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234: Capítulo 234 – Auxílio ao Domar – 2 234: Capítulo 234 – Auxílio ao Domar – 2 No grupo de Larissa e Taro…
As paredes tremiam a cada novo impacto.
Os perseguidores sombrios do outro lado tinham intensificado seus ataques, como se sentissem que a estrutura estava prestes a ceder.
Lin pressionou as mãos contra os minerais, sentindo as vibrações se transmitirem por suas palmas.
“Não vai aguentar muito mais,” ela avisou, virando-se para o grupo. Seu rosto estava marcado pela preocupação, os olhos saltando entre a parede enfraquecida e os estudantes que ela era responsável por proteger.
Taro, Umi e Larissa constantemente reforçavam a estrutura, canalizando o que restava de suas energias para manter a solidez da parede. Seus rostos estavam pálidos de esforço, suor gotejando de suas testas enquanto lutavam para manter a barreira intacta.
Enquanto isso, a corda de Mira e Matilda descia lentamente no buraco escuro onde Ren e Han haviam desaparecido. Já haviam estendido cerca de cem metros de linha, mas a escuridão absoluta tornava impossível saber quanto mais precisariam.
“Quanto mais longe pode ser?” Min perguntou, espiando sobre a borda do buraco.
A luz dos cristais da parede mal penetrava a alguns metros na escuridão antes de ser devorada pela penumbra. Além disso, havia apenas sombra impenetrável.
“Impossível saber até que chegarmos ao fundo ou sentirmos um puxão dos meninos,” Lin respondeu, dividindo sua atenção entre a parede ameaçada e a operação de resgate. “Pelo que sabemos, pode ser o dobro do que já estendemos até agora…”
“Ou mais,” Larissa acrescentou, sua voz tensa pelo esforço.
“Não podemos continuar assim,” Taro arfou, suor escorrendo por seu rosto. Seu túnel vivo, embora evoluído, estava atingindo o limite de suas capacidades contra tantos inimigos. “Precisamos encontrar Ren em breve ou não sairemos dessa.”
Lin assentiu gravemente. Ela não tinha certeza se poderia manter os estudantes seguros… Eles haviam confiado demais em Ren, que fazia parecer impossível não ser capaz de enfrentar qualquer contratempo nesta “zona fácil”.
Agora ela enfrentava uma terrível decisão.
Era o tipo de decisão que nenhum instrutor queria tomar: proteger o grupo atual ou tentar resgatar aqueles que haviam caído. Cada opção carregava seu próprio peso de responsabilidade e potencial arrependimento.
Foi então que eles viram.
Um flash de luz, breve mas intensamente brilhante, subiu das profundezas do buraco como um raio invertido. Iluminou a câmara por um segundo antes de desaparecer, deixando imagens fantasmagóricas dançarem em sua visão.
“O que foi isso?” Mira piscou, esfregando os olhos.
“Ren,” Min não tinha dúvidas. “Aqueles são seus cogumelos quando ele os força.”
Mas os eventos não estavam ocorrendo sozinhos ou em ordem.
Um novo som chamou sua atenção.
Não vinha da parede interna que estavam tendo mais dificuldade em defender, mas da oposta, onde haviam selado a entrada da caverna e havia menos perseguidores sombrios.
Soava como se centenas de criaturas estivessem se movendo freneticamente do outro lado enquanto o ar assobiava por pequenas rachaduras na barreira.
“Talvez queiram aumentar a pressão ali também,” Umi observou alarmado. “Se atacarem com essa intensidade de ambos os lados simultaneamente…”
Lin avaliou rapidamente a nova situação.
Talvez fosse hora de enviar as crianças para o buraco de escape.
Um ataque que quebrasse as paredes e viesse de ambos os fronts rompidos simultaneamente seria impossível de conter. Eles seriam dominados em segundos.
Mas então, tão repentinamente quanto começou, o barulho do lado de fora da parede que levava à saída principal começou a diminuir…
Finalmente, cessou completamente.
“O que está acontecendo?” Matilda sussurrou, os olhos arregalados de incerteza.
Lin se aproximou cautelosamente daquela parede, pressionando o ouvido contra a pedra. O silêncio repentino era quase tão inquietante quanto a agitação anterior.
“Algo ou alguém mudou a situação. Ainda não é noite, então…”
Enquanto isso, a outra parede, contendo os perseguidores sombrios da seção mais profunda, continuava recebendo impactos cada vez mais poderosos. Uma rachadura alarmante indicava que uma seção estava começando a ceder.
“Não consigo segurar!” Taro gritou, tentando reparar a rachadura. Suas mãos pressionavam desesperadamente contra a pedra fraturada.
Lin tomou uma decisão instantânea. “Precisamos abrir a outra parede,” ela declarou, apontando para a barreira agora silenciosa. “Pode ser ajuda…”
Após um momento de deliberação tensa, o grupo assentiu. Com extrema cautela, Lin direcionou Larissa para criar uma pequena abertura na parede silenciosa, apenas grande o suficiente para que pudessem ver o que estava além.
Então, um rosto familiar apareceu.
“Professor Zhao,” Mira exalou com alívio palpável, seus ombros relaxando enquanto a tensão escapava de seu corpo.
De fato, Zhao espiava através da abertura, suas marcas de coruja brilhando intensamente enquanto ele avaliava rapidamente a situação. Atrás dele, a passagem estava limpa, o chão coberto com os restos de perseguidores sombrios.
“Aumentem a abertura,” ele ordenou.
Enquanto Taro e os outros ampliavam a abertura, um som de estalo indicava que a outra parede finalmente cedeu. Os gritos dos perseguidores sombrios encheram o ar enquanto começavam a inundar o espaço, seus corpos translúcidos reluzindo na luz fraca enquanto passavam pelas fissuras.
“Atrás de mim!” Zhao gritou, começando a lançar penas com precisão letal.
O grupo apressou-se pela abertura ampliada, Lin certificando-se de que todos passassem em segurança antes dela, mas também cobrindo Mira e Matilda para manter a linha indo enquanto os perseguidores sombrios avançavam.
♢♢♢♢
No grupo de Liora e Luna…
O último perseguidor sombrio foi esmagado sob o poder do wolverine terráqueo de Júlio.
Com um movimento fluido, Júlio selou a abertura final pela qual mais criaturas poderiam entrar. A terra respondeu à sua vontade como se fosse uma extensão de seu próprio corpo, fluindo e endurecendo sob seu comando com perfeita obediência.
“Está seguro agora,” ele anunciou, virando-se para o grupo de estudantes exaustos.
A cena era desoladora. Estudantes do primeiro ano, que deveriam estar aproveitando uma excursão de coleta na qual já haviam alcançado um objetivo surpreendente, agora se viam em vários estados de exaustão e choque.
Alguns se apoiavam uns nos outros para se manterem de pé, enquanto outros simplesmente haviam desabado contra as paredes do túnel, seus rostos pálidos pela perda de vitalidade que haviam sofrido.
Mas isso era muito estranho para Júlio. Eles tinham mostrado que tinham um alinhamento perfeito para essa área, e ainda assim haviam chegado a um estado tão ruim…
“Vou ter que tirar vocês daqui,” Júlio decidiu.
Com movimentos precisos, ele começou a manipular a terra para criar uma plataforma ascendente. Com ela, ele reconfigurou o chão e levantou todos os estudantes simultaneamente, mais difícil mas perfeito para os mais enfraquecidos.
A terra subiu sob eles em um movimento suave e controlado, levando-os para cima em direção à segurança.
Enquanto a terra se reconfigurava sob seu comando, Júlio avaliou a situação. Vários estudantes precisariam de atenção imediata. Os sinais de envenenamento por mana eram claros em pelo menos três deles, e a perda de vitalidade havia afetado severamente vários outros.
Luna e Liora, exaustas mas determinadas, aproximaram-se dele enquanto ele supervisionava a subida. Apesar de seu cansaço, elas se moviam com a graça inata da nobreza, recusando-se a sucumbir completamente à exaustão.
“Príncipe Júlio,” Luna começou, sua voz normalmente controlada agora tensa de esforço e preocupação. “Ren e Han ainda estão lá embaixo.”
“Eles caíram em um buraco,” Liora acrescentou, seu fogo-fátuo sendo apenas um fraco brilho. “Precisamos resgatá-los.”
Júlio as observou, reconhecendo o esforço corajoso que estavam fazendo para permanecerem conscientes. Ambas haviam excedido seus limites, e suas bestas já não podiam mais se manifestar totalmente.
“Entendi… acho que compreendo a situação,” ele respondeu gravemente. “Mas olhem ao seu redor.”
Com um gesto, ele englobou todos os estudantes feridos.
“Vários de seus colegas precisam urgentemente de remédio anti-mana,” ele continuou. “E o anoitecer se aproxima. Quando a escuridão chegar, toda essa área estará infestada.”
Liora tentou protestar, mas o cansaço quase a fez cair. Apenas os reflexos rápidos de Júlio a impediram de desabar. Seu braço a sustentava, firme mas gentil.
“Na condição atual de vocês, nenhum de vocês sobreviveria à jornada de volta ao acampamento sem proteção,” ele explicou enquanto ajudava ela a se estabilizar. “E eu não posso me dividir.”
A frustração nos olhos das duas garotas era palpável, mas mesmo elas não podiam negar a lógica de sua decisão.
“Mas… não podemos abandoná-los,” Liora insistiu, sua voz quase um sussurro.
“Não estamos abandonando-os,” Júlio assegurou, seu tom firme mas compassivo. “Voltarei assim que levar todos para a segurança… Agora, precisamos nos mover,” ele ordenou. “Cada minuto conta.”
Com resignação dolorosa mas necessária, Luna e Liora assentiram. Júlio lançou um último olhar para as profundezas seladas, onde ele não sabia que, nesse momento, dois estudantes lutavam por suas vidas contra perigos desconhecidos.
“Aguentem firmes,” ele murmurou, antes de se virar para guiar os sobreviventes para a segurança.
♢♢♢♢
A visão de Ren estreitou-se para um único ponto, o verdadeiro núcleo.
Embora ele não pudesse saber…
Ele não receberia ajuda a tempo; teria que resolver sua situação sozinho. O peso da sobrevivência repousava unicamente em seus ombros, com a vida de Han pendendo na balança junto com a sua própria.
A criatura, temporariamente cega, agitava seus tentáculos de forma errática, tentando ignorar a dor em seus olhos danificados.
Ren deslizou entre dois tentáculos que agitavam-se cegamente, desviando por milímetros de um terceiro que quase o atingiu por pura sorte. Sua mão estendida quase podia sentir o alcance da lança já, dedos estendidos em direção à arma que poderia ser sua única salvação.