- Home
- O Mais Fraco Domador de Bestas Consegue Todos os Dragões SSS
- Capítulo 235 - 235 Capítulo 235 - Domesticando o Desencanto - 3 235 Capítulo
235: Capítulo 235 – Domesticando o Desencanto – 3 235: Capítulo 235 – Domesticando o Desencanto – 3 Ren correu, cada músculo em seu corpo impulsionado pela fusão com a hidra, cada movimento maximizado pelo treinamento implacável de Lin.
Mas a besta abissal não permaneceu paralisada depois de momentaneamente perder sua visão. Em um movimento que desafiou toda compreensão natural, a criatura fez algo que congelou o sangue de Ren: ela voluntariamente desprendeu seus olhos.
Os órgãos visuais caíram de sua cabeça como sementes maduras caindo de uma planta, aterrissando no chão com sons úmidos e nauseantes. A criatura havia decidido que a visão era uma fraqueza nesta batalha.
Sem a distração dos estímulos visuais, a besta se reconectou totalmente com seus outros sentidos.
Ren finalmente alcançou a lança…
A arma parecia uma extensão natural de seu braço, seu peso reconfortante enquanto ele pousava de um joelho, girando para enfrentar a abominação mais uma vez.
Agora, com a lança em sua mão e conhecimento exato de onde estava localizado o verdadeiro núcleo, Ren tinha uma chance real. Uma única oportunidade de acabar com esse pesadelo de uma vez por todas.
A besta havia se livrado de seus olhos, mas isso levou um segundo.
Aproveitando aquele segundo de distração, Ren lançou-se para a frente, suspendendo-se no ar para que a criatura agora cega tivesse dificuldade em perceber a direção do ataque. Seu corpo traçou um arco perfeito pelo ar viciado, a lança estendida à sua frente como a ponta de uma bússola procurando o verdadeiro norte.
O segmento contendo o verdadeiro núcleo estava agora ao seu alcance. Era o último, a cauda maciça que parecia ser um híbrido grotesco entre uma minhoca e uma rainha caçadora das sombras, inchada e pulsando com energia púrpura.
Com cada fibra de seus músculos, Ren lançou a lança. A arma cortou o ar como um relâmpago, seu caminho verdadeiro e inabalável.
A ponta penetrou limpidamente na seção abdominal do segmento, perfurando placas protetoras e tecido alienígena até se enterrar profundamente no núcleo pulsante.
Desta vez, a reação foi imediata e catastrófica.
Um grito, diferente de qualquer som que Ren já havia ouvido antes, reverberou por toda a câmara. O segmento da cauda inchou grotescamente, pulsando com energia púrpura instável que vazava por rachaduras que surgiam em sua superfície. As fissuras se espalharam como teias de aranha, luz púrpura escorrendo de cada nova abertura.
Ren mal teve tempo de pousar e se abrigar atrás de um cadáver de tamanho considerável antes que o núcleo implodisse. A energia, liberada de sua contenção, colapsou para dentro antes de explodir para fora em uma pequena onda de choque de poder abissal.
Quando ele finalmente conseguiu focar sua visão novamente, Ren observou com horror o que havia desencadeado.
Do segmento estilhaçado emergirem pequenas criaturas, dezenas delas. Elas eram como miniaturas abissais, versões reduzidas da grande abominação, com características combinadas de bestas, mas melhor estruturadas. Elas se contorciam cegamente, seus corpos translúcidos pulsando fracamente com luz púrpura residual antes de se extinguir completamente.
‘Estava gestando crias,’ Ren percebeu com um calafrio que percorreu sua espinha. ‘Estava prestes a se reproduzir usando a capacidade da rainha caçadora das sombras.’
As implicações eram aterrorizantes. Se essa abominação tivesse conseguido se estabelecer e propagar sua prole, poderia ter alterado permanentemente o ecossistema subterrâneo e até mesmo a superfície. Poderia ter criado uma nova espécie de predadores abissais adaptados a qualquer ambiente, combinando os piores aspectos de múltiplas bestas em algo que a natureza nunca pretendeu.
Alívio tomou conta de Ren.
Ele havia evitado o pior. Identificou e destruiu o verdadeiro núcleo.
Ele havia vencido.
Ou assim ele pensou.
O rugido agonizante da besta de repente mudou, transformando-se em um uivo de pura fúria primordial. O segmento imediatamente adjacente ao destruído começou a pulsar com intensidade crescente, a energia púrpura se concentrando e cristalizando dentro dele.
Diante dos olhos horrorizados de Ren, um novo núcleo estava se formando.
‘Isso não é possível,’ ele pensou, a desesperação ameaçando dominá-lo. ‘Se cada segmento pode se tornar o principal…’
A percepção o atingiu com força devastadora. Ele não estava enfrentando uma criatura com múltiplos órgãos; ele estava lutando contra uma entidade modular em que cada parte podia assumir a função central.
Ele havia destruído um núcleo, mas a besta estava simplesmente criando outro.
Para eliminá-la completamente, ele teria que destruir cada segmento individualmente. E em seu estado atual, exausto e no limite de suas capacidades, essa tarefa parecia impossível.
Por um momento, o desespero ameaçou consumi-lo. Seus músculos tremiam pelo esforço sustentado, suas reservas de energia quase esgotadas, a fusão com sua hidra se manifestando com dificuldade crescente. A luz que o sustentava estava se apagando, suas habilidades extraordinárias desaparecendo à medida que sua força enfraquecia.
Mas então, como um farol na escuridão, imagens de seus pais trabalhando incansavelmente para lhe dar o melhor preencheram sua mente. Ele viu Liu, Min e Taro, seus primeiros verdadeiros amigos. Ele lembrou-se de Lin, que viu potencial nele quando todos os outros viam apenas uma criança com a besta mais fraca. Ele viu todos que agora compartilhavam aventuras divertidas com ele…
E a poucos metros de distância, Han começou a se mover fracamente, seus olhos se abrindo lentamente, desorientado e confuso. Seu amigo ainda estava vivo.
‘Eu não posso desistir,’ Ren decidiu, a determinação endurecendo dentro dele como aço temperado. ‘Não enquanto eu puder me mover.’
Ignorando a dor que irradiava de cada célula de seu corpo, Ren lançou-se em direção ao lugar onde a lança havia caído após a explosão. A criatura, agora reorganizada em torno de seu novo núcleo em formação, recuou, como se avaliando este oponente que se recusava a ser facilmente derrotado como todos os anteriores.
Ren alcançou a lança, seus dedos se fechando em torno do cabo com determinação renovada. Se essa abominação podia criar novos núcleos, ele os destruiria um por um. Não importava quantos ele precisasse eliminar, ele não pararia até que a ameaça fosse neutralizada.
A criatura e Ren se enfrentaram novamente, cada um avaliando o outro com novo respeito. A abominação havia perdido um segmento completo e sua capacidade reprodutiva. Ren havia provado ser muito mais do que uma simples presa; ele era um predador por direito próprio.
Um gemido fraco quebrou a calma tensa. Han, finalmente recobrando a consciência, tentou se sentar, seu corpo ainda fraco pelo dreno de vitalidade. Seus movimentos eram lentos, descoordenados, sua pele pálida onde os tentáculos o haviam tocado.
“Ren?” ele murmurou, sua voz mal audível. “O que…?”
A reação foi instantânea. A besta abissal, detectando uma presa mais vulnerável, voltou sua atenção bruscamente para Han. Seus múltiplos sensores registraram a fraqueza, a fragilidade, a oportunidade.
Um tremor faminto percorreu seus segmentos restantes.
Com velocidade aterrorizante, a criatura lançou-se em direção a Han, tentáculos estendidos como lanças mortais dirigidas ao garoto indefeso.
Han, ainda muito desorientado para compreender totalmente o perigo, observou com olhos arregalados enquanto a morte se aproximava.
Ren reagiu sem pensar, seu corpo se movendo por puro instinto. Em um movimento fluido, calculado para aproveitar o novo ângulo de ataque da besta, ele arremessou a lança.
A arma voou. A ponta dirigia-se inexoravelmente para o novo núcleo que estava se formando, o ponto onde a energia púrpura se concentrava com maior intensidade.
Mas Ren não parou por aí. No mesmo instante em que a lança deixava seus dedos, ele lançou-se com impulso sobre-humano em direção a Han, seu corpo transformado em um projétil de pura determinação. Moveu-se mais rápido do que jamais havia feito antes, ultrapassando limites que não sabia que tinha, seu único pensamento era alcançar seu amigo antes que a criatura o fizesse.