301: Capítulo 301 – Semana da Batalha do Domador – 37 301: Capítulo 301 – Semana da Batalha do Domador – 37 Taro desceu em queda livre, mas Ren não estava satisfeito com isso…

Ele o capturou no meio do voo e puxou para aumentar sua velocidade de queda, direcionando-o de cabeça para o chão com força brutal.

O impacto teria deixado qualquer oponente normal inconsciente, mas Taro tinha uma carta na manga.

Pouco antes de sua cabeça atingir o chão, ele canalizou o controle elemental do seu besouro, amolecendo instantaneamente a terra. Sua cabeça e parte de seu torso afundaram no terreno modificado, amortecendo consideravelmente o impacto.

“Genial!” exclamou Min das arquibancadas, impressionado com a adaptação de seu amigo.

Mas Taro não parou por aí. Enquanto parcialmente enterrado, sua armadura mineral começou a se transformar rapidamente, espinhos afiados surgindo de sua superfície em todas as direções como um ouriço defensivo. As protuberâncias cristalinas brilhavam à luz da arena, formando uma barreira letal ao redor de seu corpo.

Ren saltou para trás a tempo de evitar ser empalado, mas sua expressão mostrava mais satisfação do que frustração. “Eu sabia que não seria tão fácil,” murmurou, enquanto Taro se libertava do solo com um empurrão elemental poderoso que lançava terra em todas as direções.

Sem dar tempo para Taro se estabilizar completamente, Ren contra-atacou. Desta vez, ele cobriu a superfície de seus pés com algo semelhante a diamante. O chute conectou limpidamente com o lado de Taro, quebrando vários dos espinhos e enviando-o voando vários metros pelo ar até que ele aterrissou pesadamente.

“Isso…” ofegou Taro enquanto se levantava, pequenas rachaduras agora visíveis em sua armadura onde o pé reforçado havia impactado. “Doeu um pouco.”

Ren observou como a armadura de Taro se regenerava enquanto ele o circulava cautelosamente, avaliando sua estratégia. Os golpes foram eficazes em desestabilizar Taro, mas não suficientes para superar sua defesa extraordinária. Os minerais do Túnel Vivo se reformavam quase tão rápido quanto eram danificados, fluindo como líquido antes de endurecer novamente.

Ele precisava de algo mais decisivo.

Taro havia se recuperado completamente, então Ren decidiu mudar de tática novamente. Ele se lançou para frente como se fosse repetir o padrão de ataque anterior, mas no último instante deslizou sob a guarda de Taro, mirando diretamente em uma de suas articulações.

Com outra técnica aprendida de seu professor, Ren prendeu o braço direito de Taro em uma chave perfeitamente executada. Usando sua força superior, ele começou a aplicar pressão, buscando forçar uma rendição sem causar danos reais.

“Renda-se!” instou Ren, aumentando a tensão.

Taro grunhiu com o esforço de resistir, mas ele tinha outro recurso. Sua armadura mineral, controlada pelo inseto caçador, começou a fluir como um líquido, tentando envolver Ren e prendê-lo em um abraço cristalino que endureceria ao redor de seus membros.

“Defesa boa demais!” Ren se libertou com um movimento explosivo, afastando-se antes que a armadura pudesse se solidificar ao redor de suas extremidades. “Acho que não deveria ter lhe dado uma combinação de besta tão problemática.”

Taro sorriu, sua respiração ofegante, mas sua determinação intacta. “Pronto para outra rodada?”

Ren estudou-o por um momento, seus cogumelos pulsando enquanto tomava uma decisão. Ele vinha evitando uma certa tática por considerá-la potencialmente injusta com Taro, mas a resistência de seu amigo não lhe deixava alternativa.

“Desculpe por isso,” murmurou, mais para si mesmo do que para Taro.

Com uma explosão de velocidade que surpreendeu até mesmo aqueles familiarizados com suas capacidades, Ren se lançou para frente. Em um movimento quase imperceptível devido à sua rapidez, ele varreu as pernas de Taro com um chute circular perfeitamente executado tão rápido que não deu a seu amigo tempo sequer para transformar sua armadura.

Antes que Taro pudesse cair, Ren posicionou suas costas no chão, ambos os pés revestidos com proteção de diamante para evitar danos dos espinhos em formação. Com um empurrão coordenado de suas pernas, ele catapultou Taro para cima.

“De novo com os lançamentos!” exclamou Taro enquanto subia mais alto dessa vez, preparando-se mentalmente para modificar o chão novamente e amortecer sua queda.

Mas elevar Taro não era o objetivo final de Ren. Enquanto seu amigo alcançava o ponto mais alto de sua trajetória, Ren já estava em movimento. Ele se lançou correndo a toda velocidade, calculando perfeitamente o ponto onde Taro começaria a descer.

Então, em uma manobra que arrancou suspiros coletivos da plateia, Ren saltou com o momento acumulado e executou um chute voador perfeito, seus pés reforçados conectando diretamente com o lado de Taro no ar.

O impacto foi brutal e ressoou por toda a arena, enviando Taro voando em uma nova trajetória, completamente fora de seu controle. Ele girou várias vezes no ar antes de aterrisar pesadamente e rolar vários metros por inércia, deixando um rastro na terra da arena.

Ren pousou graciosamente e levantou-se imediatamente.

Para surpresa de todos, Taro se levantou novamente. Sua armadura mostrava fissuras significativas onde o impacto havia ocorrido, mas os danos ainda eram leves e já estavam se regenerando. Ele cambaleava ligeiramente, evidentemente atordoado com os giros que deu, mas sua postura indicava que estava pronto para continuar.

“Isso…” murmurou, balançando a cabeça para clarear a visão. “Foi bom.”

Ren avançou alguns passos, para o que Taro pensou ser outra troca, mas então algo estranho aconteceu. Ele parou abruptamente, levando a mão à nuca com uma expressão arrependida.

“Desculpe, Taro,” disse alto o suficiente para seu amigo ouvir.

Taro olhou para ele confuso, sem entender por que Ren estava se desculpando novamente no meio do combate. “Do que você está falando?”

Foi então que Lin avançou para o centro da arena, sua expressão profissional carregando um lampejo de diversão nos olhos.

“Vitória para Ren Patinder!” ela anunciou. “Pela saída do oponente da área de combate.”

Taro piscou, atônito, e então olhou para seus pés. De fato, o impacto poderoso de Ren o havia enviado completamente fora do círculo marcado que delimitava a zona de combate oficial. Ele estava de pé no espaço neutro entre a arena e as arquibancadas, desqualificado sem sequer se dar conta.

“Ah,” foi tudo o que conseguiu dizer, entre surpresa e risos resignados. “Deveria ter previsto isso.”

Os aplausos foram imediatos e entusiásticos, reverberando pelas arquibancadas.

Ren retraiu suas garras, oferecendo a mão a Taro. “Essa sua armadura dupla é ridiculamente resistente,” comentou, um sorriso genuíno no rosto. “Você me forçou a usar truques sujos.”

Taro aceitou a mão, reconhecendo sua derrota com um pequeno tom de decepção. “Você bate como se tivesse o triplo do seu tamanho,” ele respondeu, devolvendo o sorriso. “Fui um tolo em pensar que poderia aguentar até você se cansar. Você sempre encontra alguma solução, não suja, criativa…”

Enquanto ambos se dirigiam à saída, a multidão continuava aplaudindo. Não foi apenas uma demonstração de habilidade que eles testemunharam, mas uma exibição de verdadeira camaradagem, onde respeito e admiração transcendiam a competição em si.

Min os aguardava na entrada, sua expressão refletindo orgulho e um pouco de inveja. “Essa batalha de armaduras,” declarou, colocando um braço sobre o ombro de cada um, “foi a coisa mais legal que eu vi em todo o torneio. E isso inclui a mim mesmo.”

Os três riram enquanto se afastavam.