O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 658
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Capítulo 658: Chapter 658: Domando o Quinto Ano – Distância
Os exames de fim de semestre haviam chegado… Mas o tempo não passou sem eventos importantes.
Três meses.
Noventa dias em que Larissa e Liora tentaram de tudo que podiam pensar para fazer Ren se aproximar de Luna novamente.
Mensagens através de Mayo… Ignoradas.
Tentativas de conversas casuais nos corredores… Evitadas com saltos espaciais que deixavam apenas o ar onde ela estava segundos antes.
“Não diga isso, não há como você ser um obstáculo,” Liora disse após sua primeira conversa com Ren após a ‘situação Luna’. Sua expressão estava sombria, preocupada de uma forma que Ren raramente a via. “Me dê alguns dias. Com certeza ela só precisa… processar algumas coisas.”
As palavras carregavam esperança. A convicção de que isso era temporário, apenas uma questão de tempo e da abordagem certa.
Quando Liora finalmente voltou, não foi com boas notícias.
“Ela se distanciou de mim também,” ela admitiu, sentando-se pesadamente em uma cadeira no quarto de Ren. “Eu perguntei o que estava acontecendo. Eu disse que poderíamos ajudar. E ela apenas… apenas me olhou e disse que não podia explicar agora.”
A dor na voz de Liora era real.
Porque Luna nunca as afastava. Não assim. Não completamente.
Larissa teve resultados semelhantes.
“É estranho,” a princesa disse, as sobrancelhas franzidas, analisando a situação como se fosse um problema de protocolo nobre que ela pudesse resolver com estudo suficiente. “Luna normalmente nos pediria ajuda. Ela sempre fez isso. Quando teve problemas com seu pai, quando a pressão da família se tornou demais… ela sempre nos deixava entrar.”
Mas não desta vez.
Desta vez, Luna construiu grandes muralhas.
E a coisa mais desconcertante de todas foi que ela formalmente solicitou um quarto privado à administração da academia.
Alunos de nível Platina tinham esse direito. Sempre tiveram. Um privilégio de seu nível, seu status, sua excelência comprovada.
Mas Luna, Liora e Ren nunca exerceram isso. Eles preferiram ficar juntos com seus grupos, mantendo aquela conexão forjada durante anos de estudo, treino e sobrevivência juntos.
O laço que parecia inquebrável.
Até agora.
O pedido foi aprovado imediatamente. Claro que foi. Luna Trançaceleste, herdeira de uma das casas mais antigas do reino, aluna de nível Platina com um histórico quase perfeito.
Quem ousaria recusá-la?
Luna tinha se mudado.
Os dias se tornaram semanas.
E as semanas se tornaram um mês.
Seu novo quarto estava longe o suficiente para evitá-los o máximo possível.
‘Ela quer ficar sozinha. Eu não deveria tentar mais…’
Mas Liora e Larissa insistiram, então… Ren tentou novamente.
Ele foi até a nova porta dela uma noite. Ficou do lado de fora por quase cinco minutos, tentando reunir coragem para bater. Sua mão subiu e desceu três vezes antes de finalmente se decidir.
Finalmente, ele fez isso.
Três batidas suaves.
O som parecia alto demais no corredor silencioso.
“Luna, sou eu. Eu só quero conversar. Por favor.”
Silêncio.
Mas ele podia sentir a mana dela do outro lado. Agitada, como sempre quando ele estava perto. Um redemoinho de emoções que ele não conseguia decifrar completamente, mas que doía só de perceber.
“Luna…”
Sua voz saiu mais suave do que pretendia. Quase suplicante.
Nada.
Nenhuma resposta. Nenhum reconhecimento. Apenas aquela mana turbulenta e a barreira sólida de uma porta fechada entre eles.
No final, ele foi embora.
Porque o que mais poderia fazer?
Forçar a entrada? Exigir que ela falasse com ele? Isso não era respeito. Isso não era amizade. Era algo totalmente diferente, algo que ele se recusava a se tornar.
♢♢♢♢
Taro o encontrou naquela noite na biblioteca, cercado por livros que ele não estava realmente lendo. Apenas olhando para as páginas sem processar as palavras, sua mente estava em outro lugar completamente.
“Irmão,” Taro se sentou à sua frente sem cerimônia, sua expressão séria. “Você precisa se concentrar. Melhor dar espaço para ela…”
Ren levantou o olhar, piscando como se estivesse acordando. “O quê?”
“Luna,” Taro esclareceu desnecessariamente. Ambos sabiam do que se tratava. Do que se tratava há semanas. “Ela pediu distância, e eu sei que dói. Eu sei que você quer ajudar. Mas às vezes é melhor parar de se preocupar com o que você não pode consertar, certo?”
Ren afundou na cadeira. “E se ela precisar de ajuda e não me contar porque alguém está impedindo?”
Era o pensamento que o assombrava. Mantinha-o acordado à noite. A possibilidade de que Luna estava em apuros, realmente em apuros, e ele estava respeitando seus desejos enquanto ela sofria.
“Não será sua culpa,” Taro o lembrou, inclinando-se para frente. Certificando-se de que Ren ouviu isso. Realmente ouviu. “Ela se afastou primeiro… Você está apenas respeitando isso. E ela tem Liora e Larissa se realmente precisar de algo. Você não está abandonando ela. Você está apenas… dando o espaço que ela pediu.”
Fazia sentido.
Ren odiava que fazia sentido.
Porque o sentido não fazia a preocupação desaparecer. Não preenchia o buraco em forma de Luna que havia aparecido em sua vida diária.
“Quando você ficou tão sábio?” Ren perguntou, tentando ser leve, embora não se sentisse assim.
“Eu sempre fui sábio,” Taro respondeu com um pequeno sorriso. “Você só não presta atenção porque está ocupado sendo um gênio em tudo mais.”
Apesar de tudo, Ren riu.
Foi breve. Pequeno… Mas genuíno.
Um momento de verdadeira diversão rompendo a nuvem de preocupação que o sufocava.
“Obrigado.”
“É para isso que servem os irmãos,” Taro deu de ombros. Então, mais seriamente, sua expressão se tornando mais sóbria: “Mas realmente, Ren. Os exames de fim de semestre estão próximos. Os grandes. Os que importam. Você precisa focar.”
E ele estava certo.
Porque não eram exames comuns.
Estas eram as avaliações que determinariam classificações, oportunidades, futuros.
♢♢♢♢
Durante aqueles três meses, Ren também continuou vendo as garotas por pequenos períodos ocasionalmente para ‘protegê-las’.
Aldric mantinha o arranjo à parte.
E as sessões haviam se tornado algo diferente, algo menos formal e mais… humano.
Um dia, Seraphina chegou claramente frustrada, resmungando sobre seu instrutor de história que insistia que ela memorizasse genealogias que “ninguém em sã consciência precisava saber.”
Seu comportamento normalmente calmo havia se rachado, revelando a adolescente exasperada sob o treinamento aristocrático.
“Quem se importa se o Lorde Comoéquechama do quarto século era terceiro primo da Senhora Ninguémseimportington?” ela reclamou, caindo no sofá sem a sua usual graça. Espalhando-se de uma maneira que teria horrorizado seu professor de etiqueta. “Como isso é relevante para QUALQUER COISA?”
Ren, que havia estado lutando com informações semelhantes em suas aulas com Arturo, não pôde deixar de relaxar e rir um pouco. “Arturo também me fez memorizar as linhas de sucessão de três casas nobres extintas na semana passada. Extintas. Como em, elas não existem mais.”
A absurdidade disso o atingiu de novo…
“Por quê?” Jeannette perguntou, parecendo genuinamente confusa. “Qual é o ponto?”
“Algo sobre ‘compreender padrões históricos de alianças’,” Ren fez aspas com os dedos, imitando o tom sério de Arturo. “Era tão emocionante quanto parece.”
O que é dizer, nada emocionante.
“Nobres são ridículos,” Cassia declarou. Então pareceu lembrar que ela mesma era nobre. Sua expressão mudou, tornando-se envergonhada. “Nós. Nós somos ridículos.”
“Nós realmente somos,” Seraphina concordou, e de repente as três garotas estavam rindo. O som preenchendo a sala, genuíno e despreocupado.
E de alguma forma, reclamar sobre professores e instrutores tornou-se o tema recorrente deles. Ponto em comum que fazia as “sessões formais” parecerem mais como… apenas conversar com pessoas de sua idade.
Pessoas que entendiam a absurdidade da educação nobre. Que compartilhavam suas frustrações com a memorização de informações inúteis. Que faziam ele se sentir menos sozinho ao navegar neste mundo estranho.
Era quase… agradável.
De uma maneira que Ren não havia esperado quando Aldric os apresentou pela primeira vez.