O Noivo do Senhor Demônio (BL) - Capítulo 206

206: Certifique-se de deixar seu filho com uma babá de confiança enquanto estiver em lua de mel. 206: Certifique-se de deixar seu filho com uma babá de confiança enquanto estiver em lua de mel. “Eles não vão sair hoje também, né?” Opti olhou na direção da galeria do quarto depois que eles tomaram o café da manhã.

A última vez que viram o Senhor e sua bela noiva foi durante o jantar de dois dias atrás. Um dia inteiro havia passado e agora, enquanto voavam sobre o rico planalto sul em direção à cadeia de montanhas vulcânicas, o casal ainda não tinha saído de seu quarto. Os servos e Panne, que foram lá ontem de manhã entregar a bebida matinal de seu Mestre, encontraram a porta — e todo o próprio quarto — revestido de barreira de isolamento.

Bem, não era preciso ser um gênio para saber o que estava acontecendo lá dentro.

“Não é um cio, certo?” Caba perguntou preocupado; se ele estava preocupado com o Senhor ou com o humano-druida, ninguém sabia.

“Haveria um tipo totalmente diferente de barreiras se fosse o caso,” Lesta balançou a cabeça, antes de acrescentar com um sorriso malicioso. “Eu não acho que eles vão se mover até chegarmos ao vulcão.”

“Selvagem,” Opti riu. “O que aconteceria durante a verdadeira lua de mel deles se já está assim?”

Esse comentário colocou os vassalos em um silêncio repentino enquanto eles ponderavam sobre o assunto.

“Sabe… apesar de chamar o Jovem Mestre de sua noiva, Sua Senhoria nunca mencionou nenhum plano de casamento,” Lesta, que era o que mais acompanhava o Senhor entre os vassalos, disse-lhes com um leve franzir de testa. “Não era comum ele não estar preparado para isso, mesmo que só acontecesse no futuro distante.”

“Hmm…” Opti se recostou em sua cadeira até as pernas dela se levantarem do chão, aproveitando a ausência de seu Senhor para ser um pouco brincalhão. “De alguma forma, eles têm agido como um casal recém-formado nessas últimas semanas, você não acha?”

Foi surpreendente o suficiente quando o Senhor de repente lhes disse que estava tomando o Sacerdote do Julgamento como sua noiva. Eles se prepararam para enfrentar uma forte reação adversa, confundindo-se sobre como lidar com esse humano. Alguns deles haviam trabalhado nos bastidores, por ordem do Senhor, para tornar tudo propício para a chegada do humano; de medidas de segurança a propaganda pública.

Mas nada — nada os preparou para ver os olhos de seu Senhor cheios de tanto amor e afeto, preocupação e raiva. Seu Senhor, antes frio, calmo e imperturbável, agora mimava sua noiva sem parar. Se estivessem juntos, o olhar do Senhor nunca deixaria o humano. Se suas mãos estivessem ociosas, quase sempre tocaria o humano; segurando a mão delicada, na cintura pequena, pelos ombros, pelos longos cabelos escuros. Ele não tocava sua refeição até ter certeza de que o humano comia. Ele não tocava seu copo até ter certeza de que o humano bebia. Sua atenção seria sempre, em primeiro lugar, para sua linda noiva.

Mesmo quando não estavam juntos, os vassalos às vezes encontravam o Senhor com uma expressão pensativa, murmurando o nome do humano — o novo nome; Valen. Depois de muitas décadas servindo ao Senhor, eles finalmente o viram impaciente para terminar seu trabalho, só para poder ver seu amante esperando o quanto antes.

“É como se eles estivessem começando o relacionamento de novo,” Opti riu. “Talvez seja por isso? Talvez Sua Senhoria queira que o Jovem Mestre esteja completamente pronto primeiro,”
“Logo após aquele longo coma, hein,” Lesta inclinou a cabeça para a esquerda e para a direita, batendo nos braços cruzados. “Ele agia como se estivesse com medo de que o Jovem Mestre desaparecesse do ar.”

“Sua Senhoria realmente parecia que acabaria com o mundo e depois consigo mesmo naquela época,” Caba comentou, e suas mentes automaticamente conjuraram lembranças daqueles dois dias infernais antes de o Senhor decidir se transportar para o reino da natureza.

Lembrar daquele momento fez-os estremecer novamente de um frio intangível.

“Parem de conversar! Temos outro problema agora!” Dhuarta, que tinha ficado fora da conversa até agora, de repente gritou do lado. Em suas mãos estava um pássaro elemental colorido e rechonchudo, gritando alto.

[Jade quer ver o Mestre!]
O pequeno pássaro, que tinha estado inquieto por um dia e uma noite inteira ontem, não aguentava mais. Lembrava dos três dias em que seu Mestre ficou deitado imóvel, e agora, o Mestre também havia restringido sua conexão mental por algum motivo. O pequeno pássaro ainda podia sentir a alma e a força vital do Mestre, mas não podia mais enviar ou receber pensamentos.

O Mestre está feliz? O Mestre está triste? Era inquietante para o pássaro perder essas informações.

O pequeno pássaro lutava nas mãos do demônio e quase conseguia escapar antes que Caba ajudasse Dhuarta a segurar o pássaro de volta — eles estariam mortos se o pássaro perdesse sua inocência por causa de sua negligência.

“Espere, espere, espere — você não pode ir ainda, Senhor Jade!” os dois vassalos tentaram segurar o pequeno pássaro sem machucá-lo, o que se provou ser uma coisa difícil de fazer quando o pássaro elemental começou a usar mana.

[Jade quer o Mestre!!]
“Jade quer ver Valen,” a Salamandra interpretou da mesa do café da manhã.

“Eu posso ver isso muito bem,” Lesta riu e chamou o pequeno pássaro. Se Jade ouviria alguém além do humano, seria seu provedor de doces, Lesta. “Jade, venha aqui.”

Na voz de Lesta, o pássaro cessou sua luta e voou lentamente em direção ao demônio, pousando na palma de Lesta com um piado triste.

“Você quer ver seu Mestre?”

[Ung…] Era um som lastimável, como o de uma criança abandonada.

“Por quê?” Lesta perguntou pacientemente.

[Porque Jade sente falta do Mestre…]
“Jade sente falta de Valen,” novamente, Ignis interpretou para eles.

Lesta sorriu; um sorriso gentil, diferente do seu sorriso usual. Ele acariciou o triste pequeno pássaro em sua palma enquanto falava suavemente. “Sua Senhoria também sente o mesmo,” ele disse. “Ele sente falta do seu Mestre, porque ele esteve muito ocupado na semana passada.”

O pequeno pássaro lentamente olhou para cima, os olhos redondos piscaram com a explicação do demônio.

“Não é por isso que você conseguiu passar muito tempo brincando com seu Mestre todos os dias?”

[Oh…]
As asas caídas lentamente ganharam alguma força, e os olhos verdes não pareciam mais tão deprimidos quanto antes. Com um sorriso mais amplo, Lesta continuou. “Então agora, dê uma chance a Sua Senhoria, certo? Você pode brincar conosco em vez disso, está bem?”

Os olhos redondos piscaram repetidamente por um momento, e o pequeno lagartixa pulou no braço de Lesta, batendo na cabeça verde. Depois de olhar para a frente e para trás entre Ignis e Lesta, também os vassalos que estavam assentindo afirmativamente com sorrisos largos, o pequeno pássaro finalmente assentiu.

[Ok!]
Finalmente, o som do piado voltou ao seu tom alto usual, em vez do lamento triste de antes.

“Bom,” Lesta acariciou o pequeno pássaro novamente, antes de colocar a rechonchuda bola colorida de penas na mesa. “O Jovem Mestre ficará tão orgulhoso de você por ser tão maduro.”

O pássaro girou com um sobressalto. [Jade maduro?]
Leata sorriu maliciosamente e assentiu. “Sim, como um adulto de verdade.”

[!!]
Como se tivesse um ponto de exclamação na cabeça, o pássaro pulou e, junto com a Salamandra, se encolheu e riu num canto, quase como se já tivesse esquecido da ausência de seu Mestre.

Dhuarta soltou um longo suspiro e deu um tapinha no ombro de sua irmã gêmea. “Você agora é uma babá certificada.”

“Babá de pássaros,” Opti corrigiu.

* * *
No terceiro dia, o Mestre surgiu. “Jade!!”

[Mestre!]
Um chiado agudo e alegre encheu a sala da cabana com a aparição da figura adorável, parecendo tão bela como sempre, e ainda mais energética do que o normal. Os olhos verdes brilhavam intensamente como um par de esmeraldas, e ele acolheu o pequeno pássaro que se lançou em seus braços com risadas alegres.

“Você se comportou bem? Estava com saudades de mim?”

[Sim!]
O mestre e o familiar se abraçaram como se não se vissem por três semanas, ao invés de três dias. O pássaro elemental estava à beira de ficar amuado, mas vendo o Mestre alegre e a felicidade se infiltrando em sua alma, o pássaro esqueceu toda a sua solidão.

A Salamandra, que saltou silenciosamente para o ombro do humano-druida, comentou em um tom seco. “Eu não.”

“Sim, sim, também senti saudades de você, Ignis,”
Enquanto a Salamandra resmungava sobre como não foi isso que ela disse, o pequeno pássaro estava ocupado se gabando. [Jade é bom. Jade espera paciente como adulto!]
“Pacientemente,” o Mestre corrigiu.

[Jade espera pacientemente como um adulto de verdade!]
“Sim, sim, bom garoto!”

Com uma risada alegre, o Mestre teve uma adorável reunião com seus pequenos companheiros enquanto os vassalos observavam intrigados.

“Ele parece tão… energético,” Caba comentou admirado.

“Tenho que admitir que isso é inesperado,” Dhuarta falou, olhando para outra pessoa que também havia finalmente feito sua aparição.

“Que seja Sua Senhoria que pareceria como se tivesse acabado de voltar de um campo de batalha?” Opti riu, claramente zombando de seu Senhor. “Sim, isso é inesperado.”

Os vassalos viraram-se para olhar o Senhor que se apoiava no sofá com um braço cobrindo os olhos, abatido e claramente exausto.

“Druidas,” o Pesadelo falou, o baixo nível de energia fazia sua voz soar como um rosnado. “Têm rejuvenescimento natural,”
Quando sua linda noiva pediu por uma noite inteira de atividade sexual, Natha ficou mais do que animado para atender. Quem não ficaria, quando sua amante pede isso com um rosto corado e cílios tremendo de vergonha? Uma amante que até a semana passada ainda era completamente virgem.

Eles fizeram até o sol nascer, e de novo na câmara de banho. O que foi bom e divertido. Mas após um breve descanso, aquela adorável amante recém-formada o seduziu novamente, pedindo timidamente por mais uma rodada. E outra. E outra.

Como um novo aventureiro, seu amante inocente estava ansioso para explorar tudo. Tudo. Era a curiosidade que Natha se lembrava da vida anterior do homem, das noites após noites de perguntas. É só que agora as perguntas se transformaram em algo mais físico e sensual.

Na frente desse amante ávido, seu orgulho não lhe permitia parar, e ao acordarem na terceira manhã, ele sentiu como se tivesse usado toda a energia que guardava para o inverno. Por outro lado, Valen parecia extremamente revigorado, o gene druida fazia maravilhas na restauração de sua energia. Era também por isso que o homem aparentemente frágil conseguia durar muitas e muitas rodadas com excitação máxima.

Desconhecido para Natha, ele havia acordado esse adorável monstro de pureza coexistente e promiscuidade.

“Pfft–” Lesta sufocou sua risada sem sucesso. “Ele te sugou até secar, hein?”

Com um olhar agudo, Natha zombou de seu braço direito. “É? Como se não fosse ser o mesmo com você uma vez que você voltar?”

Lesta pausou, piscando forte enquanto era subitamente preenchido com um temor esquecido.

“Mm, uma sede de um mês,” Dhuarta se recostou na cadeira e lambeu os lábios. “Delicioso,”
Lesta deu um tapa forte em sua irmã gêmea, embora sua tez estivesse ficando mais pálida.

“Ei!”

“Ugh,” o demônio, geralmente calmo, começou a suar e olhou suplicante para seu Senhor — o Senhor que ele acabara de zombar. “Não dá pra… me mandar numa missão em algum lugar, meu Senhor?”

“E prolongar a sede? Você realmente quer ser sugado até secar?” Natha sorriu maliciosamente, sentindo-se melhor agora que tinha alguém para provocar.

Com um riso travesso, Dhuarta e Opti deram tapinhas na Lesta gemendo em falsa consolação.