O Noivo do Senhor Demônio (BL) - Capítulo 113

113: Receber coisas como garantidas está incluído no pacto de casamento, pelo visto… 113: Receber coisas como garantidas está incluído no pacto de casamento, pelo visto… “Oh!” Arta exclamou ao mencionar a mudança.

Jade, que geralmente era sensível sobre esse tópico, apenas levantou o olhar de sua cama de gelatina pelo barulho alto, mas imediatamente focou novamente na doçura colorida. Agora que Jade podia me seguir por todo lado, o pássaro não se importava tanto assim.

A única coisa que irritava um pouco Jade sobre a mudança para cá era que significava que o pássaro teria que competir com Natha o tempo todo em relação aos arranjos para dormir.

Mas enfim… certo–eu estava mais empolgado com o crescimento de Jade que acabei esquecendo completamente disso. Parecia que foi apenas ontem que falamos sobre isso na estufa. “Bem…”

“É bem antes do planejado, hein?” Natha respondeu à minha hesitação. Não era que eu tinha algum receio de me mudar para cá, era apenas… tudo parecia que estava acontecendo tão rápido? Fazia apenas duas semanas que pisei no Castelo pela primeira vez. “Você subestimou o crescimento do pirralho… ou melhor, seu apetite.”

[Jade não brat!] o passarinho piou alto dentro de sua fortaleza de gelatina, antes de continuar mastigando a gelatina aparentemente interminável.

“Hmm… é porque Jade estava sendo travesso e comendo toda a mana purificada,” eu cutuquei sua bochecha inchada que estava cheia de gelatina. “Você glutão. Você guloso glutão.”

“Bem, eu não tenho objeções a você morar aqui o quanto antes,” Natha respondeu, dando de ombros. Foi por isso que ele tratou Jade com uma quantidade infinita de gelatina? Era essa a recompensa para tornar possível que eu me mudasse completamente para cá? Ele desviou o olhar para os vassalos com um sorriso. “Está bem assim, certo?”

“Claro!” Arta respondeu rapidamente, com outra voz alegre e alta que fez Jade pular de surpresa. Caba ecoou sua resposta com uma voz mais baixa que não combinava com sua imagem.

“Por que você age como se até se importasse com o que vamos dizer, meu Senhor?” Lesta respondeu com um sorriso malicioso. “Você vai fazer o Jovem Mestre ficar de qualquer maneira.”

“Estou tentando ser civilizado,”
“Você só quer se mostrar na frente do Jovem Mestre e desviar o olhar dele do seu traço desagradável, não é?”

“Você só quer ser enviado para a terra de fronteira, não é?” Natha levantou a sobrancelha com um sorriso frio, fazendo Lesta apertar os lábios e se esconder atrás de uma taça de vinho com um sorriso.

Que pena… Eu gostaria de saber mais sobre esse traço desagradável.

“Nós ainda não terminamos o campo de treinamento e a câmara de pesquisa, mas fora isso, estamos prontos, meu Senhor,” como de costume, o único em quem poderíamos contar para dar uma resposta séria era Malta. “O quarto de vestir do Jovem Mestre deve ficar pronto amanhã.”

O quê–não, espera, tinha algo mais lá. O que ela disse mesmo? Campo de treinamento? Câmara de pesquisa?

Vendo minha cara confusa, Natha imediatamente me deu uma explicação. “Você não disse que precisa de um lugar para treinar com armas?”

“Oh… você vai me fornecer isso?” Eu respondi com as sobrancelhas erguidas de surpresa.

[!]
Olhei para meu braço esquerdo que de repente vibrou levemente. Já fazia um tempo desde que Alveitya deu sinal de vida, então fiquei um pouco surpreso. Jade também, que parecia ser capaz de perceber a Lança agora, olhou para cima e pulou para minha mão esquerda, cutucando a marca na minha palma como se tentasse conversar com a Lança.

Naturalmente, os outros demônios me olharam com interesse. “Ela fica excitada?” Natha perguntou com um sorriso, e eu apenas acenei afirmativamente, porque a Lança queria sair e eu não pensei que uma sala de jantar cheia de demônios fosse um bom lugar para tirar uma ferramenta que era usada para matar demônios, então eu tive que suprimir essa arma senciente.

“O que é?” Arta perguntou curiosamente, até se inclinando sobre a mesa, olhando para mim com os olhos brilhando.

Natha, com um sorriso malicioso, respondeu casualmente. “A Lança do Julgamento,”
“Hiek!” Arta se afastou da mesa–longe de mim. Caba arregalou os olhos e embora fosse sutil, eu podia ver Lesta e Malta tensos.

Mas quando eu pisquei surpreso com a reação deles, Arta imediatamente se apressou em acenar com as mãos e balançar a cabeça, parecendo em pânico e pedindo desculpas. “N-não, eu não quis dizer–não é… É só um nome que invoca medo, Jovem Mestre–não, eu quero dizer… Eu não estou dizendo que você é assustador, é só…”

Ela gaguejou, muito parecido com Caba quando ele pensou que eu tinha deixado o Castelo por causa dele. “Está bem, eu entendo…”

Quero dizer… eu também odiei a Lança no início, quando soube que foi ela que causou a ferida de Natha. Então eu entendi sua aversão instintiva. Afinal de contas, Caba até tentou me matar na primeira vez por causa dela.

Falando sobre o demônio careca, ele estava abaixando o olhar, embora eu pudesse ver seus olhos endurecidos. Embora ele não guardasse mais ressentimento contra mim, provavelmente ainda era difícil saber que a arma que ele odiava estava essencialmente na mesma sala.

“Não, não está bem,” Malta balançou a cabeça. “Não deveríamos nos surpreender com sua arma sagrada. Parece que ainda falta treinamento para nós, então nos perdoe, Jovem Mestre.”

“…uh, tá bom?” Eu acenei, mas também fiz outra nota mental para evitar tirar Alveitya na frente de demônios amigáveis.

Natha bateu no meu braço e empurrou Jade para o lado para que pudesse pegar minha mão. “É bem infeliz, mas essa Lança tem uma propriedade letal para aqueles designados como ‘inimigos’ pelo Mestre,” ele esfregou a marca de propriedade na minha palma. “E ela tem um histórico tão… sombrio com demônios, então…”

“Então isso significa, contanto que o Mestre não nos veja como um inimigo…” Lesta sorriu do outro lado da mesa, deixando suas palavras no ar.

“Não é como se eu fosse balançar ela por aí sem mais nem menos,” eu franzi os lábios levemente. É, a reação deles em relação à Lança era compreensível, mas o que me surpreendeu antes era que parecia que eles achavam que eu pegaria Alveitya e a deixaria devastar o quarto.

Natha riu e acariciou o dorso da minha mão. “Eu sei,” ele sorriu docemente, “Você tem um controle melhor da Lança agora também, então ela não se moveria por si mesma, mesmo que tivesse sentimento— a não ser que você estivesse em perigo, claro.”

Certo—Eu assenti em concordância. Até a aparência da Lança tinha mudado, parecendo mais com um cetro com uma ponta mortal. Ela tinha sido muito tranquila e silenciosa dentro do meu núcleo de mana, diferente da barulhenta Jade.

“De qualquer forma, eu decidi que você precisará de um lugar especial para treinar, para que não tenha que se preocupar com os olhares das pessoas,” Natha me explicou mais. “Quanto à sala de pesquisa…” ele pressionou o polegar nas almofadas dos meus dedos, acariciando-os gentilmente. “Você tem estado ocupado mexendo com aquelas invenções esquisitas.”

Eu ofeguei. “Isso também?” que outra reação eu poderia ter além dessa?

Mas está tudo bem em me fornecer tanto espaço assim? Eu poderia apenas fazer esse tipo de coisa em qualquer lugar; na sala de estar, ou quarto, ou meu pequeno canto na estufa…

Embora eu adivinhasse que seria inconveniente se eu fizesse bagunça nessas salas, né? Talvez seja por isso. Mesmo assim, preparar tudo isso só para mim… com certeza existem outras coisas para as quais essas salas poderiam ser usadas—algo mais substancial do que o hobby de um único homem.

“Não é um exagero?” Eu olhei para Natha com uma leve carranca.

“Hmm… parece que nosso Jovem Mestre ainda não sabe que tipo de pessoa é Sua Senhoria,” Lesta de repente disse, olhando para mim com um sorriso largo e olhos encurvados.

Não era apenas Lesta, no entanto; Arta estava sorrindo amplamente, e até mesmo Malta deixou escapar um sorriso sutil. Caba era o único cuja expressão não mudou — mas era porque o demônio careca estava de repente tendo um concurso de encarar com o pequeno pássaro elemental, que se sentira negligenciado nos últimos minutos.

Eu inclinei minha cabeça em confusão, e Natha aliviou isso com uma risadinha suave. “Não estou usando dinheiro público, não se preocupe,” ele acariciou minha cabeça em segurança.

“Isso é… bom?” Eu respondi devagar, ainda perplexo com a situação. Digo… sim, era bom que ele não usasse dinheiro público, mas isso não era realmente minha preocupação.

Apenas percebi de repente quanto dinheiro ele deve ter usado só para facilitar essa mudança, só para eu ficar aqui. Desde a construção do portal até todos estes quartos… quanto isso custaria?

“Sim, não se preocupe, Jovem Mestre. Sua Senhoria construiu tudo com seu próprio dinheiro!”

“Mm, é apenas troco para Sua Senhoria,” Caba finalmente decidiu dar sua voz à discussão.

Troco, hein — talvez eu devesse perguntar a Natha quão rico ele realmente era um dia.

“Isso é um exagero,” Lesta balançou a cabeça e suspirou. “Não é somente ‘troco’, mas de fato não é algo que vá prejudicar as finanças de Sua Senhoria. Mais importante, é dinheiro bem gasto — certo, meu Senhor?”

“Mm,”
Natha murmurou com um sorriso casual, olhando para mim com toda a intenção de me dizer que o dinheiro que ele gastou por mim nunca foi um desperdício.

Deuses — Eu não era mais uma Rapunzel, mas uma Cinderela, hein?

Aqui, neste Castelo, eu era apenas seu noivo. Seu… pertence. Era estranho saber que eu teria meu próprio quarto privado; um quarto que eu poderia chamar de meu, construído para mim. Porque mesmo quando eu era o único a usar a suíte no Covil, essencialmente ainda era o espaço de Natha, certo?

Mas agora… como eu coloco isso; eu poderia ter minha própria caverna particular?!

Uau… eu não vou mentir; eu estava na verdade tão feliz que beijaria Natha se não houvesse mais ninguém na mesa.

Dito isso, era meio estranho receber algo quando eu praticamente não fazia nada além de comer, brincar e dormir. Era difícil pensar que eu merecia tal tratamento, mesmo sabendo que Natha fez isso por afeto.

“Independente disso, não há nada de excessivo nisso, a menos que você decida não usar esses quartos,” Natha levantou minha mão e beijou meus nós dos dedos. “O que significaria que eles se tornam inúteis.”

E então ele se inclinou, sussurrando no meu ouvido. “Apenas aprenda a se acostumar a receber algo por certo.”

“Você vai me transformar em um homem mimado…”

“Exatamente como eu quero,”
Caramba.

Uhh… bem, então… eu não tinha escolha a não ser aceitá-los, eu acho.