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- Capítulo 233 - 233 Capítulo 233 - Domesticando o Desencanto - 2 233 Capítulo
233: Capítulo 233 – Domesticando o Desencanto – 2 233: Capítulo 233 – Domesticando o Desencanto – 2 Se Ren conseguisse quebrar a ilusão, talvez ele pudesse descobrir o verdadeiro núcleo.
A besta parecia perceber a mudança em seu humor com a descoberta. Com um rugido que combinava os gritos agonizantes de dezenas de criaturas diferentes, intensificou seus ataques. A ponta de lança se movia tão rápido que era quase um borrão no ar quente e viciado da câmara.
Um dos ataques conectou parcialmente, jogando Ren contra a parede. O impacto tirou o fôlego de seus pulmões, pontos pretos dançando em sua visão enquanto ele lutava para manter a consciência.
Ao lado dele, um grande fragmento de cristal se desprendeu da parede, o impacto abrupto o tendo afrouxado de seu encaixe.
E nesse instante, ele viu.
Quando o cristal atingiu o chão e se despedaçou, um dos núcleos, o que pulsava no enorme segmento da cauda da rainha caçadora das sombras, não piscou como os outros. Ele permaneceu constante, sua luz roxa inabalável em meio ao caos das ilusões falhas.
Ren precisava de confirmação. Com sua força ampliada, ele pegou um dos grandes fragmentos de cristal do chão e o arremessou contra uma seção intacta da câmara. O impacto fez mais cristais se soltarem das paredes, caindo em uma chuva cintilante de fragmentos afiados.
Novamente, enquanto as ilusões piscavam, o núcleo no terceiro segmento permanecia constante, seu brilho roxo imperturbável pela perturbação na rede de cristais.
“Aí está,” Ren se levantou com renovada determinação, ignorando a dor irradiando de seu corpo machucado. “O verdadeiro núcleo.”
A criatura parecia perceber que seu segredo havia sido descoberto. Mostrando sua inteligência, ela diminuiu sua luz para que Ren não visse sua cauda.
Seus movimentos se tornaram mais calculados, mais defensivos. Ela posicionou seus segmentos de maneira diferente, mudando para proteger melhor a área que Ren agora observava tão atentamente.
“Eu preciso alcançar a lança e então atacar o núcleo real.”
Mas a criatura não lhe daria essa oportunidade tão facilmente. Como se tivesse lido seus pensamentos, intensificou seus ataques contra Ren, afastando-o da arma, limitando sua capacidade de manobrar.
“Certo,” Ren murmurou, reunindo sua força. “Um último esforço…”
Seus olhos fixaram-se na arma caída a vários metros de distância, sua borda ainda reluzente com o fluido roxo da besta. A lança estava tentadoramente fora de alcance, sua ponta cristalina capturando a pouca luz que existia na câmara.
A luz dos cogumelos e do anel também estava gradualmente diminuindo. A energia que eles forneciam, tão vital para manter suas capacidades ampliadas, estava chegando ao seu limite.
Logo ele não teria energia suficiente para enfrentar a criatura ou mesmo para desviar de seus ataques implacáveis.
“É agora ou nunca,” ele disse a si mesmo, sentindo como o cansaço começava a infiltrar seus músculos treinados.
A criatura era inteligente, então Ren teria que ser ainda mais esperto do que ela.
A maioria das criaturas habitando essas profundezas havia se adaptado sem depender da visão, dependendo principalmente da detecção de vibrações e outros sentidos especializados. Mas essa abominação, tendo absorvido características de múltiplas espécies, era diferente. Ela possuía vários tipos de olhos mas nem todos estavam otimizados para a escuridão total. Nem todos eram cegos para a luz.
Uma ideia perigosa mas potencialmente eficaz começou a se formar em sua mente.
“É quase impossível desligar minhas luzes com meu cogumelo em meu corpo,” ele murmurou para si mesmo.
Com uma concentração que desafiava seu cansaço, Ren desviou do próximo ataque e imediatamente expulsou suas bestas de seu corpo.
Ele fez algo que nunca havia feito antes: invocar suas bestas separadamente enquanto permanecia sozinho.
A hidra surgiu ao seu lado enquanto avaliava a situação, seu corpo escamado refletindo uma luz tênue enquanto se preparava para a ação. O pequeno cogumelo de sua cabeça apareceu em sua mão, a criatura formando um corpo independente do tamanho de um punho, seus filamentos luminosos pulsando enquanto olhava para Ren com curiosidade.
“Sinto muito, pequeno amigo,” Ren sussurrou, apertando o cogumelo. “Mas eu preciso que você me faça um favor.”
O pequeno cogumelo emitiu um pulso de luz que parecia expressar confusão enquanto era comprimido.
Sem dar tempo para mais dúvidas, Ren o lançou com toda sua força em direção à extremidade oposta da câmara. O cogumelo traçou um arco de luz através da escuridão, emitindo um leve pulso de indignação que apenas Ren pôde interpretar enquanto voava pelo ar.
“Eu não sou uma pedra, isso não é um uso apropriado para um companheiro!” ele protestou enquanto voava pelo ar, sua luminescência criando um rastro efêmero atrás dele como um cometa em miniatura.
A besta abissal, detectando o movimento e a luz, parcialmente direcionou sua atenção para o estranho evento. Seus múltiplos sentidos tentavam processar a separação de energias que até agora haviam permanecido unidas. A cabeça da criatura girou em direção à fonte de luz, tentáculos se estendendo reflexivamente em direção ao novo estímulo.
Com o cogumelo longe de seu corpo, a escuridão envolveu Ren quase completamente. Sem a luminescência constante dos cogumelos em seu cabelo, sua presença se tornou muito mais difícil de detectar. Apenas a assinatura energética tênue da hidra permaneceu, mas isso também fazia parte do plano.
“Vai,” ele ordenou em um sussurro para a hidra. “Distraia ela.”
A criatura, entendendo perfeitamente, começou a se mover na direção oposta do cogumelo, seus pés deliberadamente gerando as poucas vibrações que podia contra o chão. A besta abissal imediatamente detectou esse novo movimento, seus sentidos divididos entre os dois sinais contraditórios. Sua cabeça girava para frente e para trás, incapaz de focar em um único alvo.
Imóvel contra a parede cristalina, Ren segurava até mesmo seu fôlego. Sem movimento, sem luz, sem qualquer vibração, ele se tornara um ponto cego para os sentidos da abominação. Ele se misturou com a parede da câmara, sua sobrevivência agora dependendo de uma imobilidade absoluta.
A besta emitiu um grito de confusão. Seus sentidos, embora poderosos, estavam sobrecarregados por sinais contraditórios. O cogumelo emitia luz mas poucas vibrações. A hidra gerava fortes vibrações mas sem luz. E o humano…
Onde estava o humano?
A cabeça da criatura girava entre os dois pontos de interesse, incapaz de decidir qual representava a verdadeira ameaça. Finalmente, após vários momentos de indecisão, seus enormes olhos começaram a dilatar, absorvendo cada fóton disponível para tentar visualizar o que seus outros sentidos não conseguiam detectar.
A besta se aproximou lentamente de onde Ren permanecia imóvel, sua cabeça oscilando suavemente enquanto seus olhos se esforçavam para distinguir formas na quase completa escuridão. Os tentáculos se estendiam, tocando o ar a poucos centímetros de onde Ren segurava seu fôlego.
Era a hora.
Com um pensamento tão rápido quanto decisivo, Ren simultaneamente reabsorveu a hidra e o cogumelo. As bestas retornaram para ele em um feixe de luz, reintegrando-se ao seu corpo instantaneamente.
A energia percorreu seu corpo como um raio, preenchendo cada célula com um poder renovado.
Os cogumelos emergiram novamente em seu cabelo, mas dessa vez Ren canalizou toda a energia disponível para eles. Concentrando cada partícula, ele forçou os cogumelos a liberarem um pulso de luz tão intenso que parecia transformar a câmara subterrânea em plena luz do dia.
O flash foi ofuscante, instantâneo, e devastador para a besta, cujos olhos haviam se dilatado ao máximo para procurá-lo na escuridão.
A abominação emitiu um grito de pura dor, seus múltiplos olhos se contraindo violentamente, incapazes de processar o súbito assalto luminoso. A criatura recuou, tentáculos agitando-se descontroladamente enquanto tentava proteger seus órgãos visuais sensíveis da luz abrasadora.
Foi precisamente esse instante que Ren estava esperando.
Com a hidra totalmente manifestada e integrada em seu corpo, seus músculos potenciados ao máximo pela fusão, Ren lançou-se para a frente em um movimento tão explosivo que seus pés deixaram rachaduras no revestimento cristalino.
O tempo parecia desacelerar enquanto ele voava pelo ar, cada segundo fragmentado em microssegundos de perfeita clareza. Sua visão estreitou-se para um único ponto, o verdadeiro núcleo, agora exposto enquanto a criatura se contorcia em cegueira e dor.