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241: Capítulo 241 – Domesticando o Retorno 241: Capítulo 241 – Domesticando o Retorno Os carros da caravana avançavam pesadamente ao longo da estrada de terra, suas rodas rangendo sobre pedras ocasionais enquanto deixavam para trás o território de reunião.
O céu se estendia em um azul intenso acima de suas cabeças, com apenas algumas nuvens dispersas oferecendo momentos de sombra bem-vinda no calor do meio-dia.
A reunião havia sido abruptamente interrompida, para decepção de muitos alunos. Como concessão, os professores reduziram o requisito de aprovação para seis mil cristais no valor total, um ajuste considerado justo dado o tempo perdido.
Mas para o grupo de Ren, essa mudança era irrelevante. Eles haviam excedido até mesmo os requisitos originais várias vezes.
Em um dos carros, sentado entre pilhas de materiais coletados, Klein Goldcrest mantinha uma conversa tensa com seus seguidores. Sua expressão oscilava entre frustração e determinação fria enquanto calculava mentalmente seus próximos movimentos.
“Um mínimo de cento e cinquenta mil pontos para o membro mais baixo daquele grupo enorme”, murmurou Astor, lembrando-se dos anúncios oficiais. Ele balançou a cabeça em descrença. “O grupo do garoto cogumelo quebrou qualquer recorde de primeiro ano. Possivelmente de qualquer ano.”
Klein cerrou os punhos sobre os joelhos. A honra do semestre, aquele reconhecimento que ele planejara obter como um primeiro passo para o status de estudante de platina, parecia escapar por entre seus dedos como areia fina. O legado que prometera manter para o nome de sua família estava sendo ofuscado por um plebeu com cérebro deteriorado e fungos crescendo de sua cabeça.
“É apenas a primeira unidade”, ele respondeu, sua voz controlada mas carregada de tensão. “Ainda restam mais quatro. Só preciso superá-lo em três.”
Feng, sentado à sua frente, acenou com uma expressão sombria. “Especialmente na batalha. Quando seu leão atingir o Bronze 1, você vai despedaçá-lo.”
“Exatamente”, Klein sorriu, embora o gesto não alcançasse seus olhos. Um cálculo frio residia ali em vez disso. “Isso é apenas um contratempo. Um golpe de sorte que não se repetirá.”
Outro carro, em contraste, transbordava de energia e conversas animadas.
A atmosfera estava leve, apesar dos perigos recentes que enfrentaram, uma celebração de sobrevivência e sucesso.
Muitos estudantes estavam amontoados nele, claramente excedendo sua capacidade recomendada, mas ninguém parecia disposto a se separar do grupo principal.
Suas experiências compartilhadas haviam forjado laços que ninguém queria romper, ainda que temporariamente.
Ren estava sentado entre Taro e Min, com Han em frente a eles, sua perna estendida em um banco improvisado de mochilas. Luna, Liora e Larissa ocupavam o espaço próximo, enquanto as criadas e o restante dos estudantes se acomodavam onde podiam, criando um caos organizado de corpos e materiais.
Min, cujo curandeiro serpente de água ainda tinha energia suficiente para continuar trabalhando, havia tratado das lesões menores que persistiam em vários de seus companheiros. Seus dedos, envoltos por um leve brilho azulado, traçavam pequenos hematomas, acelerando sua cura.
“Fique quieto!” ele ordenou a Han enquanto examinava sua perna fraturada, agora quase completamente recuperada graças aos tratamentos anteriores.
Ren assentiu, “Ouça o Min… Ainda há pequenas fissuras no seu osso que precisam se selar.”
“Não posso acreditar que você perdeu quase toda a ação”, Min continuou, incapaz de conter um sorriso de zombaria. “Desmaiado enquanto Ren lutava contra uma abominação do abismo. Que azar!”
Han apenas riu, embora algo em seu olhar revelasse uma tensão subjacente que só Ren parecia notar.
“Que azar, de fato”, Han respondeu com leveza forçada. “Mas sou grato que Ren me salvou. Embora tenha certeza de que você estaria tremendo em um canto, provavelmente molhando suas calças.”
“O único que não controla a bexiga aqui é você!” exclamou Min indignado, lembrando-se das pausas frequentes para “alívio” que Han sempre solicitava durante suas expedições.
Uma onda de risos varreu o carro, aliviando momentaneamente a tensão acumulada pelos eventos recentes.
Liora, que havia permanecido incomumente quieta, olhou para o céu claro. Seu rosto, normalmente sereno, tinha uma sombra de arrependimento.
“Não posso evitar lamentar”, disse suavemente. “Não pudemos ajudar. Não conseguimos sair do subterrâneo por conta própria.”
Seu comentário trouxe um breve silêncio contemplativo ao grupo. A lembrança de estarem presos, de paredes desmoronando e predadores das sombras avançando, pairou pesadamente no ar.
“Se não fosse por Júlio…” Maria começou, deixando a frase incompleta, mas a mensagem era clara para todos.
“Na verdade”, Ren interveio, seus cogumelos pulsando calmamente enquanto falava, “Lin sabia que Júlio estava vigiando o acampamento. Se vocês tivessem continuado cavando para baixo, como planejado originalmente, provavelmente teriam encontrado Júlio antes dos túneis dos predadores das sombras. Sua missão era chegar até ele desde o início, então não se preocupe com isso…”
“Suponho que você tem razão”, Liora assentiu, parte da tensão deixando seus ombros.
“Ele teria sentido a escavação mais cedo ou mais tarde”, Ren explicou.
Ele dirigiu um olhar agradecido ao grupo. “Embora eu aprecie que vocês tenham se arriscado a subir para tentar nos ajudar mais rapidamente. Foi corajoso, mesmo que perigoso.”
Seus olhos percorreram brevemente os rostos de seus companheiros, pausando um momento em Luna. “Não gostaria que algo acontecesse a nenhum de vocês.”
Luna, surpreendida pela sinceridade das palavras de Ren no mana de seus olhos, ficou levemente corada e voltou sua atenção para a paisagem externa, fingindo um interesse repentino pelas árvores que passavam. Mayo, observando de perto a interação, trocou um olhar de entendimento com Matilda.
“Eu concordo com Ren”, acrescentou Larissa, aparentemente alheia ao momento. “Embora definitivamente terei uma conversa com meu querido irmão sobre não me mencionar que ele estaria presente durante nossa expedição.”
Seu tom leve contrastava com o brilho calculista em seus olhos, sugerindo que essa “conversa” levaria muito mais do que suas palavras indicavam.
A conversa naturalmente seguiu em direção ao cancelamento abrupto da reunião. Rumores começaram a circular assim que a ordem de retorno foi dada, alimentados por fragmentos de conversas ouvidas entre os professores e a evidente urgência com que Júlio partiu à frente deles.
“Um ataque”, murmurou Hikari. “Foi o que ouvi um dos auxiliares dizer.” Sua voz caiu ainda mais, olhando em volta para garantir que nenhum estranho estivesse ouvindo.
“Mas onde?” Taro perguntou, inclinando-se para a frente. “E por quem?”
Ninguém tinha respostas concretas, apenas especulações cada vez mais elaboradas, variando de incursões na fronteira a conspirações palacianas. Teorias passavam de estudante para estudante, tornando-se cada vez mais absurdas a cada relato.
“O que me preocupa”, Liora interveio em voz baixa, garantindo que apenas os mais próximos pudessem ouvi-la, “é o quão oportuna foi o ataque.”
Larissa assentiu, entendendo imediatamente. “Justo quando metade das forças de segurança da academia estavam destacadas aqui, conosco.”
“E com Júlio”, Liora acrescentou.
Um silêncio preocupado se instalou entre os nobres. As implicações eram perturbadoras: alguém poderia ter avisado sobre a fraqueza relativa.
“Talvez seja apenas uma coincidência”, sugeriu Taro, embora sem muita convicção.
“Talvez”, Larissa concedeu, mas sua expressão deixou claro que ela não acreditava em coincidências, pelo menos não nessa. Anos de educação real a ensinaram a buscar padrões e motivos em eventos aparentemente aleatórios.
O carro atravessou uma lombada especialmente pronunciada, sacudindo todos os ocupantes e quebrando momentaneamente a atmosfera de seriedade. Min perdeu o equilíbrio e caiu sobre Mira, que por sua vez empurrou Trent, criando um efeito dominó de corpos e exclamações surpresas.
“Cuidado com as mãos!” Mayo gritou, batendo levemente na cabeça de Jun, que tentou se estabilizar agarrando a primeira coisa que encontrou.
“Foi um acidente!” protestou o garoto, esfregando o ponto de impacto.
O riso retornou, dissipando temporariamente a tensão. Ren observou a cena com um sorriso agradecido, valorizando esses momentos de normalidade após o pesadelo subterrâneo que haviam enfrentado.
Han, ao notar sua expressão, lançou-lhe um olhar inquisidor. Seus olhos buscaram o rosto de Ren com uma investigação cuidadosa.
“Você está bem?” ele perguntou em voz baixa, aproveitando o caos momentâneo para uma conversa mais privada.
Ren assentiu, seus cogumelos pulsando suavemente. “Apenas pensando em como somos afortunados. Apesar de tudo.”
Han estudou seu rosto por um momento, como se procurasse algum indício de que Ren lembrasse de mais do que havia admitido na frente dos professores. Mas a expressão do garoto cogumelo permaneceu aberta, sem um indício de suspeita ou recriminação.
“Sim”, Han finalmente respondeu. “Muito afortunados, de fato.”