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  3. Capítulo 838 - 838 Força Através da Escuridão 838 Força Através da Escuridão
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838: Força Através da Escuridão 838: Força Através da Escuridão O violento embate entre Asher e Valeria havia chegado ao ápice, o salão escuro preenchido pelos ecos de golpes trovejantes e o rugir da mana.

Faíscas choviam pelo chão como uma chuva flamejante, enquanto ondas de choque sacudiam as paredes antigas, preenchendo o espaço com uma sensação opressiva de calamidade mal contida.

Rebecca permanecia mais afastada, pressionada contra a fria pedra, respirando curta e ofegantemente.

A escala avassaladora da batalha diante dela a deixava abalada, cada osso de seu corpo tremia com o poder demonstrado. Ela não conseguia desviar o olhar, hipnotizada pelo confronto que se desenrolava no ar como uma guerra entre titãs divinos.

Valeria movia-se como um fantasma, atacando com pesada precisão, sua lâmina cortando o ar em arcos violentos. Asher correspondia golpe por golpe, suas chamas verde-escuras rodopiando de forma selvagem ao redor de sua lâmina anelar, cada ataque reverberando com uma intenção ameaçadora.

Finalmente, ao perceber uma abertura, os olhos de Asher se estreitaram. Com um explosivo impulso, ele trouxe sua lâmina anelar em chamas para baixo, rasgando o ar com uma intenção devastadora na direção do rosto com elmo de Valeria.

*BOOOM!*
O impacto soou como uma explosão, enviando Valeria em queda em direção ao chão como uma estrela cadente. Ela colidiu contra o piso de pedra com força brutal, rachaduras se irradiando como uma teia de aranha.

Seu pesado sabre ecoou estridentemente ao lado dela, os sons reverberando pelo salão.

Valeria não permaneceu na derrota; seus olhos carmesins abriram-se imediatamente.

Erguendo-se dos escombros com dignidade fria, ela ficou em pé, mas seu elmo subitamente se partiu, estilhaços se desprendendo de sua cabeça.

Sua mão movimentou-se rapidamente, pegando cada estilhaço graciosamente antes que tocassem o chão.

Conforme os pedaços caíam, uma cascata de cabelos negros como asas de corvo escorreu, mechas sedosas emoldurando um rosto pálido de uma beleza assombrosa e etérea.

O coração de Rebecca congelou. Sua respiração travou dolorosamente, olhos se arregalando em descrença atônita.

Valeria calmamente carregou os fragmentos do capacete em direção a Skully, que a observava em silêncio. Ela parou diante dele, abaixando a cabeça em um pedido de desculpa silencioso. “Perdoe-me, Mestre,” ela disse com suavidade, sua voz tão desprovida de emoção quanto sua expressão. “Não consegui protegê-lo.”

Skully acenou com a mão em um gesto displicente, os pedaços do capacete se dissolvendo de suas mãos como se apagados da existência, “Está tudo bem. Coisas assim podem sempre ser substituídas. Eu forjarei um novo para você.”

Valeria assentiu calmamente, erguendo-se novamente, seu olhar rubro frio e inalterável.

Rebecca deu um passo hesitante à frente, sua voz tremendo de incredulidade.

“Ei… você…” Ela apontou debilmente, os olhos oscilando entre confusão e fascínio. “Por que você se parece com… Layla? Não… espere… você também lembra um pouco a filha dela… Que diabos…”
Asher virou-se levemente, notando a expressão atônita de Rebecca. Ele havia se esquecido completamente de que ela nunca tinha visto o rosto de Valeria antes.

Ele entendia o choque dela perfeitamente; havia sentido o mesmo quando viu o rosto de Valeria pela primeira vez. A semelhança com Rowena era inegável, tão marcante que fazia seu coração doer sutilmente.

Rebecca piscou rapidamente, aproximando-se com cuidado, mas ainda desconfiada, quase com medo, “Eu… estou vendo coisas? Por que ela—”
Asher suspirou suavemente, sua voz baixa, mas firme, enquanto explicava, “Porque ela é a irmã mais velha de Rowena… Valeria Drake.”

“O quê?!” Rebecca girou bruscamente em direção a Asher, os olhos arregalados de espanto e horror.

Asher explicou mais, sua voz permanecendo calma, mas tingida de amargura. Ele recitou o nascimento trágico de Valeria, como ela nasceu morta devido às ações duvidosas de Zane, e como Skully a transformou nessa poderosa criatura morta-viva—uma guardiã fria e sem vida, vinculada apenas à vontade de seu mestre.

Quanto mais Rebecca ouvia, mais chocada e horrorizada ela ficava.

Seus olhos voltaram-se para Valeria, observando a imobilidade assustadora em seu olhar, a ausência de calor ou alma. Um arrepio percorreu sua espinha.

“Você realmente é filha dela…” Rebecca sussurrou suavemente, quase sem fôlego. “Mas… você está morta? Como…” Seu olhar relanceou temerosamente em direção a Skully. O puro poder necessário para criar um ser como Valeria enchia-a de pavor.

Então, seus punhos se cerraram, desprezo e repulsa borbulhando dentro dela. “Eu não posso acreditar,” ela cuspiu venenosamente. “Aquele desgraçado do Zane até arruinou sua filha mais velha. Tanto faz fingir ser um pai amoroso… hmph! Não é de se admirar que ele não parecesse se importar muito com a morte de Layla.”

A expressão de Asher endureceu ligeiramente, sua voz cortante e gélida. “Não se esqueça, Rebecca, que você se deixou ser usada por Naida e acabou causando a morte da mãe delas.”

Rebecca estremeceu visivelmente, seus olhos desviando, bochechas coradas de vergonha e raiva. Seu maxilar se apertou enquanto ela lutava com um nó amargo na garganta, finalmente encontrando os olhos frios de Asher com culpa e desafio.

“Você vai dizer à Rowena que foi minha culpa, não é?” ela murmurou amargamente, a voz cortada de arrependimento e autoaversão.

O olhar de Asher suavizou brevemente, seu tom mais gentil, mas ainda firme, “Mesmo que você tenha se deixado ser manipulada, não foi sua culpa que a mãe de Rowena morreu. Naida teria encontrado outra maneira,” Seu maxilar se apertou enquanto acrescentava, “Mas eu precisei te lembrar—e a mim mesmo—para nunca mais sermos usados ou traídos assim novamente.”

Rebecca exalou tremulamente, sentindo parte do peso sair de seu coração, percebendo que havia entendido mal as intenções dele.

Ela conseguiu um sorriso frio, os olhos se estreitando com uma resolução feroz. “Eu prometo a você… Vou encontrar aquela vadia, não importa o que aconteça. Ela não pode simplesmente sair livre depois do que fez conosco.”

A voz vazia e ecoante de Skully cortou subitamente o silêncio pesado.

“O destino daquela mulher não é sua preocupação imediata, Asher Drake.”

Asher virou-se lentamente para Skully, os olhos mais frios que gelo. “É claro que não,” ele respondeu firmemente. “Aqueles que destruíram diretamente meu reino—que aniquilaram minha vida passada—esses enfrentarão minha fúria primeiro.”

Skully não respondeu, mas reconheceu suas palavras silenciosamente como se não importasse para ele.

Asher lançou um olhar de soslaio para Valeria. Com sua nova força e conhecimento claro do verdadeiro poder de Valeria após lutar contra ela por um tempo, ele agora entendia completamente—ela sozinha poderia ter protegido seu reino contra os exércitos de Drakar.

Eles não teriam tido chance alguma. Todas aquelas dezenas de milhares de vidas poderiam ter sido salvas, e ele ainda teria um lar para onde retornar.

Mas ela não o fez. É claro, ele não podia culpá-la já que ela só podia obedecer ao seu mestre.

E isso significava…
Seus olhos se voltaram para Skully, suspeita queimando silenciosamente por trás de seu olhar frio.

Skully havia permitido intencionalmente que seu reino desmoronasse apenas para reivindicá-lo?

Como se lesse seus pensamentos, a voz vazia e sem emoção de Skully retumbou suavemente pelo salão escuro, ecoando com uma calma assustadora.

“Você não deveria sentir que foi injusto o que aconteceu. A destruição do seu reino era a única maneira de você adquirir a força que eu precisava que você tivesse.”

Os olhos de Asher escureceram, seus punhos se fechando até que os nós dos dedos empalideceram sob a pele. Sua voz saiu tensa através de dentes cerrados, tremendo com uma raiva fria, “Você não pode dizer isso com certeza. Se você pudesse ter salvo meu reino, eu não me importaria se quisesse me usar depois para o que quer que fosse seu propósito. Eu teria ficado mais forte sem ter que assistir tudo o que eu me importava queimar. Poderíamos ter feito um acordo ou algo assim.”

Skully moveu-se lentamente, magma verde cintilando dentro das cavidades chamuscadas de sua forma esquelética. Sua voz permaneceu plana, impiedosamente honesta, “Não. Você não teria. O maldito poder que percorre suas veias é algo que se alimenta das formas mais fortes de escuridão—raiva, dor, miséria. Se você tivesse vivido uma vida mais feliz, não teria percebido seu verdadeiro potencial nem crescido além de um Devorador de Almas no auge. Não até ser tarde demais.”

A dura e cruel verdade ressoou dentro de Asher, ecoando dolorosamente em seu peito. Ele queria negar, gritar para Skully que ele estava errado—mas no fundo, a amarga realidade daquelas palavras feriu mais do que qualquer lâmina. Ele ficou congelado, maxilar apertado, a verdade assentando pesadamente como gelo em seu estômago.

Mas… em seu coração, ele não conseguia afastar essa raiva e culpa.

Rebecca estreitou os olhos pensativa, seu olhar escuro mudando cautelosamente entre Asher e Skully.

Ela admitiu a contragosto para si mesma que Skully tinha um ponto. Sem a tragédia, sem a perda brutal que Asher sofreu, ele não estaria ali agora—um ser poderoso o suficiente para estremecer este mundo até suas fundações.

Ainda assim, isso não significava que ela gostasse disso. Ela odiava a ideia de que o sofrimento precisava ser o catalisador para a força. Ela sabia melhor do que ninguém o quanto isso era verdade.

Asher balançou a cabeça amargamente, descartando o pensamento antes que pudesse dominá-lo. “Esqueça,” ele murmurou, frustração fria tingindo seu tom.

Virando-se abruptamente para Valeria, ele ergueu sua lâmina anelar flamejante mais uma vez. “Vamos continuar.”

“Chega,” a voz de Skully cortou calmamente através da tensão, fazendo Valeria imediatamente interromper seus passos e abaixar o pesado sabre.

Asher parou no meio do movimento, olhando por cima do ombro com um franzir de sobrancelhas questionador.

Skully continuou, o brilho verde-fantasmagórico em suas órbitas ocas oscilando levemente, “Eu já vi o suficiente para confirmar que você provou sua força… por enquanto. No entanto, suas habilidades de combate deixam muito a desejar. A partir deste momento, eu mesmo treinarei você.”

A boca de Rebecca abriu-se em surpresa, um sorriso quieto e espantado formando-se lentamente em seus lábios. A instrução direta de Skully significava algo incrível—Asher se tornaria virtualmente inalcançável em combate puro.

Ninguém seria seu igual neste mundo, não mais.

As sobrancelhas de Asher se ergueram ligeiramente, descrença e curiosidade misturando-se em sua expressão fria. “Você… vai me treinar?” ele murmurou, a surpresa evidente em seu tom. Ele não havia antecipado que Skully faria tal oferta.

Mesmo que ele ainda fosse cético quanto às motivações de Skully, ao menos ele se tornaria mais forte de alguma forma.

Contudo, de repente, seus olhos se afiaram novamente, lembrando de uma questão crucial… especialmente alguém. Ela era uma das razões pelas quais ele suportou toda essa tortura para chegar ali.

“Espere,” ele disse firmemente, dando um passo à frente, seu tom exigente. “Já que você disse que eu provei minha força, cumpra sua palavra. Ajude Lori a se recuperar. Ainda há alguns dias antes de um mês se completar.”

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