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242: Capítulo 242 – Mudança no Domar 242: Capítulo 242 – Mudança no Domar A estrada continuava sua subida gradual em direção ao centro da cidade onde a academia se erguia. Ao longe, as principais torres das três escolas principais e o castelo começavam a tomar forma contra o horizonte, suas espirais capturando o sol do final da tarde.
“Duzentos mil pontos para Ren,” Taro comentou, olhando com admiração para a pilha de materiais que haviam acumulado em dois carrinhos adjacentes. “Até eu obtive o equivalente a 155 mil cristais… Nunca imaginei que conseguiríamos tanto.”
“E tudo graças às instruções de Ren,” Mira acrescentou, sua voz cheia de genuína admiração.
“Não foi só por minha causa,” Ren protestou, genuinamente desconfortável com o crédito exclusivo. “Todos fizeram sua parte ajudando-me a conseguir tentáculos frescos e os 3 grandões, também carregando seu próprio peso…”
“Um grande peso em peles,” Min acrescentou com um sorriso, gesticulando em direção aos carrinhos transbordantes que os seguiam.
A conversa continuou a fluir animadamente no carrinho enquanto ascendiam o caminho serpenteante em direção ao centro da cidade. A silhueta familiar da academia crescia a cada minuto que passava, suas características se tornando mais claras à medida que se aproximavam.
Mas algo em seu perfil parecia errado, uma sutil ruptura em sua simetria familiar.
Trent foi o primeiro a perceber.
“Algo não está certo,” ele murmurou, estreitando os olhos para focar melhor na silhueta familiar das torres da academia.
As conversas gradualmente morreram enquanto mais estudantes direcionavam seu olhar para o horizonte.
“Uma espiral está faltando,” Luna apontou, sua voz mal um sussurro. Seu dedo traçou o horizonte, indicando a lacuna na coroa da academia.
De fato, uma das espirais que coroava a torre leste havia desaparecido, deixando um toco irregular onde antes se erguia elegantemente.
Mas isso não era tudo.
“A seção perto da caverna oeste,” Liora se inclinou à frente, seu rosto pálido, fogo-fátuo piscando brevemente em torno de suas pontas dos dedos. “Está… queimada.”
Uma grande mancha negra, como uma cicatriz na pele da academia, cobria parte da ala oeste. Mesmo à distância, o movimento dos trabalhadores podia ser distinguido como pequenas figuras reparando os danos.
“A escola foi atacada,” Larissa finalmente articulou, verbalizando o que todos já haviam entendido.
Um silêncio denso se instalou na carruagem. Os estudantes trocaram olhares preocupados, alguns pensando em amigos ou família que haviam estado nas aulas nesses dias, outros contemplando a vulnerabilidade inesperada do que consideravam um santuário inexpugnável.
O chocalhar das rodas parecia se intensificar no silêncio, marcando uma cadência sombria enquanto continuavam sua inexorável e suave ascensão em direção a uma academia ferida.
Lin deve ter percebido a crescente inquietação na carruagem. Ela se aproximou, sua montaria trotando lentamente para acompanhar o veículo. Sua expressão estava séria, mas controlada, como alguém que traz más notícias mas que encontrou um equilíbrio para as transmitir.
“Recebemos recentemente uma mensagem de Júlio,” ela anunciou, sua voz clara cortando a tensão. “A academia está segura agora. Wei e Zhao estão informando as outras carruagens do que vou lhes contar.”
Sua presença parecia trazer alguma normalidade à situação, uma âncora em meio à incerteza.
“O que exatamente aconteceu?” Taro perguntou, seus olhos fixos nas evidências do ataque que se tornavam cada vez mais claras com a proximidade.
Lin respirou fundo, ponderando cuidadosamente suas palavras.
“Houve um ataque de agentes Yino,” ela começou. “A família Ashenway enviou reforços por ordem direta de minha tia Selphira assim que receberam a notícia. O castelo pôde alocar pouco pessoal devido a outras… situações que requerem atenção. Os Goldcrests também enviaram ‘apoio’.”
A ênfase sutil que Lin colocou na palavra não passou despercebida por Larissa, que estreitou os olhos pensativa. Os nuances políticos raramente escapavam de sua atenção.
“E os Starweavers?” Luna perguntou, pensando em sua própria família.
“Eles não puderam enviar ninguém,” Lin respondeu com neutralidade. “Falta de pessoal disponível, pelo que entendi…”
“Mas a combinação de forças foi suficiente,” ela continuou. “Os atacantes foram repelidos e a academia agora está sob controle. Os reparos começaram imediatamente.”
Min, que estava inusitadamente silencioso, finalmente falou: “Eles devem ter sido muitos para causar tanto dano. Um batalhão completo de Yino?”
Lin balançou a cabeça, e sua resposta deixou todos momentaneamente sem palavras:
“Dois,” ela disse simplesmente. “Apenas dois atacantes.”
Exclamações de descrença seguiram imediatamente. Como era possível que apenas dois indivíduos tivessem infligido tal destruição em uma instituição protegida por dezenas de professores e guardas?
Aproveitando o momento de confusão geral, Lin se aproximou discretamente de Ren. Inclinado ligeiramente, ela murmurou em uma voz baixa o suficiente para que apenas ele pudesse ouvir:
“Parece que o alvo era a semente. Eles recuaram quando não conseguiram localizar o portador da relíquia e quando os reforços finalmente superaram seu poder combinado.”
Ren assentiu imperceptivelmente, a implicação cristalina em sua mente.
“Segredos são falta de educação, Lin,” a voz melodiosa mas firme de Larissa cortou o momento. Nada escapava à sua observação, especialmente conversas sussurradas que a excluíam.
Lin se endireitou, um sorriso resignado aparecendo em seus lábios. “Você está certa. De qualquer forma, todos vocês descobrirão em breve. Não há sentido em esconder as coisas.”
Voltando sua atenção para o grupo em geral, Lin adotou um tom mais formal.
Sua expressão tornou-se mais grave, e Ren percebeu como seus ombros tensionaram ligeiramente, preparando-se para compartilhar notícias ainda mais difíceis.
“Durante a batalha… houve baixas.”
A carruagem pareceu afundar em um silêncio absoluto, como se até mesmo o som das rodas e do vento tivesse sido absorvido pela gravidade daquelas palavras.
“A maioria eram auxiliares que lutaram no subsolo, onde a investigação do último incidente continuava,” Lin disse, sua voz controlada profissionalmente, mas com um tom subjacente de dor. “Provavelmente poucos ou nenhum que vocês conheciam pessoalmente para a maioria de vocês.”
Ela fez uma pausa, e Ren instintivamente soube que o pior estava por vir. A hesitação momentânea no comportamento geralmente confiante de Lin lhe disse mais do que palavras poderiam.
“Também perdemos dois professores.”
As mãos de Min inconscientemente se agarraram à borda de seu assento, enquanto Taro fechava os olhos, como se se preparando para o impacto. Os outros se mantiveram rigidamente, preparados para notícias que não queriam ouvir.
“Um deles dava aulas para vocês,” a voz de Lin desceu a pouco mais que um sussurro. “Professor Song, instrutor de cristais, caiu valentemente defendendo um grupo de estudantes.”
A notícia caiu como uma laje de pedra. Professor Song, com seu entusiasmo contagiante por cristais e sua natureza característica bondosa, havia sido uma presença agradável durante o curto tempo que o conheceram. Sua aula opcional, embora não obrigatória, havia sido um sopro de paz em meio ao currículo rigoroso da academia.
Para muitos, ele era mal um conhecido, um rosto amigável que cruzavam nos corredores. Para outros, um mentor que havia dedicado tempo extra para explicar os mistérios dos cristais depois da aula.
Mas para todos, sua perda representava uma fissura no escudo de segurança que a academia simbolizava. A morte havia invadido seu santuário, estilhaçando a ilusão de segurança perfeita.
“Não pode ser,” Mira murmurou, lágrimas formando-se em seus olhos. “Apenas três dias atrás ele estava tão animado me mostrando como identificar cristais de mana das incursões com Ren…”
Vários estudantes abaixaram as cabeças, alguns lamentando não terem assistido ou prestado mais atenção em suas aulas, outros lembrando de gestos de gentileza que agora assumiam um peso especial.
Memórias da correção gentil do professor, suas explicações pacientes, sua paixão genuína pelo ensino cristalizaram-se em um luto coletivo.
Ren observou as reações ao seu redor, particularmente de Han. O garoto havia ficado completamente imóvel, seu rosto uma máscara pálida e sem expressão que contrastava com a emoção do resto. Não havia lágrimas, nem mesmo choque visível, mas algo mais profundo e mais complexo: uma imobilidade absoluta que falava de um choque mais intenso do que qualquer manifestação externa.
“Você está bem?” Ren perguntou calmamente.