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- Capítulo 835 - 835 Almafria 835 Almafria Dias se passaram desde que Skully
835: Almafria 835: Almafria Dias se passaram desde que Skully mencionou pela primeira vez o potencial profundo oculto dentro de sua linhagem.
Dias de luta implacável, meditação incessante e sofrimento que haviam levado seus limites além do que ela jamais imaginara.
Diante dela, em pé silenciosamente na opressiva quietude, Skully observava pacientemente enquanto Valeria observava a forma meditativa profunda de Asher.
No entanto, a presença de Skully por si só dava a Rebecca uma estranha sensação de firmeza—embora ele nunca desse respostas fáceis, ele a guiava firmemente adiante.
Nos últimos dias, ela sentia como se tivesse adquirido uma compreensão mais profunda de sua linhagem… coisas que ela jamais sonharia aprender em sua própria Casa.
E isso a deixou ainda mais curiosa sobre as origens de Skully e como ele tinha uma compreensão tão profunda e profunda das linhagens demoníacas.
“Novamente,” a voz de Skully rompeu sua reflexão silenciosa, fria mas estranhamente tranquilizadora, “Sinta seu sangue. O pulso, o frio, a quietude escondida por baixo.”
Rebecca cerrou os dentes, acenando levemente. Seus olhos se apertaram com ainda mais força, concentrando-se internamente com uma intensidade dolorosa. Ela sentiu cada batida do coração, lenta mas poderosa, ressoando profundamente dentro dela. Seu sangue, ela descobriu, não era nem quente nem reconfortante. Em vez disso, parecia frio, distante, quase hostil.
“Diga-me,” Skully perguntou calmamente, observando cuidadosamente. “O que seu sangue diz a você?”
Rebecca exalou lentamente, a frustração tomando conta de sua voz. “Eu não consigo entender. Quanto mais sinto que estou me aproximando, mais parece frio—dolorosamente frio. Não responde. Apenas dói.”
Skully não ofereceu pena, nenhum encorajamento suave. Em vez disso, ele apenas assentiu. “Essa dor é o portal. Não se afaste dela. Abrace-a completamente. Entenda sua origem.”
Ela fez uma careta, preparando-se novamente. Horas se transformaram em dias, enquanto ela repetidamente ultrapassava seus limites, seu sangue congelando e, então, queimando dolorosamente, nunca se submetendo completamente à sua vontade.
Ela se sentia presa em um loop cruel e interminável, seu corpo e mente sendo implacavelmente castigados pela falha e exaustão.
Mesmo assim, cada vez que vacilava, Skully pacientemente a guiava de volta novamente ao limiar invisível.
Ao quarto dia, Rebecca estava de joelhos, pele pálida e úmida, suor escorrendo do rosto e dos cabelos prateados. Sua respiração estava pesada, e ainda assim ela se recusava a parar. A paciência inabalável de Skully havia levado seu orgulho obstinado a novos níveis.
“Isso…é impossível,” ela rosnou amargamente, olhos brilhando com frustração e lágrimas de pura exaustão. “Talvez esse ‘esclarecimento’ de que você fala nem sequer exista. Tem certeza de que não está desperdiçando meu tempo?”
Podiam ter sido apenas dias, mas para ela, parecia que estava presa lutando por décadas.
A voz de Skully era plana, inflexível, desprovida de simpatia, mas cheia de uma sabedoria sutil e implacável. “Se a iluminação fosse fácil, todos a alcançariam. Esta barreira é a última resistência que sua linhagem pode oferecer antes de ceder seu verdadeiro poder. Se você realmente acha que é impossível, então seria impossível para você ser de alguma utilidade para ele.”
O olhar de Rebecca se fixou em Skully, seus dentes cerrados de frustração e ansiedade, pois ela sabia que ele estava falando de Asher.
Até esse bastardo morto-vivo estava insinuando o fato de que Asher poderia não querer ela se não pudesse ser útil para ele. E isso foi suficiente para acender algo ferozmente obstinado dentro de seu peito. “Não!” ela arfou sem fôlego. “Mesmo que possa parecer impossível, vou tornar possível!”
Ela se levantou de forma cambaleante, membros trêmulos, olhos cheios de resolução ardente. Mais uma vez, ela mergulhou interiormente, buscando não dominar sua linhagem, mas compreendê-la.
O pensamento de Asher olhando para ela com desprezo afiou a lâmina da determinação dentro dela.
De repente, no meio do frio agonizante e da resolução, ela sentiu algo novo.
Algo anteriormente ignorado—um pulso quieto e constante, um ritmo sob a superfície congelada, gentil mas inegável.
Rebecca inalou profundamente, olhos arregalados de choque e admiração. O ritmo não estava separado dela—era ela. O gelo não estava lutando contra ela; estava chamando, esperando para se tornar parte dela.
O entendimento invadiu a mente de Rebecca com uma clareza que ela nunca havia experimentado antes.
Seu sangue não era meramente uma fonte de poder bruto—era um condutor entre a vida e a morte em si. Seu gelo não era apenas uma arma ou um escudo; era uma ponte, congelando a linha entre a existência e o esquecimento.
Ela inalou profundamente, olhos arregalados enquanto a realização se cristalizava dentro dela.