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319: Capítulo 319 – Domesticando o Presente para o Lar – 3 319: Capítulo 319 – Domesticando o Presente para o Lar – 3 “Senhora Ashenway,” Ignácio cumprimentou com um aceno respeitoso, seu corpo se endireitando involuntariamente na presença dela. “Estávamos discutindo a recompensa para aquele garoto pelo novo método que ele descobriu para obter o Túnel Vivo de rank Bronze pela primeira vez na história registrada.”
“Um assunto menor comparado ao que acredito que ele alcançará mais tarde, de acordo com minhas previsões e com base nas informações que coletei,” ela dispensou com um gesto elegante. “Mas eu venho por um assunto mais imediato e substancial. Vou fazer um depósito em nome da minha neta para o jovem Patinder.”
Wei e Ignácio trocaram olhares surpresos.
“Um depósito?” Ignácio perguntou cauteloso, unindo os dedos sobre a mesa.
“Um milhão e meio de cristais,” Selphira anunciou tão casualmente quanto alguém comentaria sobre o tempo. “E espero que o sistema usual de duplicação da academia seja aplicado.”
Ignácio quase engasgou com a própria saliva. As irregularidades continuavam crescendo com aquele garoto.
“Senhora Ashenway,” ele começou diplomaticamente, escolhendo cuidadosamente as palavras, “conceder cem mil extras a um aluno por uma descoberta menor, mas verificada, é uma coisa. Mas duplicar uma quantia de tal magnitude, o que pode não ser dever da escola…”
“Atrairia a atenção de alguns colaboradores,” ela completou com um sorriso que não alcançou os olhos. “Mas eu sou uma das maiores colaboradoras.”
Wei parecia fascinado com a reviravolta dos eventos em favor do garoto, momentaneamente esquecendo sua posição estranha na conversa.
“Minha neta tem um interesse particular nesse jovem,” Selphira continuou, sua voz mantendo uma calma medida. “E eu tenho interesse em incentivá-lo a vê-la favoravelmente enquanto também agrado minha neta. É simples assim.”
Ignácio soltou um suspiro resignado, o desapontamento de décadas de política acadêmica sendo inúteis contra Selphira evidente na queda de seus ombros.
“Parece que o jovem Patinder tem um talento especial para garantir aliados. Primeiro Lin, depois Zhao, Júlio, você, e agora até mesmo o teimoso Wei. Alguns deles até beneficiaram-se grandemente… Eu não tive tal sorte,” ele confessou com um toque de humor. “Talvez eu devesse tentar ficar do lado dele também antes que seja tarde demais.”
Uma batida curta na porta…
Após receber permissão, a porta se abriu novamente, e Jessy entrou com uma pasta debaixo do braço.
“Diretor, fui solicitada a entregar o relatório final de compras e vendas do semestre,” ela anunciou, colocando os documentos na mesa. “As peles processadas usando o método do garoto Patinder geraram uma renda recorde para o primeiro ano.”
Ignácio abriu a pasta, e suas sobrancelhas ergueram-se visivelmente enquanto ele examinava as páginas.
“Parece que a sorte continua sorrindo para o garoto,” ele murmurou, virando as páginas com crescente surpresa. “E para aqueles ao seu redor.”
Selphira permitiu-se um pequeno sorriso, a curva sutil de seus lábios traindo satisfação. “Então, está decidido sobre dobrar o depósito?”
Ignácio fechou a pasta com um suspiro de rendição. “Como sempre, Senhora Ashenway, seus desejos estão entre as prioridades da academia.”
♢♢♢♢
A manhã seguinte amanheceu clara e brilhante, perfeita para o tradicional passeio à cidade.
Ren estava na entrada principal, assinando o passe que lhe permitiria sair dos terrenos da academia por oito horas.
Lin esperava pacientemente, supervisionando o processo. Como tutora designada para a excursão deste grupo, sua responsabilidade era garantir que tudo ocorresse sem problemas.
“Lembrem-se,” ela advertiu os estudantes reunidos, sua voz carregando um tom autoritário, “vocês têm até às quatro horas para terminar seus assuntos pessoais. Uma hora antes disso, nos encontraremos na praça central para voltarmos juntos… Mas eu estarei de olho em vocês.”
Ren assentiu, guardando cuidadosamente seu passe em um dos bolsos do uniforme. Ao redor dele, Taro e Min discutiam animadamente sobre os lugares de comida que planejavam visitar, enquanto Liora, Larissa, Matilda e Maria esperavam de lado. As bestas deles permaneciam adormecidas, mas uma aura de expectativa cercava o grupo.
“Luna não vem?” Ren perguntou, percebendo a ausência da Starweaver.
“Ela não pôde vir devido a outro compromisso, ela levou apenas Mayo com ela,” Matilda respondeu com um encolher de ombros, suas mãos alisando o uniforme impecável. “Ela pediu para eu contar como foi a visita para vocês.”
Liu despediu-se do grupo, explicando que seus pais o visitaram neste intervalo do semestre.
“Eles disseram que a partir deste ano, eles sempre farão a viagem de três horas,” ele comentou com um sorriso, seu morcego noturno materializando-se brevemente em seu ombro. “Parece que isso se tornará uma tradição familiar.”
“As pessoas fazem isso?” Taro perguntou, surpreso. “Eu não sabia que havia um dia de visitação familiar no meio do ano.”
“É bastante comum novos alunos não saberem, a menos que irmãos mais velhos frequentem uma das melhores escolas,” Liu explicou, seu semblante se suavizando. “A maioria das escolas não permite saídas, mas as que estão no centro da área mais guardada da cidade, como esta, permitem com companhia.”
Min assentiu, considerando a informação. “Suponho que eu possa me separar do grupo mais tarde e fazer uma visita rápida em casa então.”
“Eu vou ficar com Ren,” Taro decidiu, sua natureza leal evidente em seu olhar firme. “Minha família vive a quatro horas daqui, muito longe para um tempo livre tão curto.”
Ren suspirou, pensando que no caso dele, era o dobro dessa distância. O lugar onde seus pais lutavam diariamente parecia um mundo distante do cintilante centro da cidade.
Depois de todas as formalidades concluídas, o grupo se dirigiu para os portões da academia. Para Ren, era a primeira vez que ele deixaria os terrenos desde sua chegada.
A cidade se espalhava diante deles, muito maior e mais imponente do que Ren se lembrava ao chegar. Edifícios de pedra, minerais cintilantes e madeira mágica se erguiam de ambos os lados das ruas de paralelepípedos.
Mercadores anunciavam suas mercadorias em barracas coloridas, e carruagens elegantes transitavam entre pedestres apressados. O ar estava cheio dos cheiros de comidas exóticas, reagentes mágicos e a energia indefinível de incontáveis domadores e suas bestas.
“Por aqui,” Liora indicou, tomando a liderança com a confiança de quem conhece perfeitamente o território. Seu fogo-fátuo cintilou brevemente ao redor de seus dedos enquanto ela gesticulava. “Eu sei exatamente para onde ir.”
Depois de uma caminhada de vinte minutos por ruas cada vez mais elegantes, chegaram a um prédio imponente cuja fachada ostentava finos detalhes em prata e cristais. Uma placa ornamentada identificava o estabelecimento como “Comércio Pegasus – Transporte e Comércio Especializado.”
“Isso é uma loja de carruagens?” Min perguntou, impressionado pelo luxo evidente.
“É muito mais que isso,” Liora respondeu com um sorriso conhecedor. “É o serviço de distribuição privada mais exclusivo e discreto de toda a cidade.”
Ao entrar, foram recepcionados por um interior ainda mais luxuoso do que o exterior. Tapeçarias de tecidos cintilantes, semelhantes à seda, decoravam as paredes, exibindo mapas detalhados dos anéis de bronze e prata. Os móveis eram claramente de altíssima qualidade, com madeiras nobres embutidas com metais preciosos e cristais mágicos. Vários clientes elegantemente vestidos conversavam em tons baixos com atendentes uniformizados.
Ninguém lhes deu atenção imediata, apesar da presença de Liora e Larissa. Após alguns minutos de espera, Min começou a ficar impaciente, seu pé batendo ritmicamente contra o chão polido.
“Eles não te conhecem aqui?” ele murmurou.
“Paciência,” Liora respondeu com calma aristocrática, seus olhos percorrendo a sala. “É assim que esses lugares operam. Um serviço imediato antes de permitir que os clientes apreciem o luxo seria… vulgar.”
Finalmente, um funcionário de meia-idade se aproximou, observando-os com atenção profissional. Seus olhos pousaram em Liora, e uma faísca de reconhecimento apareceu em sua expressão. Ele se curvou elegantemente.
“Senhorita Ashenway?” ele inquiriu. “Faz algum tempo desde sua última visita. Deseja alugar uma nova pequena besta voadora dedicada ao transporte de suas mensagens?”
“Meus estudos me mantêm ocupada, e não, a Andorinha Celestial continua funcionando bem com minha avó,” ela respondeu com leveza, então gesticulou em direção a Ren. “Hoje estou acompanhando um amigo que requer seus serviços.”
O funcionário rapidamente avaliou Ren, seus olhos pausando brevemente nos cogumelos luminosos, um olhar fugaz de pena cruzando suas feições antes de sua máscara profissional retornar.
“Claro, atenderemos qualquer pessoa que você chamar de amigo,” ele finalmente assentiu, endireitando sua postura. “Se permitir, eu os acompanharei até nossa sala VIP enquanto informo a Senhora Alicia de sua presença.”
Enquanto seguiam o funcionário por uma porta lateral, Larissa se inclinou em direção a Ren, sua voz caindo para um sussurro discreto.
“Alicia é a mercadora mais influente no setor de transportes,” ela explicou. “Se alguém fora do serviço de castelo pode garantir um envio seguro, é ela.”
A sala VIP se revelou um espaço elegante e acolhedor, com poltronas confortáveis e uma mesa baixa onde refrescos e pequenos bolos foram rapidamente servidos. O ar estava perfumado com um incenso mágico sutil que parecia relaxar e aguçar a mente simultaneamente.
“A Senhora os atenderá em breve,” o funcionário anunciou antes de se retirar discretamente, a porta se fechando silenciosamente atrás dele.
Ren observava a opulência ao seu redor pensativamente. Para um garoto da periferia, esse nível de luxo não era totalmente compreendido. As delicadas xícaras de chá provavelmente custavam mais do que seus pais ganhavam em um ano sem ele saber.
Mas ele não tinha vindo para se impressionar; tinha vindo para cumprir uma missão vital.
Os cristais em sua bolsa pesavam tanto fisicamente quanto simbolicamente. Em breve, se tudo corresse conforme o planejado, esse peso se transformaria em segurança e bem-estar para seus pais.