O homem estava tão acostumado a ouvir ela tagarelar. Agora que ela não falava uma palavra desde que ele retornou da biblioteca, Marte sentia que algo estava faltando.

Ele apontou para Gewen e Edgar e os apresentou com uma risada. “Você já conheceu Gewen e Edgar.”

Ele estreitou os olhos para Gewen como se desse um aviso ao amigo que Gewen não deveria tentar usar seu charme de mulherengo em Emmelyn.

“Minha senhora, é um prazer conhecê-la.” Gewen forçou um sorriso enquanto se curvava levemente para cumprimentar Emmelyn.

Ele ainda estava visivelmente chateado que seus amigos o enganaram fazendo-o pensar que Lorde Aldrich realmente era um homem e o fizeram duvidar de suas próprias habilidades em reconhecer o corpo de uma mulher.

“Lorde Gewen,” Emmelyn respondeu, acenando com a cabeça para ele, e então para Edgar. “Lorde Edgar, prazer em conhecê-lo também.”

Edgar coçou a cabeça e sorriu. “Minha senhora.”

Então foi a vez de Ellena. Ela sorriu para Emmelyn, mas seu sorriso não alcançou seus olhos. “Olá, meu nome é Ellena Greystorm. Sou amiga de longa data de Marte, Edgar e Gewen.”

Emmelyn mordeu o lábio. “Meu nome é Emmelyn. Sem sobrenome.”

Marte não disse nada quando Emmelyn se apresentou sem seu sobrenome. Ele não queria desvendar sua identidade caso ela não quisesse que outras pessoas soubessem quem ela era, especialmente porque Rei Jared estava lá.

“Oh… você não tem um sobrenome?” Ellena franziu a testa.

Embora sua voz soasse simpática, seus olhos olhavam Emmelyn com desprezo.

Ellena imediatamente presumiu que a garota diante dela era apenas uma plebeia de baixa classe que não sabia quem era seu pai.

Agora, Ellena se sentiu aliviada. Mesmo sendo uma órfã que foi criada por sua tia rica que se casou com um Duque, pelo menos ela vinha de uma família respeitável do sul.

Os Greystorm eram um senhorio menor no interior que morreu de doença quando Ellena tinha cinco anos. Ela foi adotada por sua tia sem filhos que a levou para a capital.

Foi lá que ela conheceu os três garotos e se tornou amiga deles. Como suas mães eram boas amigas, todos os quatro filhos cresceram juntos como melhores amigos.

O forte Edgar, o belo Gewen, o adoentado Marte e a esperta Ellena sempre eram vistos no palácio real brincando juntos, com Ellena sempre cuidadosa para não tocar em Marte, a menos que estivesse usando suas luvas de couro.

Sua amizade se transformou em amor da parte de Ellena e ela frequentemente brincava que um dia se casaria com o príncipe.

Conforme cresciam, a brincadeira se tornou séria e um dia, ela tomou a iniciativa.

Ela partiu em busca da bruxa e faria o que fosse preciso para quebrar a maldição sobre o homem que amava. Depois de anos de trabalho árduo, finalmente… ela conseguiu.

Então, é claro, ela não deixaria que esta garota sem nome tirasse o que era legitimamente dela. O príncipe.

“Eu não tenho um sobrenome,” Emmelyn respondeu secamente.

Rainha Elara se lembrou de como Emmelyn intencionalmente afirmou ser filha de uma prostituta em Glendale para prevenir que a rainha criasse qualquer afeição por ela.

Felizmente, Marte rapidamente contou a verdade para sua mãe, e Rainha Elara pôde entender a razão.

Agora, ela ficou preocupada que, se pressionada, Emmelyn diria a mesma coisa diante do rei. Seria realmente, realmente ruim se ela fizesse isso.

Rei Jared não aprovaria que seu filho se casasse com a filha de uma prostituta, que era muito provável que fosse uma prostituta também.

O rei poderia tomar o bebê que ela deu à luz e encontrar outra esposa para Marte.

Por isso a rainha rapidamente acenou com a mão e quebrou o gelo ao elogiar o vestido da garota. “Eu amo seu vestido. Quem o fez para você? Foi a Sra. Coultard?”

Emmelyn assentiu. “Sim, Vossa Majestade. Sua Alteza pediu que ela fizesse alguns vestidos para mim.”

“Ahh.. ela é a melhor costureira do país. Seus vestidos são lindos, mas é necessário a pessoa certa para evidenciar o melhor dos seus designs,” Rainha Elara elogiou a figura de Emmelyn. “Você faz o vestido parecer tão bonito.”

“Obrigada, Vossa Majestade,” Emmelyn sentiu seu coração aquecer devido às palavras da rainha.

A solidão que experimentou mais cedo diminuiu um pouco porque a rainha decidiu mudar o tópico e a incluir na conversa.

“Venham, vamos comer agora e conversar depois.” Rainha Elara fez um sinal para os outros para que ocupassem seus lugares e começaram a comer. Todos assentiram em compreensão. Gewen se juntou à sua família, assim como Edgar e Ellena.

“Vamos, Emmelyn, você tem que comer muita comida boa, para ter uma gravidez saudável,” disse a rainha com um sorriso, depois de voltarem a seus assentos e os pratos serem servidos à mesa. “Isso é muito importante.”

A rainha então inclinou seu queixo em direção ao seu filho e o instruiu a cortar a carne para Emmelyn. “Você deve cortar a carne para ela. Isso é o que seu pai fez quando eu estava grávida de você.”

O rosto de Emmelyn ficou vermelho quando ouviu a ordem da rainha. Emmelyn rapidamente acenou com a mão e recusou o gesto. “Não há necessidade disso, Vossa Majestade. Eu sou capaz de cortar minha própria carne. Estou apenas grávida, não doente.”

Contudo, Marte não escutou sua objeção. O homem já tinha cortado carne para ela e fatiou em pedaços pequenos. Em seguida, ele empurrou o prato para a frente dela.

“Minha mãe está certa. Você deve comer muito,” ele disse com um sorriso. Depois de terminar com a comida dela, finalmente, ele cortou um pouco de carne para si mesmo.

Emmelyn mordeu o lábio e pôde apenas acenar fracamente. “Obrigada.”

Ela estava tão perto de partir quando eles estavam conversando entre si e ela se sentiu excluída, mas agora, essa dupla de mãe e filho conseguiu trazer sua alma de volta.

Ela amava esse homem, e ela amava a rainha.

Oh, como ela desejava poder fazer parte da família deles, já que ela não tinha mais ninguém no mundo…

O jantar foi agradável com uma bela apresentação de dança, acompanhada por um grupo de músicos da corte.