O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 367
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Capítulo 367: Capítulo 367 – Política de Domação
“Quais foram suas ordens exatas?” Yang perguntou sem preâmbulo, sua figura imponente projetando uma longa sombra sobre os prisioneiros.
O homem com a aranha, ainda atordoado, piscou várias vezes antes de responder. “Só… eles só nos disseram para pegar os velhos. Nós não sabíamos mais nada.” Sua voz vacilou, um fino fio de desespero entrelaçado em suas palavras.
Ren, que se aproximou silenciosamente por trás, franziu a testa. Os cogumelos em seu cabelo pulsavam ritmicamente, seus olhos capturando as sutis flutuações no mana do homem.
“Ele está mentindo,” ele declarou com certeza.
Lin não precisou de mais confirmação. Sua mão se moveu com velocidade sobrenatural, conectando um tapa preciso que fez a cabeça do homem virar violentamente de lado. O som ecoou nitidamente no espaço confinado do fosso, um estalo nítido.
“Tente novamente,” ela sugeriu com um sorriso que nunca alcançou seus olhos. “E desta vez, lembre-se de que temos maneiras de saber quando você está mentindo.”
Após alguns minutos e várias mentiras, o homem domador de aranhas estava completamente espancado. Seu rosto era uma tela de hematomas, sangue escorrendo de seu lábio rachado e nariz inchado. Cada falsidade foi tratada com punição rápida.
O homem domador de lagartos, observando o destino de seu companheiro, apressou-se a falar. Suas palavras saíram em uma corrida desesperada. “Fomos ordenados a vigiá-los! Devíamos observar os pais e sequestrá-los se eles saíssem muito longe da fronteira.” Suor brotou em sua testa apesar do frescor da câmara terrena.
“E se eles não se afastassem?” Yang insistiu, seus braços massivos cruzados sobre o peito.
“Se não houvesse movimento na casa deles ou se desse a impressão de que eles se moveriam, devíamos deixá-los em paz,” o homem lagarto continuou em um fluxo nervoso de palavras. “Pelo menos até o menino aparecer.” Seus olhos se dirigiram a Ren, depois rapidamente desviaram, como se olhar diretamente para ele fosse de alguma forma perigoso.
“Continue,” Lin ordenou, percebendo como Ren se tensionava ao seu lado.
“As ordens eram capturar a criança junto com seus pais quando ele encerrasse seu primeiro ano escolar,” o homem confessou, sua resolução desmoronando sob a pressão combinada da ameaça de Lin e da presença imponente de Yang.
“Devíamos garantir que tivéssemos os pais como reféns caso ele viesse acompanhado.” Cada palavra parecia diminuí-lo ainda mais, encolhendo sob o peso de sua própria admissão.
Ren avançou, seus olhos brilhando com uma intensidade perturbadora. “Quem pediu para você fazer isso?”
“Não sei exatamente,” o homem aranha respondeu, encolhendo-se quando Ren se aproximou. “Veio através da cadeia de comando. Mas rumores disseram que veio diretamente da cabeça da família Goldcrest.” Sua voz caiu para um quase sussurro ao mencionar Kharzan, como se falar o nome pudesse de alguma forma invocá-lo.
“Por que agiram sozinhos se supunham que ele poderia vir acompanhado?” Wei perguntou, seu tom acadêmico contradizendo a acidez de sua pergunta. Seus padrões de mantícora brevemente surgiram, refletindo seu foco analítico.
Os patrulheiros trocaram olhares, uma comunicação silenciosa passando entre eles. O olhar compartilhado continha tanto culpa quanto resignação.
“Vimos uma oportunidade de ganhar uma recompensa maior,” o homem lagarto finalmente admitiu. “O menino deveria chegar ao cair da noite, e devido à decisão do líder de agir sozinho, não recebemos avisos da fronteira. O comandante pensou que poderíamos manter o pagamento só para nós mesmos se os capturássemos morrendo enrolados em fios, carregando-os silenciosamente sem alertar as outras patrulhas.”
A ganância nua na explicação era quase patética em sua transparência.
“Eles subestimaram o nível dele,” Lin murmurou, um leve sorriso brincando em seus lábios.
“E meu séquito,” Ren acrescentou, a escolha inesperada de palavras fazendo Lin sorrir apesar da gravidade da situação.
“Como eles ainda não relataram nada, os Goldcrests devem ter percebido que algo deu errado,” Yang refletiu. “Eles serão mais cautelosos em sua próxima tentativa, e mais meticulosos.”
♢♢♢♢
Li e Tao tinham retornado, trazendo o velho Chen com eles após Ren enviá-los com cristais e comida.
Carregando a bolsa que Ren enviara, as mãos envelhecidas de Chen tremiam ligeiramente sob seu peso inesperado. “O que é isso, jovem?” ele perguntou, sua voz refletindo a cautela de alguém não acostumado à generosidade repentina.
“Um pequeno sinal de gratidão,” Ren respondeu. “Por se arriscar a nos abrigar.” Os cogumelos em seu cabelo pulsavam com calor, refletindo sua apreciação genuína.
Chen ergueu a bolsa, sentindo seu peso substancial. “Isso é… demais,” ele murmurou, tentando devolvê-la. As linhas envelhecidas em seu rosto se aprofundaram com preocupação. “Tanta riqueza traz perigos próprios.”
“É justo,” Ren insistiu. “Você nos salvou e colocou sua família em risco por nossa causa.”
Sua resolução era evidente no olhar firme, o teimoso erguer do queixo, reminiscente de seu pai.
O velho olhou para os cristais, especialmente o bronze reluzente, com espanto e preocupação. “Não sei se poderei trocar algo assim por aqui sem atrair atenção.” Sua preocupação prática refletia uma vida de sobrevivência cautelosa.
“Guarde para quando as coisas melhorarem,” Reed sugeriu, colocando uma mão no ombro de Chen. Seu toque transmitia entendimento entre homens que enfrentaram dificuldades semelhantes. “Ou para quando precisar deixar essa área.”
Chen assentiu lentamente, finalmente aceitando o presente. Seus dedos calejados fecharam-se em torno da bolsa.
As horas avançaram sem sinais de patrulhas adicionais. O silêncio exterior, longe de tranquilizar o grupo, só aumentava sua inquietação.
“É estranho que não tenham retornado,” Yang comentou, observando através de uma pequena fenda na parede do armazém. “Parece que mudaram sua estratégia.”
“Devem ter reforçado a fronteira,” Wei concluiu. “Estão esperando que tentemos cruzar.”
Sem uma palavra, Wei extraiu de seu bolso um pequeno recipiente cilíndrico. Ao abrir, um pequeno pássaro de plumagem azul escura emergiu, batendo asas impacientemente.
“Um mensageiro noturno,” ele explicou ao notar os olhares curiosos de Reed e Fern. “Pode levar uma mensagem para a academia.” O pássaro pulou ao longo de seu dedo, aparentando estar ansioso por sua missão.
Com dedos ágeis, Wei escreveu uma pequena nota criptografada em um papel quase transparente, fixando-a na perna do pássaro.
“Você acha que ele chegará ao destino?” Ren perguntou, observando o pequeno pássaro com fascinação.
Wei suspirou, liberando o pássaro que imediatamente subiu, saiu do túnel e desapareceu por uma fresta no telhado.
“Duvido que o deixem passar,” ele admitiu. “Os Goldcrests têm falcões e águias vigiando a fronteira. Eles capturam e avaliam as poucas comunicações que cruzam. Mas vale a pena tentar.”
“Então,” Ren interveio, sua voz determinada, olhos brilhando com resolução, “não seria melhor se eu partisse para a floresta imediatamente? Se você está certo… Quanto mais esperarmos, mais difícil será retornar.”
“É muito arriscado,” Yang respondeu, balançando a cabeça. “Eles certamente estão observando as planícies por múltiplos ângulos. Você dificilmente passará sem ser visto agora.”
“Eu sou rápido,” Ren insistiu. “Eu posso…”
“Sem dúvida você e Lin são muito rápidos… mas eles certamente têm voadores,” Wei interrompeu. “Mesmo que você seja mais rápido em terra, eles podem segui-lo de cima e eventualmente alcançá-lo.”
Lin, que estava ouvindo em silêncio, avançou. “Todos neste grupo são pelo menos Prata 2 ou 3 em termos de poder combinado,” ela apontou. “Mesmo eu, com minhas bestas combinadas, alcanço esse nível de aumentos. Devíamos ser capazes de forçar nosso caminho.”
Wei balançou a cabeça, sua expressão grave. “Se demorarmos demais, eles nos cercarão. Mesmo que sejam apenas Pratas 1, seis deles seriam suficientes para nos causar sérios problemas. E se mais equipes chegarem enquanto tentamos escapar…”
“Além disso,” Yang acrescentou, “nós não estamos mais pensando apenas na nossa segurança, mas também na dos seus pais.” Seus olhos se moveram para Reed e Fern, reconhecendo sua presença de uma forma que deixava claro que sua vulnerabilidade havia mudado o cálculo estratégico.
Um silêncio pesado caiu sobre o grupo enquanto consideravam suas opções limitadas.
“Eu tenho um plano,” Wei finalmente anunciou, sua expressão mudando. “Não é ortodoxo e completamente seguro como eu gostaria, mas pode funcionar.”
♢♢♢♢
A imponente mansão Goldcrest erguia-se como um monumento à opulência e poder. Em seu gabinete privado, Kharzan revisava relatórios com crescente irritação. Um jovem assistente estava diante dele, visivelmente nervoso, sua postura rígida.
“Repita isso,” Kharzan ordenou, sua voz perigosamente baixa. O leão sob sua pele pulsava com raiva, dando às suas feições um aspecto predatório na iluminação tênue da câmara.
“Senhor,” o assistente começou, lutando para manter a compostura enquanto o suor brotava em sua testa, “parece que a criança de quem Kassian falou escapou da primeira tentativa de captura. Houve um problema com a comunicação da patrulha designada para o ataque. Há um corpo que parece ser…”