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- Capítulo 254 - 254 Capítulo 254 - Domador de Trapaceiros Jogador Patinder
254: Capítulo 254 – Domador de Trapaceiros, Jogador Patinder 254: Capítulo 254 – Domador de Trapaceiros, Jogador Patinder A sala de aula estava incomumente silenciosa quando Wei entrou, carregando uma pasta com o que todos presumiam serem os resultados parciais da unidade.
Os alunos se endireitaram em seus assentos.
O professor parecia diferente ultimamente, menos rígido, como se um enorme peso tivesse sido parcialmente aliviado de seus ombros.
Ele pigarreou e observou os alunos, pausando momentaneamente em Ren, que ocupava seu lugar habitual, seus cogumelos pulsando calmamente enquanto revisava outro texto.
“Antes de continuar com a aula de hoje,” Wei começou, “tenho um anúncio importante sobre a avaliação desta unidade.”
Os alunos sentiram uma antecipação tensa flutuando no ar.
“Após revisar minuciosamente os trabalhos apresentados até o momento, e considerando as contribuições excepcionais para a correção do material do curso,” ele continuou, “decidi atribuir o primeiro lugar da unidade a Ren Patinder com antecedência.”
Um murmúrio percorreu a sala de aula. Não foi uma surpresa completa, considerando o trabalho conjunto que Ren vinha fazendo com Wei nas últimas semanas, mas a formalidade do anúncio o tornou oficial. Os sussurros aumentaram de volume, uma mistura de admiração, ressentimento e aceitação relutante.
“Isso significa,” Wei continuou, elevando ligeiramente a voz para superar os murmúrios, “que Patinder está não apenas isento do exame final desta unidade, uma nota de 100 sozinha não será um empate com ele.”
As reações foram variadas. Alguns alunos, particularmente aqueles que adotaram as correções de Ren para seus próprios métodos de cultivo, assentiram em aprovação. Outros pareciam indiferentes, focados em suas próprias perspectivas de nota. Vários trocaram olhares, recalculando suas chances nos desafios restantes do semestre.
Mas em dois lugares específicos da sala, as reações foram notavelmente mais intensas.
Klein Goldcrest manteve uma expressão cuidadosamente controlada, mas a tensão em sua mandíbula e o ligeiro brilho dourado que ocasionalmente aparecia em seus olhos traía sua fúria interior.
‘Outro insulto,’ ele pensou, seus dedos tensionando-se imperceptivelmente na borda de sua mesa. ‘Primeiro a coleta, depois os cristais, agora isso. Como pode ser que este… este intruso podre continue triunfando sobre mim?’
Sua mente revisou freneticamente os cálculos que vinha fazendo há semanas. Com este primeiro lugar assegurado para Ren, seu próprio caminho para a honra do semestre estava perigosamente se estreitando. Ele precisaria de uma nota perfeita na unidade de Mei, além de vitórias decisivas em combate.
‘Não importa,’ ele se assegurou. ‘Os exames de combate são onde um domador é verdadeiramente medido. E lá ele não terá chance contra meu leão de Bronze 1.’
A raiva dentro dele gradualmente se transformou em uma determinação fria e calculada. Ele provaria a todos… os professores, os outros alunos, sua família, especialmente Kassian, que ele era um Goldcrest e como tal não poderia ser superado por alguém tão insignificante. Era uma questão de ordem natural.
De hierarquia.
‘Aproveite seu momento, Patinder,’ ele pensou, enquanto um sorriso tenso se formava em seus lábios. ‘Porque será breve.’
Em outro setor da sala, Luna observava Ren com uma expressão muito mais difícil de interpretar. Seu lobo sombrio criava padrões sutilmente mutantes na sombra sob sua mesa, ondulando como água escura.
‘Primeiro lugar. De novo.’ Sua admiração por Ren lutava contra seu próprio espírito competitivo, criando um conflito que ela fisicamente sentia como pressão em seu peito.
Ao contrário de Klein, Luna não ressentia o sucesso de Ren. Ela achava fascinante, até inspirador. A maneira como o garoto desafiava todas as expectativas, como ele ignorava as provocações e obstáculos iniciais para seguir seu próprio caminho… era exatamente o que ela mesma aspirava fazer, embora por razões diferentes.
‘Mas eu preciso ser a primeira,’ ela refletiu enquanto pressionava suavemente a carta em seu bolso, sua determinação se reafirmando.
‘Posso vencê-lo nos exames de Mei, Lin e Yang,’ ela calculou, organizando mentalmente sua estratégia. ‘As batalhas… lá eu tenho minha chance.’
Seu lobo sombrio se agitou, respondendo à intensificação de sua determinação. Luna vinha praticando diligentemente, refinando técnicas que a maioria de seus colegas de classe nem suspeitariam que ela possuía.
Enquanto Wei continuava com sua aula, os olhares de Klein e Luna ocasionalmente convergiam para Ren, ambos carregados de intenções, embora de naturezas fundamentalmente diferentes.
Klein via um usurpador, alguém que ameaçava a ordem natural das coisas, que roubava o reconhecimento que por direito de nascimento e status pertencia a ele.
Luna via um igual, talvez até alguém que admirava, mas também um obstáculo que ela deve superar para alcançar seus próprios objetivos. Sua visão de Ren carregava respeito, mas também resolução.
Ren, aparentemente alheio a essas intensas reações, continuou calmamente suas correções. Seus cogumelos pulsavam em seu ritmo constante, iluminando as páginas à sua frente.
E enquanto Klein planejava sua derrota e Luna sua superação, Ren permanecia focado no que realmente importava para ele: corrigir o que estava errado.
♢♢♢♢
A sala de aula do Wei estava prestes a ficar vazia após a aula, enquanto os alunos se preparavam para sair.
Larissa, sempre cercada por seu séquito de guardas, estava revisando algumas anotações quando Ren se aproximou de sua mesa. Seus passos eram medidos, deliberadamente casuais.
“Larissa,” ele disse com uma formalidade incomum para ele, seus cogumelos pulsando com um padrão que sugeria certo nervosismo, “andei pensando muito sobre o que você me disse outro dia.”
Larissa levantou o olhar, uma expressão de curiosidade atravessando seu rosto. “Oh, é mesmo? E…?”
“Você está certa,” Ren interrompeu, sua voz audível o suficiente para que vários alunos próximos pudessem ouvir claramente. “Vou me responsabilizar pelo que fiz.”
Luna, que estava recolhendo seus materiais a poucos metros de distância, quase deixou seu livro cair.
Klein, que estava conversando com Astor perto da janela, virou-se abruptamente, sua expressão oscilando entre descrença e deleite malicioso.
“Responsabilidade?” repetiu Mira de seu assento, seus olhos se arregalando enquanto trocava olhares com Sora. As duas garotas inclinaram-se para frente, ansiosas para não perder uma palavra.
“Sempre soube que havia algo entre eles,” Mayo sussurrou alto o suficiente para que outros ouvissem, um sorriso formando-se em seus lábios. “Eu avisei minha senhora…”
Larissa, alheia às reações que a conversa estava provocando (ou talvez perfeitamente ciente e aproveitando), sorriu enigmaticamente, sem entender completamente as intenções de Ren, mas participando. “Estou feliz que você tenha tomado a decisão certa, Ren. Quando você planeja… agir?”
“Agora mesmo, se você estiver disponível,” Ren respondeu naturalmente.
Vários suspiros abafados ressoaram pela sala de aula. Astor engasgou com a água que estava bebendo, causando uma tosse barulhenta que Feng tentou silenciar com tapinhas nas costas. Outros alunos sussurraram freneticamente entre si, suas teorias ficando mais selvagens a cada segundo.
“Estou completamente à sua disposição,” declarou Larissa, levantando-se com graça principesca. Um brilho de luz dançou ao redor de seu cabelo e ombros antes de desaparecer novamente.
“Feche os olhos por um momento,” Ren avisou pouco antes de liberar um clarão de sua cabeça. Os cogumelos iluminaram-se com um brilho repentino, temporariamente ofuscando qualquer um que estivesse olhando diretamente para eles.
Foi nesse momento que o plano entrou em ação.
Com uma coordenação que sugeria prática anterior, Min aparentemente apareceu do nada ao lado de Larissa. Seu anfíbio, o pequeno girino herbívoro como Liu o chamava, havia estendido seu campo de invisibilidade parcial.
Simultaneamente, Liu da porta ativou sua hiena banshee, criando uma bolha discreta de distorção sônica ao redor do pequeno grupo. Sons dentro dessa bolha não escapariam, criando um bolsão de privacidade em meio à agitada sala de aula.
“O que estamos…?” Larissa começou a perguntar, mas Ren a interrompeu com um gesto.
“Confie em mim,” ele sussurrou, enquanto Min controlava a invisibilidade para incluí-los todos.
Para os outros alunos, era como se os três houvessem desaparecido no ar. A confusão inicial rapidamente deu lugar a um tumulto de teorias cada vez mais mirabolantes.
“Ele a levou!” exclamou Roran, saltando de seu assento. “Ren acabou de sequestrar a Larissa!”
“Impossível!” protestou Trent. “Ninguém pode ser tão precoce!”
Os guardas em questão, alertados pela comoção repentina, correram para onde Larissa estivera. Mas já era tarde demais. O trio, protegido pela invisibilidade de Min e pela distorção sônica de Liu, escapou habilidosamente pelos corredores da academia.
“Para onde estamos indo?” Larissa perguntou em um sussurro animado. Longe de estar assustada, ela parecia estar gostando muito dessa pequena aventura clandestina. Seus olhos brilhavam com malícia.
“Para nosso dormitório,” Ren respondeu. “Tenho algo para você.”