O Deus da Guerra Mais Forte - Capítulo 2095
Capítulo 2095: Ivanna Qualey
A atmosfera no salão parecia ligeiramente incomum.
Braydon Neal e Wilma Nilles sentavam-se silenciosamente à mesa, comendo em silêncio.
De vez em quando, Braydon colocava comida na tigela de Wilma.
“Este pedaço de frango está bem macio,” ele disse suavemente, colocando-o na tigela dela.
“Sim,” Wilma respondeu, pegando o pedaço de frango e comendo em silêncio.
Um brilho de emoção surgiu repentinamente em seus olhos.
Esse sentimento caloroso, porém estável—seria isso… lar?
“Você tem família?” ela perguntou.
“Meus pais foram mortos quando eu era jovem. Meu mestre me encontrou e me trouxe para a montanha,” Braydon respondeu, balançando a cabeça.
“Seu mestre devia ser muito apegado a você,” ela perguntou novamente.
“Ele era muito apegado a mim,” Braydon murmurou após uma pausa.
“Por que não vi seu mestre desta vez?” ela insistiu.
Braydon engoliu a comida, seu olhar distante. Após um momento, ele disse em voz baixa: “Meu mestre foi morto décadas atrás. Eu o enterrei no cemitério atrás da montanha.”
Wilma congelou, olhando para Braydon.
Ela de repente entendeu sua quietude implacável—ele era como ela. Ele não tinha mais família.
Após a refeição, Wilma se levantou e começou a limpar a mesa.
“Eu faço isso,” Braydon disse, levantando-se para ajudar, mas ela balançou a cabeça.
“Eu cuido disso.”
“Já que você cozinhou, eu lavo a louça,” ela insistiu.
Wilma lavou os pratos na cozinha, seus movimentos naturais e discretos, como uma mortal.
Braydon sentou-se silenciosamente à mesa, observando-a de longe.
Quando ela terminou de arrumar tudo, Wilma saiu.
“Estou voltando,” ela disse simplesmente.
Braydon observou-a partir sem pedir que ficasse.
Pelas duas semanas seguintes, sua rotina permaneceu inalterada: Braydon cozinhava, e Wilma lavava a louça.
Ela não carregava ares de anciã. Talvez ser uma anciã não importasse para ela.
Um dia, Braydon sentiu uma aura familiar. Após um momento de concentração, ele a reconheceu—era Ivanna Qualey do Sexto Pico, o convocando.
Com o sol ainda por nascer, Braydon desceu a montanha, caminhando lentamente até uma densa floresta de bambu.
Entre os bambus, uma figura esperava.
Ela vestia um vestido verde diáfano, mal escondendo sua pele semelhante ao jade. O tecido parecia deliberadamente projetado para revelar vislumbres de suas coxas alvas, uma visão feita para cativar.
Braydon a olhou brevemente antes de desviar o olhar.
“Por que me convocou aqui, Anciã Ivanna?” ele perguntou calmamente.
Ivanna, sentada de pernas cruzadas entre os bambus, levantou-se com um sorriso gentil e se aproximou dele.
“Braydon, está gostando da vida no Nono Pico?” ela perguntou.
“Obrigado pela preocupação, Anciã Ivanna. Estou indo bem,” Braydon respondeu.
Ivanna se aproximou mais. Quando sua mão quente roçou nele, a expressão de Braydon mudou.
Ele deu um passo atrás e disse firmemente, “Anciã Ivanna, do que se trata isso?”
Ivanna sorriu maliciosamente. “Braydon, eu sei que você acha Wilma bonita. Mas no Sexto Pico, temos incontáveis discípulas deslumbrantes. Embora possam não superar Wilma, você poderia ter uma nova a cada dia, se desejasse.”
Ela se inclinou mais perto, seu tom sedutor. “Até eu…”
Na montanha, Wilma terminou sua meditação e entrou na sala de estar. Sua testa franziu ao ver a mesa vazia.
Por que Braydon não tinha vindo hoje?
Ela foi até o quarto dele, apenas para encontrá-lo vazio. Confusão brilhou em seus olhos.
De volta à floresta de bambu, os lábios de Ivanna se curvaram em um sorriso sutil, como se sentisse os pensamentos de Wilma.
Os olhos de Braydon também brilharam, sugerindo seu próximo movimento.
De repente, Ivanna avançou contra Braydon, seu perfume preenchendo o ar.
A floresta de bambu ficou estranhamente silenciosa, protegendo-os do mundo exterior.
No quarto de Braydon, uma xícara caiu e se quebrou no chão. Wilma ficou paralisada, olhando em direção ao pé da montanha.
Lá, a figura desleixada de Ivanna estava pressionada contra Braydon.
Algo no coração de Wilma mudou.
Na floresta de bambu, o rosto de Braydon endureceu enquanto ele falava friamente.
“Anciã Ivanna, saia de cima de mim.”
Ivanna se inclinou, sua voz um sussurro em seu ouvido. “Wilma está perto do pico de sua cultivação. Ela está desesperada por uma pílula para alcançar o reino transcendente. Se você ficar comigo por um tempo, eu lhe darei essa pílula. O que me diz?”
A expressão de Braydon escureceu, conflito brilhando em seus olhos antes que seu corpo relaxasse.
Ivanna sorriu triunfante.
Era isso que ela queria. Se Braydon tivesse entrado no Nono Pico por Wilma, ela o faria perder a fé nela e o direcionaria para o Sexto Pico.
O talento de Braydon era extraordinário. Ivanna o via como sua chave para atingir maiores alturas. Sacrificar seu orgulho era um preço que estava disposta a pagar.
Mas, assim que as mãos de Ivanna começaram a explorá-lo, Braydon agarrou seu pulso, sua voz gelada.
“Não me provoque além do limite.”
De longe, sua interação poderia parecer flertar. Na montanha, Wilma ficou congelada, seus pensamentos um turbilhão de confusão.
Por que ela sentia… dor?
No último mês, Braydon havia se aproximado dela. Então, por que vê-lo com outra a incomodava tanto?
“Sou um prodígio do Nono Pico,” Wilma disse a si mesma firmemente. “Não deveria me preocupar com essas coisas.”
Com esse pensamento, ela saiu da residência de Braydon, fechando sua porta com força atrás de si.
Três dias se passaram.
Quando Braydon saiu da floresta de bambu, seu rosto estava pálido, mas ele segurava uma garrafa de jade firmemente na mão.
Ivanna sorriu enquanto o observava partir.
“Eu aproveitei esses últimos três dias, Braydon,” ela chamou atrás dele. “Se algum dia sentir tédio, venha visitar meu Sexto Pico. Não é tão monótono quanto o nono.”
Braydon não respondeu. Ele apenas caminhou, segurando a garrafa de jade como se fosse sua tábua de salvação.