252: Capítulo 252 – Domando a Preguiça 252: Capítulo 252 – Domando a Preguiça Enquanto Zhao começava a se familiarizar com sua nova besta, Ren revisava mentalmente seus projetos futuros. O ovo de Lin estava quase completo, então viria o de Liu e, pouco antes do final do semestre, os dos primos nobres.

O trabalho de anotação com Wei estava progredindo excepcionalmente bem, registrando a primeira fase do projeto em um bom ritmo… O professor parecia renovado, como se ele realmente se importasse mais com o conhecimento do que com o ego desde que Ren o derrotara. O orgulho que outrora nublava seu julgamento havia dado lugar a uma genuína curiosidade científica.

Mas nem todos os projetos estavam avançando; um deles encontrou uma pausa pela primeira vez.

Um que parecia um sonho distante.

“Descanse,” declarou Lin firmemente, cruzando os braços enquanto observava Ren com uma expressão inflexível.

O silêncio que se seguiu a essa simples palavra foi tão profundo que se podia ouvir um alfinete cair. Na sala, quatro rostos a olhavam com vários graus de descrença.

“Com licença?” Taro foi o primeiro a recuperar a voz. “Você acabou de dizer ‘descanse’?”

“Exatamente,” Lin assentiu. “Ren fará uma pausa nas sessões de treinos matinais também, não apenas nas noturnas… pelo resto do semestre.”

Min soltou uma risada que rapidamente suprimiu ao ver que a expressão de Lin não mudava. “Espere, você está falando sério? Ren? Descanso?”

“Acho que você confundiu seu aluno,” Liu interveio de sua mesa, sem tirar os olhos do livro que estava lendo. “Ren não conhece mais essa palavra. Ela não está mais no vocabulário dele.”

Lin ignorou os comentários, mantendo sua atenção em Ren, cujos cogumelos pulsavam com o que parecia ser confusão. A suave luz flutuava de forma irregular, traindo sua surpresa interna.

“O medicamento atingiu seu limite de eficácia,” ela explicou. “Forçar mais crescimento nesse ponto poderia causar danos.”

“Mas eu me sinto bem,” Ren protestou, tocando seus braços como se quisesse demonstrar seu ponto. “Melhor do que nunca, na verdade.”

“Sim, eu notei,” Lin respondeu, e algo em seu tom sugeria que ela havia notado muito mais do que estava dizendo. “Seu corpo parece se regenerar de maneiras… incomuns desde o incidente subterrâneo com a semente.”

Um silêncio tenso seguiu essa observação. As suspeitas de Lin eram evidentes, embora ela não as verbalizasse completamente.

“Ouça,” ela continuou, sua voz suavizando ligeiramente. “Não estou interessada em teorias sobre como você adquiriu essa regeneração acelerada. Não acredito que você tenha roubado a relíquia por egoísmo, e francamente, não é meu trabalho investigar esse assunto.”

Ren manteve sua expressão neutra, mas seus cogumelos pulsaram brevemente com o que poderia ser interpretado como alívio. A luz diminuiu momentaneamente antes de voltar à sua intensidade normal.

“Mas,” Lin levantou um dedo para enfatizar, “como sua instrutora, é minha responsabilidade garantir que seu desenvolvimento seja saudável e sustentável. Como eu não sei o que é esse aumento de regeneração ou como ele funciona, não vou levá-lo em consideração… E o descanso também faz parte do crescimento. Vamos permitir que o medicamento e seu corpo se estabilizem como se fosse normal.”

Min fingiu desmaiar sobre a cama. “É o fim do mundo. Lin está recomendando descanso. Próxima notícia: os Goldcrests abrem uma floricultura com Jin no balcão!”

Taro jogou um travesseiro em direção a Min, embora não pudesse conter seu próprio sorriso. “Cale a boca ou ela nos fará treinar o dobro enquanto Ren aproveita suas férias.”

Lin ignorou as brincadeiras novamente, mantendo seu olhar fixo em Ren. “Começaremos o próximo semestre com um nível de treinamento completamente novo e medicamentos mais avançados. Por agora, você precisa permitir que seu corpo assimile tudo que aprendeu.”

Ela se aproximou de Ren para colocar a mão em seu ombro. O gesto foi inesperadamente gentil, quase paternal.

“E você não quer estar descansado e no seu melhor para o exame final de batalha?” Lin sorriu levemente. “Não é mais uma questão de defender sua honra. Desta vez, quero que você obtenha a vitória esmagadora que merece. Deixe o menino ‘fraco’ que adotei mostrar o que o trabalho árduo pode alcançar.”

Ren pareceu considerar as palavras de Lin, seus cogumelos pulsando em um padrão pensativo. Finalmente, ele acenou com a cabeça relutantemente. “Não é apenas esforço, eu tive muita sorte… Mas acho que posso usar esse tempo para outros projetos.”

“Claro que foi isso que você entendeu por ‘descanso,'” Liu murmurou, balançando a cabeça.

“Falando em projetos,” Ren continuou, ignorando o comentário, “em dois dias seu ovo estará pronto, Mestre Lin.”

Os olhos de Lin brilharam brevemente com algo parecido com entusiasmo, embora ela rapidamente retornasse à sua compostura habitual. “Obrigada. Estarei aguardando por isso.”

Enquanto Lin se dirigia para a porta, Min se levantou de seu desmaio fingido. “Então não haverá exercícios noturnos pelo resto do semestre?”

“Ah, os exercícios continuarão para você, Min,” Lin respondeu por cima do ombro, um sorriso perigoso se formando em seus lábios. “Na verdade, acabei de pensar em alguns exercícios especiais para compensar a ausência de Ren.”

O gemido horrorizado de Min seguiu Lin enquanto ela fechava a porta, deixando os meninos sozinhos com esta nova e improvável realidade: Ren Patinder, oficialmente obrigado a descansar.

“Bem,” disse Taro após um momento, “isso foi inesperado.”

“Completamente,” Liu assentiu. “Embora eu suspeite que Lin esteja certa.”

Ren permaneceu em silêncio, seus cogumelos pulsando lentamente enquanto considerava essa nova diretiva. Descanso não era algo com que ele estivesse particularmente familiarizado, mas se Lin insistia que era necessário para seu desenvolvimento…

Um pequeno sorriso apareceu nos lábios de Ren.

“Lin disse que vou descansar… mas vocês ainda não vão descansar, está na hora da rotina diária que eu supervisiono para vocês… Então, levantem-se, seus insetos magrelos!”

♢♢♢♢
A aula de Mei continuava muito ativa.

Mas não era a única que havia experimentado esse aumento de competitividade. Um fenômeno semelhante ocorreu nas classes de Wei e Zhao, onde a preparação para os exames finais era quase palpável no ar. Perguntas mais incisivas, debates mais quentes e uma atenção aos detalhes sem precedentes agora caracterizavam essas sessões.

Klein, Luna e Jin haviam se tornado particularmente vocais, cada um tentando superar o outro enquanto simultaneamente tentava superar o desempenho de Ren. Seu novo entusiasmo acadêmico havia transformado até os tópicos mais áridos em ocasiões para uma competição intelectual feroz.

No entanto, para Yang e Lin, a dinâmica era diferente. A disciplina de batalha não se prestava a esse tipo de competição verbal; seu exame final seguia uma metodologia completamente diferente.

Enquanto seus colegas aproveitavam a renovada fervor acadêmico em suas salas de aula, Lin e Yang preparavam algo mais físico, mais imediato, mais revelador: um torneio. Um evento que não só testaria as habilidades de combate dos alunos, mas revelaria aspectos de seu caráter que nenhum exame escrito poderia capturar.

Seria o culminar perfeito de um semestre cheio de desenvolvimentos inesperados e percepções em mutação.