O Noivo do Senhor Demônio (BL) - Capítulo 130

130: Um plano secreto deveria ter sido feito em um lugar secreto para máxima chance de sucesso 130: Um plano secreto deveria ter sido feito em um lugar secreto para máxima chance de sucesso Pisquei diante das palavras dela e cocei minha bochecha. Enquanto era verdade que eu tinha ficado mais ‘cheio’, eu tinha me movimentado bastante durante os treinos ocasionais, então não era só gordura, mas músculo que este corpo tinha recuperado. Eu não estava ‘gordo’ per se, apenas notavelmente mais redondo do que antes.

“Bem, sim, eu sei que não estou gordo…Eu só–”
“Sim, eu entendo, não foi o que eu quis dizer,” Zia cortou minhas palavras instantaneamente.

Inclinei minha cabeça, confuso. “…então?”

“Esqueça,” ela acenou com a mão para dispensar o assunto. Mas como eu continuei olhando para ela inquisitivamente–já que não havia nada que eu pudesse fazer enquanto as costureiras trabalhavam–ela mordeu o lábio e abriu a boca novamente. “Você se lembra de como você era antigamente, Val? Quando você acabou de chegar na torre?”

“Uh-huh,” eu assenti em resposta, e a que estava no meio comparando algumas pedras com meu cabelo segurou minha cabeça imediatamente. “Uhh…Por quê?”

Zia apertou os lábios e perguntou com cuidado. “Você sempre foi tão…magro?”

Hmm…se eu tivesse que ser honesto, então…sim? Eu nunca tinha apetite suficiente com toda a medicação e a dor, e só tinha tanto que um soro intravenoso podia fazer. Não era como se eu me olhasse frequentemente no espelho, já que eu estava praticamente acamado durante meu último ano, mas lembrando o estado dos meus braços da última vez…

Agora que pensei sobre isso, o estado do meu corpo quando morri e o estado do corpo de Valmeier no qual acordei era mais ou menos o mesmo. Se eu usasse a vida de Valmeier como um pano de fundo, então…

“Hmm…bem, eu estava em uma guerra…” eu lhe disse, “…e então eu adoeci,” eu não achava que Valmeier havia tido um corpo completamente nutrido também, recordando seu passado como um órfão, um padre viajante, e então uma ferramenta do reino.

“Mas eu não estou mais doente agora, então…” eu dei de ombros. Desta vez, as costureiras não me seguraram mais.

Era bastante fascinante que tanta coisa pudesse mudar apenas com o simples fato de que eu não estava mais com dor. Eu podia comer, podia me exercitar, podia aprender e lutar e pensar no futuro. Eu podia conhecer muitas pessoas e ir a eventos. Caramba–Eu podia experimentar provar roupas! Era divertido, colocava um sorriso no meu rosto.

[Mestre!]
“Mm?” quando levantei o rosto, Jade estava batendo as asas e flutuando na minha frente.

[Mestre não está doente agora? Mestre feliz? Mestre se diverte?]
Eu ri dos olhos verdes e brilhantes que piscavam repetidamente. “Sim, estou muito saudável agora, então me divirto bastante.”

[Jade também está saudável! Jade também se diverte!]
“É mesmo? Bom para nós!”

[Bom para nós!]
As asas turquesa batiam excitadas e por um segundo, pensei que as costureiras iriam repreender o pássaro por criar vento desnecessário. Mas parece que elas terminaram de provar todas as peças diferentes de roupa, então Jade foi perdoado pelos assustadores demônios profissionais.

“Acho que este tamanho será o mais ideal daqui para frente,” Arta assentiu enquanto me circulava, ainda preso debaixo de todas as peças. Eu nem sequer podia começar a imaginar que tipo de roupa ela realmente queria que eu vestisse. Só rezava para que não fosse nada muito complicado.

“Vou encher seu armário com roupas deste tamanho no futuro,” ela adicionou, batendo palmas, enquanto os demônios começavam a tirar as peças do meu corpo.

Levantei minhas sobrancelhas diante das palavras dela, lembrando do meu armário já cheio na sala de vestir. “Você vai encher ainda mais?”

Eu nem havia usado todas elas!

“Ou você gostaria de comprar algumas por conta própria?” ela se virou para mim, com as mãos juntas em frente ao peito enquanto seu rosto se iluminava repentinamente. “Podemos parar em alguns lugares durante a inspeção anual!”

Umm…meus olhos imediatamente se estreitaram diante disso. A inspeção anual não era para ser como…uma visita oficial formal? Sabe…coisas de trabalho?

“Isso não atrapalharia a programação?”

“Não é como se a gente nunca parasse para descansar,” ela fez uma cara para mim, como se estivesse decepcionada com minha falta de entusiasmo. Ela só queria uma desculpa para escapar do cronograma usando a mim, hein? “E se a Senhoria estiver muito ocupada–”
“E se eu estiver muito ocupado?”

A voz suave e baixa entrou na sala, e todos nós ofegamos coletivamente. Pisquei, sem poder fazer nada com todos os tecidos e alfinetes ainda presos em mim. As costureiras, obviamente, pararam o que estavam fazendo para se curvar, enquanto Zia e Arta abriram a boca em surpresa congelada.

“Você vai sequestrá-lo e brincar de bonecas?” ele inclinou a cabeça, com as longas pernas avançando em minha direção.

Conforme Natha se aproximava, Zia e Arta saíram de seu choque momentâneo e reagiram com um grito agudo. “Não! Era para ser uma surpresa!”

“Você não deveria estar aqui, meu Senhor!”

Isso fez Natha parar, com uma sobrancelha levantada em divertimento. Ele olhou para mim e tudo o que pude fazer foi olhar para ele desamparado.

Ei, eu estava tão perdido quanto você, tá?

“Então onde eu deveria estar?”

“No seu escritório?” Arta respondeu com uma careta, como se ela também não devesse estar no escritório. Ela usou as mãos para sinalizar as costureiras para continuar tirando o tecido do meu corpo–graças a Deus!

Natha olhou para ela com o olhar que alguém dá para seu filho desesperançoso. “Ninguém nunca me disse que havia um plano para um ajuste,” ele inclinou a cabeça e deixou seus olhos passarem por todas as peças e protótipos de roupas. “Isso é…para o banquete?”

“Claro,” Arta respondeu energicamente. “Será a estreia do Jovem Mestre na alta sociedade, como você poderia não arrumar algumas roupas para o evento, meu Senhor? Não quer vê-lo lindamente adornado em um traje sob medida?”

“Eu acho que ele é lindo não importa o que ele vista,”
Arta clicou a língua diante disso, e eu tinha certeza de que se Natha não fosse o Senhor, ela já teria revirado os olhos e xingado ele. Em vez disso, ela disse provocativamente. “Mas você não quer vê-lo em uma roupa combinando com você?”

“Hmm…” Natha levantou a sobrancelha, mudando o olhar para mim como se estivesse imaginando o cenário de descer até o salão do banquete em uma roupa combinando comigo. Seus lábios se curvaram, então, e senti meu rosto queimar. “Você está certo. Eu quero ver isso.”

“Obrigada!” Arta jogou as mãos para o ar.

Mas Zia ainda soltou um gemido. “Mas agora a surpresa estragou!”

“Tenho certeza de que vou me surpreender de qualquer maneira,” Natha sorriu enquanto retomava seus passos. O tecido estava quase completamente removido do meu corpo, mas eu ainda não ousava me mexer, e isso me fez super consciente do olhar de Natha. Eu estava certo de que minhas bochechas estavam absolutamente em chamas. Ele parou na minha frente e passou as mãos pelo tecido ainda pendurado sobre meu ombro. “Isso ainda nem está pronto, e tenho certeza de que vocês vão colocar mais acessórios nele…”

“Mesmo assim…”

“Só se certifique de não fazer nada muito excessivo,” a mão dele viajou para cima, afastando um fio de cabelo solto do meu rosto e o colocando atrás da minha orelha. “Ele já é bonito demais como é.”

Cala a boca! Apertei os lábios de vergonha. Você não vê a costureira encarregada de tirar o último tecido me olhando com um sorriso provocador?

“Eu sei, eu sei,” agora que ela não estava de frente para Natha, Arta podia revirar os olhos o quanto quisesse. “Eu já te decepcionei nesse aspecto, meu Senhor?”

“Mm,” Natha apenas murmurou em resposta e, como se ignorando todos os outros, apenas pegou minhas mãos e as beijou, olhos ainda fixos em mim–em quanto eu ficava vermelho como um caranguejo cozido, talvez.

E então ele me ajudou a descer do pedestal onde eu tinha que ficar enquanto faziam o ajuste, então eu consegui um momento para olhar para baixo e controlar a temperatura no meu rosto enquanto Natha continuava a interrogar os demônios. “Vocês têm certeza de que podem ter isso pronto antes do banquete?”

“Claro! Confie nas minhas costureiras!” Arta bateu no próprio peito com confiança. Ela tinha que confiar, considerando que o banquete era como…daqui a três dias?

Seria realmente possível? Ela não estava tipo…forçando que eles apressassem a roupa, não é? Mas então, eu não tinha ideia de como as roupas eram feitas, e havia magia neste mundo, então…

“Não crie algo que prejudique a beleza dele,” Natha disse, em absoluta seriedade, como se estivesse zombando do meu esforço para parar de ficar envergonhado.

“Ao seu comando.”

As costureiras se curvaram baixo e responderam em uníssono, antes de começar a arrumar tudo enquanto Natha pegou minha mão e me levou para fora da sala. Arta ficou para trás para direcioná-las novamente, e provavelmente começou o processo de fazer as roupas imediatamente. Mas Zia nos seguiu, já que Natha deu um sinal para ela também.

“Você veio para o almoço?” perguntei curiosamente, já que a única vez em que ele voltava para a suíte geralmente era para almoçar comigo.

Mas estávamos caminhando em direção à porta da frente, não para o pequeno quarto que havia sido convertido em sala de jantar agora–já que os vassalos continuavam visitando durante o café da manhã.

Natha sorriu enquanto respondia misteriosamente. “Um almoço, sim. Mas não aqui,”
“Huh?” minha cabeça se inclinou em reflexão. E então eu vi Zia que estava nos seguindo e de repente entendi o motivo. “Oh, eles chegaram?”

As delegações do Reino da Luxúria.