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Capítulo 2060: O Segundo Senhor da Montanha
No centro do mundo desolado, a tempestade de areia rugia com uma fúria incomparável, centenas de vezes mais forte do que em qualquer outro lugar.
O amarelo da areia cobria o céu, obscurecendo o sol e tornando impossível enxergar o que estava à frente.
Vestido de branco, Braydon Neal estava no meio do caos, seu corpo emanando poderosa energia espiritual para se proteger contra a tempestade.
“Sênior, você ainda não terminou?” Braydon gritou, olhando para o velho de cabelos pretos atrás dele.
O velho estava parado imóvel por mais de dez minutos, murmurando algo sobre atrair um espírito vingativo. No entanto, não havia sinal de movimento.
“Espere, eu já o irritei,” respondeu o ancião de cabelos pretos, de olhos fechados.
Braydon assentiu, escolhendo não insistir mais.
Momentos depois, o velho abriu os olhos. “Certo, ele está vindo.”
Uma lança materializou-se em sua mão, e os olhos de Braydon se estreitaram. A arma era impressionante—uma ponta de lança vermelha como sangue com um cabo preto gravado com entalhes intrincados. Sua aura era inconfundível.
Um artefato eônico de décimo nível.
Esses eram incrivelmente raros, mesmo entre os poderosos. Ver um ali era surpreendente. Até mesmo a poderosa Montanha dos Dez Mil Budas possuía apenas alguns poucos. A implicação era clara: esse homem provavelmente era um transcendente de décimo nível.
De repente, uma onda arrepiante de ressentimento encheu o ar, e o olhar de Braydon se desviou.
“Está aqui,” ele murmurou.
O ancião de cabelos pretos sorriu de canto. “Observe com atenção, garoto. Oportunidades como esta não surgem com frequência.” Em seguida, ele desapareceu.
No instante seguinte, uma força massiva suprimiu a tempestade de areia enfurecida. Braydon olhou à frente e ficou paralisado.
Não muito longe, o ancião de cabelos pretos pairava no ar com suas túnicas escuras, um espírito vingativo abaixo dele irradiando uma densa aura negra. O espírito se contorcia em agonia enquanto a ponta de lança vermelha como sangue liberava uma luz dourada que o mantinha preso no lugar.
Embora o espírito fosse um transcendente de sexto nível, não podia fazer nada contra a energia dourada esmagadora.
A expressão do ancião de cabelos pretos era serena, quase compassiva, e Braydon de repente percebeu por que o homem parecia familiar. Seu sorriso lembrava o de alguém que carregava todos os seres em seu coração—um sorriso cheio de empatia ilimitada.
“Você já permaneceu aqui tempo suficiente,” disse o ancião suavemente. “É hora de seguir em frente. Renascimento.”
Com essas palavras, a luz dourada se intensificou. O espírito vingativo soltou um último grito penetrante enquanto sua aura escura se dissipava como neve ao sol. Por fim, ele desapareceu completamente.
Uma fissura apareceu no vazio, revelando uma escuridão impenetrável além. Com um aceno de mão, o ancião de cabelos pretos convocou a lança de volta para si.
“Bem, o que você está esperando, garoto? Vamos logo.”
Braydon avançou sem hesitar. O velho parou na borda do vazio e se virou para ele.
“Lembre-se de se proteger completamente com energia espiritual, ou você ficará tonto.”
Com isso, ele entrou no vazio. Braydon envolveu-se em uma barreira de energia e o seguiu.
Uma sensação estranha tomou conta dele. Quando recobrou os sentidos, ele se viu de pé sobre uma plataforma.
À frente, a voz de Scipio Langdon chamou. “Braydon, venha aqui.”
Enquanto Braydon se aproximava, percebeu Scipio e a Anciã Juntenen de pé no centro da plataforma, cercados por outros.
Antes que pudesse falar, os olhos do ancião de cabelos pretos se iluminaram. “Juntenen! Faz séculos, e você nem mesmo me ofereceu uma garrafa de vinho!”
A Anciã Juntenen respondeu empunhando sua espada, a voz afiada. “O Senhor da Montanha de segunda geração da Montanha dos Mil Demônios… Benaiah Strunk!”
O nome causou ondas de choque na multidão.
“Ele disse Benaiah? O segundo mestre da seita da Montanha dos Mil Demônios?”
“Mas Benaiah deveria estar morto!”
“Se ele está vivo, por que a Montanha dos Mil Demônios não veio atrás dele?”
Braydon permaneceu em silêncio, suas suspeitas sobre a identidade do ancião agora confirmadas.
Benaiah franziu a testa para a multidão murmurante. “Quem disse que eu estou morto? Continuem espalhando mentiras, e eu costuro suas bocas!”
Ele avançou em direção à Anciã Juntenen, que, a contragosto, jogou-lhe uma garrafa de vinho.
“É tudo o que eu tenho,” disse a Anciã Juntenen com irritação.
Benaiah sentou-se com a garrafa, bebendo alegremente. A Anciã Juntenen, por sua vez, virou-se para Braydon.
“Braydon, por que esse velho encrenqueiro está com você?”
Braydon ofereceu um sorriso sem graça. “Eu o conheci em um pequeno mundo. Não havia energia espiritual lá, e ele estava preso. Eu emprestei minha energia para ajudá-lo a derrotar os espíritos vingativos que guardavam a saída.”
A Anciã Juntenen suspirou. “Fique longe dele. Antes de o Templo dos Dez Mil Budas suprimi-lo, sua reputação era horrível. Roubando doces de crianças, flertando com mulheres inocentes… Que vergonha para os transcendentes de décimo nível.”
Scipio deu um passo à frente, encerrando a conversa. “Certo, pessoal. Vamos nos concentrar em quebrar a Tigela de Esmolas da Terra Espessa Amarelo Escuro. Quanto mais demorarmos, pior será para nós.”