O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 519
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Capítulo 519: Chapter 519: Dominando Tudo – 2
O ar na câmara corrompida começou a vibrar com intensa potência.
Dragarion estava juntando a energia dos Dragões da esquerda com a da poção e de suas próprias bestas. O poder dos sete dragões respondeu ao seu chamado, sinergizando e crescendo, mas seu sistema cada vez mais cristalizado protestava violentamente contra cada incremento de energia.
A dor era terrível.
Como milhares de agulhas de vidro sendo empurradas simultaneamente por cada veia, cada nervo, cada fibra de seu corpo. Seu alto nível de regeneração, que normalmente mitigaria qualquer dano, agora havia se tornado uma maldição adicional.
Cada célula que tentava reparar o dano em uma área imediatamente se cristalizava novamente, criando um ciclo de destruição e reconstituição que ampliava o sofrimento. Era como ser despedaçado e reconstruído em um ciclo interminável de agonia.
Mas Dragarion já tinha suportado a dor antes.
Ele tinha enfrentado a agonia de ter seu corpo rasgado por garras de dragão, tinha resistido a venenos que teriam matado qualquer outro homem e tinha sobrevivido a temperaturas que derretiam metais mágicos. Esta dor era diferente, mais profunda, mais pessoal, mas ainda era isso… apenas dor.
E ele era Dragarion. Não pararia por causa da dor.
As vozes abissais ressoando de todas as direções começaram a aumentar, e intensa preocupação foi percebida nelas.
Seus sussurros tornaram-se mais urgentes, mais irritantes… suas ameaças não funcionaram. A corrupção estava começando a entender que enfrentavam alguém que não podiam intimidar ou manipular.
“Pare,” gritavam com vozes que se multiplicavam e dividiam como ecos em um labirinto. “Você não entende as consequências. Se você liberar esse poder…”
“Eu entendo as consequências perfeitamente,” Dragarion rosnou, sua voz distorcendo enquanto o poder dracônico se acumulava ao seu redor como uma tempestade contida. “Eu as aceito completamente.”
A declaração carregava uma finalidade que fazia a própria câmara parecer estremever.
Foi então que Selthia apareceu novamente.
Mas desta vez ela não era a garota casualmente atuando que estava sentada ao lado do que restava de Kassian.
Isto era algo que havia abraçado completamente sua natureza abissal, uma figura que mantinha a forma de uma garota mas irradiava o poder destilado de milhares de monstros.
Numerosos fios de corrupção a rodeavam, cada filamento pulsando com energia que poderia ter desintegrado qualquer domador inferior, como uma armadura e uma coroa de pesadelos.
Das veias nas paredes, várias criaturas começaram a emergir: coisas que não tinham nomes, aberrações que existiam por meio de vontade impura.
“Não vamos permitir!” Selthia gritou, mas sua voz havia perdido qualquer vestígio de humanidade. Era o rugido de algo que havia completamente esquecido o que significava ser humano.
As criaturas lançaram-se contra Dragarion de todas as direções, coordenando um ataque que teria sido impossível de evitar com qualquer estratégia convencional.
Dragarion se forçou além de qualquer limite razoável para sua condição.
O pulso de poder dracônico que liberou não era um ataque direcional. Era uma explosão omnidirecional de pura energia que preenchia cada centímetro cúbico da câmara com uma luz que era ao mesmo tempo bela e absolutamente letal.
Os monstros que tinham lançado-se contra ele simplesmente deixaram de existir.
Eles não foram destruídos; eles foram desintegrados, reduzidos a partículas de luz que se dispersaram como pó. Seus rugidos de raiva foram cortados abruptamente, substituídos por um silêncio que era mais profundo que a morte.
Selthia resistiu melhor que as outras criaturas, mas o custo era evidente.
A maioria dos fios de corrupção que a rodeavam se vaporizou instantaneamente, e seu pequeno corpo foi lançado contra a parede de cristal com força suficiente para criar um estalo ominoso de ossos.
O impacto ressoou por toda a torre.
Selthia deslizou pela parede, deixando um rastro de substância roxa que poderia ser sangue, embora fosse difícil dizer com certeza quais fluidos corriam nas veias de algo que não era mais completamente humano.
As vozes abissais, que vinham sussurrando ameaças constantes, agora xingavam com uma fúria que fazia as fundações da torre tremerem.
“Maldito seja o poder do Posto Diamante!” elas gritavam em harmonias discordantes que machucavam os ouvidos. “Porque não chegamos a tempo! A imaturidade de nosso receptáculo também… Mas olhe para ele…”
Mesmo enquanto xingavam, Dragarion podia ouvir algo mais em suas vozes: reconhecimento.
Elas tinham percebido que ele também estava no seu limite. O custo de canalizar tal poder novamente estava escrito em cada linha de tensão em seu rosto, cada tremor em sua postura.
“Faz sentido que até mesmo ele não consiga controlar tal poder,” sussurravam com crescente confiança. “Olhe para ele. Está se destruindo a cada segundo que passa.”
Era verdade.
Dragarion podia sentir como seu corpo estava se rasgando por dentro. O poder dos sete dragões era simplesmente demais para qualquer receptáculo humano, não importa quão forte fosse.
Cada uso o aproximava mais de um ponto sem retorno, onde a cristalização se tornaria completa e irreversível.
No entanto, ele se forçou a acumulá-lo uma última vez.
Mas as vozes interpretaram errado sua resolução como desespero.
“Não cometa suicídio agora, você fará falta,” disseram a ele com falsa compaixão. “Ainda há tempo para negociar. Ainda há tempo para salvar seu povo.”
Selthia lentamente se levantou, seu rosto infantil agora marcado por feridas que cicatrizavam rapidamente.
“Essa ação egocêntrica de vir aqui sozinho e cansado,” ela disse com uma voz que escorria veneno, “vai significar sua própria ruína. Você pode sentir, não é? Como o poder te consome por dentro. A cada segundo que passa, te aproxima da morte.”
Mais criaturas começaram a emergir das veias que também estavam se curando, embora com mais cautela desta vez.
Elas tinham aprendido a respeitar o poder que Dragarion podia liberar. Seus movimentos eram cuidadosos, calculados, testando os limites de seu alcance sem se comprometerem com um ataque total.
“Vale a pena?” Selthia continuou, se aproximando lentamente, sua voz distorcendo mais e mais conforme os fios se acumulavam novamente. “Vale a pena sofrer tanto dano e morrer aqui, longe de sua família, quando você poderia viver para protegê-los outro dia? Vamos parar de desperdiçar nossa energia vital e…”
Dragarion olhou diretamente para ela, e por um momento sua expressão suavizou ao ver a criança.
Seu poder diminuiu ligeiramente enquanto instintos paternais lutavam com a necessidade. Esta era a filha de alguém, a garotinha de alguém que havia sido levada e retorcida em algo irreconhecível.
Ele pensou em Larissa quase na mesma idade, em seu sorriso resignado quando aceitou que este era o jeito de seu pai.
Ele pensou em Júlio, em Arturo, em Vítor, em todos os seus filhos que pareciam ter herdado não apenas seu sangue, mas sua determinação inquebrável. O legado que ele tentou construir, os valores que tentou incutir, o futuro pelo qual tanto sacrificou para proteger.
Ele pensou em todos os pais no reino que confiavam nele para proteger seus próprios filhos de forças como essa.
O peso dessa confiança, dessa responsabilidade, pousou sobre ele como um manto. Cada pai e mãe que enviou seus filhos para servir, que acreditaram que seu rei os manteria a salvo exatamente desse tipo de horror.
Então ele sorriu, o poder aumentou como nunca antes, e esse sorriso era mais assustador para a corrupção do que qualquer grito de guerra.
“Tudo o que vejo é que você está preocupada que não terá energia suficiente para aguentar… E, entre seu traseiro imaturo e eu,” ele disse com uma tranquilidade que contrastava dramaticamente com o poder ao redor dele, “estou disposto a apostar que certamente sou mais resistente.”
E então ele explodiu.