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261: Capítulo 261 – Lar dos Domadores 261: Capítulo 261 – Lar dos Domadores O calor da cozinha havia diminuído agora que o serviço de jantar estava terminando. Panelas recém-lavadas brilhavam na luz fraca, e o aroma persistente de especiarias pairava no ar.

Fern Patinders desamarrou seu avental com um suspiro aliviado enquanto seu marido, Reed Patinder, guardava as últimas facas no suporte. Suas mãos, desgastadas por décadas de trabalho culinário, moviam-se com eficiência prática.

Os dedos de Reed, marcados ocasionalmente por cortes antigos, também exibiam a precisão e graça que apenas anos de experiência poderiam conferir.

“Tudo pronto?” Fern perguntou, colocando uma mecha de cabelo grisalho de volta sob o boné. Embora ultimamente ela tivesse notado algumas pequenas mechas aparentemente recuperando sua cor, assim como há onze anos.

Reed assentiu enquanto limpava a superfície de trabalho pela última vez.

“Perfeitamente limpo, como deve ser,” ele respondeu com um sorriso cansado, mas satisfeito.

O dono do restaurante entrou na cozinha enquanto contava o ganho do dia, cristais tilintando suavemente entre seus dedos.

“Outro dia excepcional, graças a vocês dois,” ele comentou, levantando os olhos de sua contagem. “Essa nova receita de ensopado de raiz doce foi um sucesso completo.”

“É o favorito do Ren, então queríamos melhorá-lo,” Fern disse, sua voz carregando uma mistura de orgulho e saudade. “Achei que os clientes também gostariam de experimentar a versão aprimorada.”

“Você estava certa,” o dono respondeu, separando cem cristais e entregando-os a Reed. “Aqui está o bônus de hoje pela nova experiência culinária, conforme combinado.”

Reed aceitou os cristais, adicionando-os ao pequeno saco que guardava no bolso.

“Obrigado,” ele disse com uma leve reverência. “Nos vemos amanhã.”

“Até amanhã. Descansem bem,” o dono respondeu, voltando para suas contas.

O casal saiu pela porta dos fundos do restaurante. O céu crepuscular se estendia acima deles em tons de laranja e roxo, enquanto as doze luas começavam a espreitar timidamente por trás de nuvens esparsas.

“Isso faz duzentos agora,” Reed comentou enquanto caminhavam pelas ruas do distrito exterior, onde as casas gradualmente se tornavam mais modestas. As pedras do calçamento davam lugar à terra batida sob seus pés. “O suficiente para substituir o que já usamos.”

Fern assentiu, apertando suavemente a mão de seu marido.

“A besta Roc do Sr. Cirrus previu céu limpo para amanhã,” Reed disse. “Ele nos passou a previsão como sempre, embora meus joelhos já me dissessem, não têm doído. Podemos processá-los juntos ao amanhecer, antes do trabalho.”

Eles caminharam em silêncio confortável por um trecho, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Suas plantas “maduras” de Posto de Ferro pendiam de suas cabeças, apenas algumas folhas e cipós discretos espiando por baixo de seus humildes chapéus.

“Você acha que Ren está bem?” Fern finalmente perguntou, a preocupação infiltrando-se em sua voz.

Reed apertou a mão dela com mais firmeza.

“Tenho certeza de que sim. Ele é um garoto inteligente, e sempre ouviu nossos conselhos. Deve estar aprendendo muito.”

“Já se passaram quase seis meses,” Fern murmurou, sua voz baixando para um sussurro. “Quando não estamos trabalhando… a casa parece tão vazia sem ele.”

Não foram necessárias mais palavras para abrir a ferida diária. Ambos sentiam a ausência do filho como uma pressão física… um espaço vazio que nada podia preencher.

Ao dobrarem a esquina, a casa que possuíam anteriormente surgiu diante deles. O chalé alugado ainda era a vida deles, a visão familiar de seu telhado inclinado e porta desgastada trazia uma medida de conforto. Reed mexeu na chave, a velha tranca emperrando como sempre fazia.

Uma vez dentro, Reed acendeu uma lâmpada enquanto Fern retirava os cristais recém-adquiridos e os colocava cuidadosamente em uma pequena caixa preta ao lado de outros de tamanho semelhante.

“Agora temos o suficiente, para não ficarmos sem o que Ren nos deixou,” ela observou, estudando a coleção com orgulho agridoce.

Reed aproximou-se, espiando por cima do ombro dela. O brilho suave dos cristais se refletia em seus olhos cansados.

“Lembra como ele nos deu todas aquelas instruções antes de partir?” ele perguntou com um sorriso nostálgico. “Tão sério, como um pequeno professor… Embora suas invenções estejam se tornando cada vez mais elaboradas. Tive que anotar os passos ou teria esquecido.”

“Método de cultivo de mil dias,” Fern respondeu, rindo suavemente. O som encheu a pequena sala como música. “Que imaginação… Como se plantas fracas precisassem de mais tempo de cultivo do que bestas lendárias de nível Platina.”

Ambos lembravam vividamente daquele dia, pouco antes de Ren partir para a academia. Seu filho, com aqueles cogumelos luminescentes em seus cabelos, explicando com convicção absoluta um ritual que supostamente elevaria suas plantas maduras ao poder de uma besta de nível Bronze-2.

Eles haviam tomado isso como uma fantasia infantil, um conforto que Ren havia inventado para lidar com a decepção de receber a besta mais fraca. Mas prometeram seguir o ritual, dia após dia, sem falhar.

E até agora, eles cumpriram essa promessa.

“Para uma pequena mentira branca,” Reed admitiu enquanto se afundava em uma cadeira com um suspiro cansado, “tem sido surpreendentemente útil. Dá-me algo pelo qual ansiar a cada manhã.”

Fern assentiu, preparando uma infusão de ervas para os dois. A chaleira assobiava suavemente no pequeno fogão, liberando uma nuvem de vapor perfumado.

“Para mim também. É como se, de alguma forma, estivéssemos conectados a ele através dessa rotina.”

Ela serviu o líquido fumegante em duas xícaras lascadas, o aroma de algo semelhante a menta e camomila preenchendo o ar.

A pequena casa deles transbordava de memórias de Ren. Seus primeiros sapatos, cuidadosamente preservados em uma caixa de madeira debaixo da cama. Desenhos infantis adornando as paredes como tapeçarias preciosas. Pedras e fragmentos de esqueletos que ele havia coletado com amigos, arrumados nos peitoris das janelas e prateleiras. Cada item continha uma história, um momento congelado da infância do filho.

Às vezes, a dor da separação era quase insuportável. Eles haviam passado décadas almejando um filho, e quando finalmente tiveram Ren, ele se tornou o centro do universo deles. Agora, com ele na academia, sofriam uma nova ansiedade, e a casa parecia muito quieta, muito vazia…

Como um sino sem badalo.

“Você notou algo estranho ultimamente?” Reed perguntou de repente, aceitando a xícara que Fern lhe ofereceu.

“O que quer dizer?”

“Com nossas plantas,” ele explicou, estendendo o braço onde os cipós se enrolavam gentilmente. À luz da lâmpada, eles pareciam pulsar com um brilho esmeralda sutil. “As minhas parecem… diferentes. Mais brilhantes. E ontem consegui levantar o barril d’água sem ajuda.”

Fern o estudou atentamente, acariciando distraidamente as folhas que espreitavam de seu colarinho. Elas pareciam mais suaves em seus dedos, mais vibrantes.

“Agora que você menciona… Tenho dormido melhor, e meu cabelo está recuperando a cor. E aquela enxaqueca que costumava me atormentar não voltou há semanas.”

Eles se olharam em silêncio, uma pergunta não dita pairando entre eles como névoa matinal.

“Deve ser que estamos dormindo mais devido à ausência dele,” Reed finalmente sugeriu, embora a incerteza tingisse sua voz. “Ou talvez sejam as novas ervas que estamos usando na cozinha.”

“Sim, deve ser isso,” Fern concordou, embora não soasse totalmente convencida.

Nenhum dos dois queria admitir, por medo de ter ideias e tornar a ausência mais dolorosa, mas ambos haviam começado a se perguntar se o ritual diário de Ren estava tendo algum efeito real.

Era absurdo, é claro.

Todos sabiam que plantas maduras de nível Ferro não podiam evoluir mais. Era um fato estabelecido.

E ainda assim…

“Me pergunto como ele está indo na escola,” Fern disse, mudando de assunto. Ela sorveu seu chá, saboreando seu calor reconfortante. “Você acha que ele fez amigos?”

“Tenho certeza de que sim,” Reed respondeu, embora uma preocupação tenha passado brevemente por seu rosto, aprofundando as linhas ao redor de seus olhos. “Embora com um esporo…”

Ele não precisava terminar a frase. Ambos sabiam do estigma associado à besta de Ren, a mais fraca de todas. A ideia de seu filho, sozinho naquela academia de prestígio, possivelmente suportando zombarias e rejeição, ainda partia seus corações.

“Ele é mais forte do que parece,” ela disse firmemente, endireitando os ombros. “Mais forte do que qualquer um sabe. E ele tem um bom coração. Isso conta mais do que qualquer besta… Lembra do dia em que ele partiu, com aquele olhar determinado nos olhos?”

Reed sorriu, admirando a convicção na voz da esposa. A fé inabalável dela sempre foi uma das qualidades que ele mais amava nela.

“Você está certa. Nosso Ren encontrará seu caminho, com ou sem uma besta poderosa.”

A conversa mudou para assuntos mais práticos: pagamento do aluguel, compras de ingredientes para suas refeições, pequenos reparos que a casa precisava. A situação financeira deles havia sido precária desde que venderam sua casa, mas eles conseguiram. O trabalho no restaurante era estável, pelo menos, e ocasionalmente recebiam gorjetas extras por suas criações culinárias especiais.

Mais tarde, enquanto se preparavam para dormir, Fern parou na janela, olhando para as múltiplas luas que iluminavam a noite com sua luz colorida sutil. A menor lua, rubra como um rubi, espiava por trás de uma nuvem, lançando um brilho avermelhado em seu rosto.

“Só espero que ele esteja bem,” ela murmurou, mais para si mesma do que para Reed. “Que esteja feliz, que esteja aprendendo, que não se sinta sozinho.”

Reed se aproximou, abraçando-a por trás. Seus braços circundaram sua cintura, fortes e reconfortantes.

“Ele está,” ele respondeu suavemente. “Eu tenho essa sensação, sabe? Que algo bom está acontecendo com o nosso Ren. Algo… inesperado.”

Fern se encostou nele, encontrando consolo em sua presença. Depois de décadas juntos, eles ainda se encaixavam perfeitamente; duas peças do mesmo quebra-cabeça.

“Talvez você esteja certo,” ela disse finalmente.

Aquela noite, enquanto dormiam, ambos sonharam com o filho. Não o pequeno garoto assustado que havia voltado para casa com uma besta que apenas gerava cogumelos luminescentes em seu cabelo, mas alguém mais alto, mais forte, rodeado de luz. No sonho, Ren lhes sorria com confiança, como se soubesse de algo que eles estavam apenas começando a suspeitar.

E enquanto dormiam, as plantas em seus braços brilhavam com um brilho quase imperceptível, ligeiramente mais intenso do que na noite anterior. Com cada dia que passava, com cada cristal absorvido seguindo as instruções precisas de seu filho, algo mudava dentro deles. Algo sutil, mas inegável.

Cento e setenta e cinco dias haviam se passado. Oitocentos e vinte e cinco restantes.

O ritual continuava.

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