O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 673
- Home
- O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS
- Capítulo 673 - Capítulo 673: Chapter 673: Domando o Quinto Ano - Descida
Capítulo 673: Chapter 673: Domando o Quinto Ano – Descida
Ponto de vista do Louva-a-deus, pouco antes de ver a primeira porta…
O buraco era vasto.
Maior do que qualquer estrutura natural deveria ser. As paredes desciam em uma espiral irregular, talvez formada por aquele enorme fluxo de bestas mutantes.
Esculpidas por sua corrupção, moldadas por sua violência.
Entre aquelas paredes, emergindo como tentáculos mortais… As raízes dos brotos dourados.
Centenas delas, talvez milhares, entrelaçadas em uma rede tão densa que a luz de cima mal penetrava além da primeira dúzia de metros.
Como uma teia esperando a presa.
O Louva-a-deus sabia que não podia realmente morrer, então sem medo abriu completamente suas asas e se deixou cair.
A confiança era fácil de ter sendo uma projeção, não uma vida.
Controlando sua descida com ajustes mínimos, suas superfícies espelhadas refletiam as raízes ao redor até que se tornasse indistinguível delas.
As raízes mais próximas logo pareciam notar algo.
Deslocamento de ar… Uma anomalia no padrão.
Mas então ativou a Mímica.
Seu corpo começou a ondular.
Não aleatoriamente, mas com o padrão exato das raízes quando se moviam em busca de presa. O mesmo ritmo, a mesma frequência, a mesma pressão contra o ar.
Para o sistema de detecção baseado em vibrações, o Louva-a-deus não era mais uma presa caindo… Era apenas mais uma raiz se movendo na rede.
Nada que valesse a pena investigar.
Assim, ele desceu mais fundo… E a mana mudou.
De Ouro 3 na superfície. Agora aqui, no subsolo, a concentração era diferente. A mana de cima tinha dificuldade de penetrar rocha e terra compactadas.
A que vinha de baixo… essa era mais ‘sólida’. Mas sua distribuição não chegava aqui, começando muitos metros abaixo.
Então a quantidade alcançou Ouro 2 rapidamente.
Então Ouro 1.
A pressão diminuiu gradualmente. A forma projetada do Louva-a-deus estabilizou, sua estrutura de mana interrompendo o leve tremor dentro de seu sistema.
O alívio foi como emergir de águas profundas.
E finalmente… perto de Prata 3.
Ele tocou o fundo.
Não com uma colisão, mas com um pouso suave que mal deslocou a poeira acumulada. Suas patas tocaram a pedra, e pela primeira vez desde o início de sua descida…
Silêncio completo.
O tipo que te faz consciente de sua própria existência.
Os brotos dourados não chegavam até aqui porque o lugar tinha mana muito escassa para eles. Suas raízes pendiam acima como um teto mortal, mas o chão…
O chão era território de outra coisa.
Uma câmara se abriu diante dele. Natural em formação, mas claramente modificada. Vários túneis ramificavam-se em diferentes direções, cada um desaparecendo na escuridão que mesmo os olhos compostos do Louva-a-deus tinham dificuldade para penetrar.
Mas apenas um importava.
Porque apenas um tinha paredes esculpidas.
As runas começaram sutilmente. Pequenas marcas perto da entrada, como se quem as fez estivesse testando, experimentando com o material.
Então elas cresceram.
Mais complexas e elaboradas. Mais… deliberadas.
O Louva-a-deus moveu-se em direção a esse túnel, cada passo medido. Ainda era território de criaturas sensíveis a vibrações.
Mas ao cruzar o limiar do túnel esculpido…
Algo mudou.
A estrutura era diferente. As paredes não mostravam rachaduras ou erosão. Elas eram sólidas, isoladas do exterior por algo mais do que simples pedra.
Magia ou engenharia. Talvez ambos com um propósito construído para durar.
E as criaturas selvagens…
Não havia sinal delas aqui.
Nem vestígios de tocas, nem cheiro de ninhos ou territórios marcados. Era como se este lugar fosse… repelente para a vida selvagem.
Como se algo nestas paredes as desagradasse ou… as assustasse.
Talvez um poder antigo ou energia residual. Algo que desencadeava evasão instintiva.
O Louva-a-deus avançou mais fundo, e então ele sentiu.
Ou melhor, não sentiu. A pressão de mana.
Ela havia desaparecido…
Quase completamente.
Em Prata 3, deveria haver uma concentração constante de mana ambiental. Não tanto quanto em postos mais altos, mas presente.
Sempre presente.
Mas aqui…
As runas, estariam absorvendo a mana?
A questão flutuou através da conexão com Ren, que se perguntava a quilômetros de distância enquanto fingia prestar atenção às celebrações no prédio de avaliação.
Mas não havia tempo para investigar.
O Louva-a-deus continuou, mais cauteloso agora. Seus passos evitavam tocar diretamente as runas, permanecendo nos espaços entre elas.
Cuidadoso ao não saber o que tocar nelas poderia desencadear.
O túnel se expandiu.
Gradualmente a princípio, depois mais dramaticamente.
E as runas cresceram em complexidade junto com ele.
Elas não eram mais marcas simples. Eram arte… Padrões intrincados cobrindo cada centímetro de parede e teto.
Beleza e função combinadas, propósito disfarçado de decoração.
E eles brilhavam com luz branca. Não dourada como os esporos que Ren havia ativado, mas fraca, muito fraca. Como se estivessem… adormecidas.
Precisariam de ativação?
A questão flutuou através da conexão com Ren, que a considerou a quilômetros de distância enquanto mantinha sua fachada social.
As runas definitivamente foram projetadas para fazer algo. Mas sem poder, sem mana suficiente…
Eram apenas marcas bonitas na pedra antiga.
Potencial esperando por um catalisador, esperando por ativação.
Então o túnel virou.
E lá, no final disso…
Havia uma porta.
Massiva… Coberta de inscrições também.
E estava aberta.
Não completamente, mas o suficiente para algo bastante grande ter passado por ela.
O Louva-a-deus aproximou-se com extrema cautela, todos os sentidos alertas para armadilhas ou guardiões ou…
Nada.
Havia apenas silêncio.
Os avisos de Selphira e Júlio pareciam um pouco vazios agora. Talvez os Brotos Dourados fossem problemáticos… Mas parecia um cuidado desnecessariamente grande com perigos que não existiam.
Cruzou a soleira, deslizando pela abertura…
E parou.
Bem, havia de fato monstros, mas…
Mortos… centenas de corpos.
Talvez milhares.
Eles preenchiam a câmara como um tapete macabro de carne corrupta e ossos retorcidos.
A violência congelada no tempo.
Mutantes… Todos eles.
Mas todos estavam, sem dúvida, mortos.
Seus corpos quase secos pelo tempo e pela falta de umidade. Seus tecidos haviam se esticado sobre suas estruturas ósseas que às vezes tinham muitos ângulos.
Aquelas formas antinaturais… Coisas que nunca deveriam ter existido.
E a outra coisa estranha era…
Pareciam estar intactos após a morte.
Do lado de fora, mutantes que morriam eram rapidamente consumidos por necrófagos, por outros mutantes, ou pelo ecossistema que reciclava tudo. Dependendo das circunstâncias da batalha, eles até se desintegravam.
Mas aqui…
Nada selvagem entrou aqui.
Esses corpos permaneceram intocados por meses.
Preservados pelo isolamento. Protegidos por qualquer coisa que mantinha predadores afastados.
E a forma como morreram…
O Louva-a-deus examinou os mais próximos. Feridas de garras, marcas de mordidas, traumas contusos que esmagaram crânios e despedaçaram torsos.
Ataques físicos.
Violência brutal e direta.
Não havia muitas queimaduras de luz, a desintegração característica que a purificação deixava.
Se Sirius estivesse aqui… Se ele tivesse lutado aqui…
Ele não usou muito de seu elemento Luz do Tigre. Provavelmente lutou mais com os corpos de suas bestas e o dele próprio, suas mãos.
Por quê? Estava ficando sem mana ao lutar contra o rio de mutantes?
Conservação? Desespero? Estratégia?
A câmara se estendia muito além do que a entrada sugeria, era vasta. Um salão que deve ter demorado décadas, talvez séculos, para ser escavado.
Suas paredes seguiam o mesmo padrão de runas do túnel, mas aqui eram maiores.
Mais ativas.
Algumas realmente brilhavam intensamente com aquele brilho branco tênue. Como se tivessem retido mais vestígios de poder de muito tempo atrás.
Energia residual, de seu propósito.
Mas os mutantes sequestraram os artefatos e chegaram aqui… Por que não havia mutantes vivos então?
Já tinham desistido de estar aqui?
Para que vieram em primeiro lugar então?
Através do vínculo, Ren considerou as possibilidades.
Talvez do mesmo jeito que eles recuaram da cidade quando ele se juntou à rede deles, quando sua conexão mostrou a eles que não podiam alcançar o que procuravam sem as “chaves”… Decidiram partir.
Talvez aqui eles tivessem descoberto a mesma coisa.
Que este lugar, o que quer que guardasse, estava além de seu alcance por agora.
Além da capacidade deles de acessar ou entender.
Mas suas suposições não eram tão precisas quanto ele pensava.
Porque o lugar não estava tão deserto quanto ele acreditava.
O Louva-a-deus viu no final da câmara, onde os corpos eram menos densos.
Um mutante.
Vivo.
Enorme e segmentado. Uma criatura que parecia ser meio centopeia, meio muitas outras coisas. Algo que nunca deveria existir. Suas múltiplas pernas de tipos diferentes em cada segmento agarravam o chão, e seu corpo enrolava-se em espirais protetoras ao redor…
Uma escada.
Descendo.
Mais fundo na terra… Mais distante da luz e da vida.
O Louva-a-deus não se moveu, mas o mutante não parecia tê-lo detectado. Seus múltiplos olhos estavam fechados ou olhando para dentro.
Ele estava… guardando.
Não ativamente, apenas… presente.
Mutantes eram em maioria de Posto de Prata entre 1 e 3 em força, variável apesar de parecerem iguais. Seu tamanho era uma pista.
O Louva-a-deus era Bronze 1, fraco sem contar com os bônus de Ren. Mas em teoria, poderia derrotar um mutante de poder “Prata variável” com truques suficientes.
Ilusões, táticas superiores e enorme controle elemental compensando a força inferior.
Mas o barulho do combate poderia atrair atenção indesejada de quaisquer possíveis mutantes extras de baixo. E além disso…
Não precisava lutar. Apenas precisava passar.
Subiu por um dos pilares que sustentavam o teto, suas pernas evitando tocar novamente as runas de luz como precaução, porque Ren sabia que eram esporos. De lá, moveu-se para o teto, camuflando-se contra a pedra antiga.
O mutante não reagiu.
Não percebeu nem notou.
O Louva-a-deus posicionou-se diretamente acima da abertura da escada. Calculou a distância. O ângulo. A velocidade necessária para…
Caiu.