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  3. Capítulo 497 - Capítulo 497: Seu próprio Paraíso
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Capítulo 497: Seu próprio Paraíso

Os olhos de Valen não poderiam ficar mais arregalados, mesmo se ele tentasse. Mas ele desejava que pudessem, já que queria absorver tudo de uma vez em sua visão.

Quando foi a primeira vez que ele viu um parque de diversões?

Ah, sim—foi em um filme de família. Brilhante, colorido, e para uma criança como ele, parecia um paraíso. Quando ele viu como o garoto no filme estava feliz, indo com seus pais e irmãos, Valen ficou ainda mais convencido de que era um paraíso.

Porque o velho naquele prédio alto onde as pessoas iam rezar toda semana lhe dizia que ele conseguiria no paraíso o que não podia ter neste mundo.

Enquanto assistia ao filme sozinho em um quarto de hospital vazio, Valen pensou que não seria tão ruim, mesmo que morresse. Não seria tão ruim assim morrer, se ele pudesse passar o tempo com sua família em um parque de diversões, seria? E isso se tornou seu encantamento toda vez que a dor em seu corpo destruído se tornava insuportável.

Está tudo bem, não tem problema, não é ruim.

Você poderá ver o paraíso.

Mas, à medida que crescia, aquela noção de paraíso lentamente se dissipava. Ele ainda acreditava no paraíso, afinal? Valen não tinha tanta certeza, já que sua mente estava ficando cada vez mais entorpecida e ele nem sabia se estaria em sua plena consciência quando morresse.

Mas ele ainda revisitava essa memória de tempos em tempos, porque era agradável e divertida e colorida e onírica e…

E tudo que ele via diante dele naquela tarde tão linda.

Era uma explosão de cores diferente do festival. Estruturas altas, grandes e largas preenchiam um enorme campo à frente dele. Grandes estátuas e mascotes decoravam as construções, e canteiros de flores ladeavam o caminho. Fitas e balões adornavam o portão, e guirlandas pendiam ao redor da cerca. Lanternas voadoras coloridas preenchiam o céu, carregando faixas com mensagens comemorativas. Barracas com todos os tipos de comidas e bebidas de rua chamavam sua atenção, e Valen quase chorou.

Nem eram do tipo saudável!

Ele se virou para seu marido sorridente e se jogou no abraço frio. “Para mim?”

“Sempre para você,” Natha sussurrou e beijou as bochechas tremulantes que estavam tão esticadas desde que aqueles olhos verdes viram o parque. “Você me perdoa agora?”

Não era como se Valen tivesse ficado chateado desde o início, mas ele ainda assim assentiu repetidamente, rindo. O som ressoou lindamente como um sino claro, trazendo ainda mais festividades no final da primavera do reino dos demônios.

“Uf–valeu as noites sem sono,” Izzi limpou seu suor inexistente da testa, soltando um suspiro aliviado.

“Por que você não me contou que andava ocupado com isso?” Zia franziu os lábios e lançou um olhar de lado bem ácido para o elfo. “Como pôde me deixar de fora do evento surpresa de aniversário do Valen?”

“Ei, eu não sou o chefe, tá?” Izzi retrucou. “O chefe disse para eu manter segredo, então o que eu posso fazer? Ele controla meu salário.”

“Você não confiava em mim?”

“Você confiava em si mesma?” o elfo ergueu a sobrancelha. “Você teria contado no momento em que visse o rosto triste do Valen.”

Zia bufou e beliscou o lado do elfo, que revidou segurando a mão da súcubo e sorrindo. “O quê? Tenha um pouco de autocrítica; você é fraca contra ele.”

“Cala a boca!”

Zia bufava e continuava resmungando, embora não retirasse a mão de onde o elfo a segurava, mesmo muito tempo depois, enquanto o evento de aniversário atrasado se desenrolava, enquanto a meio-naga que os observava por trás revirava os olhos sob o capuz.

Nesse momento, Valen finalmente percebeu por que havia tantas pessoas ali. Os vassalos, seus amigos, seus servos mais próximos, e, embora fraca, ele podia sentir a presença da Tia Nezja em algum lugar—provavelmente em uma das carruagens voadoras lá em cima.

Como ele não percebeu nada antes?

“Uf–ainda bem que estou ocupada com a logística,” Arta bateu palmas e sorriu para o atordoado Valen. “Eu não conseguiria manter a cara séria diante do Jovem Mestre.”

“Então é por isso!” Valen limpou o rosto e balançou a cabeça em descrença. “Não acredito que não percebi nada!”

“É porque você normalmente não se mete nos assuntos dos outros, querida,” Natha acariciou as bochechas coradas com um sorriso triunfante no rosto. “E eu trabalhei duro para que você não descobrisse.”

Trabalhar duro era uma coisa—mas o Senhor literalmente disse às pessoas que haveria corte de salário se Valen descobrisse. Foi por isso que Izzi não pôde contar a Zia—porque a súcubo não fazia parte do clube da folha de pagamento. Naturalmente, ninguém ousou nem tocar no assunto, e apenas aproveitaram o jeito como seu Senhor ficava tão feliz ao conseguir fazer seu marido feliz.

E agora, Valen sabia o motivo de desviar o ‘fundo de aniversário’ dele ter dado um impulso significativo na construção do santuário de Shwa. Natha devia ter planejado dar essa surpresa no aniversário dele, mas o plano precisou ser adiado indefinidamente porque ninguém sabia quando Valen estaria apto a se locomover novamente.

Naquele momento, Valen sentiu-se tão grato por não precisar ficar acamado depois de conceber.

[Papai! Papai! Olha—é a Vrida!]

A revelação dramática e emocional foi interrompida pelo alto e enérgico chilrear de um pássaro arco-íris que estava voando por aí. Claro, o pássaro não estava apontando para uma wyvern verdadeira, mas sim para uma cápsula em forma de wyvern com assentos nas costas.

Valen cobriu as bochechas com as mãos e engasgou. “Uma montanha-russa? Com assentos em formato de wyvern?”

“Bem, você disse que montar na Vrida poderia ser como andar em uma montanha-russa,” Natha segurou o meio-druida surpreso e o levou para dentro do parque. “Então é justo fazer algo assim.”

Valen não conseguia fechar a boca enquanto entrava. Havia carruagens decoradas que podiam ser usadas para se mover pelo parque, mas ele escolheu andar, para poder ver tudo atentamente em seu próprio ritmo.

“Eu posso… eu realmente posso comer isso?” ele apontou para as barracas de comida com trabalhadores já atendendo na cabine, olhando para o senhor demônio com olhos brilhantes. Afinal, seu marido tinha sido muito rigoroso sobre sua dieta recentemente, assegurando-se de que tudo fosse rico em nutrientes e mana.

“Claro,” Natha assentiu generosamente. “Afinal, é seu aniversário.”

Valen cobriu a boca semiaberta e chamou seu passarinho. “Jade, olha! Algodão-doce!”

[Doce?!]

Claro, o passarinho não ignoraria o chamado dos doces. Ele desceu em voo rasante, quase direto para a máquina que Neel havia construído secretamente—felizmente, havia uma divisória de vidro entre eles.

Com algodão-doce colorido em mãos—e um mini entre as asas coloridas—Valen continuou sua jornada para explorar o parque. A montanha-russa em forma de wyvern foi só o começo—ainda que fosse a maior e tivesse tomado sua atenção imediatamente. Havia também um grande navio balançando para frente e para trás como um pêndulo, e um túnel encantado através de montanhas falsas com bestas míticas e fantasmas feitas de magia de ilusão, com vagões em forma de salamandra.

Mas não eram apenas brinquedos assustadores disponíveis. Havia pássaros elementais voadores em todas as cores que se podia montar, o que fez Jade pular freneticamente, quase derrubando seu algodão-doce.

[São os Seniores do Jade!]

“São falsos, mas parecem pássaros elementais reais,” Valen riu enquanto acariciava a longa calda fluida.

[Mas nenhum na cor do Jade!]

“Claro que não! Jade é único!” Valen cutucou a bochecha do pássaro, que engasgou em surpresa.

[Verdade! Jade único!] o pássaro gorjeou alegremente e engoliu o resto de seu algodão-doce antes de decolar para observar o brinquedo dos pássaros elementais de cima. Valen nem teve tempo de limpar o açúcar derretido do bico do pássaro.

Ah, bem—era o dia da liberdade, afinal!

Valen também viu o que achou que era um carrossel, mas havia apenas três cavalos lá, e os cavalos não eram cavalos, mas sim bestas montadas. Em vez de girar em sincronia, cada besta montada podia ser movida para frente apertando alguns botões e, no final, era um carro de corrida em vez de um carrossel.

Para uma atração mais relaxante, havia flores giratórias que podiam acomodar tanto adultos quanto crianças, cercadas por belos jardins de flores reais. Um trem-catapilar para os pequenos também estava disponível, e Izzi havia incluído secretamente um gato-ônibus voador no lugar das carruagens.

No final do parque, havia um prédio que fez Valen soltar outro suspiro alto. “Um aquário? Vocês construíram outro?!”

“Terá uma entrada separada mais tarde, quando este lugar for aberto ao público, mas por agora,” Natha virou Valen. “Este lugar é exclusivamente para você,” ele levantou a mão do querido marido e plantou um beijo ali. “Minha querida mais preciosa.”

A visita terminou na praça do parque, onde uma enorme fonte com uma cascata em níveis e todos os convidados estavam aguardando. Confetes foram lançados e pétalas de flores foram espalhadas para dar as boas-vindas ao aniversariante—embora já tivesse passado um mês do aniversário.

Mas isso não importava.

Porque Valen estava rodeado por seus amigos e família, no meio do parque de diversões dos seus sonhos de infância, e desta vez, ele não conseguiu segurar as lágrimas.

Porque… este deve ser o paraíso que o velho homem mencionava. Porque ele morreu uma vez, e agora ele tem tudo o que não pôde ter em sua vida anterior.

Sim. Este é o seu paraíso.

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