O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 665
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Capítulo 665: Chapter 665: Domando o Quinto Ano – 1º Exame de Coleta – 3
A declaração tinha sido simples e direta. Carregando o peso da certeza que vinha do conhecimento, não da especulação.
Selphira sabia de algo. Algo que ela achava que Ren não poderia lidar agora.
“Isso não é…”
“É a verdade. Ver isso não é o que você precisa agora.”
Júlio também estava presente, parado junto à janela com aquela postura rígida que adotava ao lidar com uma conversa desconfortável.
“Sirius…” Ren começou, o nome do pai de Luna pesando em sua língua.
“Você não pode fazer nada,” Júlio interrompeu, sua voz plana. “Essa é a verdade atual. Não há sentido em você sofrer e se arriscar por algo assim…” sua voz se tornou muito baixa, caindo em um sussurro. “Pelo menos ainda não.”
As palavras ficaram no ar como uma sentença.
“Mas eu poderia…”
“Não.” Selphira foi incisiva… Final. “Três dias não são suficientes para ir tão fundo em primeiro lugar.”
Fundo… Implicações sobre onde Sirius estava, ou o que restava dele.
“Então Luna,” Ren sussurrou, pensando em sua amiga. Em como isso a destruiria se ela soubesse. “Ela iria…”
“Luna não pode saber ainda,” Selphira disse imediatamente, cortando-o. “Ainda não, não assim. Ela tem… situações suficientes para se preocupar.”
A ênfase em ‘suficientes’ sugeria que ela sabia algo sobre as lutas atuais de Luna. Sobre a distância, o isolamento, as barreiras.
“Você sabe o que ela é…?”
“Pergunte a ela diretamente,” Júlio interrompeu, seu tom ficando ainda mais sombrio. “Não temos a informação completa. E se ela não te contou… é a decisão dela. Tanto mais razão para você não ir.”
A lógica era sólida… Enfurecedora, mas sólida.
O silêncio era opressivo.
“Você não pode ir lá, Ren,” Selphira insistiu suavemente. Gentilmente, mas com aço sob a gentileza.
“Mas…”
“Sem mas,” sua voz endureceu. “Você não vai para aquele lugar. Não agora, não nesta competição. Entendeu?”
Ren assentiu, porque o que mais ele poderia fazer?
E quando ele saiu daquele escritório, com o peso de segredos que não podia compartilhar e conhecimento que não podia usar pesando em seus ombros…
Ele fez uma promessa silenciosa.
Algum dia.
Algum dia, quando fosse forte o suficiente, quando tivesse o poder necessário…
Ele iria lá.
Ele descobriria a verdade sobre Sirius Starweaver.
Não importa qual fosse essa verdade.
♢♢♢♢
“Eu prometo,” Ren finalmente assentiu, voltando ao presente. Para Zhao que o observava com preocupação na expressão. “Não vamos desta vez.”
“Bom,” Zhao relaxou visivelmente. A tensão escorrendo de seus ombros, sua postura se tornando menos defensiva. “Então, vamos ver essa famosa eficiência sua em ação?”
Ren assentiu.
Hora de se concentrar. Hora de provar a si mesmo por meio de resultados em vez de reputação.
♢♢♢♢
“Quanto mais longe?” perguntou a primeira garota, tentando não parecer nervosa. Falhando um pouco, sua voz carregando um tremor que ela não conseguia esconder completamente.
Eles estavam se movendo há quase quarenta minutos agora, cada vez mais fundo no anel de ouro. A floresta ficando mais densa, mais escura, mais viva a cada passo.
“Mais cerca de vinte minutos,” Ren respondeu sem parar, seu ritmo constante e confiante. “A área que procuramos está mais ao fundo.”
“Claro que está,” o garoto murmurou, sua voz carregando sarcasmo amargo. “Porque ir direto para o ponto mais profundo do primeiro anel de ouro no lado sul é tão brilhante.”
“Você tem algum problema com isso? Com medo? Muito mana?” Ren finalmente parou, virando-se para olhá-lo diretamente. Encontrando seu olhar sem vacilar. “Porque é a terceira vez que você comentou sobre a rota. Se não confia na sua besta, estava livre para ficar no acampamento base do anel FERRO.”
O desafio era claro e direto… Sem espaço para interpretações erradas.
O garoto cerrou o maxilar, músculos saltando sob a pele. Suas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo, mas ele não se moveu.
“Não tenho problema, minha besta consegue lidar com o mana por 3 dias tranquilamente… com apenas… 2 poções de anti-mana,” ele disse finalmente, embora o ressentimento fosse óbvio em cada palavra. “Apenas fazendo observações.”
“Bom,” Ren virou-se novamente, retomando a marcha. “Mas guarde suas observações para quando forem úteis.”
Liu soltou uma risada estrangulada que tentou converter em tosse quando o garoto o fuzilou com os olhos, cheio de fúria. Mas sua hiena fez um som baixo que poderia ter sido uma risada. O garoto não olhou para a enorme besta, porém…
Continuaram em relativo silêncio por mais quinze minutos. A floresta ficava mais densa a cada passo. As vinhas mais numerosas, pendendo como predadores adormecidos esperando que a presa passasse perto demais.
Ren podia sentir a presença de wolverines à distância. Múltiplos grupos, suas fronteiras territoriais criando linhas invisíveis de tensão através da floresta.
Zhao, que estava observando a uma distância respeitosa, se aproximou. Seus passos eram cuidadosos, não fazendo nenhum ruído desnecessário. “Escolha interessante de ponto de entrada. Por que aqui especificamente?”
“Baixa concentração de wolverines,” Ren explicou, apontando para marcas sutis nas árvores. Arranhões e marcas de odor que a maioria das pessoas perderia. “Este é o território de fronteira entre dois grupos. Maior agressão territorial, mas menos frutos consumidos. E as vinhas aqui estão no seu ciclo de crescimento ativo.”
Ele gesticulou para as vinhas mais próximas. Grossas como a coxa de um homem, verde-escuras com veias que pulsavam com energia elemental.
“Veja as veias brilhantes? Isso indica acumulação de mana elemental. Em aproximadamente duas horas, elas vão produzir ‘pequenos frutos de mana’. Neste momento, estão quase no ponto ideal de colheita. Máximo de conteúdo de mana, mínima defensividade.”
“Espere,” Kade falou, seu tom agora mais curioso do que hostil. “As vinhas são menos defensivas antes de produzir? Pensei que fosse o oposto.”
Bem… Pelo menos esta foi uma pergunta algo útil em vez de apenas reclamações.
“É assim para a maioria das plantas,” Ren assentiu, apreciando o envolvimento. “Mas as vinhas elementais são diferentes porque os frutos não são uma acumulação de mana para sua própria evolução. Ainda precisamos ter cuidado, durante a produção, elas secretam uma toxina que as torna quase intocáveis no Anel Dourado 1. É seu mecanismo primário de defesa agora. Antes disso, elas dependem de movimento rápido e emaranhamento.”
“Então o truque é colher agora, no ciclo da toxina?” fã 2 perguntou, sua undine rodopiando com interesse. O elemental parecia estar prestando atenção também.
“Exatamente. E fazer isso sem danificá-las, porque plantas danificadas produzem gás tóxico.”
A implicação era clara. Um erro poderia transformar isso de uma expedição de coleta em uma situação de sobrevivência.
“E como fazemos isso?” fã 1 perguntou, seu nervosismo retornando. “Não podemos simplesmente cortá-las, certo?”
“Não,” Ren confirmou, balançando a cabeça. “Cortar desencadeia a resposta de defesa.”
“Fogo é a fraqueza óbvia delas,” Kade comentou, como se Ren fosse um idiota por não ver algo tão simples. “Apenas queime-as e…”
“E destrua os materiais,” Ren interrompeu. “Nem todas as vinhas são elemento madeira, e as que são… bem, as queimadas são inúteis para cultivo. Os tecidos se decompõem, a maior parte do mana se dispersa. Precisamos colher sem danificar esses tecidos.”
O ponto todo era amostras intactas. Espécimes perfeitos que poderiam ser usados para cultivo de bestas, para serem vendidos.
“Então como…?”
“Precisamos de uma abordagem mais… delicada.”
Kade fez um som cético no fundo da garganta. “Delicada… Com plantas que podem te prender e te espremer até a morte.”
“É por isso que,” Ren sorriu levemente, “precisamos ser como os wolverines.”
Houve um silêncio confuso.
“Os wolverines?” Liu piscou, confusão estampada em seu rosto. “Os que vivem aqui? Aqueles que são nosso objetivo secundário?”
“Os mesmos,” Ren assentiu, continuando em frente e gesticulando para que o seguissem. “Wolverines e Vinhas têm uma relação simbiótica. Wolverines caçam as formigas gigantes, as únicas que podem resistir à toxina e comer as vinhas. Em troca, as vinhas os deixam nidificar e lhes dão frutos de mana.”
Ele começou a caminhar em direção à floresta, sinalizando para eles o seguirem. Ensinando enquanto se moviam, aproveitando o tempo de viagem.
“Mas aqui está a parte interessante: wolverines apenas nidificam em vinhas de seu elemento e realizam uma técnica de mana elemental em espiral que faz as vinhas relaxarem. É parte de como coexistem sem que as plantas os ataquem constantemente.”
As peças do ecossistema se encaixando.
“Então,” fã 2 disse lentamente, o entendimento surgindo em seus olhos, “se pudermos realizar essa técnica…”
“As vinhas se tornam dóceis,” Ren completou, assentindo com aprovação por seu entendimento. “Não completamente, mas o suficiente para permitir uma colheita cuidadosa.”
Simples. Elegante. Usando o ecossistema natural em vez de lutar contra ele.
♢♢♢♢
A vinha elemental de ouro torceu-se em torno de Kade como uma serpente, seus espinhos brilhando com energia que ameaçava perfurar até a dura pele de seu urso.
“Tirem isso, tirem isso!” ele gritou, tentando arrancar a planta sem sucesso. Seus movimentos estavam em pânico, piorando tudo.
Ren suspirou, observando-o lutar inutilmente contra a vegetação agressiva.
Eles estavam nisso há apenas cinco tentativas e já tinham tido três incidentes semelhantes. A curva de aprendizado estava mais íngreme do que ele esperava.
“Pare de se mover,” ele ordenou, aproximando-se com as mãos vazias. Seu wolverine de jade permanecia em seu corpo, sua pele peluda translúcida ao redor do torso e braços de Ren, as marcas pulsando suavemente sob sua pele. “Quanto mais você luta, mais apertado fica.”
“Mas…”
“Pare.”
O tom deixava claro que não era uma sugestão. Era uma ordem. Uma que precisava ser seguida imediatamente.
Kade congelou, seus olhos se enchendo de lágrimas de frustração enquanto a vinha continuava a enrolar-se, agora alcançando seu ombro. O pânico começava a se instalar em seu rosto, verdadeiro medo rompendo sua hostilidade.
Ele estava imaginando ser esmagado. Sendo apertado até que ossos se quebrem e órgãos explodam.
Ren estendeu a mão e tocou a planta.