O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS - Capítulo 365
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Capítulo 365: Capítulo 365 – Domando a Infância – 2
A guerra de palha terminou quando os três desabaram em risos. Por um momento, o tempo parecia retroceder, como se Ren nunca tivesse deixado a periferia, como se ainda fosse apenas mais um entre as crianças do distrito.
Mas rapidamente ele se sentiu mal novamente… Não, pior.
Aqui na periferia, as crianças cresciam com expectativas modestas. Suas bestas básicas garantiam-lhes vidas de trabalho manual, talvez como mineradores ou agricultores, se tivessem sorte. O serviço militar seria seu primeiro e único contato com a parte desenvolvida da cidade.
Em contraste, seus colegas da academia, em sua maioria filhos de nobres e mercadores ricos, estavam sendo preparados para posições de poder e influência. Mesmo aqueles que começaram com bestas aparentemente medíocres, como Taro, Liu e Min haviam sido, tinham perspectivas que essas crianças não podiam imaginar.
“Ei,” disse Tao de repente, sentando-se e apontando diretamente para a cabeça de Ren, tirando-o de seus pensamentos. “Você não nos contou o que são essas coisas brilhantes no seu cabelo.”
“Certo,” acrescentou Li, aproximando-se para olhar melhor. “Parecem cogumelos.”
A pergunta direta pegou Ren de surpresa. Ele passou tanto tempo entre pessoas que conheciam a taxonomia geral que quase esqueceu como devia parecer estranho para olhos novos.
“Eles não apenas parecem cogumelos,” ele respondeu, passando a mão pelo cabelo onde os pequenos cogumelos pulsavam suavemente. “Eles são cogumelos… É minha besta principal.”
Os garotos trocaram olhares de confusão, suas expressões quase espelho uma da outra.
“Sua besta é…?” perguntou Tao, franzindo a testa tão profundamente que suas sobrancelhas quase se encontraram.
“Certamente já ouviu falar nisso.” Ren sorriu diante da confusão deles, achando o espanto deles estranhamente revigorante. “Minha besta é um cogumelo. Ou mais especificamente, um esporo.”
O silêncio que se seguiu foi constrangedor. Os rostos de Tao e Li mudaram de confusão para surpresa e, finalmente, para uma expressão de total descrença.
“Um esporo?” repetiu Li, como se a palavra estivesse incorreta ou ele tivesse ouvido errado. “Você quer dizer o…?”
“A besta mais fraca,” Ren confirmou com um sorriso resignado. “Sim, exatamente essa.”
A admissão não carregava a vergonha que uma vez teve, transformada pelo tempo e pelas conquistas em algo que se aproximava do orgulho.
Tao sacudiu a cabeça vigorosamente, fazendo pedaços de palha voarem. “Mas isso não pode ser. Esporos são o pior azar. Um fracasso total. Eles só aparecem uma vez a cada dez mil invocações do ovo cinza e…”
“E eu fui aquele,” Ren respondeu. Os cogumelos no seu cabelo pulsaram um pouco mais forte.
“Mas…” Li olhou alternadamente para Ren e os adultos ‘expandindo’ o depósito, tentando reconciliar essa revelação com as histórias da academia de prestígio. “Com tudo que você acabou de nos contar sobre suas conquistas e sua escola super especial… Não pode ser que você tenha a besta mais inútil e ainda ostente insígnias, certo?”
Ren deu de ombros, um gesto que carregava tanto despreocupação quanto confiança silenciosa. “Vamos ver… Por onde devo começar?
Minha besta dá três aumentos de 30% e…”
Com um movimento fluido, Ren estendeu sua palma. Um suave clarão luminoso apareceu, e acima de sua mão materializou-se uma pequena figura: um cogumelo de apenas seis centímetros de altura, com uma tampa brilhante e olhos pequenos, mas notavelmente expressivos. A criatura olhou em volta com evidente mau humor, especialmente quando seu olhar caiu sobre as crianças. Seu pequeno rosto se contorceu em uma careta que parecia impossivelmente detalhada para seu tamanho.
Tao e Li explodiram em risos, o som explosivo após o momento de silêncio chocado.
“É pequeno!” exclamou Tao entre risos, segurando os lados. “Eu pensei que esporos fossem nuvens cinzentas, murchas, ou pelo menos é isso que dizem os contos de horror dos desafortunados… mas o seu não é uma nuvem de jeito nenhum e ainda parece bravo!”
“Olhe para a cara franzida dele!” acrescentou Li, apontando para o pequeno cogumelo. “Parece um bebê rabugento!” Seu riso o fazia dobrar-se, ombros tremendo de alegria.
O cogumelo, aparentemente ofendido pelo escárnio, estufou as bochechas e sua pequena tampa como se estivesse prendendo a respiração. O gesto só fez os garotos rirem ainda mais, seus rostos avermelhando com o esforço.
“Ele não gosta quando as pessoas riem dele,” Ren avisou, embora seus próprios lábios se curvassem em um sorriso.
“Vamos mostrar bestas de verdade para você,” declarou Tao, levantando-se com exagerado orgulho. Ele estufou o peito e plantou os pés. “Contemplem e fiquem maravilhados!”
Com um gesto semelhante ao de Ren, mas notadamente menos refinado, Tao invocou sua besta. Uma luz esverdeada envolveu o ar à sua frente, materializando-se em uma planta de aproximadamente cinquenta centímetros de altura. A criatura parecia uma coleção de vinhas organizadas em torno de um caule central, com três pequenas raízes funcionando como pés.
“Uma Muda de Ferro Fraco!” anunciou Tao com orgulho desproporcional. “Aumenta minha vitalidade em 30%, tudo o mais em 10%, e me permite perceber e controlar plantas um pouco dentro de dez metros!”
Não querendo ficar atrás, Li fez sua própria invocação. A luz emanando de suas mãos era um pouco mais intensa, formando uma figura semelhante, mas notavelmente maior: uma planta quase um metro de altura, com vinhas mais grossas e abundantes, um caule robusto, e raízes que agarravam firmemente o solo.
“Muda Comum Bronze 1!” proclamou Li, inflando o peito. “Vitalidade aumentada em 60%, tudo o mais em 20%, e eu posso sentir e controlar plantas até quinze metros!” Sua expressão arrogante desafiou Ren a ficar impressionado.
“Oh… Bem, elas são as plantas que todos têm. Já vi as dos meus pais mil vezes, e elas estão maduras, então são maiores que essas, mas… Como você conseguiu trazer para Bronze 1?” perguntou Ren, interessado em algo intrínseco à situação.
Os garotos suspiraram ao ver que Ren não estava nem um pouco surpreso. Ele estava certo de que eram muito comuns, e a nova nomenclatura era algo que ele mesmo havia criado…
“O novo método do governo,” Li respondeu com orgulho renovado. “Todo mundo está usando agora. É rápido e garantido. Embora seja um pouco selvagem com os tamanhos dos cristais… No começo, havia alguns problemas de envenenamento por mana, mas agora eles enviam tutores que já o dominaram, então todo mundo está fascinado e diz que no futuro, a força de trabalho de Ferro será inteiramente Bronze.” Sua voz se elevou com emoção ao falar sobre essa mudança revolucionária.
“Até as escolas que reclamavam agora o promovem,” acrescentou Tao, assentindo vigorosamente. “O governo paga por remédios se houver problemas.”
Ren conteve um sorriso, reconhecendo a descrição de seu próprio método, adaptado e distribuído por Júlio e Selphira como parte de sua estratégia contra os Goldcrests. A realização de que seu trabalho havia chegado até esse canto remoto dos arredores o encheu de um orgulho silencioso.
O pequeno cogumelo em sua mão observava as plantas. Embora Ren não pudesse acessar todos os detalhes no momento sem se fundir completamente com ele, ele podia sentir a avaliação que sua besta estava realizando: valores de cultivo incorretos…
‘Em torno de 200/1000…’ Seus pequenos olhos se estreitaram enquanto avaliava as plantas com desprezo profissional.
“Eles parecem impressionantes,” comentou Ren, ligeiramente desconfortável com a posição em que se encontrava. “É interessante como um novo método mudou o cultivo tradicional tão rapidamente…” Ele manteve cuidadosamente seu tom neutro.
“Eu já estou seguindo também, e um dia… Um dia o meu será tão grande quanto,” assegurou Tao, olhando com inveja para a planta de Li. Sua expressão carregava o desejo universal das crianças de alcançar seus pares.
“Ainda lhe faltam 800… Se continuar adicionando passos tolos, então não vai…” murmurou o cogumelo de Ren, sua pequena voz inesperadamente clara apesar do tamanho.
Os meninos pareciam não acreditar no que tinham ouvido, seus olhos se arregalando para o cogumelo falante. Ren interveio rapidamente para acalmá-los e desviar sua atenção do que parecia estranho.
Mas… Era normal que algumas bestas falassem? A pergunta se refletia em seus rostos espantados.
“Não se preocupem… Se seguirem os novos métodos à risca, vocês se sairão bem,” comentou Ren, desviando a conversa de sua besta incomum. “É uma questão de mil pequenas ações que podem arruinar o cultivo se feitas incorretamente. É fácil amadurecer a besta prematuramente se não tiverem cuidado, então não adicionem coisas extras.” Ele deslizou naturalmente no tom didático que usava ao explicar métodos para os alunos da academia.
“Você fala como o Mestre Huang,” reclamou Li, revirando os olhos dramaticamente. “Todo técnico e chato.” Ele fez uma mímica de cair no sono, completa com roncos exagerados.
“Mas falando sério,” insistiu Tao, voltando ao assunto original enquanto apontava para o pequeno cogumelo. “Como você sobrevive naquela escola com… isso?” Seu tom carregava uma curiosidade genuína sob a provocação.
O cogumelo parecia inflar ainda mais de indignação, seu chapéu inchando visivelmente.
“Mesmo sendo rabugento assim, aprendi a cuidar dele,” explicou Ren, olhando para sua pequena besta com carinho. “Nosso relacionamento ainda não é perfeito, mas tento interagir mais com ele agora, certo?”
O cogumelo virou a cara com um bufar audível apesar de seu tamanho, antes de desaparecer em um flash e voltar para o corpo de Ren.
“Viu?” Ren riu. “Ele é temperamental.” No entanto, o carinho em sua voz era inconfundível, tão diferente de como ele poderia ter falado de sua besta um ano atrás.
“Então, realmente é um esporo?” perguntou Li, sua voz abaixando como se mencionasse algo tabu. “A ‘besta mais fraca’ das lendas de terror?”
“Exatamente,” confirmou Ren. “Mas não é como eles a retratam. Tive sorte e descobri sua verdadeira utilidade.”
“Que utilidade?” perguntou Tao, evidentemente cético. Seus braços cruzados e sobrancelha erguida desafiavam Ren a convencê-lo.
“Bem, para começar, agora no Bronze 2, ele me dá aumentos de 30% em Força, Inteligência e Vitalidade,” explicou Ren, mantendo seu tom factual.
As crianças olharam uma para a outra antes de explodirem em risadas novamente.
“Isso ainda é terrível!” exclamou Li entre risadas. “Minha planta já me dá 60% em Vitalidade no Bronze 1! Quando chegar ao Bronze 2, será 90% além dos seus 30%, mas em todos os aspectos.”
“Sim, os aumentos são terríveis… E apenas em três categorias,” apontou Ren. “Mas os aumentos não são a única coisa boa sobre meu cogumelo.”
“O que mais algo tão pequeno pode fazer?” desafiou Tao, suas mãos nos quadris em uma pose desafiadora.
Em resposta, Ren ativou uma fusão parcial. Então, a luz se estendeu por seu corpo, formando padrões cristalinos que endureceram em uma armadura translúcida. Ele manteve o brilho no mínimo para evitar alertar patrulhas distantes, mas o efeito foi suficiente para deixar seus amigos boquiabertos de espanto.
“Uau,” sussurrou Tao, aproximando-se para examinar a armadura. “Seu pequeno cogumelo faz isso?”
“Algo assim… Digamos que faz parte de uma de suas habilidades,” confirmou Ren, flexionando um braço para mostrar como a armadura se movia com ele. “Proteção de cristal, embora a versão completa desse poder seja muito mais impressionante.”
“Há uma versão completa?” perguntou Li, de repente muito mais interessado. A zombaria havia desaparecido de sua voz.
Ren assentiu, mas não elaborou. Sua hidra de três metros já era grande demais para invocar nesse espaço confinado, e o brilho seria visível de longe.
“Ainda é pequeno,” insistiu Tao. “Mas acho que é legal que ele possa fazer isso.” A admissão relutante estava mais próxima de uma aprovação que o orgulho infantil permitia.
“Então você é famoso na sua escola por ter a besta mais fraca e ainda chutar bundas?” perguntou Li, resumindo a situação à sua maneira.
Ren sorriu, desativando a armadura enquanto os padrões cristalinos recuavam de volta para sua pele. “Algo assim.” A simples frase carregava o peso de um ano de lutas, vitórias e transformações, uma jornada que essas crianças mal podiam imaginar, mas que um dia poderiam entender.